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História Anfitriões da noite - Pré-préparations tension


Escrita por: plutoniana

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 8 - Pré-préparations tension


Capítulo 8 - "Tensão pré-preparativos"

Sasuke não precisava ser um gênio pra saber que tinha fodido com tudo. Mas mesmo assim, decidiu perguntar a opinião dos amigos sobre o assunto. 

— Você sabe que amanhã vai ser linchado no colégio, né? — Karin o indagou enquanto colocava uma nova cápsula na cafeteira de Sasuke. — Ela provavelmente vai falar pra todo mundo que você a assediou ou algo do tipo. O pessoal vai jogar pedras em você, se duvidar. Tudo o que ela fala, as pessoas seguem e obedecem. 

— De fato. — Juugo concordou ali perto, sentado encolhido no canto da mesa circular. 

Como Sasuke morava num trailer, tudo ali era pequeno e nada espaçoso. Em noites como aquela, quando eles se reuniam para tentar estudar um pouco — pelo menos pra tentar garantir que Suigetsu não ia zerar a prova — sempre ficava bem apertado. E por Sasuke ser o mais inteligente, era ele quem os ajudava a entender a maioria dos assuntos, ainda mais quando sabiam que teriam prova de física no fim da semana ainda.

Só que em noites como aquela, com a cabeça ainda cheia pelo que tinha acontecido naquela tarde, a única coisa que Sasuke conseguia fazer era tagarelar e divagar sobre sua situação. 

Todo mundo olhou para Suigetsu, que não tinha dito uma única palavra desde que o Uchiha explicou o que fizera com Sakura na casa da tia dela. 

— Você não vai falar nada? — Sasuke indagou. 

— Como assim? — o Hozuki questionou de volta, parecendo não entender a confusão de todos. 

— É que normalmente você é sempre o primeiro a fazer piada da desgraça dos outros. — explicou Juugo, também surpreso pelo silêncio do amigo. 

— Vocês querem que eu diga o óbvio? — ele indagou e sorriu na direção de Karin logo em seguida. — Tudo bem, então. Real oficial: o Sasuke nunca mais vai lavar essa mão depois dessa. 

Os três desembestaram a rir pelos minutos seguintes enquanto Sasuke bufava e se debruçava sobre a mesa, cruzando os braços e escondendo o rosto entre eles. 

Très amis, vocês hein? — ele perguntou ironicamente. 

— Ei, fala na nossa língua. — Suigetsu ralhou e depois olhou para Karin. — O que ele disse? — ela deu de ombros, sem entender também.

— Pesquise no google. — Sasuke resmungou e depois o olhou como se quisesse fuzilá-lo. — Não tem medo de morrer, não? Você está na minha casa. 

— Você chama esse muquifo aqui de casa? — o outro retrucou. — E o que é que você vai fazer? Me xingar em francês?

— Na minha terra nós caçamos alces, sabia? — Sasuke disse em tom de ameaça. — O máximo que vocês fazem aqui é atirar em pássaros. Cuidado. 

— Tá bom, tá bom. Vamos nos acalmar. — Karin os interrompeu enquanto tirava sua xícara  cheia da cafeteira e vinha se sentar junto com eles na pequena mesa redonda também. — Sasuke queria uns conselhos. Vamos dar alguns pra ele. 

— Como é que vou dar conselhos pra lidar com a garota mais poderosa da escola? — Suigetsu replicou. 

— Vamos esquecer um pouco esse detalhe sobre Sakura Haruno. — a ruiva respondeu com os dentes cerrados. — Vamos nos concentrar no fato de que ela tem uma personalidade forte pra caralho e provavelmente vai contratar alguém pra matar o Sasuke muito em breve por não controlar a própria língua. 

— Certo, vamos pensar em como lidar com uma mulher marrenta. — Juugo disse e depois deu um cutucão com o cotovelo em Suigetsu. — Essa é com você. 

— O quê? — o Hozuki perguntou, confuso. — O que eu tenho a ver com isso? 

Sasuke e Juugo olharam para Karin, que cerrou os olhos na direção de Suigetsu de forma sombria e mortalmente perigosa. Já o rapaz ainda parecia alheio ao climão ali instalado.

— Eu acho que você devia pedir desculpas por ter sido um idiota. — ela se voltou para Sasuke, aparentemente ignorando Suigetsu. Pelo menos por enquanto.

