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História ÂNGELA: Virgem - Caixa


Escrita por: JakobFKings

Capítulo 15 - Caixa


Mesmo com a chuva torrencial que desabava sobre a região, exatamente às 20 horas, Ângela tocou a campainha da casa da professora Ambrósia. Pontualidade era uma característica que ela gostava de cativar. Ademais, ela precisava do dinheiro para ajudar os pais e queria causar uma boa impressão, a fim de ser contratada novamente sempre que Ambrósia precisasse.

A residência era de bom gosto, em um bairro de classe média da cidade. Nada comparável à opulência da residência dos Toledo, mas algo que demonstrava que os donos tinham uma condição de vida confortável.

_ Ângela! Entra, vamos! Sai dessa chuva! Está molhada? Não? Ótimo! - disse Ambrósia com um sorriso - Pedro, você se lembra da Ângela? Ela vai ficar aqui hoje com você enquanto papai e a mamãe estão fora. Tudo bem? Eduardo! A Ângela chegou.

Ambrósia usava um belo vestido verde, justo, que valorizava sua pele clara e seus cabelos castanhos e combinava com seus olhos cor de esmeraldas. Estava de salto alto, devidamente maquiada e com o cabelo arrumado. Seu perfume era inebriante.

“Como ela é bonita…” - pensou Ângela. Aquela beleza ficava usualmente escondida sob os trajes sérios que a professora usava para lecionar. Vestida para uma festa, ela estava mais jovem e vívida. O olhar brilhava.

_ Oi, Ângela, boa noite! Tudo bem? Amor, está pronta? Podemos ir? Estamos um pouco atrasados e essa chuva pode complicar o trânsito.

Eduardo também estava bem vestido, embora não chamasse qualquer atenção em contraste com a esposa. Usava um terno cinza bem cortado e camisa social sem gravata. A forma física era bastante boa para alguém na faixa dos quarenta e poucos anos.

_ Estou, sim. Vou só passar umas instruções para a Ângela.

E Ambrósia explicou sobre a rotina do filho e onde ela poderia encontrar tudo o que precisasse. Certificou-se também que Ângela tinha todos os telefones necessários. Não seria mais do que deixar ele ver um pouco de tv, brincar, dar um lanche e colocá-lo para dormir às dez horas. Depois, era só esperar Ambrósia e Eduardo retornarem.

_ Podemos chegar no meio da madrugada ou no começo da manhã. Quando vamos jantar na casa desses amigos a gente costuma perder a hora. Tudo bem pra você, não é?!

_ Sim, ótimo. Não se preocupem. Estou à disposição até de manhã.

_ Pedro, dá um beijo na mamãe e no papai.

O garoto se aproximou e abraçou os dois.

_ Tchau, Ângela. Até mais! Qualquer coisa, liga pra gente!

_ Pode ir tranquila, professora! O Pedrinho está em boas mãos.

Eles saíram pela porta da sala que dava na garagem e logo Ângela viu pela janela o SUV do casal deixando lentamente a alameda sob a chuva torrencial.

Logo, ela se voltou para Pedrinho e começaram a conversar. O garoto era educado e não foi difícil se aproximar dele. Ele inventava brincadeiras e Ângela participava. Matias tinha razão nesse ponto: ela era boa com crianças.

As brincadeiras levaram Ângela a ver toda a casa.

Era uma residência decorada com bom gosto, sem exageros. O diploma de doutorado de Ambrósia, conquistado em uma prestigiosa universidade inglesa, tinha lugar de destaque numa parede, rodeado por lembranças das viagens do casal, como fotos e pequenas esculturas e ornamentos de várias partes do Brasil e do mundo.

Ângela não pode deixar de admirar a professora. 

Ambrósia era bonita, elegante, inteligente e, além de uma família linda, tinha uma carreira acadêmica de sucesso. Era respeitada em seu campo de atuação, com vários artigos e livros publicados. 

Além das fotografias no corredor, duas pinturas adornavam a entrada do quarto do casal. Ela não entendeu direito o que significavam, pareciam retratar cenas, mas de uma forma aparentemente abstrata. Arte não era o forte de Ângela. Nos estratos sociais mais simples, como o que ela vivia, raramente há acesso a educação sobre artes plásticas. De qualquer modo, ela observou durante algum tempo as telas, enquanto brincava com Pedrinho.

A casa tinha um jeito aconchegante, de família amorosa. Várias fotos guarneciam os móveis: familiares, amigos e crianças. Pedrinho posava ao lado de seus avós e  tios e de amigos de seus pais.

