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História O Som Do Nosso Amor - J I K O O K - 18. Sustos e... Fantasma?


Escrita por: HopeLover__

Notas do Autor


Anteriormente em An Angel Of Mercy...

Kkķkkk desculpa, já parei! Vamos ao que interessa.

Capítulo 18 - 18. Sustos e... Fantasma?


Meus pais me olhavam com indignação. Isso estava bem claro para mim.

─ Você não sabe o que está dizendo. ─ Meu pai foi o primeiro a se pronunciar.

─ Você... você teve um caso com o Yugyeom? ─ Foi a vez de minha mãe se pronunciar.

Revirei os olhos.

─ Não. Eu não tive nada com ele, só queria ter. ─ expliquei. ─ Eu sonhava em um dia poder ter algo com ele, mas isso passou.

Meu pai fechou os olhos com força.

─ Está vendo? Seus sentimentos falsos por Yugyeom passaram, os que tem por Jimin também vão! ─ Ele dizia, com um tom de irritação.

─ Sim, pode ser que passe um dia, aí eu vou ter sentimentos por outro e outro e outro. Em nenhum momento, tive sentimentos românticos por uma garota. Quando namorei a Yoon He, foi só porque vocês queriam, nunca senti nada por ela.

Meu pai se levantou e me olhava fixamente, a raiva era visível em sua face. ─ ok, estou assustado ─ se aproximou, mas não recuei, fiquei bem onde estava.

─ Vo-cê gos-ta de me-ni-nas. ─ falou pausadamente, com seus olhos fixos nos meus.

─ Gosto de rapazes. ─ respondi, o olhando na mesma intensidade.

─ Jungkook! ─ Brigou.

─ Só porque você está tentando me intimidar, não vai mudar nada, eu posso até concordar com o que está dizendo, só para me deixar em paz e no fundo eu ainda vou continuar sendo gay. ─ fui o mais sincero que pude.

─ Calma, querido... ─ minha mãe disse com a voz um pouco trêmula.

Ele a ignorou, continuou com o contato visual.

─ Você está confuso. Sabe que está.

─ Não. Tenho certeza do que estou dizendo. ─ respondi e imediatamente sua mão foi de encontro a minha face.

Dessa vez, meu pai não se conteve e diferiu um tapa em meu rosto, que imediatamente começou a arder, como esperado, sua mão é pesada.

─ Não faça isso. ─ minha mãe pediu e foi empurrada.

─ Jungkook, chega de rebeldia. Você está tentando mostrar que cresceu, eu admiro isso, mas chega! Não queria ter chegado a esse ponto pra te fazer entender...

─ Isso é tudo que tem? Esse é o máximo que consegue? ─ Desafiei.

Notei que meus pais se entreolharam, com feições de susto escancarada em seus rostos.

Logo percebi a péssima escolha que foi desafiar a fúria de meu pai. Pois ele veio com tudo para cima de mim, só parou porque Jin e Namjoon chegaram e o afastaram.

Namjoon estava de frente para meu pai, de cara fechada enquanto Jin me tomou em um abraço e perguntava se estava tudo bem.

─ Que porra pensa que está fazendo? ─ Namjoon perguntou em um tom de irritação que ele usa bastante comigo, mas pareceu bem mais irritado agora.

─ Não se metam. Isso é assunto de família! ─ Meu pai devolveu.

─ Eu nunca vi um assunto com tapas! Assuntos são discutidos com palavras, seu brutamontes! ─ Jin brigou.

─ Cala a sua boca! Ele é meu filho, eu decido como castigar ele. ─ respondeu indo em nossa direção, mas Namjoon se pôs em sua frente.

─ Entendo. ─ Namjoon disse. ─ Ainda assim, discordo. Por quê bateu nele? Por quê a senhora não impediu? ─ perguntou para minha mãe, que chorava de canto, apenas observando.

─ Porque ele me desafiou! Estava lhe explicando, dando conselhos e ele simplesmente respondeu com grosseria. ─ Deu de ombros.

Namjoon assentiu.

