1. Spirit Fanfics >
  2. Angel >
  3. Saviors.

História Angel - Saviors.


Escrita por: thbabygirl

Notas do Autor


E aeeen mozamo, tudo bem com vocês? Feliz natal atrasadíssimo. ❤

Capítulo 17 - Saviors.


Fanfic / Fanfiction Angel - Saviors.

Passo pelos portões enferrujados que indicavam a saída — ou, no meu caso, a entrada — notando que a única coisa que separa os enormes prédios e todo o campus daqueles portões é um estreito túnel, sujo e medonho.

No momento em que arrisco o primeiro passo para atravessá-lo, um calafrio me percorre e eu encaro a entrada e saída do túnel. Aquilo me deixa sem ar.

Eu não era muito fiel à histórias contadas por avós, mas algo estava errado. Olho para trás, apenas por segurança. Suspiro com o alívio por ainda estar sozinha.

Mas eu já não me sinto tão certa disso quando olho para frente novamente. No final daquele estreito espaço enxergo a silhueta de um outro alguém.

Seria Justin? Ele me acompanhou até aqui sem que eu percebesse?

— É você? — pergunto, não tão alto.

Afinal, poderia ser alguém da coordenação. Se fosse esse o caso, eu estava encrencada.

A voz indistinguível ecoa algo, mas baixo demais para que eu pudesse entender.

Tinha que ser ele. Afinal, quem mais saberia que eu ou qualquer outra pessoa estaria aqui agora?

Ele sabe que esse é o único lugar em que eu poderia entrar sem que me notassem. Encaro meus pés e avanço mais alguns passos, vendo a figura se aproximar também, aos poucos podendo ser identificado.

E não era Justin.

Travo imediatamente qualquer tipo de movimento que meu corpo exige que eu faça.

— Patrick?

— Primeiro e único. — seu sorriso coberto de malícia toma conta de sua face. 

— O que... o que faz aqui? 

— Bom, você sabe. Eu estava aqui, de bobeira, observando tudo. — percebo que ele se refere à minha saída. — E vejo você sair com o instrutor. Pensei: o que há de errado em ela abrir as perninhas tão facilmente para o Bieber, quando, comigo... decidiu que seria sábio me esnobar na frente dos meus amigos?

Mesmo quieta, sinto a distância diminuir pouco a pouco.

 — Eu observo você desde o dia em que saiu da biblioteca me tornando a piada entre eles, embora o meu interesse em te ver tenha sido por outros motivos. Talvez agora eu tenha apenas o estopim para conseguir o que eu quero.

Ouço um ruído como algo que estivesse se rasgando, mas congelo ao concluir que não era disso que se tratava. O ruído vinha de seu zíper, agora aberto.

— Sabia que estava aprontando algo. Sabia que tinha algo no meio de tanta pressa para ir embora. Então eu te esperei bem aqui. — Patrick segura em um dos meus braços e me lança em um dos lados do lugar enquanto apertava meu pescoço. — E agora eu vou mostrar pra você que quando eu faço minha escolha, ninguém a muda.

Eu tentava buscar o ar enquanto evitava olhá-lo ao lutar contra sua força. Patrick tirava suas roupas apressadamente.

Eu não sabia descrever o tamanho do pânico que estava sentindo. Eu já não respirava normalmente devido à força que ele mantém em sua mão ao redor do meu pescoço. Não havia chances. Eu não conseguia livrar suas mãos podres de mim.

— Eu vou te deixar respirar, mas só porque quero ouvir você gemer enquanto eu fodo essa sua buceta virgem. Sua vadia.

Eu estava imóvel logo após ouvir suas palavras frias. Meu corpo era incapaz de mostrar algum tipo de defesa a mais e eu não sabia se era o medo ou por ter congelado ao notar o que estava prestes a acontecer.

Suas mãos pesadas e geladas mal me permitia respirar, mas eu não desisti de tentar gritar.

— Sabe, eu teria gostado se isso fosse feito naquele dia, seria melhor pra você do que pra mim. Infelizmente, pra você, eu vou precisar ser rápido hoje.

