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História Angels of Evil - Outra Equipe


Escrita por: venusbirds

Notas do Autor


Hey, angels... devo desculpas por sumir, mas não darei explicações para não se tornar algo chato de se ler aqui.
Algumas coisas começaram estão a mudar na fic, então para as leitoras da antiga versão: nem tudo mais vai ser como parece (mas não se preocupem, nenhuma mudança muito radical).

Boa leitura ♥

Capítulo 4 - Outra Equipe


Fanfic / Fanfiction Angels of Evil - Outra Equipe

JUSTIN BIEBER

Já passava da uma hora da manhã; os garotos estavam sentados na sala, vadias de uma boate circulavam pelo corredor da mansão. O alojamento da boate onde elas estavam acabou pegando fogo e para evitar que alguma desistisse do trabalho, as deixei ocupando alguns dos quartos da mansão.

Eu já estava enjoado de vê-las pelo corredor, de ter tanta vulgaridade sendo exibida a quatro cantos. Não que fosse algo ruim, nas ainda precisava manter a mansão em ordem.

— Você podia fazer essas vadias irem embora, não é? Estou ficando incomodada em ver meu irmão e os garotos esquecendo do foco da equipe para repararem na falta de roupa delas. — Kat batia o calcanhar no chão, me olhando séria.

— Amanhã todas elas serão levadas de volta para o alojamento. Assim que acordar, elas já não estarão mais aqui. — Minha voz soou ríspida, estava um pouco alterado depois de algumas doses e minha paciência se esgotou depois que ela reclamou por minutos de várias coisas diferentes.

— Pode fazer elas ao menos irem para os quartos e pararem de andar pela mansão?

— Vai dar a bunda, Kat. Elas não fizeram nada pra você não parar de reclamar. — Chaz disse irritado, estava mais sem paciência para ela do que eu.

Kat se levantou do sofá e saiu bufando para outro lugar, fazendo com que Ryan se levantasse e a seguisse, então Chris os seguiu também; não iria deixar Ryan tocar na irmã dele, não de novo.

Mais um gole de cerveja e as coisas em minha volta pareciam girar; não era totalmente culpa do álcool, mas quem liga?

A movimentação agitada de seguranças no lado de fora da mansão me fez encarar a porta; ao escutar gritos femininos, deduzi que alguma das vadias estavam tentando fugir.

Cinco seguranças adentraram minha sala, trazendo a força duas garotas. Apenas um deles segurava uma garota de cabelos curtos que gritava alto para solta-la, já outros dois estavam carregando uma garota morena de cabelos longos que cobriam seu rosto.

Os outros dois seguranças apontavam suas armas para elas.

Me levantei da poltrona, com minha cerveja em mãos e dei mais um gole, deixando a garrafa pelo meio sobre a mesa de centro.

— O que está acontecendo aqui? Quero explicações. Agora! — Perguntei ríspido, cruzando os braços.

— Estávamos conversando, próximos a mansão, quando percebemos a movimentação estranha e vimos as duas garotas. As deixaríamos passar, Senhor, mas elas fazem parte da equipe Mitchell e achamos que estaria interessado.

Olhei novamente para as garotas em minha frente; a que antes gritava agora estava em silêncio e a outra mantinha seu olhar no chão. Me aproximei dela e fiz seu rosto se levantar e seu olhos encararam fixamente os meus.

Havia um corte na testa dela que estava sangrando, além de ter algumas marcas roxas na lateral do seu rosto, possivelmente apanhou dos seguranças.

— Gosta de avaliar as pessoas, Bebê Bieber? — Ela questionou e um sorriso cínico surgiu no canto dos seus lábios rosados.

— Vadia. — Fechei o punho e bati contra seu rosto, não tão forte, mas o suficiente para causar um corte no canto dos seus lábios. — O que estavam querendo fazer próximo a minha mansão? Me respondam!

Segurei o rosto da garota com força, vendo sua expressão de dor por apertar suas bochechas ou alguma região onde talvez tenham a machucado. Me aproximei dela, mas senti uma não em meu ombro; virei o rosto e vi Charles.

— Melhor ir com calma, Bieber. — Chaz afastou minhas mãos do rosto dela e suspirei.

Não conseguia escolher um dos garotos como braço direito, mas Chaz era o que sempre me impedia de fazer besteiras, quando Ryan e Chris eram os que mais me apoiavam para faze-las.

— Estou apenas curioso para entender a visita da protegida de Travor ao meu humilde território. — Me afastei de Chaz e caminhei até a garota que parecia ser bem amiga da protegida de Mitchell. — Bem, caso não queira me contar, posso foder com sua amiga bem na sua frente... se quiser pode escolher em qual dos dois sentidos da palavra eu posso usar.

