"Eu te amo". Essa frase não saía da minha mente. A cada minuto ela era repetida em minha cabeça, e eu não conseguia evitar um largo sorriso quando isso acontecia. A minha vontade era de imprimir uma faixa e coloca-la na janela do meu apartamento, para que todos soubessem que isso enfim aconteceu. Eu não esperava que Armando fosse dizer isso tão rápido, mas estava aliviada por ter acontecido. Desde quando Marcela e Catalina pensaram que eu e ele já tínhamos trocado as três palavras, eu pensei quando esse momento chegaria. E ele chegou. Armando não me deu tempo de respondê-lo naquela noite. Assim que disse "eu te amo", ele voltou a me beijar e acabamos nos perdendo entre suspiros e lençóis de sua cama. Mas eu queria dizer. Queria dizer à ele que também o amava, e que isso já tinha um tempo. Mas eu precisava saber como dizer isso sem parecer uma maluca. Sem parecer que desde o primeiro dia que fizemos amor em sua sala, eu já sentia que o amava.
Acordei no dia seguinte esperando que Armando estivesse ao meu lado para que eu pudesse enfim dizer que também o amava. Mas, quando virei para o lado, a cama estava vazia. Me sentei à ela olhando em volta, e percebi que havia um bilhete sobre a cômoda. Eu o peguei, e reconheci a letra dele.
Precisei resolver um problema na editora, não quis te acordar.
Volto antes do almoço. Lembre-se que a casa também é sua.
Beijos, A.
Sorri enquanto olhava para o bilhete, mas foi inevitável não me sentir sozinha. O apartamento dele era realmente grande, e naquele momento eu entendi quando ele dizia que sentia-se sozinho estando nele. Assim que me levantei, fui até a lavanderia me certificar de que minhas roupas já estavam secas, mas para o meu desapontamento, não estavam totalmente. Continuei com a camisa de Armando, aproveitando que estava a sós no apartamento. Fui até a cozinha procurar algo para comer, e percebi que ele havia deixado um café da manhã pronto para mim. Mais uma vez sorri e me sentei ao balcão para toma-lo. Como ele tinha o costume de ler jornais pela manhã, aproveitei que havia um sobre o balcão e comecei a lê-lo para passar o tempo. Folheei as notícias, até chegar às fofocas dos famosos. Nunca me interessei por esse assunto, mas notei um nome que me chamou a atenção.
A notícia falava sobre o próximo lançamento de Danilo, e ressaltava que seria o ultimo livro da saga. Ao lado tinha uma pequena entrevista feita por ele, dizendo que pensou seriamente se deveria ou não continuar com os livros, mas que uma pessoa sábia disse à ele que se ele quisesse que suas histórias fossem inesquecíveis, deveria termina-las com honra. No fim da entrevista ele agradecia à "pessoa" que lhe deu o conselho, e que ele seria eternamente grato. Coloquei o jornal sobre o balcão e o encarei pensativa. Armando provavelmente ainda não tinha visto aquilo, ou nem mesmo teria saído do apartamento antes de falar comigo. Eu sabia que ele tinha ciúmes de Danilo, mesmo que ele não tenha ido à editora desde a vez que tivemos a reunião. Eu não queria pensar em qual nível seu ciúmes chegaria se ele soubesse que Danilo estava me agradecendo indiretamente em um jornal.
Terminei o meu café e caminhei pelo apartamento, pensando em algo que eu poderia fazer. Pensei em ligar para Marcela ou Catalina, mas me lembrei que Armando não tinha telefone. Ele era totalmente adepto à tecnologia, e usava o seu celular para tudo. Me sentei ao sofá entediada e liguei a TV. Eu nunca tive o costume de assistir TV a não ser quando passava meus filmes antigos preferidos, o que era uma coisa rara. Obviamente nenhum canal iria transmitir "Grease" em pleno sábado de manhã. O que me restou foi deixar em um canal de culinária e tentar suprir o tédio aprendendo algumas receitas novas.
Para a minha surpresa, realmente me interessei. E quando me dei conta, estava com um caderninho em mãos, anotando as receitas. Pensei que já que Armando voltaria para o almoço, eu poderia preparar uma surpresa recebendo-o com uma ótima refeição. A receita não era tão difícil, e para a minha sorte, ele tinha todos os ingredientes necessários em sua casa. O que era realmente um milagre, já que ele não costumava fazer compras por não ter o costume de cozinhar ou fazer as refeições em casa. Fiquei realmente animada de poder passar o tempo, e ainda preparar algo especial para Armando. Ele ficaria feliz, e isso também me deixaria feliz.
