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História Anestesia - Ciúmes


Escrita por: MeLangdon

Notas do Autor


Geeeeeeeeeeeente, desculpem a demora, nesses 6 meses eu acabei namorando só que foi uma experiência boa q tá doendo e não quero falar disso. Sério, devo desculpas melhores, mas não queria postar um capítulo c a cabeça cheia de coisas.
Desculpem a ortografia e n desistam d mim plis, amo vcs <3

Capítulo 11 - Ciúmes


Fanfic / Fanfiction Anestesia - Ciúmes

 

    Ouvi a campainha tocar e logo Luna entrou no apartamento, eu a chamei para ir num barzinho e de quebra tive de levar Lucas já que ele estava me enchendo o saco para sair. Vesti uma saia azul e depois de ver que ela estava muito larga vesti um short de cintura alta preto e uma camisa branca meio transparente, coloquei os sapatos que usei na minha entrevista de emprego e fiz uma maquiagem bem leve só para não falarem que não passei nada. Luna estava toda arrumadinha com seu vestido princesinha e um rabo de cavalo alto. Encontrei Lucas na porta do prédio e pegamos um táxi. Chegando no local nós pegamos uma mesa e pedimos algumas bebidas. Eu estava animada e como sempre que estava perto de Lucas, eu estava rindo pra um caralho.

    -Mas me fala Jujubinha… Como você conheceu essa top model aqui? - lucas disse fazendo eu e Luna rirmos.

    -Nós estudávamos juntas... A Luna era mega desligada. - eu ri e recebi um tapa dela. Dei mais um gole na caipirinha e olhei para a rua, não sei porque olhei, foi como se alguém me chamasse, mas quando olhei lá só tinha um garoto me olhando dando um gole em sua cerveja sem nenhum amigo por perto. Eu tinha certeza que ele não me chamou. Voltei a olhar para Lucas que tinha um sorriso bobo no rosto.

    -Ele tá te querendo, pequena… Se eu fosse você…

    -A-ham, Julie, nem pense. Não jogue o que você tem com o Waah no lixo por causa de uma transa. Nem pense nisso! - Luna falou balançando as mãos sem parar, eu sorri, jamais faria isso principalmente com ele. Não demorou mais nenhum minuto e meu celular tocou.

    -Oi! - disse ainda me recuperando das caretas de Lucas proferidas em minha direção.

    -Cê nem imagina minha surpresa em ir na tua casa e descobrir que não tem ninguém la. - Waah. Ele estava bem sério.

    -Aaai, desculpa. Sério, meu amor, eu esqueci de te falar. Eu sai com a Luna e o Lucas. - Luna torceu o nariz como quem soubesse que aquilo daria merda.

    -Lucas…?

    -Meu tatuador, amorzin. - eu ri e aquilo tudo perdeu a graça logo em seguida. Eu sei que Wallyson nunca me proibiria de sair, ainda mais porque se ele fizesse, eu terminava aquela merda toda, segundo porque Lucas era uma pessoa BomBril, mil e uma utilidades, pra eu virar e falar “meu tatuador”, Waah já imaginava o garoto me comendo de todas as formas. Lucas era meu amigo gay, descompromissado com a vida, tatuador, comunista, alcoólatra, fã de AHS e foda.

    -Onde você tá?

    -Por quê quer saber?

    -Ué, não tem nada demais em eu querer sair com minha mulher e os amigos dela tem? - eu ri, Waah estava com muito ciúmes.

    -Eu te passo o endereço por mensagem.

    -Julie, nem pensar, fala agora onde…

    -Beijo, te amo! - eu ri e desliguei, porém logo depois eu realmente passei o nome do bar para ele.

 

    -Só pra ver se entendi. Seu homem é ciumento a ponto de te seguir e me matar? - Lucas perguntou e eu e Luna rimos.

    -Ele só vai me seguir… Ele frequenta o mesmo estúdio que você trabalha, se for para te matar ele faz isso outro dia. - Lucas ficou branco de uma hora para outra e nós pedidos mais algumas bebidas.

    Ficamos conversando ali por mais algum tempo, no fundo do bar uma banda tocava Capital Inicial e uma garçonete rondava as mesas. Eu me levantei para ir até o banheiro e depois de uns três passos alguém entrou em minha frente. Parei e com toda educação que mamãe me deu pedi licença para poder passar. Ele não cedeu. Olhei para seu rosto e vi que era o garoto com quem troquei, acidentalmente, alguns olhares.