— Mas eu só fiz uma observação. — Sasuke tentou argumentar. 

— Uma observação sobre a vida pessoal dela, Sasuke! — a ruiva bateu na mesa, irritada com a falta de noção deles. — Você não tinha intimidade pra falar isso.

— Quer dizer que ele tem intimidade o suficiente para dedar ela, mas pra debochar do namoro com Naruto Uzumaki não? — Suigetsu questionou.

— Você está pedindo pra eu te bater, né? — ela se voltou pra ele, bufando de raiva. 

Enquanto ela e Suigetsu começavam a bater boca, Sasuke se pegou refletindo sobre isso. Tudo bem, ele sabia que tinha dado uma bola fora — não era nem atleta pra começo de conversa —, mas o que o mais preocupava mesmo era a opinião de Sakura sobre ele. 

Ele não queria que ela ficasse achando que ele era um completo babaca. Algo que ela já devia achar, na verdade, mas ele não gostava da ideia de ter ajudado a contribuir com isso. Ainda mais depois de tê-la nas mãos, literalmente. 

— Olha, dá um tempo pra ela. — Juugo murmurou pra o amigo, enquanto os outros dois ainda discutiam. — Deixa ela te perdoar no tempo dela, não fica forçando. Com sorte, ela só vai fingir que nada aconteceu e vocês podem voltar à relação normal dos negócios. Ou seja lá o que for que vocês tem. — ele deu de ombros. 

Sasuke assentiu com a cabeça, percebendo que seria isso mesmo que teria que fazer, já que não tinha muita escolha no momento.

Quando seus amigos terminaram de discutir, ele resolveu deixar esse assunto pra lá e se concentrar no que realmente tinham ido fazer ali. Estudar. 

Era um verdadeiro mártir ensinar física a Suigetsu, mas até que ele era um professor paciente. 

Perto das onze da noite, Karin e Juugo decidiriam ir embora, mas Suigetsu pediu pra ficar. 

— Posso dormir aqui de novo? — ele lhe perguntou.

— Dormir aqui? No muquifo que eu chamo de casa? — Sasuke retrucou com deboche enquanto lavava as xícaras de café que os outros tinham usado durante as horas de estudo.

— É que meus pais tão um porre de novo. Tá chegando o aniversário de casamento deles e você sabe como é. — ele resmungou, se encostando na geladeira do Uchiha. — A casa vira um campo de batalha. Até o meu irmão pula fora nessa época do ano. 

— Tranquilo. — Sasuke respondeu enquanto pensava em como uma casa daquele tamanho poderia ficar inabitável e pesada por causa de duas pessoas, mas nunca questionou os motivos de Suigetsu preferir ficar ali com ele ao invés de ir para um hotel, esbanjar de todos os luxos oferecidos com seu cartão de crédito ilimitado.

Suigetsu já foi logo se adiantando até o armário onde Sasuke costumava guardar um monte de tralhas, inclusive o colchão inflável que ele tinha o costume de estender no “corredor” entre o quarto e a cozinha.

Na verdade, era apenas um pequeno espaço onde dava pra estender o colchão sem ficar tão torto ou apertado. 

Já mais tarde, deitado em sua cama no quarto, Sasuke ficou encarando a pequena janela de vidro no teto, observando as estrelas no céu noturno e pensando sobre possíveis coisas que poderia dizer ou fazer para ajudar Sakura Haruno a não alimentar tanto ódio assim dele. 

#

Depois de brigar mais uma vez com os pais, Sakura estava bufando em seu quarto enquanto digitava freneticamente no computador e terminando de fazer um trabalho escrito para sua matéria de sociologia.

Caraca, por que os antigos sociólogos escreviam e divagavam tanto? Seria falta do que fazer? Ou apenas se deliciavam só de saber que iam ferrar com as noites de sono de milhares de estudantes no futuro? 

Ela bufou enquanto terminava de escrever sua quinta página de dissertação sobre um dos livros de Augusto Comte. Olhou pela janela ao lado de sua mesa de estudos, vendo que as estrelas lá fora estavam brilhando bastante, o que significava que já tinha passado da meia noite. Ela olhou o canto da tela de monitor, só para confirmar. 

