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História ANIMALS - A Newtmas Fanfic - Trick or Treat?


Escrita por: LadyNewt e DearTommy

Notas do Autor


Travessura ou gostosura?
No caso do O'brien, confusão mesmo.
:) Newt

Capítulo 41 - Trick or Treat?


Fanfic / Fanfiction ANIMALS - A Newtmas Fanfic - Trick or Treat?

Point of View of Newton Brodie-Sangster

 

Os dias tem passado de maneira bem entediante por aqui. Janson realmente está de marcação serrada comigo. Ele pode ter demitido o grude que ficava no meu pé, mas colocou outros cinco para revezar na loucura de me vigiar. Sinto falta do Derek. Ao menos o morenão trocava ideia comigo e fazia tudo parecer mais leve e descontraído, fazendo-me até esquecer que tinha ele na cola. Mas esses caras aqui? Esses caras são mudos, desprovidos de beleza e qualquer gene da simpatia. Um parece um pitbull, o outro um dobermann, o terceiro um pastor alemão, o quarto um fila e o último um bull terrier. Dois deles ficam de guarda o tempo todo na porta do eu quarto. O restante me vigia pela casa e quando vou para a escola.

Isso com certeza dificultou meus encontros com Thomas, deixando-me bastante irritado. Vou de casa para a escola, da escola para o clube, do clube para casa e fim. Preso na minha própria vidinha sem graça quando estou longe de O’Brien, sendo privado até de alguns eventos que rolam durante a semana na Casa Branca.

Minha mãe parece bem feliz com isso e acho que Thomas também, assim o moreno não precisa de preocupar com outras pessoas tentando chegar perto de mim e tirar uma casquinha do que ele costuma chamar de “seu”. Até Scott foi quase que impossível encontrar na escola, mesmo que por acaso, tamanho o cerco dos caras em mim.

Convencido: Não te vi no treino hoje. Você deve ter aprontado alguma para ser sufocado pelos seguranças. Deve ser legal ser um presidiário!

Ignoro a mensagem de McCall. Não quero falar sobre a minha vida nem de livre e espontânea vontade, quanto mais hoje a tarde quando fui obrigado a encontrar a Dra. Grey para minha primeira sessão de terapia que, infelizmente, não consegui escapar. Nada contra a mulher. Ela até que é bem simpática e tem um filha gostosinha a julgar pelo porta retrato prateado sobre sua mesa. Ficamos por 55 minutos calados, com ela apenas me encarando. Ao perguntar se já estava na hora de ir embora a loira sorriu, negando com a cabeça. Passei quase 2 horas com ela, evitando suas perguntas a partir do momento que eu abri minha boca.

Não sei se confio nessa ética entre paciente e médico que ela tanto frisou durante seu monólogo. Tenho certeza de que tudo que disser ali será repassado ao meu pai, sem o menor cuidado em escolher as melhores palavras para ele.

Já jantei faz um tempo e agora estou trancado no meu quarto, de mal humor, vendo o ponteiro do relógio levar uma vida mais animada que a minha. Encaro o teto e a câmera escondida, pensando em O’Brien. Não vi o moreno durante o dia, já que minha agenda foi bem apertada.

Blondie: Acordado?

Tommy: Claro, estou assistindo meu programa prefiro. VO-CÊ!

Blondie: Isso não é justo. Também quero te ver.

Tommy:  Então venha! Falei para dar seu jeito.

Blondie: Você sabe que não é tão fácil assim.

Tommy: É fácil sim, garotinho. Basta se ligar mais nos sinais.

Blondie: Quais sinais?

Tommy: Seus seguranças fazem a troca de turno daqui 25 minutos. Você tem uma janela de 2 minutos para sair do seu quarto e chegar no andar inferior da Casa Branca, sem que ninguém te veja.

Blondie: E depois?

Tommy: Use sua criatividade! Estou te esperando nu na minha cama! [imagem.3]

Grande estímulo, O’Brien! Obrigado!

Balanço negativamente minha cabeça e dou um sorriso para a câmera, dando um salto da cama após ver uma foto deliciosa do corpo do moreno. Decido que vou sair. Vou testar essa tal “janela” de que Thomas falou. Escolho uma roupa bacana, optando pela combinação que me veste como uma luva: um jeans escuro, uma blusa preta manga longa de linho, bem justa ao meu corpo e nos pés um tênis. Ao olhar no espelho pareço um ninja, tirando meu cabelo reluzente. Pego um moletom com capuz para ajudar no disfarce.