    -Oi… - ele disse e sorriu, eu desviei meu olhar do dele e disse um “oi” seco. Tentei seguir para o banheiro e ele me barrou de novo - Fala sério, linda, não precisa fugir não. Que que tá rolando… Você tem namorado?

    Eu ia responder, porém não tive tempo, senti um braço agarrando minha cintura e me levando para longe dali. “Tem sim, se você quiser saber” esse não era Waah falando, ou Jhonny ou Fiu. Era Lucas pagando de estranho e másculo salvador da pátria. Respirei fundo e prendi meu cabelo o mais alto possível, isso era ridículo! Eu me sentia ameaçada por qualquer olhar estranho, qualquer frase que dirigissem a mim. De um instante para outro eu escutei vozes atrás de mim, alguns passos se aproximando e vi um sorriso enorme no rosto de lucas. Meus olhos foram cobertos e eu só não gritei porque Luna segurou minha mão.

    -Oi, linda. - ele beijou meu pescoço. Me virei em sua direção e Waah me deu um beijinho de esquimó. Luna soltou um “oooownt” esganiçado e eu ri dela. Mesmo com tudo aquilo eu continuava querendo ir ao banheiro.

    Me desvencilhei das mãos de Waah e puxei Lunas pela mão para ela me acompanhar. Andamos até o banheiro, o que não demorou, mesmo com pessoas nos fitando de cima a baixo, eu precisava correr ou mais alguns segundos eu me aliviaria ali mesmo.

    -Sabe, Jules… Ele te quer.

    -O Waah? Querer quer né, miga? Agora é descobrir quando ele vai deixar de querer para poder gostar, ou quem sabe só deixar de querer mesmo. - Saí da cabine e fui lavar minhas mãos. - Eu gosto muito dele, Lua, de verdade mesmo, mas parece que não tem futuro.

    -Julie, claro que tem futuro, vocês se gostam. Se não tivesse futuro ele não iria expor tanto o “affair” de vocês.

    -Não é bem assim… Ele pode estar comigo só para manter uma imagem que ele não tem…

    -Que imagem ele iria querer manter com você, amiga? - percebi o que eu tinha acabado de falar e resolvi contar de uma vez o que tinha acontecido no dia do show ou ela acabaria descobrindo e ficaria puta comigo. Acabei explicando a história de qualquer jeito, eu não queria voltar a pensar no assunto e muito menos deixá-la preocupada, mas de qualquer forma ela ficaria, fala sério, foi uma tentativa de estupro! Ela não contaria a ninguém sobre aquilo, Luna guardava meus piores segredos e pensar que ela sabia do que aconteceu e minha mãe não, me deixava com uma nuvem carregada de culpa sobre minha cabeça.

    Apesar de bancar a durona num momento como esse era inevitável eu chorar, Luna como sempre estava lá, limpou a maquiagem borrada, retocou meu rímel e meu batom. E como diria ela “isso aí, nega, já ta pronta pra outra!”.

    Voltamos para a nossa mesa e eu já estava cansada de tudo ali, porém não iria embora agora, não agora que Lucas estava conversando com Wallyson. Parei em pé ao lado da mesa e me surpreendi com Waah puxando minha cintura, Luna não deixou de me encarar por nenhum segundo depois de saber a verdade sobre o show. Procurei pelo meu copo sobre a mesa, porém já haviam retirado, peguei o de Waah e dei um gole o que fez com que ele apertasse minha cintura. Ao fundo a música parecia aumentar, mas só parecia mesmo, estava tocando “Do I Wanna Know?” e eu comecei a balançar meu corpo lentamente no mesmo ritmo. Luna riu de algo que não sei o que era, eu estava de olhos fechados, logo percebi ela me puxando para o meio do bar, não demorou muito e começamos a dançar. Eu, particularmente, quando danço fico fora de mim, tudo parece ser outro lugar e minha mente parece que não está lá. A última coisa que me lembro dessa noite foi de não ter dormido em casa.






 

    Abri meus olhos e respirei fundo. Álcool, cigarro… e que porra era isso? Mexi uma de minhas pernas e senti ela encostar em algo, era um braço. A essa altura eu estava torcendo para o braço ter um corpo. Cocei meu olhos e me levantei ficando sentada onde quer que eu estivesse. Senti minhas coxas encostarem uma na outra e encarei meu corpo, eu estava só de calcinha. Só de calcinha! Que merda!

