História Angelic Sinner. - Hyunin. - Closed, little devil.

♡ || 번역: ㅡ Fechado, diabinho.

Mais uma semana havia passado. Os garotos começaram a desenvolver uma amizade, não lá aquela coisa já que na maioria do tempo Jeongin perdia a cabeça com o mais velho, o segundo citado vivia lhe perseguindo com suas piadinhas sujas e provocações abusadas. Porém, naquele dia aconteceu uma coisa diferente. Todos os dias eles se encontravam as seis horas na casa do Yang, quero dizer, não era um encontro, mas virou um costume o mais velho aparecer do nada ali no quarto do menor certamente as seis da tarde.

Mas o relógio já marcava as sete horas, daqui em poucos minutos a mãe de Yang o chamaria para jantar e este sentiu uma decepção dentro de si. Por que será que Hyunjin não apareceu? Essa pergunta rodava na cabeça do mais novo. 

Um suspiro pesado lhe escapou, o menor saiu de seu quarto e caminhou para a sala de estar, jogou-se no sofá ao lado de sua mãe descansando a cabeça no colo alheio. 

- O que houve filho? - Perguntou a mais velha alisando os fios do menor. 

Ela não sabia das aparições do diabinho no quarto de seu filho, por isso Jeongin forçou um sorriso e negou com sua cabeça. Não lhe diria nada naquele momento, até porque não sabia até onde aqueles encontrinhos iriam. Poderiam acabar a qualquer momento. Foi o que pensou. 

A campainha da casa é tocada. A mãe do garoto estranhou mas não tardou em levantar e ir atender a porta. A mulher sorriu largo e lançou um olhar para seu filho, que estranhou por sinal, a mais velha deu espaço e assim um Hwang alegre surgiu na sala.

- Por que não me disse que havia convidado o Hyunjin? - Perguntou fechando a porta. - Chegou quase na hora da janta! Vou deixá-los a sós. 

A mais velha seguiu rumo a cozinha, onde consequentemente terminaria a preparação da janta. Os dois jovens ficaram se encarando.

- Pensei que não viria... 

- Então ficou a minha espera? - o outro parecia feliz. 

- Não foi isso que eu disse. 

- Entrelinhas. - Deu de ombros e jogou sua mochila no sofá, esta que logo o menor estranhou, nunca havia lhe visto com mochila antes. - Que pesada. 

- O que tem aí? - Jeongin além de infantil era curioso. 

- Apenas cadernos. - Respondeu simplista se sentando no sofá. - Vou estudar com você. 

Jeongin virou bruscamente seu rosto em direção ao mais velho, este que ainda esboçava um largo sorriso em seus lábios. O menor sentiu uma fisgada em sua barriga, balançou a cabeça para os lados tentando se recompor. 

- O quê? - Foram as únicas palavras que lhe escaparam.

- Estudarei com você, Innie. 

Innie. Era bom escutar isso.

- Mas... Como? Você... Você é um... - Suas palavras cessaram quando o outro o interrompeu.

- Sou um demônio? Ou melhor, diabo? - Cruzou os braços, sentia-se de certa forma ofendido. - Isso é preconceito, sabia? E é feio! Só porque sou assim quer dizer que não mereço ter um ensino bom?

- N-não! Não é isso... - Jeongin corou e cobriu seu rosto. - Por Deus, Hyunjin! 

- "Por Deus"? - Repetiu fazendo careta.

- Me explique tudo depois, ok? - Sussurrou.

- Certo.

A matriarca surgiu na sala com um enorme sorriso, chamou os meninos os avisando que a janta já estava pronta e sem perder muito tempo os dois correram para a cozinha. Hwang nunca fora de comer antes, mas ao provar a comida da sua futura sogra ele teve que obrigatoriamente repetir mais três vezes o prato. 

♡ || 시각: ㅡ Uma semana antes.

Hwang, novamente, estava num tédio. Já havia resolvido tudo o que tinha que fazer e como estava com tempo livre e mergulhado em um tédio ele resolveu da um pulinho no mundo dos humanos para poder admirar uma pequena raposa; algo que ele notou em Jeongin era que o mais novo tinha alguns detalhes que lembrava os de uma raposinha, o que o deixava mais fofo do que já era.

O garoto de madeixas negras caminhava pela rua em direção ao colégio de Jeongin, sabia que o jovenzinho estava em aula, pois teve o trabalho de anotar todos os pequenos detalhes que soubera sobre o mais novo.

Hwang passou pelas grades metálicas do enorme portão de aço, os únicos que puderam notar a presença do garoto ali foram os cães, estes que não paravam de latir em sua direção, mas sabia que quem visse os animais pensariam que eles estivem malucos ou vendo coisas. O que não era mentira. 

