História An Ômega to an Alpha - Capítulo 20

Não havia muito tráfego na estrada e as nuvens pesadas que vinham a seus encontro mostrava que pegariam chuva pelo caminho. Regina seguia muito confortável no banco do motorista, uma de suas mãos no câmbio enquanto a outra estava firme no volante.

- Acha que pegaremos a chuva? – O tom rouco da alfa ao seu lado mostrava que ela já havia despertado.

- Acho... – Respondeu de forma suave e aveludada. – Como você... Cuido deles? – Indagou sem nunca tirar seus olhos da estrada.

A alfa arrumou sua coluna no acento, ao mesmo tempo em que a ômega trocava de marcha.

- Eles não vão mais te incomodar. – Falou depois de um tempo em silêncio.

- Emma. – A Lúpos a conhecia o suficiente para saber o que aquilo significava.

- Eu... – Pensou por um segundo. – Atirei neles, na cabeça. – Respondeu recebendo o silêncio e os pingos de chuva que começavam a molhar o vidro. – Está bem com isso?

- Estou, só... Matar alguém assim me parece meio cruel. – Ela sabia que eles mereciam, era óbvio que sabia. Eles mereciam o pior que a humanidade poderia lhes dar, mas ter alguém tão próxima de si fazendo aquilo era... Estranho. – Mas eu entendo que eles mereceram, e agora está tudo bem. – Procurou por sua mão para entrelaçar seus dedos sobre o câmbio.

- Eu te amo, sabia? – Swan falou bobamente.

- Eu te amo mais. – A ômega devolveu.

- A gente já chegou? – A voz sonolenta de Robin chegou a seus ouvidos.

- Ainda não meu amor, mas falta pouco. – Respondeu a ela.

A chegada a pequena cidade foi tranquila mesmo pela chuva, a pequena cidade litorânea de Storybrook abrigava poucos moradores, mas era bem movimentada pelo turismo.

Passando pela avenida principal elas não demoraram a entrar pela estrada de terra, mais alguns minutos e já podia ser vista as madeiras brancas que compunham o cercado da fazenda.

- Nem me acordou. – Zelena murmurou, mas o sorriso em seus lábios mostrava como estava feliz por já estar ali.

Já eram quase seis da tarde e o Sol começava a subir no horizonte, deixando o sol num lindo tom alaranjado que começava a perder sua cor para a escuridão da noite.

Regina saiu do carro para poder abrir a porteira, e uma vez que conseguiu voltou para o veículo entrando com ele na fazenda, para logo sair novamente e fechar a porteira.

Seguindo pelo caminho de pedras, ela sorriu, era tão nostálgico estar ali, era bom e acalentador. Ali cheirava a natureza, os grilos começavam a cantar nas árvores um pouco mais a longe e a enorme casa já era vista.

A casa grande composta de pedras e madeira brilhava em um tom alaranjado com os últimos raios solares.

Ali era bem mais frio e úmido, foi a primeira coisa que Emma percebeu quando saiu do carro. Sua respiração saia em pequenas nuvens esbranquiçadas que se dessipavam no ar gelido.

Mas o sorriso de Regina aí observar a casa era impagável, seus lábios se curvaram em um belo sorriso que só aumentou quando a porta se abriu.

Uma mulher de longos cabelos negros com belas mechas vermelha, a ômega sorriu para elas antes de descer os quatros degraus correndo.

- Regina! – Ela gritou.

- Ruby! – A morena foi de encontro com ela que ainda vinda correndo.

- Regina! – Seu tom pareceu ter mudado.

- Ruby? – Ela indagou.

Foram questões de segundo para que a morena estivesse até então, correndo da outra envolta do carro.

- Tia Ruby está brava? – Robin indagou ao irmão indo segurar a mão dele.

- Ruby foi sem querer! – Ela gritou.

- Sem querer é meu... – Seu grito foi interrompido.

- Ruby! – Zelena gritou.

- Eu tinha que ficar. – Regina quase chorou.

- Quatro anos sua... Aí que ódio! – Não sabia qual palavra usar.

- Desculpa! – Ela gritou novamente.

- Se vocês estiverem brigando iram dormir com os porcos! – A voz imponente da beta que vinha para fora fez as duas pararem imediatamente e a encararem.

- Não estamos. – Responderam juntas.