Mas no fundo, Sakura sabia que sua falta de sono não era só por causa daquele maldito trabalho. Além de ter discutido de novo com a mãe por causa de seu término com Naruto — e agora estava fadada a ir sozinha para uma reunião na casa dos tios no dia seguinte —, ela também não parava de pensar em Sasuke. E nos dois sozinhos na casa de sua tia Tsunade. 

De forma quase instintiva ela pressionou um pouco as coxas uma contra a outra, mantendo as pernas bem fechadas enquanto sentia o próprio rosto queimando um pouco. 

Por que aquele idiota tinha que ser tão bom com as mãos? 

Ela bufou de novo, irritada enquanto encarava a tela à sua frente, pensando no rosto bonito dele e no sorriso malicioso em seus lábios enquanto seus dedos a acariciavam por cima da calcinha. 

Desde quando ela tinha começado a gostar de idiotas como ele? Nunca foi do tipo que gostava de “bad boys”. Ainda mais de idiotas totalmente convencidos. 

Mas tinha que admitir que apesar de toda a arrogância, ele estava certo. 

Ela nunca tinha gozado com outra pessoa, nem mesmo com Naruto. 

Fazer isso justamente com Sasuke Uchiha estava sendo uma experiência bem esquisita de se processar. De todos os garotos naquele colégio, por que justo ele?

Ok, talvez o destino realmente estivesse sendo cruel como ela. Como se não bastasse ter que lidar com todas as loucuras de sua família, agora ainda estava se vendo obrigada a conviver com Sasuke, já que precisava dele pra sair de vez das garras de seus pais e ir viver sua vida da forma como queria. 

Sakura tentou pensar na melhor forma de lidar com ele daqui pra frente, ainda mais depois daquele momento esquisito dos dois na casa de sua tia. Com certeza nunca mais olharia para aquele balcão da mesma forma. Mas teria que ignorar e fingir que nada tinha acontecido. 

Quando estivesse cursando moda em Toronto e estivesse tomando as rédeas de tudo, era só fingir que ele também não estaria lá. Que não se conheciam, que nunca tiveram nada, que não vieram do mesmo colégio e da mesma cidade. E cada um seguiria seu próprio rumo em paz, longe um do outro. 

#

Sasuke acordou com os gritos desesperados de Suigetsu. Ele deu um pulo da cama e saiu correndo para a cozinha, onde viu o amigo berrando de dor e susto enquanto Meio Quilo estava com as garras das quatro patas fincadas em sua cara. 

— O que vocês estão fazendo? — Sasuke berrou também enquanto corria na direção deles para tirar o gato da cara do rapaz. 

Assim que ele estava com o animal no colo, percebeu o quanto Meio Quilo parecia puto da vida. Estava com o pelo todo arrepiado, o que fazia parecer que ele tinha o dobro do tamanho que realmente tinha, então quase podia enganar alguém e dizer que era um gato de tamanho normal, e não um nanico de pernas curtas. Ele continuava rosnando na direção de Suigetsu. 

— O que você fez com ele? — Sasuke rugiu, indignado pelo gato. 

— O que eu fiz com ele? — Suigetsu respondeu aos berros enquanto tentava lavar a cara toda arranhada na pia da cozinha. — Esse diabo da tasmânia pulou na minha cara quando eu abri a porta do banheiro! 

— Claro, você o assustou! — Sasuke o acusou, furioso.

— Eu assustei ele? — Suigetsu o olhou como se ele fosse louco. — Você está se ouvindo? Desde quando tem um gato? 

— Não é meu, é da Vovó. Mas ele vive entrando aqui. — Sasuke o colocou em cima da mesa, sobre os livros bagunçados de Suigetsu enquanto passava a mão pela cabeça e as costas dele. — Relaxa, neném. Esse idiota não vai te machucar. — ele disse com a voz bem fininha.

— E como eu poderia machucar um demônio? — Suigetsu continuava urrando de dor e de raiva enquanto lavava o rosto na pia, com os cortes e arranhões doendo com o contato com a água. — Eu nunca vi isso. Um gato ridículo desses fazer tanto estrago. 

— Sua sorte é que ele não se machucou. — Sasuke resmungou. — Senão eu que iria terminar de destroçar a sua cara. 

