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História Anime Connection (Kim Taehyung - BTS) - A teenage party Part. 2


Escrita por: Kesey_ecc

Notas do Autor


Capítulo ainda não revisado

Sorry

Capítulo 9 - A teenage party Part. 2


Fanfic / Fanfiction Anime Connection (Kim Taehyung - BTS) - A teenage party Part. 2

Catarina

A garota ficou com os olhos arregalados, fitando bem de perto Kim Taehyung e seus olhos bem fechados, enquanto suas bocas eram pressionadas com força. O contato durou alguns segundos antes dela empurrá-lo pelo peito. O asiático metido quase nem se abalou. Assim que seus lábios estavam livres, ele logo se virou para a rodinha de adolescentes comemorando e se afastou sem nem olhar para trás. Furiosa, Cat tentou avançar na sua direção, mas Lilly se pôs em sua frente impedindo-a.

— Por favor, sem brigas na minha casa – pede um pouco sem graça – Mal te conheço Styles e gosto bastante da Emma, não quero que eu e você tenhamos problemas logo de cara. Se alguma confusão acontecer aqui meus pais nunca mais liberam uma festa assim.

— Mas você viu o que ele fez?! – pergunta apontando na direção do garoto que parecia ter um sorriso forçado enquanto os outros da roda davam risadas e olhavam Catarina dando seu pequeno ataque.

— Eu vou falar com o pessoal, ok? Não se preocupa. Não vai mais acontecer – a anfitriã se despõe a amenizar as coisas, porém, Cat só recua ao sentir as mãos de Emma em seu braço.

— Catarina, aqui não... E não agora – a amiga murmura próximo ao seu ouvido.

Com um suspiro ela arruma o mesmo óculos de sempre sobre o nariz e pega o celular - que naquela noite estava com a capinha do game boy da Hora da Aventura -, e abrindo o aplicativo do gravador de voz ela aperta o play:

— Aparentemente após certo horário, é bem comum o nível de álcool estar elevado entre a maioria dos adolescentes presentes no recinto, portanto algumas atitudes babacas e imorais são aceitas com maior facilidade pelas pessoas. Isso nos leva a dois questionamentos... Número um: porque o álcool é tão aceito e incluso na sociedade como uma forma de diversão e interação corriqueira? Número dois: a idade legal para consumo de álcool nos Estados Unidos não é de 21 anos? Pelo o que posso observar a maioria dos convidados, assim como eu, ainda está na faixa dos 18.

Ela aperta o botão para encerrar a gravação e dá um sorrisinho irônico para Lilly, que por sua vez a encara como se ela fosse um alienígena de outro mundo.

— Ahmm... – Emma começa e logo pigarreia – Ela está fazendo um trabalho de ciências sociais para uma atividade extracurricular e como aplicação para faculdade.

— Oh-Kay... – Lilly fala pausadamente, fazendo uma careta de estranheza e logo se afastando, não antes de trocar mais um cumprimento com Emma.

Na verdade, Emma Sanders foi a verdadeira convidada da festa. Ela e Lilly fazem educação física juntas e quando montam times são muito bem entrosadas, apesar de Lilly não ser tão boa assim em esportes quanto Emma. Sabendo que Peter com certeza estaria na festa, a garota não iria perder a oportunidade de tentar se aproximar e tentar pelo menos uma conversa casual com ele, ser notada quem sabe. Ela poderia ir com qualquer outra amiga do time de vôlei, já que as garotas eram bem mais familiarizadas com festas e os rituais adolescentes clichês, mas nenhuma delas tinha o dom de deixar Emma mais tranquila e relaxada como a melhor amiga.

Por outro lado, Catarina Styles jamais perderia a oportunidade de analisar adolescentes em situações sociais fora do colégio. Uma festa era um prato cheio para suas observações e pesquisas científicas. E daquela vez, naquela festa em particular, tinha um grande “porém”.

— Vamos deixar isso pra lá por enquanto – Emma chama sua atenção novamente – O Peter está ali junto com o grupinho do seu amado asiático ruivo gatinho.

— É, eu vi – revira os olhos para a amiga.

— Acho que eu vou lá – Cat afirma com um aceno de cabeça – Tem certeza que está mais legal assim com o meu cabelo solto?