    Tentei me lembrar do que tinha acontecido na noite anterior, porém foi em vão. Olhei ao meu redor e mal conseguia enxergar onde estava. O que parecia ser um quarto estava escuro. Olhei para trás no intuito de me levantar e percebi que eu estava deitada sobre a barriga de um cara e o pior é que eu não tinha certeza se aquele era Waah. Tentei enxergar em meio à escuridão procurando uma blusa para eu vestir, mas não achei, tudo que apalpei naquela situação foi um lençol que eu acabei usando para cobrir meus seios enquanto tentava me movimentar pelo quarto. Apalpei todas as paredes até achar uma porta que abri com todo cuidado possível esperando que entrasse luz pelo quarto, minha cabeça estava doendo e a todo momento eu tropeçava nos meus próprios pés, o que não ajudava. Caminhei até o corretor e uma claridade absurda me cego por alguns segundos, era uma porta que levava à sala e então eu pude finalmente reconhecer o apartamento dos meninos. Eu estava anteriormente no quarto de Johnny. Essas informações me deixaram 100 vezes mais tranquila. Porém nada explica dois homens no quarto com uma Julie só de calcinha sobre a cama.

    Me certifiquei que o lençol cobria meu corpo e caminhei até a cozinha passando em frente ao sofá, e aproveitando para olhar através da enorme janela de vidro responsável pela claridade que me cegou. Tentei fazer o mínimo de barulho e não obtive bons resultados vendo que um Lucas desmaiado de sono começava a se mexer no sofá. Sem saber o que fazer, fiquei alí parada e esperando que ele não se assustasse comigo.

    -Oh, meu deus! - ele suspirou enquanto dizia me fazendo ficar preparada para possíveis gritos. - V-você… você é um anjo? - estranhei a pergunta e dei um pequeno nó no tecido acima dos meus seios fazendo dele um vestido. - Meu deus! Você veio me buscar!! Eu sempre soube, eu nunca estive errado… Ah, não eu não quero morrer, não me leve por favor!!! - o que antes era uma expressão de alívio se tornou 100% dor e arrependimento e eu ainda estava chocada sem saber se ria ou mandava ele abrir a porra do olho direito. - Por favor, eu lhe imploro!!! - Lucas começou a chorar copiosamente em minha frente, só tive reação quando ele se ajoelhou e abraçou minhas pernas quase me fazendo cair. Segurei meu “vestido” para evitar futuros acidentes e lhe dei um tapa na cabeça.

    -Lucas pelo amor de Zeus, toma vergonha! - “gritei” enquanto sussurrava - Que anjo o que muleque, tá maluco?! - o afastei com uma das mãos e ele coçou os olhos enquanto abria a boca. A ficha pareceu cair.

    -Nossa! Julie, desculpa, aí! - ele riu de si mesmo - É claro que você não é um anjo… Mas bem que podia se passar por um… Tá gostosa pra caralho. - ele encarou meu corpo e eu, sem entender o que estava acontecendo, me olhei na parede de espelho sob a escada que, por conveniência, estava à minha frente. O lençol em frente à luz da janela evidenciava todo meu corpo, ele era extremamente transparente. Corei imediatamente sem querer me dar conta do que Lucas já havia visto alí. Mas, espera, ele não era… gay?

    -Você tem que parar de andar com aqueles meninos, sua bicha estranha! Me assustou agora. - ele riu, se levantou e me deu um beijo na bochecha.

    -Bom dia, Jules. - ele sorriu e começou a arrumar o sofá onde estava deitado. - Enfim, anjo, preciso ir. Quando Luna acordar me avisa, ela ficou com o telefone daquele bofe maravilhoso que, claramente, usou ela como ponte para me pegar. Beijocas! - ele já ia abrindo a porta do apartamento, entretanto, o impedi.