— Meu Deus, você finalmente pirou mesmo. — o outro murmurou. — Eu sabia que ser criado por aquela velha maluca iria te deixar louco em algum momento. 

Sasuke olhou pela janela, percebendo que já estava claro lá fora.

— Não tenho tempo pra lidar com a sua ladainha. A gente tem que se arrumar para ir pro colégio. — ele disse já andando para o banheiro.

— Era o que eu estava tentando fazer quando fui atacado. 

#

Sakura sempre teve a atenção bastante disputada na escola, desde muito nova. Por sempre ter sido popular, as pessoas naturalmente estavam sempre querendo pelo menos cinco minutos de sua atenção. Mas desde o baile de boas vindas isso estava ficando ainda pior. 

Ela mal passava pelas portas de entrada e já vinha um monte de gente ao seu redor perguntar como estavam indo os preparativos para a próxima festa, e se eles seriam convidados. O pessoal de tribos como as dos nerds e cdfs pareciam os mais preocupados com isso, já que obviamente sempre eram esquecidos para esse tipo de ocasiões. 

— Que raiva. Isso só me faz perceber que eu não posso mesmo me livrar de Sasuke. — ela desabafou com Ino enquanto pegava suas coisas no armário para as primeiras aulas da manhã. — Senão olha a mina de ouro que vou perder.

— E bota mina de ouro nisso. Até porque o cara sabe cavar muito bem. — Ino comentou com sarcasmo. 

— Você quer que te bata? — Sakura ameaçou, já se arrependendo de ter contado a ela. Mas ela tinha que falar disso com alguém, afinal, mesmo que fosse significar aturar essas piadinhas de Ino.

— Só tô falando que você devia aproveitar todos os ângulos desse contrato que fizeram. 

— Eu não vou aproveitar porra nenhuma daquele babaca. — a Haruno resmungou fechando a porta do armário com força. 

— “Porra” nenhuma mesmo? Nem se ele pedir com jeitinho pra gozar na sua cara?

— Ino!

#

Sakura claramente o estava evitando. Isso ele percebeu desde o começo da manhã, mas na hora do almoço isso ficou evidente pra qualquer idiota. 

Ele estava sentado na arquibancada do campo externo do colégio junto com Karin. Os dois estavam evitando Suigetsu o dia inteiro, já que ele não parava de reclamar da própria cara arranhada. Deixaram para Juugo a tarefa de escutá-lo se lamuriando e choramingando por isso. 

No campo gramado lá embaixo, o pessoal do time estava jogando num treino informal, aproveitando o tempo livre. 

Sakura saiu de dentro do colégio e começou a andar na direção deles. Obviamente ela viu Sasuke ali na arquibancada, mas a todo momento manteve a cara virada para o campo enquanto andava até lá, fingindo que ele nem existia. 

— É, acho que você vai ter que pensar em outras formas de pagar o aluguel. — Karin comentou num tom que dizia que achava graça, mas ao mesmo tempo tinha pena do amigo. 

Sakura andou até a beira do campo, onde parou e assobiou alto, chamando a atenção de todos os meninos. Eles pararam de imediato com o chamado dela, numa cena que daria inveja até mesmo aos maiores treinadores do mundo. 

— Naruto, vem cá. — ela chamou alto e o loiro foi em sua direção enquanto os outros aproveitavam o momentinho deles para recuperar o fôlego e descansar. 

— E aí? — ele perguntou sorridente. — Qual a boa?

— Eu preciso que você venha comigo num jantar na casa dos meus tios hoje. — ela jogou a bomba de uma vez. 

— Por quê? — ele perguntou com curiosidade. 

— Porque eu não quero ter que ouvir as minhas primas me zoando porque fiquei solteira justamente no último ano do colégio. — ela respondeu cruzando os braços, incomodada e irritada só de pensar nisso. 

— Saquei. Temos que fingir que ainda estamos juntos. — ele assentiu, já conhecendo as primas irritantes de Sakura. — Beleza. Que horas é? Eu tenho treino depois da aula, mas prometo que vou. 

— Não se preocupe, é só às oito. — ela sorriu e olhou os cabelos bagunçados dele. — Dá tempo de tomar um bom banho e parecer apresentável. 

— Eu costumava ser apresentável o suficiente pra você antes. — ele debochou e riu logo em seguida. Sakura não pôde deixar de rir também. 