Patrick sorri, perverso, colando seu corpo ao meu. Mas antes que eu pudesse raciocinar o que faria agora, ele é bruscamente retirado dali e atingido do lado direito do rosto, caindo posteriormente. Observo Jason fixar uma de suas mãos na jaqueta do homem ao chão e enchê-lo de socos que ecoam em ruídos ocos.

Eu não sei se é apropriado me sentir horrorizada observando a cena ou se devo correr, mas nenhuma das duas opções eram muito favoráveis já que nenhum músculo de meu corpo se move. E então, Patrick, que até então estava em desvantagem, acerta o tronco de Jason com um chute. Vejo-o cambalear enquanto Patrick corre em direção ao fim do lugar, mas ele não consegue completar sua fuga.

Patrick bate contra um corpo rígido como um alto muro de concreto em sua frente e cai. Arregalo os olhos ao ver Justin segurando o garoto pelo pescoço e encostando-o em uma parede, depositando um soco inacreditavelmente potente em seu rosto.

Eu não acredito na probabilidade de alguém resistir à um gancho de direita desses sem cair, até isso ser exatamente o que acontece.

Bieber larga seu corpo mole ao chão. Ele cai, silencioso. Apavorada, penso se realmente acabei de assistir isso.

O transe que me prendia à cena anterior me traz de volta à realidade quando Justin se aproxima de onde eu estava com Jason — ainda com as mãos ocupadas no local atingido — chegando à conclusão de que ele havia me seguido.

E que bom que ele o fez, por mais estranho que isso pareça.

Ele veste uma skinny preta e camisa com mangas até os pulsos, mas que agora estava suspensas até perto dos cotovelos.

Ele não tinha roupas mais confortáveis?

Em um piscar de olhos, Justin faz com Jason o que fizera com Patrick segundos atrás. Dessa vez, eu consigo reagir e defender Jason.

O que ele pensa que está fazendo?

— O que faz aqui, imbecil? — ele o encara com ódio, como se Jason tivesse feito algo errado.

— Justin, solte-o! — grito com o tom mais alto que minha voz permite. Jason não se debate contra suas mãos, apenas encara o homem furioso em sua frente com confusão.

— Por que eu deveria? — questiona, sem tirar os olhos do alvo. — Ele estava te seguindo.

— E você não estava? — Justin infla o peito, mas vejo seus olhos se darem conta. — Ele chegou para me ajudar.

Então sua mão esquerda o larga com desprezo. Jason suspira, aliviado. Justin ainda o encara, como se esperasse uma explicação.

— Obrigado. — Sanders o agradece carregado de ironia, prestes a ir para cima de Bieber. 

— O que ele fez? O que estava acontecendo por aqui?

Justin ignora totalmente qualquer rastro de existência de Jason, se dirigindo ao corpo jogado alguns metros distante de nós. Eu fecho meus olhos. O sangue no rosto do rapaz me traz de volta o desespero de antes.

— Ele não está morto. Só desacordado.

Respiro um pouco mais à fundo quando ele me responde, parecendo ler o que minha mente processa.

Jason se aproxima, notando que não consigo formular explicações.

— Eu estava fazendo uma ronda lá em cima à pedido de Margaret e vi Katherine no começo do campus. Eu a segui para perguntar onde ela queria chegar, mas já era tarde. — ele balança a cabeça como se lamentasse por algo. — Patrick já estava aqui.

— Na verdade... você chegou na hora certa. — respondo, me aninhando em meus próprios braços ao redor do meu corpo.

Justin alterna seu olhar para nós dois, calculando alguma coisa.

— Jason, você pode não... hum... sobre Justin e eu...

— Ele não faria isso. — Justin diz, como se pudesse ler minha mente. Como sempre. — Quando se vive aqui, acabamos entendendo a diferença entre algumas coisas. 

— Não há motivos para que eu queira me intrometer nisso. — ele retribui meu sorriso e direcionava sua palavra apenas a mim. — Vamos resolver isso.

Ele se refere ao rapaz jogado ao chão, que por um curto momento eu havia esquecido.

Jason caminha até onde Patrick está jogado, agora prestes a levantar. Justin permanece quieto, com seus braços cruzados, como se não desse a mínima para a situação.