A dona da voz era uma quase senhora de cabelos caramelos, ela não era muito alta, mas parecia ser muito rígida.

- Graham saia deste chuveiro e venha ajudar com as malas! – Ela gritou novamente. – Venham para dentro, antes que congelem aí fora.

Uma vez lá dentro o calor as envolveu, o que possibilitava que ficassem mais a vontade lá dentro.

- Onde está minha rainha? – Regina escutou a voz dele vindo da escada e olhou para cima.

- Graham! – Ela chamou o homem que desceu como um vulto até ela.

- Panda! – Ele a abraçou a rodando no ar. – Tenho tantas novidades.

- Imagino. – Ela respondeu. – Venha, essa é Emma minha alfa, amor essa é Ruby e esse é o Graham. – Os apresentou. – A Srta Blue é a nossa governanta.

- É um prazer conhecê-los. – Os cumprimentou com um aperto de mão polido.

- Tratei de arrumar os quartos para vocês, vão lá de acomodar enquanto termino o jantar. – A senhorinha disse a eles.

Aquele provavelmente era o único local onde havia uma lembrança de uma Regina mais jovem. As paredes eram pretas, mas a cama abrigava lençóis claros e uma variedade de ursos de pelúcia.

As paredes abrigava uma série de posters de cantores, Emma observou cada um dos mínimos detalhes daquele local, e inusitadamente cheirava a maçãs.

- Eu... Sempre gostei muito de preto. – Olhou para as paredes sorrindo para elas.

- Eu gostei. – Ela respondeu. – Elvis Presley?

- Ele é incrível. – Ela se justificou.

- Eu concordo. – Respondeu a ela.

Regina a deixou ali para ir ajudar Robin em seu próprio quarto, depois de dar banho na menina ela desceu novamente com ela em seu colo.

- Já iria te chamar. – Graham disse a ela.

Todos já estavam lá embaixo, inclusive a loira que já tinha tomado seu lugar na mesa e aguardava por sua ômega enquanto conversa com Belle.

- Estava dando banho em Robin. – Ela pontuou.

Colocando a menina na cadeira ao lado do irmão com algumas almofadas para que ela conseguisse ficar no tamanho da mesa, a ômega também se sentou ao lado da loira que rapidamente procurou sua mão sobre a mesa.

- Fizeram uma boa viagem? – Blue indagou a elas trazendo mais pratos para a mesa.

- Foi rapidinho a viagem. – Zelena falava enquanto a ajudava.

- Rapidinho porquê você veio dormido o caminho todo. – Regina respondeu a ela.

- Que mentira, eu só dormi na estrada. – Ela devolveu mostrando sua língua para a outra.

- Argo vai ficar muito feliz por você ter voltado. – Ruby disse. – Ainda está dançando?

- Entrei numa escola de dança. – Sorriu com o carinho que Emma fazia em sua mão. – Argo está no celeiro?

- Nem pense em ir vê-la hoje. – Blue começou olhando para Regina.

- Mas eu nem iria. – Ela respondeu baixinho.

- Iria sim que eu sei. – Graham alfinetou. – Amanhã vamos cavalgar.

- Com certeza iremos. – Zelena também falou. – Tenho certeza que agora ganho de você.

- Nos seus melhores sonhos. – A ômega se gabou. – Você quer cavalgar, amor?

Emma olhou rapidamente para ela, assim como Zelena que tentava segurar o riso. Mas foi somente olhar para a esposa que não conseguiu segurar.

- Eu... Não cavalgo. – Ela respondeu, se culpando por maliciar a fala.

- O que acha de irmos até o rio? – Graham mudou de assunto novamente.

- Me parece ótimo, antes do almoço? – Ela indagou.

- Sim! – Respondeu animada a ele.

- Aqui para você, minha Pandinha. – Ele lhe entregou o prato feito. – Ainda é assim que gosta?

- Você ainda pergunta? – Regina respondeu aceitando o prato de bom agrado.

Não demorou muito para que todos estivessem comendo a bela comida da governanta.

- Comprei maçãs hoje de manhã. – Graham puxou assunto com a ômega novamente, retirando a atenção dela de Emma.

- Obrigada. – Agradeceu a ele levando o garfo a boca novamente.

- Com o que trabalha Emma? – Blue perguntou a ela, trazendo a atenção de todos novamente para a alfa.