— Você lembrou de fazer o trabalho de sociologia, né? — Sakura o questionou. — Era pra hoje.

— Na verdade, eu paguei a Hinata Hyuuga pra fazer pra mim de novo. — ele admitiu com um sorriso amarelo, se referindo à uma das cdfs do colégio. — Aliás, ela me perguntou se você pretende mesmo fazer mais uma festa. E se eu conseguiria descolar um ingresso pra ela.

— Sério? — Sakura ficou surpresa.

— É, pelo menos eu acho que sim. — Naruto respondeu meio confuso. — É que ela gagueja tanto que eu quase não entendo muita coisa que ela fala. Mas foi basicamente isso, eu acho. 

— Saquei. — Sakura ficou reflexiva. 

— Mas e aí? Vai rolar mesmo? Porque, pelo que parece, você conseguiu unir todas as tribos nesse desejo louco por farra. Até os cdfs. — ele riu. — Ela parecia tão ansiosa que até resolveu me perguntar isso. E ela nunca me pergunta nada que não tenha a ver com as coisas que eu pago ela pra fazer.

De repente, a cabeça de Sakura se iluminou com uma ideia. 

— Naruto, você é um gênio. — a garota ficou boquiaberta. 

— Sou? — o rapaz indagou, confuso. — Sério? Por quê?

— É. — Sakura abriu um sorriso enorme antes de virar em direção das arquibancadas. — Valeu por isso. 

— De nada. — ele disse, ainda sem entender. 

— Sasuke! — Sakura chamou o Uchiha enquanto se aproximava de onde ele estava. 

— Levanta, levanta. — Karin o cutucou para que fosse logo até a moça, sem enrolar. 

Sasuke praticamente se jogou pro gramado, pronto para escutá-la. 

— Vem cá. — ela o segurou pelo braço e foi levando-o para detrás da arquibancada, onde podiam conversar sem serem vistos pelos outros. 

Sasuke estava disfarçando ao máximo seu nervosismo, porque sabia que, no mínimo, iria escutar umas poucas e boas dela agora. 

— Já sei uma boa temática para a próxima festa. — ela disse, sorridente e animada. — A mistura das tribos sociais que existe em todos os colégios. 

O Uchiha piscou, confuso. 

— O quê? — ele indagou, surpreso.

— Pensa o seguinte. — Sakura começou a explicar. — A gente pode ter como requisito para entrar na festa que a pessoa esteja acompanhada por alguém de uma tribo completamente diferente da dela. Tipo um atleta levando uma cdf. 

Sasuke ficou quieto enquanto escutava, porque estava tentando decidir se aquilo era um teste dela ou não. 

— Isso seria uma loucura total. — Sakura riu. — As pessoas iriam ficar loucas tomando coragem pra falar com gente que elas teoricamente não tem nada a ver só pra conseguir uma entrada. Os burburinhos não iriam parar por nada. 

— E você quer… — ele tentou se concentrar no assunto. — Quer fazer as pessoas falarem sobre isso através dessa… “polêmica”?

— Polêmica é a chave para qualquer divulgação. — ela argumentou. — Se as pessoas sabem usar isso a seu favor, claro. 

Sasuke estava olhando para o rosto dela, cheia de expectativas animadas esperando por uma resposta dele. Ela realmente pouco estava ligando para o que tinha acontecido entre eles no dia anterior. 

— Eu… acho que seria uma boa. — ele respondeu. E estava sendo bem sincero, apesar de sua cabeça estar repleta de outras preocupações. 

— Ótimo. — Sakura falou em tom de comemoração. — Vou começar falando disso com o meu pessoal. Você faz isso com o seu. 

— Certo. — ele concordou, engolindo em seco. 

Quando ela se virou para ir embora, no entanto, Sasuke agarrou seu cotovelo por instinto. 

— Espera. — ele disse com a voz rouca. 

Sakura o olhou sem entender. O moreno suspirou. 

— Foi mal por ontem. — ele disse de uma vez. — Eu não queria te deixar constrangida. Falei aquilo no calor do momento. 

Sakura corou de novo, se sentindo minúscula por causa disso. 

— Não foi nada. Esqueça. Nunca aconteceu. — ela resmungou tentando se desvencilhar dele, porém Sasuke continuou segurando seu cotovelo. 