Passa os dedos entre o cabelo loiro cacheado, tentando pentear o que já estava ótimo aos olhos da melhor amiga de cabelo Chanel preto. Fora essa diferença do cabelo de Emma as duas estavam exatamente como iam todos os dias para a escola. Emma com uma camisa branca quase cropped, seu jeans despojado, tênis branco e a costumeira blusa de frio na cintura. Ah, não esqueça o fru-fru florido no pulso em caso de emergência. Catarina usava mais uma de suas camisas listradas e justinhas por dentro de uma saia de pregas preta, com as sapatilhas de sempre nos pés.

— Está bem mais bonito assim Emma. Sempre disse que você deveria soltar mais o cabelo, é muito bonito.

— Mania de jogadora de vôlei – dá de ombros – Enfim, você vai falar com ele agora?

— Não o encontrei ainda. Você acha que é mesmo uma boa ideia? - comprimi os lábios, espalhando o protetor labial – Não é estranho ele começar a me tratar bem assim do nada? E agora marca esse encontro comigo nessa festa. O Dylan sempre foi um idiota comigo no ônibus, porque tá sendo tão legal ultimamente?

— Realmente não sei Cat, mas acho que isso aqui não é nenhum livro adolescente clichê também. Não fica ai pensando que você é a Carrie, a estranha e todo mundo quer zuar com a sua cara.

Catarina solta uma risada boba e encoraja a melhor amiga, empurrando-a levemente em direção à roda de adolescentes. Emma cautelosamente se aproxima, literalmente com passos pequenos, e se apoia na estante da televisão ao lado de Peter, olhando a movimentação sem fazer mais nada. Durante um minuto inteiro a loira não faz nada e Cat sorri. Era exatamente por isso que eram melhores amigas, Emma também não era nada convencional como as outras pessoas.

Durante a próxima meia hora ela circula pela festa procurando por Dylan Navasky com um certo frio na barriga, enquanto fazia observações para seu gravador no celular. Não era exatamente um friozinho bom, ou uma expectativa de que algo legal estava para acontecer. Ela havia gostado do tratamento diferente que o garoto estava lhe direcionando porque nunca havia acontecido antes, e quando você é ignorada ou motivo de brincadeiras 70% do tempo, é bom receber gentilizas para variar. E era justamente o que Dylan estava fazendo. Sorrindo para si ao passar pelo corredor. Dando sua vez na fila do lanche. Esperando pacientemente que ela passasse a sua frente e saísse do ônibus, como um cavalheiro abrindo a porta do carro. Pequenos gestos bobos que a fizeram até sorrir. Até a última quinta-feira, onde ele foi até sua mesa no intervalo e perguntou se ela iria à festa de Lilly Evans e que seria legal os dois se encontrarem por lá.

E cá estava ela...

— Ao que parece cada ação realizada por pessoas nesse tipo de ambiente é com o intuito de se aproximar do sexo oposto ou pessoas do mesmo sexo com segundas intenções. – fala para o próprio celular quase encostado em sua boca, enquanto andava pela festa como uma diretora de escola - Conforme as horas vão passando as coisas parecem tomar proporções maiores, a agitação e o efeito do álcool são predominantes. A busca pelo coito também é muito comum apesar da idade. O que me faz indagar: estamos entrando cada vez mais cedo no que se considera "idade adulta"? Se não, a partir de qual idade é normal a busca e descoberta pela sexualidade?

— Hey... Cat... Você veio – Dylan aparece em sua frente assim que ela entra na cozinha. Parecia alterado pelo álcool – Eu estava conversando com o Liu e o Jungkook sobre como estava ansioso pra te ver.

Ela arqueia as sobrancelhas, surpresa e desconfiada. Troca olhares com os asiáticos, que desviam rapidamente e somem de vista, então ela se volta para Dylan novamente.

— Você não parece muito bem agora.

— Estou ótimo – sorri antes de beber o conteúdo restante no copo em sua mão e se virando para o barril grande sobre a pia para enchê-lo novamente – Você quer um pouco de cerveja?

— Não, obrigada.

