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História Andare avanti - Prólogo


Escrita por: Tsuki_Luana

Notas do Autor


A imagem de capa não é minha, créditos ao artista!

Pra variar, arrumei pra minha cabeça e resolvi contar o que estava acontecendo na Passione cerca de nove anos antes da história narrada em Finding Pieces, minha primeira long.

Boa leitura! ^^

Capítulo 1 - Prólogo


Eu não acreditava que a batalha havia terminado. Aparentemente, a flecha que eu recebera das mãos de Polnareff causara alguma alteração no meu stand e finalmente consegui colocar um fim às ambições de Diavolo, embora tenha pago um preço alto por isso.

Abbacchio tombara diante do inimigo há alguns dias e parecia que todo o grupo sentira as consequências daquela perda. Bucciarati não demonstrava, mas quando voltamos para dentro da tartaruga para montar nossa estratégia, ouvi-o chorando baixinho e aquilo fez meu coração doer. Ele era uma pessoa boa, não merecia passar por algo assim.

Nem tínhamos juntado os pedaços que tal perda nos causara e, sem que percebêssemos, Narancia já não estava mais entre nós. Aquilo me deixou completamente sem chão e percebi que não estava preparado para perder mais ninguém, mas... Como eu contaria a Mista e Trish que Bucciarati não voltaria mais? E será que daria tempo de salvar Polnareff? Havia alguém esperando por ele em sua casa e eu não sabia se podia fazer algo com relação a isso. De repente, ouvi meus companheiros sobreviventes conversando e estranhei o tom de Trish, que sempre fizera questão de demonstrar quão descontente se sentia por estar entre nós.

- Me desculpe pelo que eu falei antes... Sobre o seu cheiro...

Longe de estar abalada por quase ter sido morta pelo próprio pai e por termos perdido pessoas importantes na batalha, Trish parecia estranhamente feliz ao se dirigir a Mista.

- Ah, que é isso... Você tem razão, meu cheiro não é dos melhores...

- Não diga isso... Eu meio que... estou com saudades.

O que era aquilo? Pelo pouco que conhecia daqueles dois, eu tinha praticamente certeza de que ambos acabariam se matando um dia, ainda mais sem a intervenção de Bucciarati. Além disso, eu sentia algo estranho no meu peito ao vê-los interagindo...

- Ah, Giorno! Não fique aí parado, temos que ir atrás do Bucciarati. Se nós voltamos ao normal, ele também deve ter retornado ao seu corpo e só você pode curá-lo...

Mista me encarava sorrindo despreocupado e por algum motivo senti meu coração se aquecer ao ver sua expressão. Eu não sabia o que estava acontecendo, então me limitei a concordar. A batalha acabara, mas nossos problemas só estavam começando, já que eu teria que dar as más notícias a ambos em breve.

- Sim... Você tem razão... vamos voltar para o Coliseu...

Ambos assentiram e logo começaram uma conversa animada. Mais uma vez me senti estranho ao presenciar os dois se entendendo e aquilo começou a me incomodar. Trish era só sorrisos e Mista prestava atenção ao que ela dizia, ocasionalmente pousando os olhos nos seios da garota, que não parecia estar achando ruim.

Depois de uma caminhada tensa apenas de minha parte, chegamos ao local onde Polnareff jazia no chão, quase morto. Ele havia perdido sangue demais e respirava com dificuldade, mas ainda lutava pela vida. Me abaixei ao lado dele, segurando sua mão trêmula.

- Sr. Polnareff... Não desista...

- M-mon amour...

Ele suava frio e parecia estar delirando. Eu não entendia muito de francês, mas não parecia ser tão diferente assim do italiano.

- Sou eu, o Giorno. Vou curá-lo agora...

- Mon amour... Me... desculpe... Eu... estraguei tudo de novo...

Mista me encarou intrigado, não entendendo o porquê de Polnareff se dirigir a mim daquela forma.

- Giorno, do que ele está falando...?

- Não sei, Mista... Acho que está delirando, mas já vou resolver... Gold Experience!