Passei a língua em meus lábios e olhei para a protegida, — deveria lembrar seu belo nome, no entanto eu não fazia questão de saber. — No entanto, a garota olhava em outra direção. Pude ouvir som de passos e olhei em direção as escadas vendo Kat descendo novamente; a expressão em seu rosto não era nada amigável.

— Vejamos só o que temos aqui, mais duas vadias. — As palavras soaram de forma rude dos lábios de Kat, seu olhar direcionado a protegida me deixava confuso. — Está esperando o que para matá-la, Bieber? Um aviso prévio que o Mitchell vai vir explodir sua cara por chegar perto da órfãzinha que ele protegeu?

— O que está falando, Katherine?

Admito estar surpreso com a reação da mais nova, que é uma das que menos se envolve em problemas por aqui, mas desta vez ela parecia disposta a ver sangue manchando o carpete da sala.

— O que... uau, gostosa da balada. A quanto tempo? — Chris apareceu na sala logo em seguida, vindo para perto da irmã. — Apareceu pra me bater de novo?

— De novo? — Questionei baixo e pude ouvir a garota morena que acompanhava a protegida se questionar o mesmo.

— Essa foi a vadia que me deixou desmaiado no banheiro daquela festa.

A frase de Chris gerou apenas uma risada baixa de Ryan e Chaz, enquanto os outros olhavam para a garota morena segurada pelos seguranças, esperando uma reação, mas tudo que se viu foi um sorriso sarcástico e um sussurro.

— "Vadia", bela forma de descrever quem vai matar você.

— Vai me matar? Como? Me diga, porque pelo que vejo você parece bem presa. — Chris se aproximou dela, mas eu o afastei novamente, não queria problemas com ele novamente.

Antes que pudesse pedir novamente para que ela disse o que estava fazendo ali, a garota passou uma das pernas por baixo das do segurança a sua direita, segurando a arma que estava em seu coldre, atirando no outro a sua direita e retirando a faca que estava com o mesmo, usando-a para atira-la no rosto do que havia dado a rasteira; era boa com sua mira, atingiu em cheio a testa do homem antes de mirar em meu peito.

— Ágil, mas... você se esqueceu que não está em seu território, não é

Mai alguns seguranças acessaram a casa, destravando suas armas e mirando na garota, que mantinha seu olhar e a arma em minha direção, mas ela não demorou muito para abaixar a arma, jogando-a no chão, e a chutando em minha direção.

— Eu não pertenço mais a equipe do Travor; você e eu queremos a mesma coisa, que ele morra logo. — Ela diz ríspida não parecendo se importar com as armas apontadas em sua direção, deixando apenas sua raiva ser transmitida pelo seu tom de voz.

— Como quer que eu acredito nas suas palavras depois de matar dois dos meus seguranças, lindinha.

— Você está considerando a ideia de acreditar nela, Justin? Serio? Por isso você está afundando, espero que quebre a cara por acreditar em uma mentirosa de outra equipe. — Katherine reclamou se aproximando de mim e empurrando meu ombro.

 Passei a língua nos lábios e me virei de frente pra ela, mas antes que fizesse algo errado, Chaz entrou na frente da garota e me olhou sério, se virando pra ela em seguida.

— As decisões finais são feitar por Justin, você não deve se meter nas escolhas feitas por ele, Kat, agora nos dê licença que você está apenas nos atrapalhando... e sinceramente, pedindo para ver o lado agressivo de Justin.

 A garota revirou os olhos e se afastou, se mantendo na sala me encarando. Seu olhar raivoso não me amedrontava e eu sequer me impostava com os ataques de birra de criança mimada que ela tem frequentemente.

Chaz se aproximou de mim e olhou para a garota antes de opinar em voz baixa:

— Acho que poderia poupa-la por alguns dias... ela pode ser bem útil se souber algumas informações de Travor, e convenhamos, Bieber, sua nova amiga tem belas pernas. Bem apertáveis.

Encaro a garota de cima a baixo e sorrio malicioso, colocando a mão em meu queixo.

— É, alguém pode ser bem útil por aqui..., mas a outra garota não me interessa apesar de ser bonitinha. — Falo baixo para o mesmo e me viro para a outra garota. — Levem-na. A protegida fica.

— O que? Alexia... não, por favor.

A garota tentou se soltar e ir em direção a amiga, entretanto, os seguranças a seguraram com força e começaram a arrasta-la para fora da mansão, contra sua vontade.