Mas, enquanto eu estava entretida fazendo a receita, a campainha tocou. Olhei para minha própria roupa e pensei em não atender. Quem quer que fosse, não queria falar comigo, e sim com Armando. E como ele obviamente não tocaria a campainha de sua própria casa, eu deixei tocar. Mas, depois de alguns minutos, a campainha não parou. Pelo contrário. Ficou ainda mais frequente à medida que o tempo passava, e já impaciente com aquilo, resolvi abrir a porta, ou a pessoa nunca iria embora. Imaginando quem poderia ser a pessoa insistente que não se contentava em pensar que talvez não houvesse ninguém em casa, olhei através do olho mágico. Abri a boca abismada ao ver que era Dona Margarita, e ela parecia impaciente por esperar tanto. Novamente olhei para minha própria roupa, no momento em que ela tocou a campainha duas vezes seguidas. Ou eu gastaria meu tempo trocando de roupa, colocando a minha que ainda estava molhada, ou eu abriria a porta e ela me veria com uma roupa totalmente inapropriada, que não tampava nem metade das minhas coxas. Optei pela segunda opção. Eu teria tempo de me desculpar e correr para o quarto para ao menos vestir minha calça. Seria desconfortável ficar com uma roupa molhada, mas ao mesmo eu não ficaria frente à frente com a mãe do Armando usando uma de suas camisas. Me apressei em destrancar a porta e eu a abri devagar.
Mg-Ah, até que enfim! Pensei que você...(parou de falar ao olhar para mim.) Oh, Betty! Desculpe, pensei que fosse... (olhou para minha roupa e eu senti meu rosto corar.) Armando.
B-Como vai Dona Margarita?(Perguntei tentando amenizar a situação.) Armando precisou ir à editora hoje.
Mg-Ah... Entendo.(Ficamos alguns segundos em silencio.)
B-Ah, desculpe!(Falei rapidamente.) Entre, por favor.(Me postei atrás da porta e a abri mais, para que ela entrasse. Ela adentrou o apartamento e colocou sua bolsa sobre o móvel. Segurei a barra da blusa e a puxei para baixo, na tentativa de que milagrosamente ela se esticasse e ao menos chegasse ao joelho. No mesmo instante ela olhou para mim, e eu sorri tensa, fechando a porta.) Me des... Desculpe pela roupa.(Falei gaguejando.) Eu não esperava que alguém viesse aqui hoje, e minhas roupas estão molhadas e...
Mg-Não se preocupe. (Ela riu.) Sei como são os jovens de hoje.(Mais uma vez me envergonhei.) Então... Está aqui sozinha o dia inteiro?(caminhou pela sala.)
B-Sim. Ele saiu antes que eu acordasse.
Mg-Deve estar entediada, não é?
B-Não muito. Na verdade eu estava preparando um...(Parei de falar me lembrando que eu tinha uma panela no fogo.) A Senhora pode me dar licença por um minuto?(Não esperei que ela respondesse e corri até a cozinha. Me apressei em mexer à panela, e suspirei aliviada ao perceber que não havia queimado nada. Margarita entrou na cozinha e olhou curiosa para mim.)
Mg-Está preparando o almoço?
B-Bom... Sim. (Sorri.) Pensei em fazer algo para ele.
Mg-Isso é ótimo.(sorriu.) Sabe cozinhar?
B-Acho que sim. Ao menos eu costumo fazer algumas coisas em minha casa.(Ela sentou-se ao balcão.)
Mg-Está com um cheiro ótimo.
B-Obrigada.(Sorri.) Ah! Eu vou trocar de roupa e...
Mg-Não, não precisa. Eu não vou demorar.
B-Não vai almoçar com a gente? Eu sei que parece estranho eu convidá-la já que a casa não é minha, e que minha roupa é completamente inapropriada, mas...(Ela riu.)
Mg-Não, querida. Não é isso. Eu só vim para entregar uma carta à Armando, que foi entregue por engano lá em casa. Acho que ainda estava com o endereço de quando ele morava lá.
B-Ah, sim.
Mg-Pode entrega-lo para mim?
B-É claro!
Mg-Está na minha bolsa, você me acompanha até a porta?
B-Sim!(Saímos da cozinha e eu ainda continuei puxando a blusa para baixo. Quando nos aproximamos da porta, ela tirou uma carta de dentro de sua bolsa e a entregou à mim.)
Mg-O almoço parece delicioso. Espero que aproveitem.(sorriu pendurando a bolsa.)
B-Obrigada. E desculpe a maneira como a recebi.
Mg-Não se preocupe, querida. Eu deveria ter avisado que estava vindo. As vezes me esqueço que agora Armando não fica mais sozinho no apartamento. (Ela riu. Sorri envergonhada e abri a porta para ela.) Até logo, Betty.