- Eu administro minha rede de hotéis com minha irmã, e também administro as casas noturnas de Boston com meu bando. – Falou a eles, obviamente deixando alguns pontos de lado.

- E ainda tem tempo para vir aqui? – Belle parecia surpresa.

- Sempre arrumarei tempo para minha ômega. – Sorriu para ela procurando sua mão na mesa.

- Está sujo aqui. – Graham tomou a atenção dela novamente, estendendo seu polegar para limpar o molho que estava no canto de seus lábios.

A alfa apertou os talheres em suas mãos, incomodada com ele.

- Você é um galanteador barato. – Ruby chiou sorrindo para os dois, ela sempre achou que combinavam e que ficariam juntos, mas a morena apareceu com outra alfa, o que para ela, não combinava muito.

- Eu sou melhor que isso. – Sorriu para Regina novamente antes de voltar a comer.

(...)

- Gostou daqui? – Regina indagou a alfa enquanto passava hidratante em suas pernas.

- Sim, mas aqui é meio... Frio. – Pontuou sorrindo novamente para a bela ômega que estava na cama.

- Conheço um jeito de te aquecer... – Seu tom já tomou um dom libidinoso, quase perigoso e muito manhoso.

- É mesmo? – Emma falou numa falsa inocência.

- Preciso praticar montaria. – Mordeu seu lábio, engatinhando até a loira que estava parada do lado de fora da cama.

(...)

Regina foi a primeira a acordar, seu corpo abraçava a loira por trás, formando uma quentinha conchinha.

Se afastando do corpo nú dela, a janela não cobria a claridade solar, fazendo assim, os raios irritarem seus olhos.

Se sentando na beirada da cama, ela se esticou sentindo todo o seu corpo se esticando e estalar. Seus pés tocaram o chão gelado, dando a ela a base para se levantar. Logo depois de um banho rápido, se vestiu com jeans e blusa de manga comprida para se proteger do frio matinal.

Abandonando o quarto depois de conferir que ela ainda estava dormindo. Desceu as escadas dando de cara com o vazio, o relógio encima da porta da cozinha mostrava que ainda era cedo, faltava exatos cinco minutos para as sete.

Havia uma cesta de maçã na mesa, na qual ela supôs ser para si, então a pegou em seus braços tomando uma para de café da manhã.

A névoa ainda tomava todos os lados do vasto campo, dando-lhe um ar levemente sombrio, os animais já estavam acordados, e seus sons eram escutados perante o silêncio da casa.

Andando por alguns minutos ela chegou a porta do celeiro, e se sentiu nervosa. Argo ainda iria querer falar com ela? Abrindo a porta, o cheiro característico de cavalos inundou seus sentidos.

Andando por ali ela chegou a égua, que rinchou feliz com ela ali, mas não demorou a virar de costas mostrando que estava magoada com a ausência dela.

- Hey garota. – Regina chamou.

Mas não houve resposta, a égua continuava de costas, mostrando como estava magoada.

- Eu sei que deve estar triste comigo e brava... – Murmurou a ela. – Mas eu não poderia vir, E-Eu tinha tanta coisa para fazer, sabe desde de Lana, as crianças ficaram comigo. – Falava a ela.

Novamente recebida com o silêncio, o que ela poderia fazer para ser perdoada? Bem, Argo era uma eterna curiosa.

- Eu tenho uma alfa. – Murmurou como quem não quer nada.

A égua virou seu pescoço olhando para trás esperando por mais informações que não lhe foram dadas, então ela rinchou novamente, se mostrando própria a conversar naquele momento.

- Sabia que a Curiosidade matou a égua? – A ômega sorriu para ela. – Ela se chama Emma Swan, está lá encima dormindo.

Disse enquanto estendeu uma maçã para o animal que aceitou sem relutância a fruta.

- Gold voltou... – Argo abria a boca para pegar outra maçã, mas rapidamente parou com o que estava fazendo para a encarar alarmada. – Emma matou ele, mas ele... Ele ameaçou fazer algo com Robin, e eu não sei até que ponto é verdade ou não, minha mãe também foi lá pra casa e falou algumas coisas. – Seus ombros caíram em derrota naquele momento.