O olhar sereno da Alexia se tornou diferente, de preocupação e ao mesmo tempo raiva.

— Você não pode! Deixe-a e eu te ajudo, Bieber. Com tudo que precisar! — propôs olhando em meus olhos, fazendo-me interromper os seguranças. — Apenas a mantenha segura junto a mim.

— Quer mesmo me ajudar para proteger sua... namoradinha? — sorrio e passo a língua nos lábios.

— Mate a ela e vai acabar me matando também para que eu conte as coisas que eu sei. — Alexia se aproxima colocando a ponta do indicador em meu peito, sorrindo debochada. — Você vai apenas se odiar quando seu lugar no poder começar a cair.

Me mantenho em silêncio por alguns intermináveis minutos, até concordar com a cabeça e gesticular com a mão para que liberassem as duas. Suspirei frustrado, ela parecia saber o necessário para me ajudar a conquistar o topo sem quedas.

— A partir do momento em que poupei a sua vida e a da sua namorada, vocês me devem e você, Alexia... você vai ter que pagar cada centavo a mim até poder seguir livremente o caminho que escolher. Tudo que quero dizer, é que agora você vai obedecer a cada ordem minha.

Seguro o rosto da garota com força, olhando fixamente para seus olhos verdes que brilhavam por conta de possíveis lágrimas, mas ela era orgulhosa o suficiente para controlar e me "mostrar o quão forte conseguiria ser".

Alexia afastou o rosto de minha mão e me olhou séria.

— Eu não serei uma vadia sua, Bieber, nem vou trabalhar para você; a única coisa que vai conseguir de mim será informações que vão te manter vivo, assim como nós duas. Você entendeu ou preciso desenhar?

— Minha casa, minha equipe, minhas regras! — Dito ríspido e me viro para os garotos. — A protegida é problema seu, Chaz. E a outra... bem, essa é com você Kat.

 

ALEXIA COLLINS

 

Presa novamente! Agora com garotos de 24 anos que usam parte das drogas que compram para repasse, em uso próprio, estragando o próprio negócio ao invés de lucrarem. Realmente preferia estar sendo carregada um daqueles seguranças rumo a minha morte do que estar seguindo atrás do tal Charles até o seu quarto para ter onde dormir, já que prostitutas de boates estão ocupando a maioria dos quartos, pelo menos foi isso que entendi do que prestei atenção nas coisas que o garoto de cabelos e olhos castanhos escuros falava.

— Você deu sorte, Alexia. — Disse enquanto abria a porta de um quarto totalmente bagunçado, com várias coisas espalhadas por todos os lados.

— Depende do ponto de vista. Do seu é sorte, do meu é o mais péssimo do azar. — Adentro o quarto, chutando algumas pesas de roupas para os cantos, liberando o caminho. — Quantos anos você tem? 14? Porque é muito desorganizado.

— Você poderia não reparar na bagunça, não acha?

— Isso é tão ridículo de se falar no estado em que se encontra o seu quarto. — Falo o fazendo rir e solto uma risada baixa. — Tenho medo que haja algo morto nesse quarto.

— Apenas tome um banho, e vá para a sala. Cuidarei desses machucados em você.

Assim que o mesmo fala coloco a ponta dos dedos sobre o corte em minha testa causado por uma coronhada, começando a latejar e doer.

— Ah, tudo bem. Obrigada... Charles?

— Sim... mas pode me chamar apenas de Chaz. Sou o mais racional dos caras dessa equipe, não se preocupe quanto a mim, estou mais ao seu lado, do que ao lado deles.

Concordo com a cabeça e sorrio minimamente.

— Espero que consiga confiar em você, Chaz.

Falo enquanto o mesmo caminha em direção a porta e sorri se virando para mim.

— Se precisar de algumas roupas não hesite em pegar coisas no meu guarda-roupa. E tem roupas femininas em uma das gavetas... apenas por precauções.

Movo a cabeça, confirmando que havia entendido o que o mesmo havia dito. Caminhei até o banheiro e fechei a porta, tiro minha roupa e a deixo pelo canto, adentrando o box do banheiro.

Um banho rápido e um tanto dolorido já que assim que a água entrava em contato com meus cortes, eles ardiam e o sangue voltou a descer agora mais devagar. Peguei uma das toalhas que haviam ali e passei em volta do meu corpo, voltando até o quarto; fechei a porta do mesmo para garantir que ninguém entrasse, e então procurei as coisas de garota que Chaz havia dito que estavam ali.

