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História Angels of Evil - Protegida


Escrita por: venusbirds

Capítulo 2 - Protegida


Fanfic / Fanfiction Angels of Evil - Protegida

O som das cortinas sendo abertas me fez despertar dos meus sonhos, a luz que adentrou pela janela fez com que eu me encolhesse em baixo dos cobertores, desejando poder ter só mais cinco horar para dormir. Mas se já não bastasse as cortinas sendo abertas, senti o cobertor ser puxado do meu corpo e um riso baixo soar.

Me sentei na cama depressa, pronta para dizer que ninguém podia me acordar daquela forma se não fosse alguém importante, mas quando percebi que era Marie quem estava ali, respirei fundo e sorri, me colocando de joelhos na ponta da cama e a abracei, feliz por tê-la de volta depois de alguns longos dias sem ela organizando a mansão e as boates de Travor.

— Olá, querida! Senti tanto a sua falta.  — A voz calma de Marie me fez aperta-la em meus braços e me separar em seguida, para olhar em seus olhos.

— Marie, diga-me que sua irmã está melhor e que não me deixará mais sozinha com essas pessoas?

— Ela está melhor sim e não te deixarei sozinha, não por enquanto. Aliás, quem é a nova garota? A loira arrogante que tem o nariz empinado.

Marie é como uma governanta da mansão, além de lidar com as vadias das várias boates que Travor têm pela cidade. É como uma mãe para todos, até mesmo para Travor. Apesar de ser de idade, Marie é dona de uma beleza, consegue parecer mais jovem que muitas garotinhas jovens por aí.

— A Bella? — Questionei, mas Marie deu de ombros e fez careta, o que me fez rir. — Não sei exatamente pra que Travor a colocou na equipe, não é útil, porém se ele a colocou para dentro da mansão, vai ter alguma utilidade. Eu não consigo a treinar de maneira alguma, então vou ter que deixar que o Liam a treine para não acabar a matando.

— Liam? O que andou acontecendo para você deixar o Liam treina-la?

Marie é a única pessoa que sabe do que eu já senti por Liam a um tempo atrás, mas são coisas passageiras, um sentimento que veio mais passou rápido. Adolescência é cheia desses amores platônico, que veem e vão, não acho que alguém consiga um amor verdadeiro nessa fase da vida; talvez alguém consigo, mas não os conheço.

— Já passou o período em que me importava com Liam.

— Não contou pra ele o que sente?

— Sentia. — Me levantei da cama, olhando-me no espelho do quarto. Estava vestindo uma camisa do garoto e minhas roupas íntimas. — Ultimamente quero é que ele se exploda junto com qualquer outro cara que tenha a mesma personalidade, ou que pense: "Eu sou fodão e consigo todas".

— Não deveria falar dessa forma, vai acabar mordendo a própria língua.

— Eu só quero não sentir nada por ninguém. Sou uma adolescente, preciso desse tempo pra curtir minha vida, festas, bebidas e mortes.

— Mas e depois? Quando for mais velha?

— Já pensou que esse pode ser meu destino? Acho que não tem nenhum homem por aí que queira uma mulher que possa o matar.

— Estou falando para você não falar demais, as coisas vão acontecer sem você perceber, Ale. — Ela diz e eu respiro fundo, vendo-a voltar a organizar o quarto de Liam.

— Por que não coloca uma das empregadas para limpar a bagunça do quarto de Liam? Esse não é seu trabalho, Marie.

— Liam não gosta de saber que tem qualquer uma mexendo nas coisas dele, eu tenho a confiança dele e não vejo problemas em fazer isso.

— Liam não gostando de mulheres mexendo em suas coisas? — Ajeitei meu cabelo para o lado e a encarei com deboche, fazendo ela rir. — Que piada.

— Vai logo para o seu quarto, criança. Travor não vai gostar de te ver vestida dessa forma e nem de te encontrar no quarto do Liam.

— Está me expulsando, Marie? Nossa, e eu que pensei que estava com saudades de conversar comigo.