— Não toque nessa garota. Não fale com ela, não olhe e nem ouse chegar perto mais uma vez. E respire com cuidado. — Jason o segurava pelo colarinho de sua roupa enquanto o garoto duas vezes menor que ele o observa com pânico. — Se por um acaso eu souber que você tentou fazer algo novamente, com quem for, você ficará sem pernas, sem braços e, se não tomar cuidado, sem a cabeça. Vai passar a andar por aí sem qualquer membro. Igual um pedaço de merda. 

Patrick não hesita em mostrar que entendeu o recado. 

— Eu não deveria dar uma chance a você. Homens como você não merecem segundas chances. — Jason suspira. Eu engulo seco, ainda observando o sangue em todo lugar. — Mas eu realmente não posso confiar que as duas testemunhas guardariam meu segredinho, então... sugiro que pense bem sobre isso. Sempre se lembre da merda, assim lembrará como vai ficar se ousar encostar um dos olhos nessa ou em qualquer garota. 

Sanders nos encara uma última vez antes de seguir para o lado oposto, sumindo de nosso campo de visão rapidamente.

Justin me oferece um apoio para que possamos sair do ambiente. Quando estamos no meio do campus, prestes a entrar:

— Não deveria ter te deixado vir sozinha. Não deveria ter...

— O quê?

— Eu deveria estar aqui. Com você. Isso não teria acontecido se eu estivesse aqui.

Se eu não tivesse prestando tanta atenção em suas palavras não as teria escutado. Seu tom é quase inaudível.

— Supondo que ficará melhor ao ouvir isso, eu diria que não há um culpado aqui. Não precisa pensar dessa forma.

— Eu sei, mas isso ainda é uma merda. — ele esfrega os olhos com as mãos. — E eu sei que não aconteceu, mas... porra. Eu não me sinto melhor. Nem por isso. 

— Não aconteceu. É o que importa. — encaro o prédio. — Eu preciso ir.

E tudo vem à tona. Eu não queria vê-lo, não ainda. Embora o momento tenha sido apropriado, não é como se suas paranoias fossem eliminadas das minhas memórias de mais cedo. Não me orgulho desse sentimento, mas é o que é.

Eu o encaro uma última vez. Seus músculos rígidos estavam perfeitamente desenhados na camiseta colada ao seu corpo.

Eu não faço a menor ideia de como qualquer coisa e assunto, por mais sério que seja, se volte à ele e sua incrível habilidade de atrair qualquer desejo por sua aparência.

Ele é Lúcifer. E talvez essa seja a única coisa mais perto da certeza que cheguei em relação à Bieber.

A semana seguinte passa tão rápido que eu mal noto as preparações para o grande baile dos fundadores chegando. Estávamos no segundo horário, que chega mais rápido que o esperado. Eu já não passava o dia todo me lembrando do acontecido da semana anterior — e nem queria.

Selena Gomez nos conduz até uma sala próxima aos laboratórios, onde já tivemos aula de robótica. A aula que me faz entender porque Camila está sempre certa em qualquer discussão: é uma péssima aula.

— Não pense que eu não notei o seu sumiço. — Noah surge do meu lado, brotando como uma alma maligna. — Calma, seu segredinho tá seguro comigo.

— Eu só queria... — encaro seus olhos divertidos. Noah estava rindo de mim. Mas do quê exatamente? — Do que está rindo?

— Nada. É que você passou muito rápido de uma noviça para uma católica rebelde péssima em mentir. — reviro os olhos.

— Eu só não queria ficar aqui para lembrar que estávamos de castigo.

— Sei. — ele parece incerto. — Camila e Pietra estão ansiosas com o baile. Conseguiram um jeito de entrar.

— Oh. Isso é legal.

— Legal vai ser quando você me ver vestida naquela roupa. — Camila surge em nossa frente de repente. Todas essas pessoas eram assim? — Você e Noah vão ter que convencer Margaret se quiserem ir.

— Como você conseguiu? Você é mesmo o demônio, não é, Camila? 

Noah xinga a irmã. Eu os observo, xingando e rindo um para o outro. Penso como seria ter um irmão.