Vesti uma lingerie qualquer e uma camisa cinza do garoto; não via problemas em andar vestida daquela forma na casa de um "estranho", sabia defender e aquelas garotos não se atreveriam a tocar em mim, sabem com o tipo de pessoa estão lindando e não vão querer apanhar como o amigo deles apanhou quando tentou se aproveitar de mim no banheiro daquela festa.

Volto até a sala e percebo todos os olhares se voltarem a mim, ou as minhas pernas para ser mais exata. Sento-me em um dos sofás onde Chaz estava com uma caixa de primeiros socorros.

— Deixe-me cuidar desses cortes.

— Se não pararem de me olhar, talvez vá precisar de mais caixas dessa, Chaz. — Falo alto e ouço alguém forçar a garganta, e os olhares todos se desviam para coisas aleatórias, enquanto Chaz ri.

— Parece que temos um novo homem másculo para mandar nessa casa.

Reviro os olhos, mas acabo cedendo e rio ao comentário desnecessário de Charlie; me viro de frente para ele e sinto o mesmo começar a limpar o ferimento em minha testa, deixo um gemido de doar baixo soar por meus lábios entreaberto e um garoto loiro sentado ao lado de Chaz ri olhando para mim.

— Pensei que aquentasse mais a dor, dona Collins.

— Se não aguentasse estaria morta depois de ser atacada por três seguranças, não acha? — Sorrio irônica e o vejo erguer os braços em forma de rendimento. — Não me tratem como uma de vocês, eu não estou aqui para ajuda-los em seus negócios, apenas dar informações suficientes para matarem Travor e me deixarem em paz.

— Traindo sua própria "Família"?  É, realmente me faz confiar muito em você com esse seu ato. — Justin fala.

Posso ver o olhar do garoto em minhas pernas mas finjo que não vejo nada e me levanto da poltrona indo até o mesmo, segurando as correntes em volta do seu pescoço e o puxo pra frente, fazendo seu rosto ficar bem próximo ao meu.

— Não fale como se fosse inocente, aposto que já traiu a confiança de muitas pessoas... E posso ser a "protegida" como dizem, mas eu ainda posso tomar minhas próprias decisões e ter minha própria forma de pensar sobre as coisas.

Empurro seu peito para trás, fazendo o mesmo rir apoiando as costas no encosto da poltrona.

Caminho pela escada e esbarro em Katherine, recebendo um olhar de quem não estava feliz com minha presença ali. Continuo andando até o quarto de Chaz e fecho a porta, me deitando na cama de forma confortável; as brigas com Travor, da luta com os seguranças e das conversas idiotas na mansão Bieber me esgotaram, fazendo-me dormir com facilidade.

···

Acordo algumas horas depois, sentindo meu corpo ser empurrado da cama por um dos pés de Charles que estava espalhado na cama. Rio percebendo que o mesmo estava babando em seu travesseiro, me afasto um pouco e antes que pudesse me levantar, sinto os pés do mesmo me empurrarem com força para o chão; ao cair no chão, solto um gemido baixo pela dor, e espero que Chaz apareça ali para pedir desculpas, mas ao me sentar no chão, percebo que o mesmo estava ainda mais à vontade na cama.

Rio baixo e me levanto, caminhando pelo corredor escuro. Todas as luzes estavam apagadas, nenhum som, ninguém. Suspiro e caminho até a sala, desta vez reparando nos detalhes luxuosos que haviam na decoração; continuo caminhando, ouvindo apenas meus passos e nenhum sinal de outra pessoa acordada.

Ando até a cozinha e abro a geladeira, dou um salto para trás ao ouvir o tom de voz de alguém, mas ao ir até a porta de vidro que dava a visão a área da piscina, percebi que Justin estava ao telefone, apoiado em uma mesa sobre o gramado. Caminho em sua direção, sentando-me a beira da piscina, ouvindo apena o som da ponta dos dedos do Bieber sobre a mesa enquanto ouvia o outro alguém no outro lado da linha.

Tinha a visão das costas do mais velho, reparando nos tons do seu cabelo sendo iluminados pelas luzes artificiais em volta do ambiente; reparo também em seu físico, aproveitando que o mesmo estava sem camisa. Ombros largos, braços fortes e malhados, típico homem que as vadias adoram dar em cima, mesmo sabendo de onde vem a maioria do dinheiro que ele tem pra gastar.

Justin se vira e abre a boca para responder, mas seu olhar se foca em mim e então ele desiste, permanece parado me olhando por alguns segundos.

— Eu ligo pra você outra hora, Tony, tenho companhia agora... O que está fazendo aqui fora? — Questiona ao desligar o telefone, mas apenas movo os ombros.