─ É... ele é assim, mas não se resolve isso com violência. Ele não tem mais idade pra apanhar, o senhor deixou a hora certa passar. ─ Concluiu, nosso digníssimo líder.

Após trocas de olhares mortais entre os dois, meu pai outra vez se voltou a mim.

─ Isso não foi nada, comparado com como é lá fora. Lá você vai ser espancado até a morte. ─ disse frio, deixando todos estáticos.

─ Não fala isso! ─ minha mãe disse com a voz embargada e ele sequer a olhou, saiu em passos largos passando por mim e Jin, me encolhi nos braços dele e ele me confortou com um abraço mais apertado.

Minha mãe parou perto de nós e me olhou, passou a mão em meu rosto secando as lágrimas que ali estavam.

─ Desculpa, filho. ─ Ela pediu. ─ Posso ligar depois? ─ perguntou e eu apenas assenti.

Depois que os dois se foram, enterrei meu rosto na curva do pescoço de Jin e chorei alto.

As mãos de Jin subiam e desciam sobre minhas costas, tentando me confortar. Logo os braços de Namjoon nos envolveram.

Ficamos em silêncio, abraçados, somente meus soluços eram ouvidos.

─ N-Não... não quero ser espancado até a-a morte... ─ disse entre soluços.

─ Você não vai! Não acredite nisso... eu nunca vou deixar ninguém te machucar. ─ Namjoon disse, se soltando do abraço.

Jin e eu nos sentamos no sofá, ele me olhava nos olhos e acariciava meu rosto, enquanto me acalmava aos poucos.

Namjoon se sentou e me deu um copo com água, já estava mais calmo agora e era visível.

─ O que você disse para deixar seu pai tão irritado? ─ Namjoon perguntou.

─ Eu disse que sou gay. ─ respondi, com a cabeça deitada no ombro de Jin.

─ Que merda! ─ Namjoon disse e eu tive medo que agora ele me batesse também.

Abracei mais forte o Jin e escondi meu rosto em seu peito, ele me abraçou outra vez.

─ Desculpa. ─ pedi e voltei a chorar.

Silêncio entre nós.

─ Por que está se desculpando? ─ Namjoon questionou.

─ Por ser assim...

─ Não. Você não tem que se desculpar por isso, seu pai foi um idiota! Ele que deveria estar te pedindo desculpas. ─ Jin respondeu.

─ Não tem problema nenhum em ser gay, Jungkook. A gente não escolhe quem vai amar, as pessoas enxergam isso como um erro, mas amar não é errado. Como eu disse antes, as pessoas são más, quando eu pedi que você e Jimin fossem discretos, era só isso que eu queria evitar, queria evitar que vocês sofressem agressões, porque eu sei bem que as pessoas são cruéis e são capazes de machucar. ─ Namjoon disse, enquanto acariciava minha coxa.

A voz escandalosa de Hoseok ecoou pela sala:

─ Chegueeeeeei! ─ Se aproximou todo sorridente, mas desfez o sorriso a olhar para nós. ─ O que aconteceu?

─ Não se preocupe Hobi. Não é nada grave. ─ Jin respondeu, tentando soar seguro.

Yoongi se sentou perto, passando por Hobi.

─ Fala, pirralho. Quem foi que te deixou assim? Eu vou dar uma surra na pessoa! Foi o Namjoon? Ele te obrigou a estudar matemática? Foi não foi? Pode deixar que eu vou deitar essa geladeira na porrada! ─ Suga fez todos os presentes rirem.

─ Mas eu não fiz nada! ─ Namjoon respondeu entre risos.

Contamos para Hobi e Suga o que havia acontecido.

Hobi suspirou triste.

─ As pessoas são horríveis Kookie... mas saiba que nunca vamos deixar ninguém te machucar, seu pai só te tocou, porque não estávamos aqui.

─ Quer que eu vá dizer umas verdades para ele? Me dá o endereço de onde eles moram! ─ Suga estava irritado.

─ Não, hyung... deixa pra lá.

─ Deixa pra lá nada! Ele não pode vir aqui e bater na minha cria do nada! ─ dessa vez era Jin quem falava. ─ Eu achei que seu pai era um cara legal, vejo que ele é um grande babaca. A gente se engana, né?