Era um lar que Matias, sem dúvida, iria gostar, pensou novamente Ângela.

Tão absorta estava, que Ângela não percebeu que Pedrinho saíra de seu campo de visão por uns instantes.

_ Pedrinho, cadê você?

Ouviu um riso de criança.

_ Ah, aí está!

_ Tia Gê, eu escondi seu telefone. Duvido você achar!

E riu gostosamente!

_ Pedro, você não pode pegar as coisas dos outros e esconder assim! Tem que pedir. Me mostra onde está!

_ Não! Agora você tem que achar! - gargalhou ainda mais a criança.

Ângela procurou o telefone fixo e ligou para seu celular, mas lembrou-se de que o aparelho estava no silencioso. Não adiantava. Pedrinho gargalhava.

_ Pedrinho, eu preciso do telefone. E se acontecer alguma coisa? Como a gente liga pra pedir ajuda?

_ Aí eu te mostro! Tem que achar!

Ângela concluiu que não tinha opção, senão entrar na brincadeira. Só que não seria fácil encontrar algo tão pequeno numa casa que ela não conhecia. Fora que não poderia simplesmente revirar a casa de estranhos.

_ Me dá uma dica?

_ Eu falo se você está quente ou está fria!

E Ângela começou a procurar, seguindo orientações pouco exatas de Pedrinho. O garoto se divertia. Aparentemente, ele já aprontara essa travessura algumas vezes antes. No final das contas, ela descobriu que o garoto provavelmente escondera o celular no guarda-roupas dos pais. Marcas de pezinhos sobre a cama o denunciaram.

Ângela tirou os sapatos e subiu na cama, a fim de alcançar uma das portas que ficavam sobre a cabeceira.

Ela abriu uma porta, depois outra, até ver o celular, colocado ao lado de uma caixa de madeira quadrada clara de aproximadamente cinquenta centímetros de largura e uns vinte de altura.

_ Não vou deixar você pegar! - riu Pedrinho pulando nas pernas dela.

Ângela se desequilibrou e tentou se agarrar no móvel para não cair junto com Pedrinho. Sua mão se segurou na caixa de madeira, que escorregou para fora do armário. Ela caiu na cama com Pedrinho e a caixa no chão.

_ Ai, meu Deus! Será que eu quebrei alguma coisa! - ela se desesperou. Pedrinho ria. Felizmente, nada acontecera com ele..

Ângela desceu da cama e foi juntar o que caíra da caixa. Mas, ao perceber o que era, ela recuou e pegou Pedrinho.

_ Vem, cá! depois eu cato essas coisas! Hora de você trocar de roupa para dormir. Já brincou muito!

_ Posso ver desenho?

_ Só um, depois cama, tudo bem?

Ângela fechou a porta atrás de si, ainda assustada, e os dois foram para a sala de tv.

Minutos depois, ela trocou a roupa de Pedrinho, deu-lhe um lanche, ajudou-lhe a escovar os dentes e colocou-lhe para dormir. Depois, Ângela leu para ele uma história, na qual ela mesma não prestou atenção. Quando teve certeza de que o garoto não estava mais acordado, ela saiu do quarto pisando na ponta dos pés e foi novamente para o dormitório do casal.

A caixa de madeira estava lá, estatelada no chão, entreaberta. Ao lado, espalhadas pelo chão, diversas fotos instantâneas, estilo Polaroid. Ângela catou apressadamente todas as fotos, tentando não reparar no conteúdo, e as recolocou na caixa rapidamente. Porém, ela não pode deixar de notar que dentro da caixa havia mais fotos e outros objetos.

Nessa olhada de relance, ela pôde perceber que os instantâneos eram de Ambrósia e Eduardo. Ou, ao menos pareciam ser dos dois em sua maioria. Em algumas delas Ângela não pôde ter certeza de quem era retratado. Pelo que Ângela entendeu, aquela caixa de madeira guardava recordações de aventuras eróticas do casal. Ambrósia havia sido retratada em diversas poses e momentos.

Com o rosto ruborescido e sentindo-se culpada por violar a intimidade de Ambrósia, Ângela recolocou a caixa no armário e retornou para a sala de tv, a fim de esperar o tempo passar até que o casal retornasse.

Ela pegou o celular e foi conferir as redes sociais e as notícias. Parece que a chuva estava realmente forte. Os perfis dos jornais noticiavam pontos de alagamento na cidade e deslizamentos de terra na zona rural. Mas, ali no bairro, tudo estava em ordem. Desligou a tela do celular e colocou um filme qualquer, mas, claro, ela não parava de pensar nas fotos. Olhou por diversas vezes o relógio.

