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História O Som Do Nosso Amor - J I K O O K - 31. Tentativa


Escrita por: HopeLover__

Capítulo 31 - 31. Tentativa


─ Não temos nada para conversar. ─ Meu pai respondeu.

─ Na verdade temos.

─ O que você quer? ─ Perguntou, se sentando em sua cadeira outra vez.

Puxei a cadeira na frente de sua mesa e me sentei.

Por um tempo apenas fiquei encarando seu rosto, meu coração estava batendo forte e eu não tinha certeza se deveria mesmo ter ido até lá.

─ Fala de uma vez o que veio fazer aqui, está me fazendo perder tempo.

─ Jae disse que você e a mamãe estão se divorciando. ─ tentei começar de alguma forma.

Ele assentiu, inexpressivo.

─ Tudo por sua culpa.

Suspirei, levando meus olhos para outra direção, agora que ele comentou, é verdade, estão se separando por minha causa.

─ É você que está mandando as ameaças para o Jimin não é? ─ Resolvi ir direto ao ponto.

─ Não faço ideia do que você esteja falando. ─ deu de ombros.

─ Sobre as cartas com ameaças que têm mandado para ele, sobre a tentativa de sequestro, essas coisas. Sei que você e Jiwoo estão juntos nisso. Mas me escuta...

─ Vá embora! ─ Me interrompeu. ─ Saia agora da minha sala e não se atreva a voltar aqui, ou ir em minha casa, ou qualquer lugar que eu esteja. Não quero te ver e nem te ouvir, nunca mais. ─ Disse, firme.

─ Ele não tem culpa. Fui eu quem me apaixonei, ele nunca demonstrou ou me disse nada, nunca tentou me seduzir... sempre fui eu, então não desconta nele o que é minha responsabilidade, se quer punir alguém, me puna. ─ Disse.

Meu pai me olhava atentamente.

─ Onde quer chegar? Não estou te entendendo. ─ Arqueou uma sobrancelha.

Olhei em seus olhos, minhas mãos tremiam e meus olhos se enchiam de lágrimas.

─ Quero que me bata. ─ Vi sua testa se franzir. ─ Até se cansar, até que todo esse seu ódio passe... mas que depois de se cansar, não volte a perturbar o Jimin outra vez.

Silêncio total.

─ O que está dizendo? Quer apanhar?

Dei de ombros.

─ Querer, eu não quero. Só quero que sua raiva passe, queria que me perdoasse, sinto sua falta, eu... sinto tanta saudade... ─ contei, me deixando chorar.

Como já esperava, meu pai não pronunciou nenhuma palavra, apenas ficou em silêncio me assistindo chorar.

─ Não vou te bater. ─ disse. ─ É uma pena que sinta saudade, porque eu não sinto. Sempre foi fraco demais, Jaehyun sempre foi melhor que você em tudo, eu sempre o amei mais. ─ Finalizou.

Assenti e tentei secar as lágrimas que não paravam de cair.

─ Então... O que está dizendo é que nunca me amou? ─ Perguntei.

─ Amei sim. Mas agora não. Você, que está na minha frente, é um cantor de kpop, famoso mundialmente, não é meu filho. Meu filho era uma criança obediente, carinhosa, não me desafiava, não tentava se mostrar mais forte do que eu, não era como você. ─ Disse.

─ Mas eu ainda te amo. É estupidez, mas ainda amo. O engraçado, é que você, não se parece com o pai que eu amava também, é um homem diferente, frio e desprezível... mas... eu ainda queria buscar dentro de você, o homem que era antes, meu pai, a pessoa que mais amo no mundo.

─ Vai embora! ─ Disse com a voz embargada.

─ Não! Me bate logo! Acaba com essa sua raiva, deixa o Jimin em paz e me perdoa... eu... ainda sou seu filho. ─ Disse com a voz falhando por conta das lágrimas.

Ele se levantou.

─ Se não vai embora, então eu irei.

Tentou caminhar até a porta, mas me coloquei em sua frente, impedindo sua passagem.

─ Por favor... Eu não fiz nada que te prejudicasse, eu não te fiz mal... por que? Por quê não pode perdoar?

─ Eu te perdoo se você terminar com ele. ─ disse de repente.

─ Não vou terminar.

─ Então saia da minha frente!

─ Você não era assim...  Papai... Me perdoa.

─ Jungkook...

O abracei, mesmo sabendo que não seria correspondido, por alguns segundos ele tentou afastar meu corpo do seu, mas um tempo depois, as mãos que repeliam meu corpo, se envolveram em mim.