B-Até!(Margarita se afastou e eu fechei a porta, suspirando. Que bela maneira de receber a própria sogra, não é Betty? Agora ela vai pensar que sou uma daquelas namoradas folgadas que passam o fim de semana na casa do namorado, vestindo sua roupa e usando sua comida. Balancei a cabeça e voltei para a cozinha, afim de terminar de cozinhar. Ao menos aquele almoço teria que dar certo. Eu não queria me sentir uma inútil passando o dia inteiro na casa do Armando. Talvez por pensar tão seriamente nessa história de "ser uma inútil", aproveitei o tempo que sobrou depois de preparar o almoço e limpei sua casa. Eu sabia que ia uma faxineira ali uma vez por semana para fazer tudo isso, mas dessa forma consegui passar o tempo. Quando terminei, minha roupa enfim estava seca, e eu pude tomar um banho e me arrumar dignamente. Infelizmente Margarita chegou em uma péssima hora, e eu desejei que ela voltasse dizendo que mudou de ideia sobre o almoço. Depois que me arrumei, preparei a mesa e coloquei as guarnições sobre ela. Enquanto o fazia, a porta se abriu e Armando entrou. Ouvi o barulho da porta se fechar e das chaves sendo jogadas sobre a mesinha. Terminei de colocar a última panela à mesa e dei uma última ajeitada em tudo. Assim que Armando apareceu, ele olhou para mim e logo depois para a mesa, sorrindo.)
B-Oi.(Sorri.)
A-Oi.(me olhou.) Pensei que o meu aniversário tivesse terminado à meia noite.
B-Ainda tem o fim de semana para comemorar.(Ele riu, tirando o seu paletó.) Como foi na editora?(Ele pendurou o paletó e suspirou se aproximando.)
A-Cansativo.
B-Aconteceu alguma coisa?
A-Não. Estávamos reunidos com algumas pessoas para falarmos sobre o livro do Vicente. Ele será lançado essa semana.
B-Jura?(Perguntei animada.) Isso é ótimo!
A-É... Mas foi um pouco difícil convencer à todos depois da falsa denuncia de Pilar. Ela não retirou a denuncia, por isso Kaleb e eu tivemos que fazer de tudo para que acreditassem que não era um plagio.
B-Bom... Mas ao menos vocês conseguiram, não é?
A-Sim. (sorriu.) Ele ficou muito contente com a notícia.
B-E eu também!
A-Agora... Eu só quero descansar um pouco, e...(olhou para a mesa.) Acredite ou não, vai ser a primeira refeição digna que como nesse apartamento.
B-Mesmo?
A-Sim!
B-Então...(Me aproximei tocando em sua camisa.) Você pode ir tomar um banho para relaxar um pouco, e eu termino de arrumar tudo por aqui.(Ele olhou em volta.)
A-Espera, você arrumou a casa também?
B-Não me julgue. Eu fiquei sozinha e entediada.
A-Ah... Então agora entende quando eu digo que me sinto solitário aqui.
B-Sim, eu entendo.(Ele riu, me dando um rápido beijo.)
A-Eu não demoro.
B-Ok.(Armando adentrou o apartamento e eu terminei de arrumar a mesa. Ele demorou tempo suficiente para que tudo estivesse pronto para almoçarmos, e quando voltou com os cabelos molhados e recém penteados para trás, eu sorri.)
A-Agora estou apresentável?(perguntou rindo.)
B-Sempre está.(se aproximou e me prendeu pela cintura, me dando um beijo demorado logo depois. O cheiro de menta misturado com o cheiro da sua loção fez meu coração disparar, e por um segundo eu quis que ele não se afastasse.)
A-Podemos comer?
B-É claro.(Sorri e ele se afastou, seguindo até a mesa. Quando nos aproximamos, ele puxou a cadeira e eu me sentei à ela. Logo depois ele sentou-se ao meu lado e olhou para a mesa.)
A-Nem sei por onde começar.
B-Não sei se vai estar do seu agrado, mas eu tentei...
A-É claro que vai estar do meu agrado.(sorriu. Nós nos servimos, e por incrível que pareça, realmente o gosto estava ótimo. Apesar de treinar em minha casa nas horas vagas, foi a primeira vez que eu realmente acertei no tempero e no tempo de cozimento das carnes. Armando não poupou elogios, e eu é claro que me senti contente com isso. Eu me sentia bem em agradá-lo, principalmente quando ele se sentia feliz com isso.)
B-Ah, quase me esqueci. Sua mãe veio aqui hoje.
A-Minha mãe?(me olhou.) Por quê? Aconteceu alguma coisa?
B-Não. Ela quis trazer uma carta para você. (me levantei, pegando a carta sobre a mesinha próxima à porta. Quando voltei, entreguei a carta para ele.) Ela disse que devem ter entregado por engano porque pensaram que você ainda morava lá.
A-Ah... (pegou a carta e a olhou, parecendo estranho.)
B-É alguma coisa importante?