    -Para, para, para, para! Calma, Lucas! - ele esperou na porta e eu fui até lá - É… antes de você ir… Só… Argh!! Que merda! Vocêsabequemtavanoquartocomigoatéagora? - eu disse tão rápido que com certeza ele não entendeu o que me obrigou a repetir aquela pergunta ridícula. - Quem tá no quarto em que eu tava dormindo?? Por favor, me diz que eu não fiz um ménage à trois!  - sim, isso foi um surto. Ele começou a rir da minha cara de desesperado e simplesmente disse:

    -Pergunta pro seu boy, ele com certeza vai saber te responder. - ele apontou para algum ponto atrás de mim - E ah, você tem que começar a beber menos, anjo ou vai acabar grávida ou com cirrose. Beijos. - ele saiu e fechou a porta em minha cara. O pior de tudo era saber que eu teria que encarar Wallyson agora.

    Olhei para trás e lá estava ele, sim, ele mesmo. O todo poderoso, magnífico e esplendoroso Wallyson com os braços cruzados e a pior cara do mundo. Andei em sua direção e ele me olhou de cima a baixo, ele estava com os punhos cerrados e os nós dos dedos estavam brancos de tanta força que ele fazia.

    -Ménage? Você simplesmente acorda sem saber se fez a porra de um ménage!?!

    -Ah, Wallyson! Tenha dó! Eu acordei com dois caras no quarto e eu estava só de calcinha. Vai me dizer que se lembra de 100% do que aconteceu ontem?! - ele não me respondeu, porém continuou com raiva - pois eu vou dizer Wallyson, eu me lembro bem de você dançando com aquela menina ontem e eu não disse nada! Você tava tão bêbado que me deu duas desculpas diferentes e mesmo assim eu não disse nada! - eu estava gesticulando igual uma italiana furiosa.

    -Julie…

    -E eu vou te dizer uma coisa! Nem sonha em olhar pra alguma menina de novo ou eu…

    -Julie…

    -Eu vou acabar com você Wallyson, eu tô falando sério! Eu…

    -JULIE! - na hora em que ele disse isso o lençol foi parar no chão, tentei cobrir meu corpo mas com o susto eu fiquei mais sem jeito e a vergonha foi maior. - O lençol tava… desamarrando… - ele estava rindo quando abaixou para pegar o tecido no chão, logo escutamos a voz de Johnny.

    -Waah! Cê viu meu celular?? Ele tava com você ontem, mano! - e não deu tempo de eu me cobrir, ele simplesmente adentrou a sala - Wooow! - Waah se assustou e me abraçou tentando tapar meus seios da visão de João o que foi no mínimo engraçado. - Caralho! Porra, Jules não sabia que você tinha esses… - ele fez um gesto representando meus seios e foi extremamente vergonhoso, eu ri, mas o meu rolo não gostou nem um pouco.

    -Você não tem um pingo de noção mesmo né Baroli! Que porra, para de olhar a mulher dos outros!

    -Aaah, mano desculpa, mas ela é gostosa mesmo… - ele deu uma risadinha e permaneceu parado.

    -Sai daqui seu viado!!! - ele gritou e eu apertei seu braço enquanto me cobria com o pano.

    -Como é que você falava mesmo, ô Gustavo… Os irmãos dividem tudo né? Cadê minha parcela dela? - ele riu alto e Wallyson ia com toda certeza do mundo dar um soco na cara do João. Não sei se fui eu apertando seu braço ferozmente ou ele teve um surto de racionalidade, mas não moveu um músculo contra o outro 1\3 do trio Yeah, Waah apenas me arrastou até o quarto enquanto gritava “SAI DA MINHA FRENTE OU EU VOU TE QUEBRAR NA PORRADA!”. Foi estranho o suficiente para mim que simplesmente ignorei e me sentei em sua cama. Waah exagerou ao falar aquilo com Johnny, porém esse carinha também provocou e muito.

    -Se quiser me explicar… - eu disse no intuito de entender o que tinha acontecido enquanto eu dormia… ou antes de dormir.

    -A gente transou. Só eu te comi. O Felipe chegou bem depois da gente acabar. O outro cara no quarto era só o seu amiguinho dormindo bêbado. - ele estava se referindo a Fiu, respirei aliviada e olhei em volta. Achei meu sutiã sobre a escrivaninha e o coloquei, vesti uma blusa do Waah e fui até ele que estava agora em pé no canto do quarto. Passei uma de minhas mãos em seu rosto e ele a segurou beijando-a em seguida. Seus olhos foram diretamente aos meus e ele me puxou para um abraço apertado, apenas respirei fundo para sentir seu perfume. Acima de tudo, eu nunca gostaria de perdê-lo.

 



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