─ Também sinto sua falta... ─ Ele disse, me apertando e deixando um beijo rápido em minha cabeça. ─ Mas não vou aceitar você e Jimin. Homem foi feito para ficar com mulher.

─ Isso é tão antiquado. ─ Retruquei.

─ Isso é o certo! O que meus pais me ensinaram, o que tá nas escritas sagradas. Homem com homem não reproduz, a vida humana chegaria ao fim. ─ Dizia, ainda me abraçando. ─ Você precisa entender, meu filho, o que você sente por esse rapaz, é passageiro.

─ Se tem tanta certeza, então espera passar... Se passar, juro que nunca mais fico com homem nenhum. ─ Prometi. ─ Mas se ele se machucar, eu escolho outro.

Meu pai sorriu nasalado.

─ Não sou eu que estou ameaçando esse rapaz. ─ Respondeu.

Sabia que era mentira, segundo Jaehyun, ele e Jiwoo estavam planejando algo e eu tinha certeza que era isso, se não fosse, então seria algo pior?

Pensar sobre isso me enlouquecia, queria acreditar que ele não estava por trás das ameaças, mas se fosse assim, a pessoa que o ameaçava ainda seria um rosto desconhecido e isso é ainda mais assustador.

Tinha que ser meu pai e ele precisa desistir.

Permanecemos por alguns minutos abraçados, enquanto ainda tentava conter meu choro, sentindo suas mãos em minhas costas, me consolando, exatamente parecido quando eu ia chorar em seus braços depois de brigar feio com minha mãe.

─ É lamentável que após esse momento, você ainda vai voltar para o Jimin e estragar nossa relação. ─ Disse, um tempo depois.

Criei coragem e me afastei de seu abraço, olhando em seus olhos e respirei fundo, secando as finas lágrimas em meu rosto.

─ Não sou eu quem está estragando nossa relação, você está fazendo isso.

─ Como você é teimoso! ─ Levantou um pouco o tom de voz. ─ É melhor ir embora. ─ Pediu de forma calma.

─ Eu já vou. ─ Respondi. ─ Pode me dar um atestado? ─ pedi.

Ele assentiu, voltando para sua mesa.

─ É claro.

Preencheu rapidamente, imprimindo em seguida, assinando e me entregando, ainda segurando o papel, olhou em meus olhos.

─ Não irei cobrar nada da consulta de hoje. ─ Sorriu. ─ Volte sempre.

─ Quer que eu volte? ─ Questionei.

Ele fez que não.

─ Só estou sendo educado. Quero que termine com Jimin, depois que isso acontecer, pode voltar quando quiser, ou ir me ver em qualquer lugar. Eu... Não consigo aceitar que você, estando com aquele garoto seja meu filho. Ainda  assim não vou te bater como me pediu antes, não vou te machucar. ─ Concluiu.

Assenti, abaixando meu olhar e me levantando da cadeira.

─ Você já está me machucando. Todos os dias, com o seu desprezo. ─ O vi engolir em seco. ─ Você não é e nunca foi perfeito, eu sempre vi seus defeitos e ainda assim, convivi com eles, mesmo não concordando. Eu sempre vi como ficava agressivo com a mamãe depois de beber, apesar de nunca ter te visto, de fato bater nela, sempre ficava grosseiro e levantava sua voz e fazia menção a bater nela mesmo. ─ Dei de ombros. ─ Sempre soube como você é de verdade, mas te aceitei.

Meu pai estava com os olhos esbugalhados, ouvindo atentamente o que estava a dizer.

─ Saiba que naquela época, eu não iria jamais aceitar que tocasse em um fio de cabelo da minha mãe e agora não é diferente. Se antes, que eu não podia fazer nada por ela, não permitiria que a machucasse, agora que posso defender ela é que não permito mesmo. ─ Falei de forma firme. ─ Isso vale para o Jimin também. Não vou permitir que machuque as pessoas que amo e que me amam de volta.

Caminhei até a porta e sai, como já esperava, ele não veio atrás, nem se pronunciou de alguma forma.

Me despedi de suas funcionárias, avisando a Soo Ah, que deixaria sua recompensa na loja vizinha, para meu pai não desconfiar do suborno.

Ela sorriu, animada, me acompanhando até a porta.

─ Vale a pena perder o emprego. ─ Sorriu.

Sorri, fazendo sinal negativo com a cabeça.

─ Tem uma fotografia com sete autógrafos pra você também. ─ Dei uma piscadela e vi o rosto da moça se iluminar.

─ Obrigada! É por isso que sou sua fã.

Fui para meu carro, liguei e iniciei uma chamada para minha mãe, antes de arrancar com o carro.