— Sem dramas, menina.

— Eu já parei. — Me aproximei dela e a abracei, dando um beijo em sua bochecha e ela riu, empurrando-me em direção a saída do quarto.

Marie é como uma mãe pra mim, ela é uma das únicas que consegue perceber quando eu preciso de afeto e deixar de lado um pouco o meu jeito violenta de ser. Foi ela quem fez Travor ceder em relação aos meus treinos, mas também foi ela que me fazia ir com calma quanto as horas que eu passava treinando.

Ainda no corredor, senti meu braço chocar-se contra algo, ou melhor, alguém. Travor me olhou de cima a baixo, ficando mais sério do que já estava. Ele tocou meu pescoço e eu revirei os olhos sabendo que talvez alguma marca roxa tenha ficado marcada em minha pele por conta da noite com Liam.

— Não começa. — Disse tirando a mão dele de mim e o encarando.

— Não disse nada, já deveria saber que estou quase mandando o Liam pra China por isso.

— Por quê? Ele não fez nada que eu não quisesse. — Minhas palavras soaram tão calmas que nem parecia que eu havia dito aquilo para provocar Travor.

— Liam não deveria ter se aproximado tanto assim de você, Ale, esse é o foco. Vocês não são irmãos, mas tiveram o mesmo treinamento e é fato que ele levou um dos treinamentos mais a sério que você.

— Nem você segue seus malditos treinamentos. Pode se perceber isso muito bem nas marcas de unha que a Kimberly deixou perto do seu pescoço. — Respirei fundo e passei a língua nos lábios. — Não gosto do Liam e se você acha melhor que eu me afaste, tudo bem.

— Conversamos sobre isso em outro momento, apenas vá se arrumar porque temos uma carga pra devolver.

— Devolver?

— Um dos seguranças novos achou que seria uma ótima ideia roubar uma das cargas do Bieber, nossos galpões estão lotados de cargas que vão para outros países, não há porque ficar com aquilo.

— Certo, apenas peçam para deixarem minha moto em frente a mansão.

— Já providenciarei isso, sairemos em uma hora talvez.

Travor continuou seu caminho pelo corredor, provavelmente iria se trancar no escritório até o horário de sairmos. Não ficaria ali parada no corredor, então fui até o meu quarto, tomando um banho demorado. Faltava uns vinte minutos para sairmos da mansão, então vesti uma lingerie e calça de couro, colocando uma regata cinza e uma jaqueta; fiz uma maquiagem simples, e calcei um par de tênis.

Sai do meu quarto e fui até a sala de treinamento, abrindo um dos compartimentos de armas e escolhendo uma das minhas nove milímetros de ouro para levá-la comigo, além de cartuchos com munições. Apesar dos Bieber's não se envolverem em brigas diretas com Travor, é sempre bom estar preparado para caso aconteça.

Coloquei a arma em minha cintura e ajeitei minha jaqueta. Estava distraída e pensativa que nem se quer percebi a entrada de alguém na sala, apenas quando me virei e percebi que Travor estava parado me olhando.

— Tudo isso para ver o Bieber? — Ele perguntou cruzando os braços e sorrindo.

— Nunca o vi na vida, mas tenho quase a maior certeza do mundo que ele não é nada mais que um velho patético que só consegue mulheres para foder porque tem dinheiro.

— Talvez seja. Já está preparada?

— Estou.

— Então vamos.

Ele abriu a porta da sala, me dando espaço para sair e assim eu fiz, sendo seguida por ele pelo percurso até o lado de fora da mansão, onde a maioria da equipe e uma quantidade grande de seguranças se encontrava.

Kim se aproximou e abraçou a cintura de Travor, jogando uma chave em minha direção.

JUSTIN BIEBER P.O.V

Apoiado na lateria do meu carro, eu observava os garotos conversando sobre a noite passada, estavam felizes por estarem estampando as páginas policiais do jornal da cidade mais uma vez. Três mortes tão fáceis que não tiveram a mínima graça para mim, além da namoradinha do Mitchell aparecer com uma amiguinha para talvez nos atrapalhar, e por coincidência hoje ele resolveu devolver minha carga.