“São dez e cinquenta. Eles não devem chegar antes da meia noite de jeito nenhum… ainda mais com essa chuva”

O lado voyeur de Ângela, revelado e explorado na fazenda, aflorara novamente quando ela se deparara com aquelas fotos. A curiosidade pelo conteúdo da caixa a perturbava, a deixava inquieta. Ela precisava ver o que estava lá. Ela lutou contra essa vontade o quanto pode, mas, por fim, cedeu.

“Ora… eu só vou dar uma olhada.. não vou contar pra ninguém e ninguém vai ficar sabendo… nunca… Quando eu ia imaginar que esse casal tão certinho, com filho e tudo, fazia esse tipo de coisa? Que a minha professora, séria, doutora, gostava de tirar essas fotos pornográficas? Nunca… Nunca que eu ia imaginar isso… A Nat e o Gui não perceberam que eu estava lá. Aqui, então, mais tranquilo ainda. É só eu colocar tudo no lugar novamente…”

Tirou os sapatos mais uma vez e foi furtivamente até o quarto do casal. Subiu na cama e alcançou a caixa. Reparou que um cadeado havia sido deixado ali do lado e que a caixa tinha um fecho. Talvez eles tivessem esquecido de trancar ao pegar algo na caixa. Conferiu mais uma vez o celular: nenhuma mensagem de Ambrósia. Ela tinha tempo para uma espiadinha.

“Eles não vão chegar em pelo menos uma hora e meia. Em meia hora eu vejo tudo e guardo de novo”.

Mas ela precisava ficar atenta. Precisava ser capaz de ver o carro chegando. Teria que ficar na sala, que tinha uma janela que dava para a entrada da garagem.

Sentindo o coração pulsar ligeiro e um calor já surgindo entre suas pernas, Ângela pegou a caixa e caminhou até a sala, deixando-a no sofá. Apagou as luzes, deixando aceso somente um abajur. Certificou-se mais uma vez que Pedrinho dormia. Tudo certo. Encostou a porta do quarto e retornou para a sala. Conferiu mais uma vez a entrada da garagem. Nada do SUV do casal.

Excitada, ela sentou-se no sofá e colocou a caixa no colo. Deu um último olhar em direção ao corredor dos quartos e para a janela que dava para a entrada da garagem. Tudo tranquilo.

Lentamente, Ângela abriu a caixa de madeira.

Presas na tampa estavam algumas máscaras, no estilo típico do carnaval em Veneza. Elegantes. Umas cobriam quase todo o rosto, outras só os olhos.

Dentro da caixa estavam dispostas diversas fotografias pequenas, instantâneas, desorganizadas. Ângela pegou uma a uma para ver mais de perto.

Algumas mostravam Ambrósia nua ou semi nua, de frente, ou de lado, em poses sensuais. Em uma foto ela estava de quatro, usando meia três quartos, com os cabelos para o lado e seios redondos pendentes. Em outra ela estava de frente, enfiando um pênis de borracha laranja em sua boceta, cujos pêlos estavam cuidadosamente aparados, deixando apenas um contorno em volta dos lábios vaginais. Ela tinha uma expressão de tesão no rosto. Na foto seguinte Ambrósia, suada, com os cabelos grudados na testa, fazia sexo oral em algum homem, provavelmente Eduardo. Ela engolia o membro quase inteiro, enquanto olhava para cima. Os lindos olhos cor de esmeralda contrastavam com o pênis grosso em sua boca.

A intimidade de Ângela já estava encharcada. Mais uma vez, ela olhou pela janela e para o corredor. Nenhum movimento, somente o barulho da chuva lá fora.

Ela colocou a caixa de lado e desabotoou a saia, descendo o zíper. Com a mão esquerda ela pegou outra foto, que trazia a imagem de Ambrósia, de máscara, olhando para trás enquanto era penetrada.  Com a mão direita, ela procurou o clitóris intumescido, que já se destacava para fora de sua boceta úmida. 

A próxima foto chamou ainda mais a atenção de Ângela: Uma mulher estava sentada numa espécie de poltrona de couro escuro, com as pernas abertas. De joelhos uma Ambrósia a chupava, enquanto se podia ver um homem desconhecido de membro ereto ao lado de ambas. A mulher aparentava menos de quarenta anos e tinha um corpo escultural, com seios possivelmente com silicone. Ela usava jóias e uma meia calça três quartos que terminava numa cinta-liga preta. Em seus pés, elegantes sapatos de salto alto.