─ Olá, amor. ─ Ela atendeu.

─ Oi, mãe. O que está fazendo? ─ Perguntei.

─ Almoço! Vamos? ─ chamou.

─ Vamos! ─ Sorri e parei no sinaleiro, esperando que abrisse. ─ Estava com meu pai.

Minha mãe ficou em silêncio por alguns segundos, talvez tentando entender o que eu dizia.

─ Ele aceitou conversar com você?

─ Sim... Se ele te fizer alguma coisa, se for agressivo, coisas desse tipo, quero que me avise. Eu entrarei com um processo contra ele. ─ Avisei.

─ Ele te machucou? ─ Pergunrou, aparentemente preocupada.

─ Não, ele não me machucou. Não se preocupe. Tivemos uma conversa sobre Jimin, ele não vai mudar de ideia, então, deixei claro para ele, que não irei aceitar que machuque vocês, por isso, se ele te fizer algo, me conte imediatamente. ─ Avisei.

─ Tudo bem, querido. Eu te aviso. Mas... seu pai não mora mais comigo, nós estamos nos divorciando e eu pedi que ele deixasse a casa, até que Jae e eu encontremos uma nova casa para morar. ─ Finalmente resolveu me contar.

─ Quer ajuda com isso? Posso conseguir uma boa casa para vocês. ─ Ofereci.

─ As casas que você pode conseguir, eu não conseguiria nem pagar a luz para manter. ─ Ela disse. ─ Mas não se preocupe. Vamos ficar bem.

─ Eu posso pagar as despesas para vocês. Não vejo problema.

Antes de poder ouvir a resposta de minha mãe, o carro que estava na minha frente, parou sem aviso prévio, pisei imediatamente no freio, mas ainda assim o impacto foi inevitável, o carro que vinha atrás também bateu na traseira do meu, fazendo meu corpo impulsionar um tanto a frente, acabei batendo a testa no volante, mesmo estando de sinto.

─ O que aconteceu? ─ A voz de minha mãe estava visivelmente aflita.

─ Hum... Um acidente, não foi nada grave. ─ Respondi, me olhando no espelho do carro, para ver se não havia corte no meu rosto.

O homem do carro da frente desceu furioso e bateu no meu vidro, gritando xingamentos do outro lado e tentando abrir a porta, por sorte estava travada.

─ Filho, não abre a porta. ─ Minha mãe pediu.

─ Não vou abrir, não se preocupe.

─ Você se machucou? ─ perguntou com a voz chorosa.

─ Não... Eu bati a testa, mas não foi nada, eu juro, estou bem.

O homem continuava gritando e insistindo que abrisse o vidro, mas vendo seu estado, eu não estava louco de sair daquele carro, antes da polícia chegar, o motorista do carro de trás, também não saiu do veículo, conseguia ver pelo meu retrovisor.

O homem estressado saiu de perto do meu carro, votando para o dele, apenas abriu a porta e entrou metade do corpo no veículo, estava pegando algo, Meu corpo gelou e meu coração disparou, vi ele tirar o extintor de dentro do veículo, removi o cinto de segurança e destravei a porta do passegeiro, assim que vi ele atirar o objeto pelo vidro, sai do carro.

Ele levou seu olhar para mim.

─ Resolveu descer, mauricinho?

─ Você está maluco? Você para do nada, me faz estragar meu carro e ainda está bravo?

Ele passou por cima do capô do carro, indo ao meu encontro na calçada, algumas pessoas se aglomeravam ao redor e o homem do outro carro resolveu descer e ir até onde estávamos.

─ Vai pagar o conserto do meu carro! ─ Gritou.

─ Tá bom. ─ Respondi.

Ele sorriu e elevou seu punho e tentou me acertar, porém segurei seu pulso, o homem do outro carro aproveitou para o agarrar por trás e o puxou para longe de mim.

─ Que porra é essa? ─ perguntou.

─ Se acalma aí, a polícia já tá chegando. ─ O outro homem disse. ─ Minha filha é sua fã ─ Disse olhando para mim. ─ Ela nunca me perdoaria se eu deixasse alguém estragar seu rostinho bonito. ─ Disse sorrindo.

─ Obrigado.

Não demorou até a polícia chegar para resolver aquele maldito conflito, obviamente a essa altura, Namjoon já tinha me ligado e sabia do acidente, logo ele também já estava aqui comigo, furioso pelo motorista encrenqueiro ter tentado me bater.

O problema foi resolvido, rapidamente descobrimos que o outro ficou irritado, porque estava com os documentos atrasados, carteira vencida e carro emprestado, resultou em muitos problemas para ele.