— Eu a convenci do jeito antigo. Falei para Margaret que iria planejar as sessões de filmes do Sr. Jones. Cá pra nós, é um saco. Então resolvi ajudar, sei lá. Deve ser algo épico. Pergunte para a nossa estudante de literatura se eu não sou o próprio gênio. — ela sorri e aponta em minha direção. — Se ofereçam para limpar a sala dela, ou a biblioteca, quem sabe... — diz, se afastando e indo em direção à sala.

Notamos que estávamos longe da nossa nova instrutora e seguimos em frente.

— Já sei. — ela cessa todos os passos, me fazendo tombar em seu corpo. — Arrumem um namorado para ela. A velha deve estar no maior queijo.

Ao entrarmos na sala, apreciamos as paredes recém-pintadas. As cadeiras eram aparentemente confortáveis e tudo parecia novo.

Selena agora estava com os cabelos mais curtos, mas o que não muda é seu bom gosto para roupas. Ela nos conta um pouco sobre o patrimônio da família Gomez e eu os invejo por um momento.

O único bem que me restava de minha família era aquela mansão. A qual eu nem frequentava mais.

Ela nos explica como tudo era feito antes que existisse toda a nomeação que receberam do mundo inteiro. O trabalho era feito à mão: algumas mulheres trabalhavam na construção dos tecidos com a ajuda das poucas máquinas de costura enquanto outras faziam os esboços. Ela também ressalta a importância que Margaret vê em nos fazer aprender a produzir e costurar: seríamos nós a "fabricar" nosso próprio uniforme dos grandes jogos no fim do ano. Desde roupas das líderes de torcida até roupas dos atletas.

— Ao menos vamos receber em dinheiro? Eu fiz a porra das unhas ontem, se elas quebrarem, eu vou... — Noah resmunga.

Selena pede que todos procurassem os assentos e aguardassem suas instruções. Aos que já sabiam, podiam iniciar construindo qualquer tipo de roupa para testar as habilidades. Eu permaneci quieta. Minhas habilidades em tricotar estavam por volta de zero.

Noah e Camila discutiam para ver quem faria mais rápido. Eu sento em um dos assentos, concluindo que era realmente confortável. Na porta, algo chama a atenção de algumas pessoas.

Se tratava de um garoto alto, parado a nos encarar com tédio. Selena o convida a entrar e procurar por um lugar, não ficando muito difícil avistar a cadeira ao meu lado que se encontrava vazia. Todos o acompanham com olhos curiosos, como se ele fosse algum tipo de celebridade.

— Katherine e... Shawn. — uma voz feminina familiar chama minha atenção. — Estou certa?

Fiz que sim com a cabeça, assim como o garoto ao meu lado. Ela se aproxima, nos explicando como funcionava aquela máquina nas mesas.

— Comecem localizando o botão para ligar a máquina. Acreditem, é sempre a primeira pergunta.

Shawn rapidamente atravessa o braço pela minha cara para alcançar o botão e o aperta.

— Ótimo, agora coloquem a linha dessa forma. — suspiro. — E depois vocês decidem por onde transformar esse pedacinho de pano em belos uniformes.

Iria ser um trabalho e tanto.

— Posso dar uma olhada na arte de vocês?

Ao final da aula, éramos um dos poucos finalistas e persistentes da tarefa. Eu e Shawn rimos em uníssono, de desespero.

Ela queria mesmo ver isso?

Nossa camiseta havia ficado com um enorme desencontro na parte de baixo entre as linhas, graças à Shawn que parecia ter tremedeira constante. As mangas uma maior que a outra. A diferença assustava qualquer um.

Eu estudo o semblante de Selena e, mesmo ela, ri.

— Parece obra de Leonardo da Vinci. — ri. — É melhor guardarem isso. Vão precisar consertar em nossa próxima aula.

Quando estico meu braço para alcançar a roupa de sua mão, avisto uma profunda cicatriz em seu pulso. Selena segue meu olhar, espantando-se, cobrindo com sua outra mão.

— O que aconteceu com você?

Ela me encara, breve, com certa fúria no olhar. Meu encontro com sua marca não parecia ter agradado.

— Foi uma boa aula, senhorita Walker.

Uma Camila bem saltitante cantarola em nossa frente sobre sua tão falada roupa. Margaret havia nos liberado para irmos até a loja de vestidos de festa mais próxima. Pietra está ao lado de Camila, de braços entrelaçados com a amiga. Noah estava agarrado ao meu, me dando um sermão daqueles.