Corro até a porta e espio por debaixo dela, observando a movimentação do pittbull e dobermann. Exatamente ás 22h59min os dois largam a vigia para a troca de posto. Abro lentamente a porta, ajustando o cronometro do meu relógio. Sigo correndo na ponta dos pés, onde alçando a escapa principal em menos de 30 segundos. Desço rapidamente os degraus, estudando a melhor rota de fuga. Direita não é a melhor opção. Terei que passar pela porta da sala oval e pela luz fraca que saí de lá de dentro tenho certeza de que meu pai encontra-se enfurnado lá.

Janela do bar!

Viro a esquerda, disposto a escapar pela grande janela lateral da sala onde meu pai guarda suas bebidas. Aproveito e roubo uma garrafinha de Absolut antes de ganhar o jardim da casa. Sorrio para meu relógio. Consegui chegar no jardim em menos de 1 minuto e meio. Sigo abaixado até a brecha no portão e escapo por ele com facilidade, tomando um taxi duas quadras depois.

 

*****

 

- Você é um cretino! – murmuro para Thomas dentro do seu carro após chegar na sua casa e dar de cara com o gostoso todo vestido e perfumado, me esperando com as chaves rodando na ponta dos dedos.

- Blondie, deixa de ser mimado. Eu posso te comer onde quiser! – se gaba sorrindo – Vamos curtir uma balada. Faz tempo que não frequento uma e quero ver como se saí na noite comigo.

Ele acelera seu Porsche, colocando Linkin Park pra tocar no rádio do carro. O moreno está simplesmente maravilhoso com uma blusa bem parecida com a minha, mas cinza com risca de giz, uma calça jeans preta e tênis escuro. O cabelo é aquela bagunça que só ele é capaz de fazer.

- Quando chegarmos lá, mantenha-se com seu moletom e o capuz até passarmos pela entrada. Existem câmeras na parte superior, então evite olhar para cima durante a fila.

- Mas e lá dentro? – questiono.

- Lá dentro, meu garotinho, é outro esquema! – um riso perturbador se forma em seus lábios – Tem algo pra você no porta-luvas.

Abro o compartimento e encontro um pequeno saquinho, com alguns comprimidos coloridos.

- Ecstasy. – sorri analisando minha cara curiosa.

- Eu nunca...

- Eu sei, Blondie. Quero tirar essa cabacinho seu também! – pisca sensualmente.

- Quanto tempo demora?

- Pra fazer efeito? Depende da pessoa. Como nunca provou nenhuma droga, no seu sague deve ser algo imediato. Temos que voltar antes das 7 da manhã, que é quando abre mais uma janela pra você retornar. Até lá estará limpo e novinho em folha.

Abro com receio o saco, fitando os comprimidos com desenhos engraçados e até bonitinhos.

- Quero um de coração! – ele diz, então entrego para ele, depositando a droga na sua boca.

Escolho um com uma coroa. Hoje serei a porra do rei na balada. Observo o moreno ingerir aquilo e o imito, sentindo o ecstasy se dissolvendo na minha língua. O’Brien é tão ousado que acaba me levando para o UltraBar, uma balada a apenas 3 quadras de casa. Existe uma fila enorme na porta, homens e mulheres bem mais velhos que eu, em trajes minúsculos. Não sei como ele vai me colocar pra dentro desse lugar. Eu tenho cara de bebê, porra!

Obviamente o moreno evita o aglomerado de gente, grudando seu corpo na hostess bonitinha da porta. Ele diz algo no ouvido dela e aponta pra mim. A loira abre um sorriso e pisca, afastando seu corpo da porta, dando passagem. Isso foi muito fácil.

- O que disse a ela? – questiono curioso ao entrar no espaço todo escuro, até ganhar os primeiros raios de luzes coloridas da pista eletrônica ao final de um longo corredor.

- Disse a verdade; que você é o filho do Presidente, fugiu de casa e vai curtir a balada comigo. – ele dá de ombros, me puxando para o andar superior da casa.

Thomas escolhe um camarote reservado, pede algumas bebidas no bar e eu já estou perdido encarando a pista lá embaixo, segurando com força a barra de ferro, antes que saia flutuando por ai. Vejo cabeças pulando, vejo um borrão divertido, vejo um unicórnio saltitante, uma cenoura agarrada a um poste e acho que tem alguém fazendo xixi na minha nuca.

Bloody Hell, que droga louca!

- Hey, calma, Blondie! – viro e dou de cara com O’Brien esfregando sua garrafa geladíssima de cerveja no meu pescoço. Ele dá um sorriso cretino, segurando meu rosto – Como se sente?

- Ta quente aqui, né? - respondo puxando sua cerveja, virando a garrafinha numa única dose.