Namjoon me levava para casa, já que meu carro foi para a oficina.

Peguei meu celular e retornei a chamada com minha mãe, ela não deve ter entendido nada, depois que a confusão começou.

Ela me atendeu com a voz embargada, ficou evidente que estava chorando há um tempo.

─ Se machucou? Aquele cara... eu ouvi barulho de vidro se quebrando, você se machucou, meu amor? ─ Perguntava.

─ Não me machuquei. Desculpe, ele quebrou a janela do carro com um extintor e eu tive que descer pra não ser acertado, não me lembrei de pegar o celular, mas não chore, não tenho nenhum arranhão. ─ jurei.

O que era verdade, não me machuquei, só sentia uma leve dor de cabeça, pelo fato de ter batido a testa no volante, mas não era nada anormal, Namjoon mesmo comprovou que eu estava bem.

Falei por alguns minutos com a mais velha, para que se acalmasse e entendesse que não havia acontecido nada de ruim comigo, encerrei a ligação um tempinho depois.

─ Pelo menos resolveu sua dor de dente? ─ Namjoon perguntou.

Fiz uma careta.

─ Que dor de dente? ─ Perguntei.

Namjoon semicerrou os olhos e me olhou atentamente, me lembrei imediatamente que tinha dito que estava com dor.

─ Ah! A dor... sim, passou, eu... tinha um dente careado, mas já arrumei... ─ Desviei meu olhar.

─ Está mentindo. Por quê? ─ Questionou.

─ N-não... Não estou não, eu fui no dentista mesmo, eu tenho atestado, posso mostrar. ─ Revelei.

Namjoon disse que não queria ver, não naquele momento.

Chegamos em casa e após tomar um banho, fui até o jardim, onde Jimin e Hoseok estavam.

─ Que história é essa de acidente? ─ Hoseok perguntou. ─ Está ferido?

─ Não. Foi só uma batidinha. Não se preocupe, nem me arranhei.

─ Não está dodói, meu bebê? ─ Jimin perguntou, fazendo carinho em meu rosto, todo delicado.

─ Não... nadinha de dodói. ─ Respondi.

Jogamos conversa fora, por muito tempo. Me contaram que Bang iria mudar os funcionários e aumentaria mais a segurança, o que não adiantava de nada, porque dobrou a segurança e ainda assim, tudo tinha fugido do controle de nosso chefe.

Hoseok saiu de nossa vista, para ir atrás de Taehyung, sei lá para que, a essa hora ele está entocado em seu quarto, jogando e com certeza vai odiar ser interrompido.

Jimin passou os braços em meu pescoço, uniu nossas testas e sorriu, fechando seus olhinhos.

─ A gente vai dormir fora hoje. ─ Revelou, me dando um selinho demorado.

─ Onde vamos dormir? ─ Perguntei, sem entender.

─ Na minha casa. ─ Ele disse. ─ Já chamei minha faxineira, ela deixou tudo prontinho para nós dois.

─ Por quê vamos dormir fora? ─ Perguntei.

─ Porque eu quero transar, quero transar sem ter que me conter, sem reprimir meus gemidos. Quero brincar com você. ─ Abriu um sorriso todo malicioso.

Senti meus pelinhos todos se arrepiarem.

─ Como vamos brincar? ─ Perguntei, soltando ar pela boca.

─ Brincando. ─ Deu de ombros. ─ Eu vou sair daqui a pouco, você tem meu endereço, vá até minha casa mais tarde.

─ Eu vou quando você for, não? ─ Perguntei e ele fez que não.

─ Vou na frente para preparar, eu... tenho um fetiche e você vai realizar ele comigo hoje. ─ sorriu e passou a língua em meus lábios, antes de mordiscar e me beijar de um jeito quente e necessitado.

Sua mão descendo por meu abdômen enquanto ainda me beijava insaciável, senti o aperto forte em minha intimidade e separei o beijo, jogando a cabeça para trás e gemendo baixo, Jimin continuou apertando, aumentando gradativamente a força.

─ J-jimin... ─ Gemi, respirando pesado.

─ Você foi um bebê mal, mentiu para mim, eu vou cuidar de você mais tarde.

Tirou sua mão de meu pau e saiu com um sorrisinho sapeca no rosto.

Ele sabe que menti?


Notas Finais


Pai do JK: O que sente por ele é passageiro.

Jk: Não, pai. O que eu sinto por ele é motorista, passageiro não é.

Kkķkkk desculpa.

Tem Att dupla hoje, com Hot no próximo capítulo...

JM bottom ou top? Façam suas apostas!

Aguarda que lá vem mais.


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