Não havia ninguém ali exceto cavalos e feno, argo esticou seu pescoço para frente colocando sua cabeça no ombro dela, Regina a abraçou fazendo carinho em seu pelo brilhoso.

- Eu estou bem agora. – Disse a égua que rinchou claramente discordando. – Eu estou tentando, ok? Eu surtei com a Emma.

A égua soprou por suas narinas, tentando deixá-la mais perto de si para conforta-lá.

- Voltei a dançar sabia? – Contou a égua que balançou sua cabeça se mostrando feliz sobre aquilo. – Pois é... Acha que podemos andar hoje?

Se afastou dela para poder encarar seus olhos, a égua grunhiu claramente feliz com a ideia da outra.

- Vamos arrumar você. – A entregou mais uma maçã antes de procurar uma escova para poder pentear seu pelo.

Entre conversar sobre as novidades e muitas maçãs, a égua já estava pronta e ambas estavam preparadas para montar.

- Bom dia. – Graham espiou para dentro do estábulo. – Achei que acordaria mais tarde menina da cidade.

- Bom dia Graham. – Regina o saudou assistindo o se aproximar. – Estava pensando em sair com ela um pouquinho.

- Neste caso, gostaria de companhia? – Se apoiou em uma das lacunas de sustentação encarando a ômega a sua frente.

- Claro, vamos lá. – O chamou.

(...)

Emma acordou ainda dopada de sono, ela sabia que Regina não estava mais na cama, mas seu cheiro ainda estava ali.

A alfa observou as paredes, debatendo se levantava dali ou não. Por fim, quando percebeu que não seria bom ficar o dia todo deitada se sentou na cama, se espreguiçando antes de se levantar.

Tomando um banho ela desceu as escadas dando de cara com a mesa vasta de café da manhã.

- Já acordou? – Blue a saudou. – Sente-se para comer menina.

- Bom dia, senhora Blue. – Sorriu para ela fracamente tomando seu lugar na mesa. – Sabe onde está Regina?

- Provavelmente em algum lugar do campo. – Ruby se intrometeu entrando para dentro da cozinha. – Argo não está mais no estábulo.

- Chocolate quente? – A governanta ofereceu.

- Blue, onde está a... – Ruby começou mas sua dúvida morreu quando o potinho de canela lhe foi entregue.

- Também gosta de chocolate quente com canela? – Emma sorriu para ela.

- Outra com essa mania? – A senhora revirou seus olhos para elas sorrindo amorosamente.

- Gostaria de cavalgar mais tarde Emma? – Ruby perguntou a ela para logo depois levar sua xícara aos lábios provando do sabor doce.

- Soubemos do que aconteceu. – Blue as interrompeu. – Onde ele está?

- Em algum lugar do inferno. – A alfa respondeu calmamente a elas. – Ele não será mais um problema para ela, Zelena me disse que a égua é uma cura mágica para minha ômega, Regina não parecia muito bem por isso viemos.

- Soubemos do episódio do desmaio. – Ruby suspirou. – Não fique triste com ela, por favor.

- Eu jamais poderia, entendendo pelo que ela passou. – A alfa continuou.

- Você é boa para ela. – Blue disse por fim.

O café se passou sem mais conversas longas, somente comentários rápidos. Emma saiu para o lado de fora, o Sol já iluminava orgulhosamente toda a vasta extensão do campo, era lindo de se ver, o Sol refletia na grama e os animais cantavam juntos aos pássaros.

Emma conseguiu ter uma visão clara de Regina galopando com Argo pelo campo, era uma das coisas mais linda que já havia visto, seu cabelo brilhava com o sol, e ela sorria para a égua enquanto falava com Graham, mas a última parte não era importante.

Quando a ômega a viu, seguiu até ela acenando alegre. Emma repetiu seu ato e não demorou para que Regina chegasse até ela.

- Bom dia meu amor. – Lhe desejou alegre. – Quer andar um pouco?

- Claro. – A encarou encima do alto cavalo.

Entretanto não foi isso que aconteceu, Argo mostrou relutância com a alfa, tentando andar a passos fundos para longe dela e rinchando.

- Hey menina. – Regina a trouxe de volta. – Ela é a Emma, minha alfa. – Contava a égua que a olhava com discordância.

Regina rapidamente desceu do cavalo, segurando seu cabresto, a mesma se aproximou da cabeça dela fazendo um carinho ali.