— Vocês acham que ele trará a protegida? — Ryan questionou, fazendo com que eu os encarasse, vendo que a pergunta foi feita para mim.

— Não sei. — Me sentei sobre o carro e tirei um maço de cigarro do bolço e coloquei um deles entre os lábios, acendendo-o com o isqueiro. Traguei o cigarro, deixando a fumaça sair pelos meus lábios, terminando de responder aos garotos. — Travor tem a liberado pelo que ouvi dizer, mas acho que não para vir até nós.

— E aquela garota de ontem? Que viu seu rosto.

— Se ela era da equipe Mitchell descobriremos agora.

— Pelo jeito que Chris descreveu a garota que o espancou no banheiro, ou era a namorada do Travor ou a que estava lá com ela, sem ser a loira gostosa. — Chaz disse e os meninos riram, acham engraçado um deles terem apanhado de uma garota.

— Se ela for a protegida, tenham a certeza de que vocês serão os próximos. — Falei e coloquei o cigarro novamente nos lábios. — Vocês já apanharam da Kat, se a garota que Travor protege foi treinada que nem os seguranças e os caras da equipe, tenham certeza que ela não vai estar atrás de brigas e sim de alguém para matar.

Os garotos se silenciaram, sabiam que eu tinha razão no que estava falando. Os seguranças do Travor são escolhidos a dedo depois de meses de treinamento rigoroso, não são apenas bandidos ou ex presidiários acolhidos depois de terem seu antigo chefe morto.

Equipe Bieber e Equipe Mitchell tem uma rixa antiga, que iniciou quando a equipe Bieber era comandada pelo meu pai. Não sei ao certo o porquê, parecia um segredo entre meus pais e que não me interessava, comigo era totalmente diferente aquela rixa, era outro motivo e eu tenho certeza que teria minha vingança em algum momento.

Parados a um longo tempo naquele terreno abandonado, já estava achando que aquilo não passava de uma armadilha do Mitchell, quando o barulho de uma moto fez todos da minha equipe ficarem em alerta.

Quando a moto se aproximou em alta velocidade, ela foi freada bruscamente, parando de lado e levantando poeira.

Os seguranças destravaram suas armas, mirando na direção da pessoa que havia chego.

Traguei o cigarro olhando para o corpo da garota sobre a moto; estavam todos a avaliando, enquanto ela tirava o capacete e lançando um olhar confuso em minha direção.

— Parece que tínhamos razão sobre a protegida ser a mesma garota na noite anterior. — Ryan murmurou baixo.

Desci do capô do carro, percebendo que o restante da equipe Mitchell se aproximava. Joguei meu cigarro no chão e pisei em cima dele, percebendo que a garotinha que gosta de bisbilhotar assassinatos ainda me encarava.

Caminhei em direção ao Mitchell que descia do carro junto com a namoradinha vadia que ele tem. Coloquei meu melhor sorriso no rosto e levantei o braço, indicando que todos podiam abaixar suas armas, e assim foi feito.

— Quanto tempo, caro Travor.

— Não me diga que sentiu saudades, Bieber, porque irei te dar a triste informação de que eu estive ocupado demais para sentir a sua. — Ele se sentou no capô do seu carro puxando a garota moreno para perto dele.

— Na verdade, senti falta da sua vadia. — Mordi os lábios e encarei a outra garota, ainda sobre a moto. — Mas pelo visto tem novas.

— Não estou aqui para ouvir suas provocações, apenas para lhe devolver a merda de carregamento que te pertence. — A voz de Travor se alterou, dando-me a certeza de que era a sua protegida.

— Meus caras estão indo fazer isso agora. — Disse percebendo que Chaz, Ryan e mais alguns seguranças estavam indo até os caminhões com as drogas. — Vejo que está liberando sua protegida agora, mas deveria mantê-la pressa mais um pouco para aprender a não vigiar outras equipes em ação.