— Juro que se da próxima vez você não pegar o contato dele, eu vou...

— Noah. — Pietra balança a cabeça negativamente. — Ele é hétero. Desista.

Noah gargalha alto.

— Isso porque vocês não viram como ele me olhou aquele tempo todo. — afirma, balançando os dedos em negação. — Ele só precisa de um empurrãozinho.

Entramos no lugar e a atendente já aguardava por Camila. Chegamos até um grande espaço com alguns belos vestidos espalhados. Camila se dirige para perto das cabines e faz gesto para que fossemos também. Ela havia escolhido um belo vestido, no fim das contas. Realmente era motivo para se falar tanto.

— Eu sei que não é novidade, mas me digam... — ela dá um giro. — Eu tô uma delícia, não tô?

— Parece a carcaça de um urubu. — Noah se pronuncia, com humor. Pietra gargalha, mas concorda com Cam.

— E eu acreditava que perfeição não existia. — aplaude. — Nossa, essa foi péssima.

Me aproximo de Camila, analisando os detalhes do vestido. O amarelo traz um estilo diferente para ela que costumava usar cores escuras. 

— É perfeito, Cam.

— Pausa para mim agora. — Pietra surge ao seu lado, vestida num tom rosê.

Tinha um enorme decote, de forma que deixasse seus seios elegantemente expostos e mais valorizados. 

— Ca. Ra. Lho. Olha esses melões saltando aqui pra fora. — Noah aponta para a área fazendo cara de nojo e eu ri alto. — Essa é uma das cenas mais temidas por um gay. Obrigado por isso, Pietra. Agora vou lembrar pra sempre porque gosto de homens.

Nós rimos e elas acertaram os últimos ajustes.

— Não precisa babar, também. Eu já entendi que sou completamente irresistível.

— Vocês vão falar com Margaret ou não? Pelo amor de Deus, vocês tem que ir.

Noah entra no assunto com elas, enquanto eu só pensava em me isolar e dormir.

Seria difícil não pensar em tudo o que aconteceu e não falar para alguém. Eu precisava ficar sozinha, de fato.

Entro em meu dormitório e Pietra não me acompanha. Ela e Camila estavam muito ligadas ultimamente. Jogo meus sapatos em qualquer lugar e me lancei sobre a cama. Minha felicidade em pensar que dormiria por horas passou mais rápido do que quando havia chegado.

Solto um alto suspiro de indignação e me dirijo para abrir a maldita porta.

Antes que meus olhos avistassem quem havia batido, sinto aquele cheiro. Maldito seja esse cheiro. Não havia ninguém e nada a não ser aquele perfume fino e inconfundível que eu tinha apreciado muito ultimamente. Mas o que ele estaria fazendo aqui? E por que sumiria no mesmo instante?

Eu estava confirmando minha teoria: esse homem é realmente o diabo. Como ele pode estar em todos os lugares e sumir no instante seguinte?!

Me estico para verificar os corredores a acabo tropeçando. Encaro por mais de uma vez, sem querer acreditar naquilo de verdade.

Uma caixa com um laço pequeno — e com meu nome estampado nela — está pousada no tapete. Carrego o objeto até a minha cama e me certifico de trancar a porta antes de abri-lo. Um longo vestido preto ocupa a caixa. 

Há uma enorme fenda em uma das pernas — que provavelmente ficaria inteiramente exposta — e eu não pude deixar de admirar. É um belo vestido, mas não me serviria. Ainda mais para ser usado... onde? Na aula de esportes?

O rotineiro bilhete estava no fundo da caixa. Reviro os olhos automaticamente. É de Justin, com toda certeza. 

Eu estava sendo idiota só por ter pego isso em minha porta ou estava apenas sendo curiosa? Eu espero que a segunda opção fosse a correta.

"Aceite como o começo de um pedido de desculpas. Use-o amanhã, às dezoito. Você ficará excepcionalmente gostosa nisto."

Um suspiro alto e inevitável vaza por meus lábios. 

Sem dúvidas, é de Justin Bieber. 

A tentação jogada na terra. 

O meu inferno particular.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...