Hyunjin adentrou a sala do mais novo e sentou-se na mesa do professor, seu olhar fora direcionado para o pequeno corpinho retraído na carteira, o menor parecia se esforçar bastante já que não parava de anotar as coisas que o tutor falava e escrevia na lousa, um orgulho tomou conta do corpo do maior, sentiu-se contente por seu menino ser estudioso. 

O sinal do recreio soou, o Hwang não iria se revelar hoje para o mais novo, apenas ficaria o observando, isso havia virado seu passa-tempo predileto.

Notou que Jeongin tinha amigos, não que pensasse que o menor fosse anti-social masvvê-lo com outros garotos era um tanto, vejamos, desagradável. Incomodava Hyunjin.

Os amigos de Yang o tratavam feito um bebê, sempre o mimando com baboseiras ou carinhos extremos, o menor parecia se divertir com isso. 

Jeongin afastou-se de seus colegas, dizia que iria ao banheiro. 

O mais baixo caminhava calmamente pelo corredor não tão cheio que levava em direção ao banheiro masculino, mas algo parou o mais novo, uma mão segurava seu pulso com força chegando até a machucar ali. O menor virou seu rosto e arregalou os olhinhos ao ver de quem se tratava. 

- Onde a princesa pensa que vai?

A voz nojenta daquele cara fez o corpo do azulado tremer, tremia de medo e tentava a todo custo afastar seu pulso das garras do rapaz.

- Me larga! - Gritou, conseguindo se livrar. 

O garoto empurrou o corpinho de Jeongin contra os armários ali presentes, as pessoas ao redor observavam tudo, caladas. E Hwang tinha que fazer alguma coisa, mas não poderia simplesmente aparecer e encher a cara daquele playboy de porradas. Não! Ele não podia fazer isso mas também não queria ver seu garotinho apanhando.

Quando se impulsionou para poder aparecer, uma voz ao longe soou, era o diretor, e logo todos voltaram ao normal. No final, o garoto não fora nem suspenso e Jeongin ficou com mais medo. 

Jeongin sabia que o garoto iria voltar a fazer aquilo. 

E Hyunjin sabia que estaria ali para defender seu menino. 

E foi com aquele pensamento que o maior decidiu se matricular na escola do menor, ele conseguiu arranjar uma boa quantidade de dinheiro após pegar de um deputado corrupto sem com que ele soubesse, uma boa ação, certo?

Hwang pagou sua matrícula, comprou uma mochila bem no seu estilo e alguns cadernos, logo recebendo o livro escolar, não se esqueceu das canetas e lápis. Pronto, um estudante já. Mas em meio às compras o Hwang ficou mal porque depois daquele ocorrido Jeongin nem lhe contou esta parte da história quando ele havia perguntado como estava indo na escola. 

Jeongin não confiava em Hyunjin?

[...]

Os garotos encontravam-se no quarto de Jeongin, o menor resolvia as últimas questões de seu exercício enquanto Hyunjin estava perdido em seus pensamentos.

- Hyunjin? - o menor o chamou. - Está tudo bem?

Hwang balançou sua cabeça e deixou um sorriso de lado surgir, aproximou-se do mais novo e se jogou ao seu lado. 

- Sim, por quê? - Sorriu. 

- Está tão aéreo. - Sussurrou voltando a pintar. 

Calma. Pintar? Mas ele não deveria está terminando seu exercício?

- Innie? Terminou seu dever? 

- Isso importa? - O encarou. Estavam tão próximos. 

- Importa. Você precisa ter um futuro brilhante. - Comentou. 

Jeongin deixou um riso escapar, Hyunjin era legal. 

- Realmente terei um futuro, Hyunjin?

Hwang tombou sua cabeça para o lado esboçando uma expressão confusa: - Sim, por que não teria?

- Porque você disse que veio buscar minha alma. 

E isso já faz duas semanas, idiota. 

- Ah... - Hyunjin balançou a cabeça. - Eu lhe propus um pacto. Ainda não tive resposta.

- E qual seria? - Perguntou interessado. 

- Seja meu, Jeongin. - Sussurrou calmamente.

Jeongin sentiu suas bochechas corarem, respirou fundo deixando um sorriso aparecer em seus finos lábios, era sapeca.

- Posso propor por cima do seu? 

Hyunjin assentiu incerto.

- Me faça querer ser seu, Jinnie.

Hwang não pode conter um sorriso, era grande, esboçava todos os tipos de sentimentos considerados bons, era um desafio, ele já estava gostando.

- Fechado. Caso eu perca, você fica com sua alma e afins. Caso eu ganhe, você será meu para toda a eternidade.

- Fechado, diabinho.