— Do que está falando?

— Sua garota não lhe contou os detalhes da festa dela de ontem? — O olhar de Travor era confuso e assim que ele olhou para Kim, ela desviou o olhar, o que me fez rir. — Sua namorada e a sua protegida quase foram mortas pela minha equipe por ficarem observando minha equipe. Além disso, sua protegida tentou matar um dos meus.

— Ele era seu amigo? Espero que ele esteja morto nesse momento. — Me virei vendo a garota próxima de mim, com um sorriso no rosto de quem não se importava.

— Então a vadia fala.

O sorriso da garota desapareceu e ela tirou sua arma da cintura e a apontou para mim, mas Travor se aproximou da garota e a afastou de mim, falando algo a ela que eu não pude ouvir.

— Está faltando 27% da carga total. — Ryan informou enquanto se aproximava.

— O que quer para cobrir o que falta, Bieber?

Fiquei em silêncio e sorri ao ouvir aquela pergunta.

— Sua protegida na minha cama.

— Se quer continuar vivo, mantenha sua boca fechada e fique longe dela. Eu te mataria aqui e agora, Bieber, mas sorte a sua que eu estou bem controlado hoje. Não à envolva em problemas que não são dela.

— Não estou a colocando em problemas... apenas a mantenha longe da minha equipe. E coloque algumas das suas vadias para trabalhar na minha boate por um tempo, vai cobrir tudo o que me deve.

ALEXIA COLLINS P.O.V

Travor e Bieber trocavam olhares de raiva, dando-me a impressão que a qualquer segundo os dois pulariam um no pescoço do outro e tentariam se matar. Mas ao contrário do que pensei, a equipe Bieber foi embora nos deixando lá.

— Travor... — Kim tentou se aproximar do Travor, porém, ele não deu importância ao que ela queria dizer, apenas a empurrou contra o carro e se virou para mim, olhando-me com raiva.

— Eu te dei uma chance, Alexia, de se manter livre para resolver as coisas para a equipe, mas parece que você não entendeu quando eu disse: “Não se colocar em perigo e muito menos se aproximar da equipe Bieber se eu não estiver junto. ” .

— Ela não sabia que eram eles, ela nunca os viu na vida, Travor. — Kim disse se aproximando dele. — Como queria a manter longe se ela nem se quer os conhecia.

— Não a defenda, Kimberly. — Ele gritou e ela se aproximou o empurrando, devia estar descontando a raiva que sentia de mais alguma das brigas que os dois tiveram.

— Eu não estou a defendendo. É a verdade, idiota.

— Entra na merda do carro, não quero você se intrometendo no assunto.  — Ele a empurrou de volta e eu revirei os olhos ao perceber o olhar da garota.

— Melhor ir, Kim.

Ela se virou e foi até o carro, fechando a porta do veículo com brutalidade. Ela ficaria com raiva de mim por não ter agradecido o fato dela ter me defendido, e mais uma vez ela e o meu pai brigariam por alguma coisa sem sentido.

— Ela tem razão... como queria me manter longe deles se eu nem sequer os conhecia? Além disso, não tem motivos para me manter afastada de uma equipe que você mesmo considera fraca. — Eu queria me manter calma, mas é incontrolável, desta vez eu estava com raiva.

— Tem vários motivos, Alexia. — Travor gritou, passou os dedos entre os fios do seu cabelo e os puxou de leve.

— Então por que não me fala quais são as merdas de motivos que você tem pra me manter longe deles?  

— Você não precisa saber de tudo, Alexia Collins, apenas obedecer às minhas ordens. Estou sendo claro pra você, agora? 

— Quer saber? Foda-se, eu não nasci pra obedecer suas ordens, Mitchell. Quando você dizer algo que faça sentido, eu farei o que você pediu.

Me afastei, ouvindo-o reclamar de alguma coisa, no entanto eu estava cansada de ouvir que estava fazendo algo errado. Coloquei meu capacete e subi em minha moto, dando partida em direção a qualquer lugar, no fim das contas parei em uma rua qualquer, onde haviam bares e mais no final um parque.