— Eu não estava com sono... Chaz me empurrou para fora da cama eu estava com medo de que ele acabasse babando em mim.

A risada de Bieber se espalha pelo lugar, me fazendo levantar uma sobrancelha e o olhar desconfiada; era estranho vê-lo agir como se não quisesse me matar.

— Queria sentir muito por você, mas seria engraçado; amanhã talvez coloque uma câmera para filmar isso... por que está me olhando assim?

— Você não está agindo como um babaca que quer me matar a qualquer custo, como estava fazendo a um tempo atrás quando seus amigos estavam junto.

— Chaz me ajudou a pensar de outra forma... não quero matar você e espero que realmente não queira fazer o mesmo comigo.

Nego com a cabeça e coloco meus pés dentro da piscina, os mexendo lentamente fazendo com que pequenas ondas se formassem. O vento que soprava parecia aumentar cada segundo e as nuvens no céu começavam a se esconder.

— Acredite Bieber... eu não tenho confiança em mim mesma também, mas provavelmente Travor não me colocaria aqui.

— Duvido, mas tudo bem. — O observo passar a língua pelo canto do lábio e o morder, olhando em meus olhos como se buscasse alguma resposta para algum assunto diferente. — Deveria tentar dormir de novo, não me parece animada para continuar desperta. Amanhã terá um dia longo me contando o que sabe.

— Eu estou bem, não é sono.

— O que te fez odiá-lo de um momento para outro? Travor parecia ter cuidado com você, o que te fez pensar diferente?

— Há coisas que eu não tenho como explicar, Bieber, elas apenas acontecem... Travor tem mil faces, e uma dela sempre foi a de um bom "pai", que encobria a de alguém que... mentiu pra mim uma vida toda. — Falo de forma confusa, deixando as lembranças voltarem a vagar por minha mente.

Me levanto e caminho para dentro da casa, indo até a sala e me jogando deitada no sofá; precisava ficar sozinha, sem conversar sobre Travor, sem pensar nele ou no que havia acontecido no passado e até mesmo no presente. Mas minha paz de estar sozinha ali não durou muito, logo Bieber apareceu; tinha algumas garrafas de cerveja em mãos, mas as deixou sobre a mesa de centro e se sentou ao meu lado, me entregando uma.

— Eu não sei o que houve naquele lugar, e nem sei se deveria estar me importando com isso, mas eu não vou te fazer falar, apenas me conte o que vou precisar saber quando realmente for do meu interesse, mas... — Bebo um gole da cerveja e deito minha cabeça sobre o estofado, sem o encarar, apenas ouvindo seu tom de voz. — Eu até entendo a raiva que sente por alguém que mente pra você, que te faz não ver sentido nenhum no que realmente a vida é.

— É por isso que está no lugar do seu pai? Para descobrir alguma coisa? — Questiono um tanto curiosa; em meus pensamentos, sempre via Bieber como alguém viciado em sexo, dinheiro e drogas, mas sua frase me fez ver outro lado, um lado que parecia sincero demais por conta do álcool que ele deveria ter ingerido ao longo de um dia.

— Não é como se isso fosse relevante a você..., mas sim, eu estou à procura de encontrar a mim mesmo e mil outros pecados que devem ser punidos. — Ele ri e apenas reviro os olhos. — Já amou alguém?

Nego com a cabeça e o vejo sorrir de forma debochada.

— Você tem sorte... quando se apaixonar, saiba que machuca, dó, sangra; mais que qualquer ferimento de uma arma.

Olho para Justin e acabo não conseguindo me manter seria por muito tempo, rio alto e me deito no sofá, colocando meus pés sobre o colo do mesmo, sem me importar.

— Isso é patético vindo de você... um cafetão, com vadias rondando uma casa inteira, garotas devem brigar para estar no seu quarto. Não me parece alguém agradável para se ouvir conselhos de amor. — Bebo o conteúdo da garrafa e sinto meus olhos pesarem mais uma vez, e o cansaço fazer meu corpo relaxar.

— É, acho que está certa sobre isso. — o ouço rir e o encaro, sorrio de canto e fecho meus olhos, sentindo-me exausta de repente e a voz do mesmo ficar cada vez mais distante. — Mas não se preocupe... você não vai sofrer por amor enquanto estiver aqui.

Tento abrir meus olhos novamente, mas não haviam forças suficiente nem mesmo para esse ato; então apenas deixo-me ser tomada pelo sono, adormecendo ainda na sala.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo!
Enfim, até o próximo capítulo ♥

Angels of evil no wattpad >> http://my.w.tt/UiNb/29hNFDb2gw
Twitter: @bringzollg


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