— Eu sinto muito mesmo. — disse ele. 

— Tudo bem, Sasuke. — Sakura começou a alterar o tom de voz, ficando mais vermelha e mais nervosa. 

— É sério. — ele insistiu.

— Esqueça isso! — ela quase gritou. 

Os dois pararam e ficaram se encarando de forma tensa por quase um minuto, sem nem piscar. Isso, claro, até Sasuke largar seu cotovelo e levar as mãos ao seu rosto. 

Imediatamente, Sakura ficou na ponta dos pés na tentativa de ficar da mesma altura que ele, uma tarefa quase impossível, mesmo de salto. Mas ela circulou os braços ao redor de seu pescoço enquanto sua boca encontrava a dele com um desejo quase aflito. 

Sasuke a segurou firme pela cintura, a erguendo um pouco até levá-la e encostá-la contra um dos ferros dali, de debaixo da arquibancada. Ele pressionou seu corpo contra o dela enquanto suas mãos voltavam para seu rosto, segurando enquanto a beijava de forma quase desesperada. 

Sakura correspondia a tudo prontamente. Sua língua se enroscava na dele de forma ardente. Ela gemeu ao senti-lo segurar firme em sua nuca, puxando de leve os cabelos da região. 

Meu Deus, desde quando ficava louca e perdia totalmente o controle assim por causa de um garoto? Isso nunca aconteceu antes, mas aparentemente, Sasuke lhe despertava um lado de si mesma que ela nem ao menos conhecia. 

Era como estar de volta ao laboratório de ciências, só que agora não podia fazer barulho porque alguém sentado nas arquibancadas acima deles podiam lhes escutar. E nem ao menos podia se dar ao luxo de começar a tirar a roupa dele pra ver de novo as tatuagens, porque o risco de serem vistos era muito perigoso, ainda mais naquela situação em que se encontravam. 

Mesmo assim, Sakura correspondia ao beijo dele como se não houvesse um amanhã. E como se nem fossem se ver horas mais tarde, sozinhos no museu de arte. 

Sasuke praticamente devorava os lábios dela, sentindo o gosto de pasta de dente em sua boca, já que ela provavelmente já tinha almoçado e escovado os dentes de imediato. 

Ele queria fazer muito mais, porém sabia que não podia. E já estava com muita sorte só dela não ter lhe acertado um chute entre as pernas. 

Eles se separaram pela falta de fôlego, já que o beijo tinha sido tão feroz e empolgado que isso logo lhes faltou. Mesmo assim, Sasuke continuou com as mãos segurando o rosto dela, e Sakura continuou com os braços ao redor do pescoço dele. 

Eles abriram os olhos e encararam um ao outro, ofegantes enquanto normalizavam suas respirações. 

— É assim que eu gosto de você. — Sasuke murmurou com a testa encostada contra a dela. — Quando está gostando disso tanto quanto eu. 

Sakura não respondeu nada de imediato. Só o encarou de volta, um pouco surpresa com as palavras dele. Ela engoliu em seco enquanto apertava os braços um pouco mais ao redor dele. 

— Então para de tentar me irritar. — cochichou de volta. 

— Você não gosta quando eu te irrito? — ele sorriu de soslaio um pouco. — Depende de como eu irrito, não é?

Sakura se sentiu corar de novo, fechando os olhos enquanto permanecia com a testa colada na dele, apreciando aquele cheiro maravilhoso de sabonete artesanal que ele tinha.

— A gente se fala depois da aula. — ela disse depois se inspirar o suficiente para guardar aquele cheiro bem fundo dentro de si antes de largá-lo e sair de perto dele devagar. 

Sasuke ficou observando as costas dela, enquanto se afastava ajeitando o cabelo e as roupas, tentando parecer que nada de mais tinha acontecido lá embaixo da arquibancada. 


Notas Finais


Ai ai, hein? Espero que tenham gostado <3

Playlist da fic: https://open.spotify.com/playlist/2pRf8AyYOLY4GZUdFcasdR?si=96pV7AVgRq29vpukALofJA

Instagram: writer.plutoniana

Cronograma de atualizações: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1t5DKJYcCh_KA6E9p385Eqy_cw1MLKYhjYMR1-lrFvi0/edit#gid=0


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