A-Não. (sorriu, colocando a carta sobre a mesa.) Ela nem precisava ter me entregado.
B-Ao menos assim ela não teria me visto usando apenas uma camisa sua.(Ele riu.)
A-Você estava com a minha camisa.
B-É claro! Eu estava sozinha, não esperava visitas. E minhas roupas ainda estavam molhadas. Não tive outra opção.
A-Deve ter sido uma cena engraçada.(continuou a rir.)
B-Não tem graça.(Falei divertida.) O que sua mãe vai pensar de mim?
A-Nada. O máximo que ela vai pensar é que você e eu fizemos algo antes que eu saísse.(senti meu rosto corar.)
B-Essa é a última coisa que eu gostaria que ela pensasse de mim.
A-Não se preocupe, Betty.(continuou rindo.) Minha mãe é uma pessoa moderna. Ela não liga para essas coisas. De qualquer maneira depois explico para ela.(O celular dele tocou em seu bolso e ele o pegou, olhando para a tela.) Ai, droga. Desculpe, é o Felipe. Pode ser importante.
B-Tudo bem.(ele apertou o botão do celular e o atendeu.)
📞A-Oi! Sim, Felipe. Não, estou em casa.(escorou-se à mesa.) O que? Espera! Fale de vagar! Está nervoso por que?(Olhei para Armando e ele franziu o cenho.) Você fez o que?(Depois de alguns segundos Ele riu.) Não. Desculpe. (disse ainda rindo.) Não estou rindo da situação. É que...(Ele recuperou o folego.) Tudo bem! Não vou rir mais, desculpe. Mas, o que você quer que eu faça?(ele parecia estar se divertindo com o que Felipe dizia, porque todas as vezes ele prendia o riso.) Felipe, não entendo porque está nervoso com isso. Ela não aceitou? Isso é bom! Ainda não entendi o que quer que eu faça por você.(Brinquei com o restante da comida do meu prato enquanto ele falava com Felipe.) Sim, a Betty está aqui.(ele me olhou.) O que? Não. Eu não vou fazer isso. Felipe... Felipe...(suspirou.) Felipe, não vou fazer isso. Você precisa fazer isso sozinho. Não! Não vou passar o telefone... Argh! Tudo bem!(ele me entregou o celular.) Ele quer falar com você.
B-Comigo?(Perguntei confusa.)
A-Sim.(Peguei o celular de sua mão e o atendi.)
📞 B-Felipe?
📞F-Oi, Betty!
📞B-Oi.
📞F-Desculpe atrapalhar, mas eu preciso muito da sua ajuda. Na verdade, da ajuda do Armando, mas ele é um péssimo amigo, então eu peço para você.
📞B-O que aconteceu?
📞F-Eu convidei Catalina para um jantar. É claro que era para ser um jantar romântico, mas eu não esperava que ela fosse aceitar. E ela aceitou!(Olhei para Armando e prendi o riso.)
📞B-Isso... É bom, não é?
📞F-Não! Porque não faço ideia do que fazer ou falar com ela no jantar! Eu preciso muito que você e Armando vão. Um encontro de casais, para ser mais específico. Sei que ela vai ficar mais a vontade com você lá, e eu vou ficar mais relaxado com Armando por perto.
📞B-Mas, Felipe... Se é para ser um jantar romântico, precisa ser apenas os dois, não?
📞F-Não. Eu não consigo, Betty. Por favor, faça isso por mim. Convenca o Armando. Eu fico devendo essa à vocês.(Olhei para Armando novamente e ele escorou-se à cadeira.)
📞B-Tudo bem então.
📞F-Mesmo?
📞B-Sim!
📞F-Betty, muito obrigado! Muito obrigado mesmo!
📞B-Não há de que.
📞F-Pode passar o telefone para o Armando, por favor?
📞B-É claro.
📞F-Até mais tarde.
📞B-Até.(Entreguei o telefone para arman, e ele me olhou. com raiva.)
📞A-Então você convenceu ela.(disse ao atender o telefone.) Eu não sou um péssimo amigo! Eu só acho que...(suspirou.) Tudo bem, Felipe. Nos vemos mais tarde.(ele desligou o celular e o colocou sobre a mesa, me encarando.)
B-O que foi? Queria que eu dissesse o que?
A-Que não podíamos ir.
B-Ele está desesperado.
A-Felipe sempre é desesperado.
B-Não custa nada ajudarmos.
A-É que eu tinha... Outros planos para nós dois.(Ele pareceu desapontado.)
B-Ah, meu amor... (Segurei sua mão com carinho.) Teremos outras oportunidades. Vai ser divertido, você vai ver.(Ele suspirou apertando minha mão.)
A-Tudo bem.
B-Agora, podemos terminar de comer?
A-Claro.(sorriu.)
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