- Hey garota, está tudo bem, sim? – Murmurou a ela. – Venha aqui amor. – Regina a chamou. – Essa é a Emma. – Apontou para a loira. – Ela não vai te fazer mal, certo?

A alfa concordou, sua mão foi puxada para também fazer um carinho na égua que daquela vez não reclamou, somente bufou ainda não totalmente confiável.

- Se apresente para ela. – Regina instruiu.

- ... Eu sou Emma Swan, tenho vinte e oito anos, sou uma Lúpos pura. – Contou a ela.

- Viu? Ela que é minha alfa que te contei. – A égua estendeu sua cabeça para Emma, a puxando para perto de si e colocando sua cabeça no ombro dela. – Prontinho garota, podemos?

Regina montou nela novamente, estendendo seu braço para Emma também subir nela.

(...)

Já era tarde quando Regina resolveu andar novamente, depois de dispensar a companhia de Graham algumas vezes, novamente ela estava galopando.

Seguindo com o cavalo pela mata, ela não demorou a chegar a praia. Respirando fundo um punhado de vezes quando o cheiro de mar lhe atingiu ela desceu de Argo, seguindo na areia fofinha até perto do mar.

Argo parecia calma perante a ela, a seguindo até onde a água começava a bater. A égua rinchou mostrando que estava tudo bem naquele momento e então fincou sua pata na areia molhada formando um buraco ali que rapidamente foi tampada por mais areia que a água trazia.

Regina se deixou cair sobre seus joelhos, não se importando em se molhar ou se sujar de areia.

- Eu fui estrupada. – Admitiu a si mesma em alto e bom som.

A égua continuava a afazer buracos na areia enquanto fazia seus próprios sons descontando tudo o que podia na areia, pois o mar levaria sua fúria embora.

- Eu o odeio tanto, tanto... – Continuava a falar. – Eu odeio a minha mãe, odeio! – Gritou para a água salgada. – Odeio Lana ter ido embora!

Seus olhos ardiam com as lágrimas e naquele momento ela se permitiu derrama-lás. Se inclinando levemente para frente, ela também socou a areia.

Um soco atrás do outro, enquanto não enxergava mais nada devido as lágrimas ácidas.

- Eu odeio ele! Odeio, odeio, odeio! – Gritava.

Ela gritou mais alto, em um som seguido e elevado, suas cordas vocais reclamaram pela força imposta sobre elas, o grito alto e libertador rasgou sua garganta a fora, ela não tinha o que fazer para se acalmar, ela estava furiosa, furiosa com ele, com si mesma, com todos.

- M-mas eu... – Procurou por ar caindo sobre seus joelhos novamente. – Eu perdoo ele.

Chorou novamente, a água batendo de leve em seus joelhos os molhando, o mar levava embora sua raiva e tristeza, absorvendo os sentimentos ruins para si.

- Está ouvindo? – Gritou. – Eu te perdôo Rumpelstiltskin Gold! – Gritou para o mar. – Te perdôo mãe. – Soluçou novamente. – Te perdôo Peter.

Novamente ela gritou, socando com força a areia novamente, não machucava suas mãos, somente lhe dava um leve incômodo, a água expirava com os movimentos bruscos a cada vez que batia na costa.

Regina não conseguia parar, não havia ninguém ali para vê-la ser fraca, não tinha problema naquele momento.

Mas dando um fim para aquilo, Argo lhe deu um cutucão, Regina entendeu que estava tudo bem naquele momento, por isso focou em respirar fundo um punhado de vezes enquanto deixava que a égua lhe confortasse passando sua cabeça por sua bochecha.

- Está tudo bem garota. – Disse a ela.

E realmente estava, ela gostava do mar, ele levava todas as coisas ruins lhe enchendo novamente de felicidade. Ela podia respirar novamente, estava livre de tudo de ruim novamente.

- Vamos voltar? – Indagou a ela.

Mas ao contrário disso, a égua ficou ali parada olhando para o mar, Regina resolveu fazer o mesmo vendo as ondas se quebrarem e o Sol iluminar a bela imensidão azul.

Retornado para casa, Emma a esperava do lado de fora. E recebeu Regina com um beijo caloroso e amoroso.

- Eu te amo. – Disse a ômega, se deixando ser abraçada por ela firmemente.