O moreno me fita, mordendo com força seus lábios. Tenho certeza que tem o punho em riste rente ao corpo e deve estar me xingando mentalmente pela ousadia. Dou o último gole sem desprender meu olhar do seu e solto um arroto grotesco na sua cara. Tudo que ele faz é me olhar. Essa porra desse homem não tira os olhos de mim. Está parado como uma estátua, me analisando.

Reviro os olhos, arrancando a porcaria do moletom. Mas só ele não basta! É uma quentura fora do normal percorrendo todo meu corpo por causa da droga. Retiro a blusa de manga longa, então Thomas caí na gargalhada, contorcendo o corpo.

- Tá rindo do que? – pergunto grosso, abrindo mais uma cerveja.

- Da sua camiseta! Então admite que me ama?

Paro e desço meu olhar até o tórax, balançando negativamente a cabeça. Não acredito que estou usando a merda da blusa I love my Master com as algeminhas gays de 50 Tons de Cinza! Tenho mais consciência agora drogado do que sóbrio na porra do meu quarto.

- Pare de rir! – peço irritado, ele não dá ouvidos – Eu falei sério, O’Brien! – caminho até o babaca, peitando-o – Chega! Ou então...

- Ou então o que, Blondie? Hm? – ele ergue o corpo, parece ter três metros de altura.  Segura meu rosto com força, machucando meu maxilar. Seu olhar passeia rapidamente pelo segundo andar, espiando se existe alguém de olho na ceninha. E então ele me solta, ajeitando sua roupa e seus cabelos, dando uma risadinha infantil.

Sério, se for pra ficar a noite toda rindo, foda-se!

Irritado, não perco meu tempo e arranco a camiseta, jogando ela com raiva no chão.

Thomas discretamente cola seu corpo do meu lado, sussurrando – Se estivéssemos em casa colocava você de quatro para pegar essa merda com a boca. – desvia um olhar convidativo por todo meu peito exposto. – Já percebi que você fica confiante demais chapado. Será que seu pau funciona também? – sibila querendo algo.

Quer? Então venha buscar, mestre!

- Vou pra pista dançar! Bye, bye! – estalo a língua e dou as costas ao moreno, desviando das pessoas pelo espaço.

Será uma conquista se conseguir encontrar o caminho da escada, já que tudo gira e se move de forma desproporcional. Tenho uma vontade louca de sair pulando, no entanto a única coisa que sinto é uma mão apressada na minha cintura, me arrastando entre as pessoas e jogando meu corpo dentro do banheiro masculino. A porta bate e proporciona um estrondo forte, um baque que ecoa por todo ambiente vazio.

Custo a focalizar meus olhos na figura borrada a minha frente, no instante em que a retina mata a charada, um soco acerta meu queixo e sou violentamente jogado para trás, despencando meu corpo para dentro de uma das cabines.

- Vamos apagar esse seu fogo rapidinho, Blondie!

O’Brien gruda sua mão na minha nuca, abrindo com destreza o zíper da minha calça. Não resisto, deixo ele me foder com força, tendo meu corpo prensado entre ele e a parede gelada, com meus gemidos reprimidos pela a sua mão grossa calando a minha boca. Fecho os olhos e aproveito a viagem sensacional, largando todo o meu peso no colo dele agora, sendo enrabado e rebolando como uma putinha. Thomas invade minha boca, deixando outro comprimido de ecstasy nela com a ponta da sua língua enquanto se diverte desferindo tapas e mais tapas na minha bunda entre uma bombada e outra.  Absorvo tudo gemendo baixinho contra a pele cheirosa da sua nuca, curtindo a viagem que é ser fodido por Thomas O’Brien e meu segundo ecstasy na cabeça.

- Me fode mais forte, porra! – é o mantra da noite que adoro entregar a ele entre meus lábios trêmulos.

Eu estou chapado demais!

 

*****

 

Um branco corta minha mente e quando dou por mim estou no meio da pista, dançando alucinado, tendo Thomas esfregando seu corpo suado no meu. Igualmente sem camisa, parece que todos os olhos estão conectados nele, na magia que ele emana por ter um abdômen trincado dos infernos e músculos perfeitos.

- Vou pegar outra cerveja, quer algo? – praticamente grita no meu ouvido, tentado com que sua voz sobressaia a música eletrônica.

- Vodka! – lambo sua orelha e aperto a bunda gostosa, cagando com a possibilidade de ser reconhecido ali.

Meu mestre ri da minha ousadia e some no apinhado de cabeças, tento acompanhar seus movimentos, mas me perco no meio dos corpos alucinados e luzes coloridas. Tudo acontece em câmera lenta, fodendo minha cabeça.

Eu tô muito louco, mate!

Um tempo depois ganho uma generosa encoxada e suas mãos deslizam pelas minhas costas nuas, até repousarem na minha bunda. Ele beija meu pescoço, gemendo no meu ouvido.

