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História Angelus Tenebris - Snape - 17 - Dursley


Escrita por: KatiaDorneles

Notas do Autor


Meus Xuxus, depois de um dia cansativo, divertido e cheio de tretas no trabalho.
Trago para vocês uma tretinha em família.
Aproveitem.

Capítulo 17 - 17 - Dursley


Fanfic / Fanfiction Angelus Tenebris - Snape - 17 - Dursley

Coisas que eu não havia percebido antes. Primeiro, está caindo uma chuva fina que esta me deixando realmente molhada. Segundo, a casa ficaria muito melhor com uma pintura. E terceiro, eu tenho os mesmos olhos de Petúnia. Olhar seus olhos é como olhar em um espelho. Um espelho que mostra como meus próprios olhos ficarão daqui alguns anos.
- Então,vou ser convidada a entrar ou não?
- Claro - Harry se prontifica e libera espaço na porta - Não teria nenhum problema. Não é mesmo, tia Petúnia?
- Não, espero que não.
Ela ainda parece em choque em me ver, mas recua para que eu possa passar. O calor dentro da casa é como um choque em meu corpo frio por causa da chuva.
- Harry, pegue uma toalha para ela se secar. Não quero que molhe tudo.
- Não se preocupe com isso, querido - tiro a varinha da manga do casaco e aceno para meu corpo. Minhas roupas e cabelos se secam imediatamente - Muito melhor agora.
Mamãe parece que vai ter um troço ao ver a minha varinha. Tiro meu casaco e Harry o pega para pendurar. Caminho para a sala. Incrível como essa casa não mudou quase nada em todos esses anos. Chega a ser quase nostálgico.
- Mamãe? É tia Guida?
A bola sentada no sofá pergunta sem erguer os olhos da televisão.  Duda sempre foi gordinho, porém agora ele esta parecendo uma bola gigante. Céus. A última vez que o vi, ele não era mais do que um bebê resmungão que gostava de jogar coisas nos outros.
- Olá Duda.
Ele vira devagar para minha direção. Seus olhos se arregalam ao me ver e ele pula do sofá apontando para mim.
- MAMÃE, MAMÃE. ELA... ELA É UM DELES! ELA É UM DAQUELES ESQUISITOS.
Sou obrigada a rolar os olhos. Pelo visto Harry não estava mentindo quando disse que eles odiavam todos os bruxos e que Duda havia ficado aterrorizado  por causa do rabo de porco que Hagrid deu para ele. 
Duda recua até a parede e se encolhe. Ignoro ele e vou até a lareira e ascendo com magia. Sobre a lareira tem vários portas retratos da família. A maioria de Duda. Desde bebê até agora. As fotos ficam milimetricamente arrumadas na mesma distância uma da outra. Noto que entre a foto de casamento e a primeira de Duda, a uma lacuna entre elas. É ali que costumava ficar a minha foto.
-  Vejo que conseguiram o que tanto queriam. Me apagaram da história dos Dursley.
- Poderia guardar isso? - Petúnia vai até Duda e o acalma - Valter vai chegar a qualquer momento com Guida e não seria sensato eles verem isso.
- Claro. Afinal quem gostaria de contar para a família que sua primogênita é a vergonha da casa? - guardo a varinha.
- Mamãe? Quem é ela? 
- Bem, já que perguntou querido. Quem gostaria de ouvir uma história? - digo me sentando e batendo do meu lado no sofá para que Harry se junte a mim.
- Dhelila. Não é momento para isso.
- Deixe de bobagem, Petúnia - deixo meu sorriso demonstrar calma. Coisa que não sinto realmente - Por onde devo começar? Ah, sim claro.
"Era uma vez um casal muito peculiar. Ela era uma mulher alta e de personalidade difícil. Ele era um homem baixo e de circunferência larga. Tão difícil quanto a mulher. De alguma forma eles se apaixonaram e acabaram casando. Que alegria para esse casal quando a mulher anunciou sua gravidez. Em 1974, nasceu uma linda, forte e saudável menina. Não falaremos o seu nome para deixar um ar de mistério. Continuando. Essa menina era o maior tesouro do casal. Eles a cuidavam e amavam imensamente."
Petúnia se senta com Duda no outro sofá. Percebeu que não tem como me impedir de falar.