Desci da minha moto e tirei meu capacete, o jogando contra o banco. Minhas mãos estavam trêmulas por conta da raiva que eu sentia.

Me sentei no banco e coloquei as mãos no rosto, contendo a vontade de gritar e a de sair caçar algum babaca devedor para mata-lo.

— Ora ora, parece que nos encontramos de novo. — A voz de vadia enjoada de Lise soou atrás de mim, o que me fez levantar e parar de frente a ela.

— Oi, Lise. Ainda por aqui? Pensei que estava disposta a ir para o inferno.

— Só depois que você ir. — Ela puxou uma arma da cinta e apontou em minha direção.

Era uma situação que deveria me deixar com medo, mas eu apenas ri me virando de costas para ela e andando até onde meu capacete havia sido jogado.

Antes que eu me abaixasse para pega-lo, o som alto de um disparo me fez virar e ver Lise com um ferimento perto da barriga e ser golpeada com uma arma, o que a fez desmaiar e cair no chão. Uma garota cabelos longos e olhos castanhos olhava para Lise com raiva, enquanto lágrimas desciam pela sua bochecha, mirando mais uma vez a arma para a garota.

— Não vai querer fazer isso aqui. Se continuar a chamar atenção dos moradores da região, vai acabar sendo presa.

— Eu não me importo, apenas quero que ela morra de uma vez.

— Você pode me escutar só por um segundo? Eu sei um lugar onde você pode matá-la sem ser presa depois.

— Por que você me ajudaria nisso?

— Por que ela queria me matar e eu estava prestes a matá-la também?!

— Desculpa! Eu... só estou um pouco atordoada com isso. — Ela riu e estendeu a mão. — Demétria, mas pode me chamar de Demi.

— Alexia Collins. — Apertei a mão dela e segurei a manga comprida da blusa que ela usava, percebendo ela ficar confusa quando eu rasguei o tecido. — Desculpe por isso.

Me abaixei e fiz Lise se virar, ficando com o rosto contra o chão; coloquei seus braços para trás e usei o tecido para prende-la, não era muito resistente, mas aguentaria até chegarmos a mansão. 

— Você tem carro ou moto? Mora por aqui? — Perguntei encarando Demi e me levantando.

— Meu carro está ali.

— Ótimo!

Fiz Lise se virar mais uma vez e a segurei pelos pés a arrastando até o carro. Demi se aproximou e me ajudou a colocar a garota ainda desmaiada dentro do veículo.

— Acho que ela não vai acordar antes de chegarmos ao local, então apenas me siga.

— Tudo bem.

Demi entrou em seu carro, enquanto eu pegava meu capacete e ia até a minha moto, pilotando-a em direção a mansão Mitchell.

Os portões de acesso a mansão já estavam abertos e assim que entrei na mansão, deixei minha moto de lado e deixei que os seguranças libertassem a entrada do carro, ordenando que eles levassem o corpo da vadia para o porão.

Demétria estava distraída olhando os arredores da mansão, ela sabia que estava nos na região que pertence a Travor. A cidade toda saberia.

— Demi, você tem nojo de sangue? — Perguntei tirando minha jaqueta e a jogando nos degraus da escada.

— Não.

— Ótimo, porque você vai ver muito.

Andei em direção ao porão e em silêncio Demi me acompanhou, quando entramos na pequena sala daquele porão, Lise já estava acordada.

— Já acordou do seu sono de beleza, querida? Pensei que ficaria dormindo por mais um tempo.

— Morra, Alexia. — Ela disse e em seguida começou a gritar: — Liam, me tira daqui! Liam!

Me aproximei rapidamente dela e fechei os punhos, acertando um soco na lateral do seu rosto com força. Segurei seu rosto com força e a fiz me encarar.

— Se quer ter alguns minutinhos a mais de vida, fique quietinha. 