Vi a luz dourada envolvendo todo o corpo de Polnareff e logo suas pernas estavam restauradas e seu olho, curado. Depois de alguns segundos que pareceram horas, seus olhos azuis me encararam surpresos, como se ele tivesse se esquecido de onde estava. Mista respirou aliviado e saiu com Trish para procurar Bucciarati, enquanto eu me remoía ao vê-los juntos, sem saber o motivo. Talvez eu estivesse me sentindo ansioso para conversar com eles, afinal, seria difícil explicar que Bucciarati não estaria mais conosco. Bom, uma coisa de cada vez.

- Sr. Polnareff? Você está bem?

- Giorno... Onde... Mon Dieu! Temos que sair daqui agora, Diavolo...

- Acalme-se, já está tudo terminado. Dei um fim nele usando o poder do Réquiem.

- Ah, foi? Obrigado por ter me curado, Giorno. Sabia que podia confiar em você, minha intuição nunca falha. E Bucciarati e os outros?

- Bom... Temo que Bucciarati não tenha sobrevivido à batalha. Mista saiu com Trish para procurá-lo, mas...

Percebi que meu tom de voz saíra um tanto irritado ao me referir aos dois. Polnareff pareceu ter percebido a nuance e me indagou, quase sorrindo.

- Giorno... Sei que não é o melhor momento para falarmos disso, mas... Você gosta daquele Mista, não é?

Senti minhas bochechas esquentarem, o que ele tinha acabado de dizer?

- Não sei do que está falando, talvez ainda esteja um pouco confuso... Consegue se levantar?

- Não mude de assunto, Giorno. Sei que não devia me intrometer, mas acho que você está gostando daquele rapaz. Talvez eu não seja o mais indicado para isso, mas me sinto na obrigação de falar algo... Pense nisso como um conselho de um irmão mais velho.

Irmão mais velho... Polnareff tinha mesmo jeito de quem gosta de cuidar dos outros, mas achei aquilo um pouco exagerado demais.

- Sr. Polnareff...

- Giorno, é sério. Se você realmente gosta daquele rapaz, acho melhor dizer logo. Eu me apaixonei pela pessoa que hoje é meu marido logo na primeira vez que o vi, mas não disse nada por não entender o que era aquele sentimento. Precisei "perdê-lo" uma vez para ser sincero comigo mesmo, então não cometa o mesmo erro. Eu dei sorte de ter uma nova oportunidade, mas olha só o que aconteceu hoje. Infelizmente seus outros amigos não tiveram a mesma sorte que você e Mista, então... Não deixe sua chance passar, tudo bem?

Eu sabia que ele só queria ser gentil, mas me senti um tanto incomodado. O que Mista era para mim? Um veterano de equipe? Um companheiro de luta? Um... amigo?

- Obrigado pelo conselho, sr. Polnareff. Venha, precisamos dar um enterro digno a Bucciarati e a Narancia...

Antes que eu terminasse de falar, vi uma silhueta conhecida vindo em nossa direção. O vento suave balançava seus cabelos negros de forma elegante, como se saudasse sua presença. Parei de respirar por alguns instantes e senti o sangue fugir de meu rosto quando tive certeza de que eu não estava vendo coisas.

Bruno Bucciarati caminhava determinado, como se nada tivesse acontecido. Suas roupas estavam meio surradas por causa da batalha, mas era a única coisa que destoava de sua presença marcante. Em vez daquela casca praticamente vazia que nos acompanhou nos últimos dias, a pessoa que víamos era o Bucciarati de antes do encontro frustrado com o ex-chefe da Passione. Aquele que concordou em me ajudar a entrar na organização e que sonhava com um mundo onde as crianças não tivessem seus sonhos roubados por conta das drogas.

- O que foi? Que cara é essa? Vamos embora.

Tanto eu como Polnareff nos mantivemos calados e nos limitamos a segui-lo. Eu não queria acreditar, mas talvez o Réquiem tivesse sido muito mais do que um upgrade. Ele nos concedera um milagre e só me restava saber se essa era a única surpresa que teríamos naquele dia. 


Notas Finais


Bom, por hoje é só!

Até a próxima postagem! ❤️


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