"A alegria dessa família ficou ainda maior quando em 1980, um novo bebê chegou para a família. Todos ficaram encantados quando o garoto gordinho nasceu. Mas mudando nosso foco um pouco. Essa mulher tinha uma irmã que também possuía um pequeno garotinho. Com apenas um ano, esse garotinho perdeu seus pais de maneira horrível. Como o pai do garotinho não tinha mais parentes e a mãe dele possuía uma única irmã, foi com ela que ele acabou indo morar. O problema é que os pais desse garotinho eram especiais, e por isso eram odiados pela própria irmã. A irmã recebeu o garoto mais o tratava como escória. A nossa garotinha então passou a cuidar do pobre órfão."
Paro um minuto limpar a garganta e piscar para não chorar. Evito de olhar para Harry.
"Acontece que essa garotinha também era especial. Desde os nove anos ela vinha apresentando sinais disso. Mas seus pais preferiam não acreditar. Aos onze anos ela recebeu a carta que iria mudar sua vida. Ela foi aceita na maior escola de magia e bruxaria do mundo. Isso foi um escândalo para os pais, é claro. Como podia eles odiarem tanto tudo isso e ter tido o azar de ter uma filha assim? A garota insistiu tanto em ir que acabaram tendo uma terrível discussão. Essa discussão resultou que a pobre menina foi expulsa de casa. Então ela foi embora. Encontrou um lugar para chamar de lar. Amigos de verdade e até mesmo criou sua própria família meio torta. Seus pais não pensaram duas vezes de apagar ela de suas vidas, e até mesmo dos dois pequenos meninos que ficaram na casa. Mas anos depois ela voltou para revelar a verdade."
- Não entendi, quem é  essa garota?
Pelas cuecas de Merlin. Meu irmão é um tapado.
- Duda, querido. O casal se chama Valter e Petúnia Dursley. O garotinho é você. O órfão é Harry e eu sou a garota. Eu sou sua irmã. A primeira herdeira dos Dursley.
- Isso é verdade, mamãe?
Petúnia tinha os olhos marejados. Ela apenas acena a cabeça para o garoto. Um silêncio sepulcral reina no recinto até que é quebrado pela porta abrindo e um cachorro entra correndo sendo acompanhado de Valter e tia Guida.
- Querida, onde estão? Harry, venha guardar as malas da Guida. Duda, venha cumprimentar sua tia.
- Onde esta meu sobrinho favorito? - a voz enjoativa de Guida se faz mais alta do que de Valter. 
Ambos param assustados quando entram na sala. Guida esta o mesmo de sempre. Apenas aparentando mais velha e mais gorda. Valter continua barrigudo com aquele bigode horroroso na cara, a diferença que os fios brancos estão por toda parte agora.
- O que esta acontecendo aqui?
- Essa ai é a menina? A menina de vocês? Ela não deveria estar em um colégio interno no Alasca ate daqui alguns anos, Valter?
- Colégio interno? - pergunto me levantando - Ah, claro. Eu vejo.
- O que ela faz aqui, Petúnia? Achei que tinha deixado bem claro que não queria esse tipo de pessoa na minha casa.
- Desculpe, querido. Ela apareceu e querendo ou não ela é nossa filha.
Viro surpresa para Petúnia.
- Valter, o que esta acontecendo? Porque ela não deveria estar aqui?
- Não se meta, Guida - ele ralha com ela.
- Não se preocupe, não vou ficar por muito tempo. Eu só vim para...
- Não me interessa porque veio. Só quero você fora da minha casa. AGORA!
- VALTER - Petúnia grita.
Ele esta vermelho como um tomate. Ele avança e pega no meu braço.
- Fora. Eu lhe disse no dia que você saiu, se você passasse por aquela porta não precisava voltar nunca mais. Você escolheu aquele povo, então fique com aquele povo. Já sou obrigado a aguentar o moleque, não sou obrigado a aguentar você. Achei que aqueles papeis que assinei deixavam isso bem claro.
- Ouça aqui - libero meu braço de seu agarre - Eu passei sete anos da minha vida me culpando. Achando que o problema era realmente eu. Achando que eu era um monstro, uma abominação como um dia o senhor me chamou. Mas quer saber? Hoje eu vejo que o problema aqui é o senhor. Hoje vendo o que meu irmão esta se tornando, eu agradeço aos céus por ter saído dessa casa. E tenho pena desses dois meninos que ainda tem mais alguns anos aqui antes que  possam se ver livres disso.