Peguei uma faca que havia sobre a mesa, junto com outros objetos que normalmente eram usados para tortura. Voltei até a garota e sem dizer nada, apenas finquei a faca em sua coxa esquerda, ouvindo-a gritar tão alto que quem estava do lado de fora podia ter escutado.

— Está doendo, Lise? Seja educada e me responda.

Ela continuava a gritar e chamar por Liam, segurei o cabo da faca e o torci, escutando gritos ainda mais altos de dor. Puxei o objeto, retirando-o dela enquanto o sangue manchava o tecido de sua calça. 

Segurei seu pescoço fazendo um corte superficial em sua bochecha e em seu pescoço, quando a porta foi aberta e Travor entrou, olhando confuso para Demi, que estava parada apenas me observando.

— Demi, fique à vontade. — Joguei a faca sobre a mesa, fazendo o sangue respingar sobre os outros objetos ali.

Puxei Travor pelo braço para o lado de fora da sala, onde nós podíamos ter uma conversa mais calma sobre a garota estranha que me acompanhou até a mansão.

— Quem é ela e o que está fazendo dentro dessa mansão?

— Foi ela quem me ajudou a continuar aqui, viva. Lise iria atirar em mim quando essa garota chegou.

— Continua sendo uma estranha.

— Bella também é uma estranha e está aqui dentro. 

Abri um pouco da porta, vendo Demi segurar um martelo como se fosse um bastão e o acertar contra o rosto da garota repetidas vezes.

— Essa é por ser a prostituta amante do meu noivo. — Demi acertou o martelo contra o rosto ensanguentado de Lise e sorriu. — E, essa é por ter matado minha família e me deixado sem ter com o que sobreviver. Sem emprego, família e sem meu noivo.

Fechei a porta e encarei Travor que olhava para a porta boquiaberto, mas em seguida se recompôs e me olhou.

— A primeira impressão que tive foi que ela era mais calma, mas pelo visto estava enganado.

— Se você realmente quer alguém para melhorar essa equipe, deveria aproveitar a oportunidade que tem em suas mãos agora.

Sai do porão, indo direto para o meu quarto. Lavei minhas mãos que estavam sujas com sangue e tirei minhas roupas, as deixando jogadas pelo chão do banheiro; tomei um banho rapido, vestindo um pijama e me jogando na cama.

Depois de alguns minutos alguém bateu na porta e eu a mandei entrar. Demi entrou no quarto e se sentou na ponta da cama, ainda estava suja de sangue.

— Travor me contou sobre querer me ajudar.

— Não é bem uma ajuda. Envolvimento com tráfico não é a vida mais correta do mundo, ninguém quer isso.

— Não mesmo. Mas estou disposta a encarar isso, desde que você me ajude com os treinamentos. — Ela sorriu e eu concordei com a cabeça.

— Sinto muito pelo que Lise fez. 

Demi ficou em silêncio e forçou um sorriso. Não a conhecia direito, mas ela parecia ser uma boa pessoa e era estranho fazer com que ela virasse parte da equipe. Dei um voto de confiança a ela com tanta facilidade que eu mesma estou ficando preocupada comigo.

— Tudo bem, agora que ela morreu sinto-me mais leve pra seguir. É tão errado o que fiz, mas agora não tem como me arrepender.

— Você se acostuma com isso.

Demi e eu começamos a conversar sobre Lise, parecia que nos conhecíamos a um longo tempo. Os assuntos fluíram com facilidade que nem percebemos o horário passar, a emprestei algumas roupas e mostrei a ela o quarto que agora pertenceria a ela; depois apenas retornei para o meu e deixaria para no outro dia ver tudo sobre o treinamento que ela teria.


Notas Finais


Ei anjos, lembrando que não é pra matar ninguém por ai... sejam todas de Deus KKK
Não sigam o exemplo da Alexia, nem ao menos comigo que demoro pra atualizar... amo vocês, lembrem-se disso. ♥ KKK


Angels of evil no wattpad >> http://my.w.tt/UiNb/29hNFDb2gw
Twitter >> bringzollg


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