— Eu queria falar com você sobre um negócio, – envolve um dos braços sobre os ombros dela e a conduz para fora dali – mas aqui com esse barulho chato fica um pouco difícil, vamos pra um lugar mais tranquilo.

Curiosa, como sempre, Catarina o segue sem pestanejar. Sendo guiada escada acima. Enquanto subia os degraus viu Taehyung a encarando ainda no andar de baixo e logo lhe deu um semblante raivoso, se pudesse teria rosnado. Contudo, o garoto apenas permanece sério, seguindo-a com o olhar. Não lhe deu seu sorriso debochado costumeiro como resposta, muito menos tentou provoca-la mais um pouco. O que era muito estranho.

Não se deixou pensar nisso por muito tempo. Estava mais curiosa em saber o que Dylan queria falar com ela que precisava ser num lugar tão tranquilo quanto um quarto de porta fechada... A sós. Ele logo se joga na cama, derramando um pouco da bebida nos lençóis e rindo sozinho com aquilo.

— Senta aqui comigo Cat – bate no colchão ao seu lado – Tem certeza que não quer beber nada?

— Eu não disse que não queria beber nada. – responde sentando-se na cama – Você só me ofereceu cerveja e eu realmente não bebo álcool.

Depois de uma desastrosa experiência cientifica que ela e Emma fizeram numa tarde sozinhas na casa de Catarina, as duas decidiram que nunca mais iriam beber, pois na noite daquele dia vomitaram a cota de uma vida.

Mais uma vez Dylan ri sem motivo algum, para logo em seguida ficar sério.

— Eu te chamei aqui pra gente conversar um pouco – se aproxima nada sutilmente dela.

— Sim, é por isso que eu ainda estou aqui – responde óbvia – O que você quer falar?

— Quero dizer o quanto você é linda – sorri numa tentativa falha de parecer sedutor. Seu rosto se aproximava cada vez mais do de Cat e assim ela podia ver com mais clareza suas poucas espinhas espalhadas pelo rosto.

Dylan era bem forte e tinha o cabelo bem curto por causa do clube de atletismo. Ele não era tão alto, mas por ser corpulento algumas pessoas podiam até chama-lo de gordinho, o que era um equivoco. O garoto era só músculo e agilidade.

— Você me chamou num quarto pra dizer que me acha linda? – faz uma careta – Você me odeia desde que a gente começou a estudar juntos.

— Não é verdade. Eu só achava legal brincar com você, toda nerdizinha e engraçada, mas percebi que estava errado... Agora te acho uma gracinha, mesmo usando óculos. – solta um risinho após tocar no aro fino sobre o nariz de Catarina com a mão livre.

— Caramba, estou me sentindo realmente elogiada. Nem sei como te agradecer...

— Acho que a gente deveria ficar juntos – Dylan inclina um pouco a cabeça, tentando aproximar seus lábios carnudos dos de Catarina.

Ela ri alto. Solta uma gargalhada engraçada, se inclinando levemente para trás e desviando do beijo mesmo sem perceber que o fazia. Quando volta a olhá-lo percebe o garoto levemente irritado.

— Ah, você tá falando sério? – arregala os olhos – Era por isso que você estava sendo legal comigo esses dias? Brincadeira sua... Só pode...

— Não é brincadeira – ele investe sobre ela de novo e dessa vez ela se esquiva de verdade.

— Eu não tô gostando dessa conversa.

— É porque a parte legal não fica na conversa... Ela começa com você me beijando e termina...

— Ow... Isso foi um erro – Cat o interrompe e levanta da cama num salto – Tô indo embora.

— Não vai não... Vamos conversar, é sério agora... – ele tenta segurar seu braço e puxá-la mais uma vez para a cama, mas estava um pouco lento demais devido a bebida.

Catarina corre para a porta no mesmo instante em que essa se abre rapidamente, relevando Kim Taehyung.

— Sai Miau – diz sério, encarando Dylan com um olhar raivoso.

— Você que está sobrando aqui Kim. Melhor vazar – segura Catarina pelos ombros, trazendo-a para perto de si.

Com um olhar um pouco desesperado ela encara o asiático ruivo, estendendo a mão em sua direção, querendo sair de perto de Dylan o mais rápido possível. E sabia que não conseguiria sozinha. Sabia que Kim também não tinha lá muitas chances se saísse no braço com um cara do clube de atletismo, mas quem sabe os dois juntos não poderiam fugir dali.