Ângela começou a se masturbar. Enfiava o dedo em si, depois massageava seu clitóris em movimentos circulares ágeis e firmes. Desceu a blusa e deixou o seio à mostra, apalpando-o com lascívia.

Pegou outra foto: um close no rosto de Ambrósia, que, de máscara, chupava um pau enquanto segurava outro.

Ângela não conseguia acreditar naquilo. Que aquele casal vivia aquelas aventuras. Mas isso era reflexão para outra hora. Naquele momento, ela só queria ver as fotos e guardar em sua memória o máximo que conseguisse.

Ela foi pegando uma a uma das recordações rapidamente, se detendo mais demoradamente em uma ou outra. Seus dedos encharcados velozmente friccionavam o clitóris inchado. Sua umidade escorria pelas pernas, molhando entre suas nádegas. Ela gemia baixinho e não conseguia não rebolar levemente, pressionando sua boceta contra o sofá. Os bicos dos seios estavam duros, subindo e descendo no peito arfante.

À frente dela, imagens de Ambrósia e Eduardo apareciam sozinhos ou acompanhados de outras pessoas. Em uma das fotos os belos seios de Ambrósia surgiram cheios de gozo que escorria do rosto. Em outra ela e Eduardo estavam cada um chupando um seio da mesma mulher elegante e de corpo escultural que ela vira em outra foto. A desconhecida estava de máscara, mas podia-se ver que ela tinha uma posição de domínio sobre os dois.

Que delícia era ver aquilo.

Próxima ao orgasmo, Ângela pegou uma foto que mostrava um pênis jorrando gozo nos lábios de Ambrósia. Ela admirou aquele membro grosso, adornado por veias grossas, com uma cabeça larga e avermelhada e um corpo rígido, poderoso. Ela quase podia sentir o calor exalando daquela foto. Sem pensar muito, agindo num reflexo animal, ela lambeu a foto. Queria sua saliva sobre aquele membro. Não fazia sentido. Era instinto. Era tesão. Ela queria sentir o gosto daquele membro duro, sentir o gosto do gozo que jorrava daquele pau.

Imaginando sua língua naquele pau, ela gozou… Um gozo forte, cheio de contrações que se estenderam do clitóris, passando por toda sua vagina e indo até seu ânus, depois subindo para os seios. Várias vezes esse choque percorreu seu corpo. Incapaz de segurar seu tesão, ela gemeu imprudentemente alto.

Sentiu-se mole… 

Guardou tudo no lugar cuidadosamente e voltou para a sala.

Com as pernas ainda bambas e relaxada, ela sentou-se novamente no sofá e ligou um filme, mas, em minutos, pegou no sono ao som da chuva.

Horas depois, Ângela ouviu o carro entrando na garagem e, em seguida, Ambrósia e Eduardo entraram na sala.

_ Tudo certo? Como foi a noite? Aconteceu alguma coisa? - perguntou Ambrósia.

_ Tudo certo. Não, tudo tranquilo. Ele está dormindo desde as dez e meia - respondeu Ângela.

_ Que ótimo! 

Ângela olhou no relógio do celular. Eram duas da manhã.

_ Vou pegar um Uber. Boa noite pra vocês!

_ Boa noite!

Já no carro, Ângela voltou a pensar em Ambrósia e Eduardo. Será que eles estavam em uma “festa”, como aquela que ela vira nas fotos? O vestido dela parecera meio amarrotado e a camisa dele também, mas poderia ser impressão. Tentou se lembrar se vira alguma mancha, talvez de porra, no vestido dela. Achava que não.

Naquela noite, sozinha no quarto, mais uma vez ela levaria a mão à boceta e se tocaria pensando nas imagens da intimidade de Ambrósia.

***

Enquanto Ambrósia se trocava para dormir, Eduardo pegou uma dose de whisky e se sentou no computador. Passou um olho pelas notícias, em seguida, após mais alguns cliques, chamou pela esposa.

_ Amor, você não vai acreditar no que a babá eletrônica da sala gravou!

 


Notas Finais


Acho que vocês estavam precisando de um capítulo mais tórrido. Espero que tenham gostado desse. Ele é uma espécie de preparação para os próximos. A história vai trazer uns detalhes que talvez vocês achem interessantes..., Além de uma cena bastante hot e inesperada. Como sempre, o feedback de minhas leitoras é muito bem-vindo. :)


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