Todos concordaram.

─ Achei que vocês dois só voltariam amanhã, com os outros. ─ Namjoon disse.

─ Decidimos vir hoje, estava com saudades de casa. ─ Hoseok disse, estava agora deitado em meu colo. ─ Nossa vida parece um drama mexicano... ─ suspirou. ─ Sempre tem tanta coisa acontecendo.

Agora, com os meninos aqui, me sentia melhor, nem notei que acariciava os cabelos do Hobi. Jin se levantou e vou guardar suas coisas e as de Namjoon, Yoongi tinha ido até seu quarto tomar um banho.

Hoseok e eu ficamos sozinhos, já que Namjoon também tinha ido tomar um ar lá fora.

─ Você disse pro seus pais que gosta do Jimin? ─ Perguntou, curioso.

─ Sim, Hobi. E agora eles me odeiam.

─ Um dia eles vão entender. Tenho certeza que toda essa fúria vai passar. Sabe? ─ Hoseok se levantou e olhou em volta. ─ Yoongi e eu estamos juntos, os pais dele também não gostaram.

─ Sempre soube que vocês iriam acabar juntos. ─ Sorri e recebi um tapinha.

Hoseok se deitou outra vez em meu colo.

─ Queria dizer a todos sobre isso, mas ainda não tenho coragem. Yoon, disse que deveríamos contar aos meninos, afinal, somos todos uma família. Mas... e se nem todos aceitarem bem?

─ Eu sei o que sente. Também tenho medo, vocês só estão sabendo disso, por causa do meu pai, se não tivesse sido assim, não teria contado. ─ Respondi.

─ Veja pelo lado bom, vocês vão poder se abrir ao que sentem, se todos sabem, não vão precisar se esconder, como Yoon e eu. Vão ser livres.

Concordei, mas ficamos em silêncio por um longo tempo.

Jin voltou do dormitório e parou perto de nós no sofá.

─ Vocês estão bem? ─ Perguntou.

Respondemos que sim e o mais velho disse que iria fazer algo para comermos, o que nos animou muito.

Yoongi também voltou do banho e se deitou no outro sofá, não pareceu sentir ciúmes de Hoseok, o que me conforta, já que somos muito amigos, seria estranho ter que mudar com ele.

Namjoon voltou para dentro e se sentou perto de nós.

─ Não vamos mais esconder coisas, principalmente coisas que podem machucar vocês. Quero que saibam que podem contar tudo, somos uma família e vamos nos apoiar sempre. ─ ditou. ─ Certo?

─ Sim, senhor capitão. ─ Yoongi disse sem tirar os olhos de seu celular.

─ Tem algo a dizer, Hoseok? ─ Namjoon perguntou.

─ Agora não, senhor líder. ─ Sorriu.

Namjoon sorriu também e foi até a cozinha, onde estava Jin.

Logo comemos e conversamos sobre nossas viagens. A essa altura eu já havia me esquecido do drama de mais cedo.

Vocês podem pensar que sou um ingrato, mas não estou ligando muito para o que meus pais pensam de mim agora, pois estou com a família que realmente me importa.

Porque são eles que me acolheram e cuidaram de mim, diferente dos meus pais, eles me aceitaram do jeito que eu sou e isso foi mais do que importante para mim.

Na hora de dormir, Hoseok me chamou para dormir no quarto dele, já que Jimin não estava e nem Taehyung, podíamos dormir juntos e acabei aceitando.

Me deitei em sua cama e ele fez bico.

─ Pode ficar aqui pra conversar, mas depois vai deitar na cama do Jimin!

─ Eu quero dormir com você. Eu tô com medo. ─ Menti.

─ Medo de que? ─ Hoseok perguntou.

─ Eu vi um filme baseado em fatos reais que o cara dizia que via o demônio o tempo todo, ele disse que espíritos estão sempre por perto. ─ Segurei o riso ao ver a expressão do Hoseok.

─ Eu vou te matar! Você sabe que eu tenho medo! ─ Choramingou.

Eu ri, J Hope é a pessoa mais adorável do mundo todinho, não sei como não me apaixonei por ele.