Lendo seus pensamentos, Taehyung segura sua mão e puxa a garota do aperto de Navasky. Quando o atleta vai na direção do casal, os dois o empurram fazendo-o cair de bunda no chão um pouco tonto, derrubando toda cerveja em si mesmo. Os dois correm para fora do quarto e trancam a porta, usando uma chave que Tae magicamente tem em mãos. Eles andam apressados escada abaixo e antes que se separem na sala de estar, o garoto a puxa para o lado de fora da casa.

— Você ficou louca?!

— O que foi que eu fiz?

— Não é possível que você não saiba que aquele idiota estava prestes a te agarrar. – gesticula apressado – Qual é Miau, você é uma nerd, esse é o maior clichê adolescente da história das festas clichês adolescentes. Pelo amor de Deus!

— Ah desculpa ai “Senhor Eu sou perito em clichês adolescentes”. Da licença se eu nunca fui chamada pra ir num quarto por um garoto antes e não vi problema nisso. Nem todo mundo pensa em sexo vinte e quatro horas por dia.

— Você deveria ser bem mais esperta do que isso. Tá na cara que ele não é confiável Catarina – bufa irritado – Ele ia te beijar e... Sei lá mais o que... E pelo jeito não ia demorar pra ser a força.

— E como isso é diferente do que você fez assim que eu cheguei? – cruza os braços confrontando-o – Seu babaca.

Taehyung abre a boca algumas vezes e desvia o olhar, parecendo não saber muito bem por onde começar.

— Me desculpa, tá legal? – diz de uma vez, surpreendendo-a tanto que ela até dá um passo para trás – Eu fui atrás de você justamente pra me desculpar pelo o que fiz. Foi uma brincadeira idiota... Parte daquele jogo idiota... Daí eu fui um idiota porque quero muito jogar basquete – suspira olhando-a nos olhos – Me desculpa.

— Ah... Agora é fácil falar tudo isso – Catarina inutilmente tenta manter a postura durona e irritadiça que sempre teve com Taehyung, pois simplesmente não sabia como agir de outra maneira com ele.

— Não enche vai... Estou falando sério. Acha mesmo que eu ia querer te beijar? A força ou voluntariamente?

Tá bom, agora ela estava bem mais magoada do que irritada. Saber que foi tudo uma brincadeira com a sua imagem deixava tudo pior. Então os dois caem no silêncio. Ambos olhando para os próprios pés.

— Me desculpa – ele repete mais uma vez. Após alguns minutos ergue o rosto para olhá-la – Quer uma carona pra casa? Assim ficamos quites.

— Eu sei dirigir e vim com o meu carro – responde desanimada – E não vou embora sem minha amiga.

— Então porque você ainda vai de ônibus para o colégio? – franze o cenho.

— Como você sabe que eu ainda vou de ônibus? Anda reparando em mim?

— Eu não sei – responde prontamente.

— Você acabou de dizer – estreita os olhos.

— Não sei do que está falando – desconversa completamente sem jeito, dando alguns passos para trás – Bom... Já que é irremediável, vou indo nessa. Tchau Miau.

Apressado ele volta até a porta da casa de Lilly Evans sacando o celular do bolso. Catarina começa a se afastar em direção ao seu carro em passos de lesma. Preferia esperar por Emma na segurança da sua lata velha do que voltar para dentro da casa com aquelas pessoas. Quando sacou seu celular antes de atravessar a rua ouviu a conhecida saudação do aplicativo Anime Connection, mas não vinha do seu aparelho.

Gokigenyō Anime Connection

Ao olhar para trás se viu sozinha. Kim Taehyung havia acabado de fechar a porta atrás de si. Dois segundos depois recebe uma notificação de mensagem no chat privado:

MoriBoy-Kun Preciso de você 

Um tanto desconfiada, Catarina corre para seu carro e dá total atenção ao seu garoto dos sonhos, tentando esquecer o desastre que foi sua experiência.


Notas Finais


É... O garoto que ela falou no chat que tinha começado a ser legal com ela não era o Tae kkk.

Espero que tenham gostado <3


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