"Vou te contar uma coisa. Eu sou a pessoa mais feliz do mundo por ter encontrado com Dumbledore aquela tarde. Porque ele sim me mostrou o que é ser um pai de verdade. Eu ganhei um lar maravilhoso em Hogwarts. Eu arrumei amigos incríveis. Eu reencontrei com meu primo, que é um garoto extremamente inteligente, corajoso, fiel e brilhante - sorrio para o garoto antes de voltar minha atenção para o homem em minha frente - Sabe qual foi a coisa que Dumbledore me ensinou? A amar e perdoar. E apesar de tudo, eu perdoou você. Eu perdoou os dois. Eu perdoou e agradeço. Porque se naquela tarde de chuva o senhor não tivesse me expulsado, eu jamais teria tido a vida maravilhosa que eu tive. Não teria encontrado alguém que tenho o maior orgulho de chamar de pai. Não teria me formado na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, eu não teria morrido em um lago por cinco minutos e retornado dos mortos, e não teria conhecido Newt Scamander, que me ajudou em um momento bem difícil da minha vida. Eu não teria minha própria casa conquistada com meu trabalho. Então obrigada. Obrigada por ter feito isso. Eu saio dessa casa hoje de coração mais leve e consciência limpa. Mais uma vez obrigada."
Harry me abraça forte. Sussurro que nos veremos em breve e o solto.
- Antes que eu me esqueça - tiro a varinha e aponto para Guida que parece tão em choque que só consegue abrir e fechar a boca como um peixe gordo - Obliviate. Agora ela não vai lembrar que eu estive aqui e vocês podem seguir com suas mentiras. Com sua licença.
Olho para eles uma última vez enquanto pego meu casaco. Guida ainda esta sob efeito do feitiço e parece uma estátua. Petúnia esta sentada no sofá com Duda enroscado nela. Ambos me encaram assustados. Petúnia tem os olhos cheios d'água. Harry sorri para mim e acena. E Valter permanece em pé com o rosto vermelho de fúria e surpresa. Com certeza não esperava por isso. Confesso que nem eu mesma esperava por isso.
Saio novamente para a chuva. A noite já caiu e o cheiro de terra molhada invade meu nariz. Respiro fundo uma última vez. Não creio que vá voltar tão cedo nesse lugar. Talvez não volte nunca mais. Não é esse meu desejo, mas não acho que serei tão bem recebida. 
Um riso afogado me escapa. Queria ter os Gêmeos aqui agora. Aposto que eles teriam inúmeros comentários engraçados para a ocasião.
Aparato na porta da minha casa. Busco as chaves pelos bolsos e entro. O cheiro de biscoitos me pega de surpresa. Acho Dumbledore na cozinha com um pano no ombro e uma forma cheia de biscoitos sobre a mesa.
- Achei que iria precisar - ele abre a geladeira e pega o leite e serve no copo que esta sobre a mesa - E tenho um pedido para fazer.
- Eu sabia que tinha algo por trás disso tudo.
Sento em uma banqueta e começo a comer. Delicia. Ponto para papai.
- Tem um velho amigo meu que quero que ele venha dar aulas esse ano. Mas ele está sendo meio difícil de convencer. Tenho a esperança que se saia melhor do que eu. Você só precisa piscar os olhos e fazem tudo que você quer.
- Hum. Quem é esse seu amigo? - ignoro seu último comentário.
- Ele se chama Remo Lupin.


Notas Finais


Eu juro solenemente não fazer nada de bom.
Meus bruxinhos e bruxinhas.
Primeiro eu quero dizer que amanha é meu aniversário. 24 aninhos. E quero deixar aqui registrado que até hoje não me conformei que minha carta de Hogwarts não chegou.
Segundo.... Senhor, Dhelila soltando a língua. Será que só eu gostei disso?
Hummm, parece que teremos nosso primeiro maroto no próximo capítulo.
Então até lá.
Beijos de luz.
Ps: desculpem qualquer erro. Como eu disse, essa semana tem sido bem tensa no trabalho por causa de uma coleguinha, mas não vou desanimar e vou continuar a postar regularmente.
Malfeito, feito.


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