─ Ah não... eu não vou conseguir dormir. ─ Hoseok continuou com o drama.

Fiz menção em sair de sua cama, mas ele não permitiu, disse que por eu ter falado aquilo, era agora obrigado a dormir com ele, para que se sentisse seguro.

─ Hyung? ─ chamei. ─ Você sabia que a Jisoo e a Lisa do Blackpink, viram um fantasma na sala de ensaios do edifício da YG? E se aqui também for mal assombrado?

─ Jungkook... ─ Hoseok sussurrou. ─ Eu vou contar pro Namjoon o que você está fazendo! Para com isso!

Abracei Hoseok por trás, fazendo a conchinha maior para ele se sentir seguro.

Me arrependi de ter assustado ele, ele não merecia isso, tadinho.

Eu estava no meu quarto e a porta estava entreaberta, vi Namjoon passar rapidamente para a sala, então eu me levantei e fui até o corredor e não o vi mais. Então o chamei.

Nada.

Chamei outra vez e fiquei observando se ele estava voltando, quando sua voz respondeu atrás de mim.

─ O que?

Me virei e vi Namjoon e não entendia o que aconteceu, eu tinha visto ele passar para a sala, como isso era possível?

Me virei em direção a sala e dei de cara com uma pessoa totalmente estranha, colada em mim.

Acordei suado e ofegante.

Hoseok acendeu a luz e me deu um copo com água que ele sempre levava ao dormitório.

─ O que aconteceu?

─ Eu tive um pesadelo...

─ Bem feito! Quem mandou ficar me assustando?! Aqui se faz, aqui se paga. ─ Hoseok brigou.

Então a porta do quarto começou a abrir lentamente.

─ Hyung! ─ Apontei com meu coração espancando meu peito.

Hoseok olhou e agarrou meu braço, acho que nós dois podíamos nos borrar a qualquer instante.

Namjoon entrou no quarto e nós gritamos e ele gritou também.

Ficamos nos encarando.

─ Mas o que está acontecendo? Ouvi um grito, vim ver se estava tudo bem e vocês me assustam desse jeito.

─ Jungkook teve um pesadelo, com fantasmas... como você entra desse jeito no quarto dos outros? Jesus Cristo. ─ Hoseok estava com uma não sobre o peito.

─ Joonie... fantasmas existem? ─ perguntei.

─ Claro que não, Jungkook!

─ Então... quem é esse atrás de você?

Namjoon revirou os olhos.

─ Eu não sou o Hoseok que fica com medo das suas brincadeiras!

Então Jin levou as mãos até as cinturas de Namjoon e gritou:

─ BOO!

Namjoon correu para perto de Hoseok e nós três caímos na gargalhada, enquanto nosso líder se manteve sério.

─ Vocês três! ─ Disse autoritário. ─ Estão de castigo!

─ Não estamos nada! ─ Jin fez birra. ─ Você não manda em mim!

─ Os três vão ficar aqui, cuidando da faxina, quando eu e os outros iremos para o shopping. Vão aprender a não brincarem mais com isso.

─ Ah não Namjoon! Eu também sou uma vítima. ─ Hoseok fez cara de cachorro abandonado.

Namjoon olhou bem nos olhos de Hoseok.

─ Você viu o Jin entrar e participou da brincadeira. ─ disse indo em direção a porta. ─ espero que aprendam a não brincar mais com isso.

Abriu a porta e gritou se afastando, pôde ser ouvido o grito do Yoongi do outro lado.

─ Vocês estão loucos? Que gritaria é essa? ─ Yoongi entrou no quarto furioso.

E nos acabamos de rir ao contar o que havia acontecido.

Até mesmo Namjoon estava rindo agora, parece que no fim, deu tudo certo.

Acabamos dormindo todo mundo no quarto do Namjoon, chega de sustos por essa noite.


Notas Finais


Caraí, nem é Halloween. Kkķkkk eu sou muito dessas de ir assustar os outros e acabar tendo pesadelos com o Que eu inventei.

Desculpem por esse capítulo zoado. O próximo vai ser sério.

Obrigada por ler 💜


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