- Quero a vodka, please! – peço estendendo meu braço para trás.

- Vou ficar te devendo, mas tenho um pau enorme aqui todinho pra você!

Engulo a seco e giro lentamente meu corpo para trás. Dou de cara com um babaca qualquer, alto, moreno, olhos coloridos, um sorriso encantador, mas... não é O’Brien. Afasto meu corpo do seu ao menor sinal dele tentar colar ainda mais sua ereção em mim.

- Qual, é? Sou bem melhor que o otário que estava se esfregando em você. – volve ele tentando me beijar.

- Back off, mate! – protesto com dificuldade, tentando fugir da sua boca ao ter meu corpo aprisionado por seus braços fortes.

- Você ouviu o garoto. Solta. Ele. Agora!

Thomas finalmente surge do nada, sua cara não é a melhor de todas. Tem os olhos vidrados nas mãos do homem passeando atrevidamente pelo meu corpo.

- Eu vou repetir; SOLTA. O. MEU. GAROTO! – sibila pausadamente enquanto só rezo para o escroto não ser surdo.

Cansado do joguinho onde apenas o cara idiota está competindo, O’Brien faz algo inesperado. O moreno levanta o braço e desce ele com força contra a própria coxa, partindo ao meio sua garrafa de cerveja. O som da pista está tão alto que ninguém além de nós três é capaz de captar a cena. Tommy avança contra o outro homem com sua garrafa espatifada em mãos, empurrando meu corpo com brutalidade no chão, abrindo caminho para socar o idiota. Um leve ardor atinge meu braço, fazendo escorrer um filete de sangue até meu pulso.

Legal! Thomas teve a capacidade de me cortar antes!

Não distingo quem é quem na disputa, que se tornou um caos total. Pessoas correndo e gritando, gerando uma confusão do cacete na balada. Gemo ao ser pisoteado, mas nada se compara a dor do corte em meu braço.

- Levanta logo! – tenho o corpo içado repentinamente por Tommy, que causa a discórdia, mas em segundos escapa da merda que fez e me arrasta pra fora da balada antes que alguém me machuque ainda mais.

Faço como ele, corro para a porta, seguindo diretamente para onde estacionamos o carro. Chego no Porsche ofegante, produzindo uma careta de dor ao encostar no corte que pulsa sobre a palma cálida da minha mão.

- Pare de choramingar. Você pediu por isso. – ele destrava o carro e joga meu corpo para dentro.

- Não foi sem querer? – questiono chocado, sentado no banco do passageiro enquanto ele me fita do lado de fora.

Mas ele me ignora, bate a porta e me tranca sozinho lá dentro, acionando as travas junto com um riso suspeito. Bato no vidro com força, gritando seu nome, mas tudo que recebo em troca é seu olhar doentio. Ele se afasta, voltando para a balada, carregando com ele toda sua aura negra, ainda segurando a porra da garrafa quebrada nas mãos.

Sem O’Brien, sem a Vodka e com um corte no braço! Legal! Missão balada com Tommy: sem sucesso.

Abro o porta luvas e retiro um pacote de lenços de papel, tentando estancar o sangue que não para de escorrer. Há uma gritaria logo a frente, mas nada que diferencie do estado caótico de antes. Minutos depois assusto quando o moreno retorna como um furacão para o carro, aparentemente sujo de sangue.

- Thomas, você está bem? – pergunto uma vez, ofegante.

Repito a pergunta mais meia dúzia de vezes, ele dirige com rapidez, sem se pronunciar em nenhuma delas. Do nada ele extravasa, socando o volante do carro, encostando o mesmo no primeiro beco que encontra. Está escuro, mas ele ascende a luz interna, voltando seu rosto pra mim. Sangue. Com certeza ele tem muito sangue pelo corpo.

- Você está ferido, Tommy? – espalmo minhas mãos pelos seu tronco, preocupado, procurando algum ferimento pelo seu corpo. A ideia dele estar possivelmente machucado me assusta.

- Você é meu, ouviu Blondie? – segura minha ação, rangendo os dentes. – Ouviu? MEU! – insiste com seus olhos em chamas.

Ele tem a voz perturbada, os olhos vidrados e treme levemente as mãos.

- Sim, eu sou seu, só seu. Para sempre! – digo beijando sua boca, na intenção de trazê-lo de volta ao mundo após o surto na balada.

- Aquele idiota nunca mais vai tentar roubar o que é meu... – murmura ao deslizar suas mãos viscosas, marcando meu rosto com o sangue de mais uma pessoa que eu provavelmente matei.

Sinto meu coração disparar.

O que você fez, Tommy?


Notas Finais


Minha santa tartaruga! :/


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