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História Anjo Diabólico - Sonhos


Escrita por: MannyChuva

Notas do Autor


Oooiiii! Td beleza?
Geeeente, vocês viram a nova capa divosa de Anjo Diabólico? Foi um presente lindo da @Byunbibu e eu amei de um tanto! Muito obrigada, fofura, de verdade, é lindaaaa ♡♡♡
E pra dar mais uma mudada fiz novas capas para os capítulos, hehe. Gostaram? *u*
Bem, sem enrolar mais aqui, bora ler. Espero que gostem! :3
Boa leitura!

Capítulo 18 - Sonhos


Fanfic / Fanfiction Anjo Diabólico - Sonhos

 

Capítulo 18

Sonhos

 

Anjo da morte...

Ceifador impiedoso...

Me desculpe.

 

Eu encarava a fitinha vermelha presa na hélice do ventilador, sem realmente vê-la. Estava assim há algum tempo, desde que acordara. Apenas pensando.

Minha vida dera uma guinada repentina há algumas semanas. Eu passara de “garoto estático desistente da vida”, para “garoto radiante, sortudo e cheio de vontade de viver”.

Incrível como algumas pessoas têm o dom de mudar a vida de alguém. Bem, nesse caso, não era realmente uma pessoa.

Ri comigo mesmo. Um anjo. Um anjo de verdade.

Agora parecia completamente natural ter um Anjo da Guarda. Mas se eu contasse sobre aquilo pra qualquer um, pensariam que eu havia enlouquecido.

Cogitei a ideia de contar para meu time de LOL. Eles provavelmente ririam e diriam que eu estava tão apaixonado, que Baekhyun parecia um anjo pra mim.

Rolei na cama, enfiando a cara no travesseiro. Talvez eu estivesse mesmo tão apaixonado assim. Baekhyun apareceu tão de repente na minha vida, que agora eu tinha a sensação de que ele sempre estivera ali, e que os momentos sem ele foram só uma pausa longa e assustadora.

Suspirei, decidido que já era hora de levantar e me arrumar. Eu iria ver meu anjo.

 

 

Andei até meu quarto secando os cabelos. A casa estava silenciosa. Meus pais e minha irmã ainda dormiam. Na verdade, todos lá em casa dormiam até tarde no domingo, só eu que resolvi acordar cedo, já que a disposição bateu à porta.

Antes mesmo de abrir a porta do meu quarto, pude ouvir aquela melodia que já me era familiar mesmo na primeira vez que a ouvi. Quando adentrei o cômodo, a luz do sol da manhã enchia o ar. Baekhyun estava deitado na minha cama bagunçada, olhando para o teto enquanto cantarolava seguindo uma melodia cuja fonte não identifiquei. O anjo rolou a cabeça no colchão, olhando pra mim, e sorriu docemente.

Meu coração parecia vibrar.

— Já acordou — ele comentou. — Pensei que chegaria aqui e poderia me enfiar debaixo das cobertas com você.

Senti meu rosto corar.

— Eu disse que íamos nos ver hoje — falei. — Eu ia até a sua casa.

— Lá não é minha casa — ele respondeu.

Franzi a testa, sem compreender.

— E onde é? No céu?

Baekhyun colocou a mão na testa e riu.

— Não, seu bobo, minha casa é onde você estiver.

Encarei o anjo, confuso.

— Aqui...? — perguntei incerto.

— Onde você estiver — ele se sentou, me olhando. — Quando se pensa em “lar”, imagina-se um lugar para onde voltar, onde estar. Anjos da Guarda sempre buscam seus guardados, não importa onde estejam. Assim, um Guardado é alguém para se voltar. Um “lar”.

A simplicidade com que Baekhyun disse aquelas palavras, como se sempre soubesse disso, fez meus olhos lacrimejarem. Ele não pareceu ter notado – ou fingiu não notar. Apenas abaixou a cabeça, mexendo em um pequeno objeto. Notei que era dali que vinha a melodia. Me aproximei, me sentando ao seu lado.

Era um pingente de cristal. Ele estava preso a um cordão, seguro por uma espécie de esfera prateada. Era delicado e lindo, mas eu não via de onde o som saía.

— O que é isso? — perguntei.

— É um pedaço de Angelus nimbus — ele me entregou, para que eu olhasse mais de perto. Era leve como uma pena, e morno. Algo bem no centro do cristal parecia brilhar.

— O que é um... A-angelus...?

Angelus nimbus — Baekhyun pronunciou. — São nuvens-berçário de anjos. Onde os anjos nascem. Este é um pedaço da Angelus nimbus da qual eu nasci.

Olhei boquiaberto para o pequeno pingente, tentando imaginar como aquilo viera de uma nuvem.

— Você nasceu em uma nuvem?

— Não é bem uma nuvem como as de chuva — ele sorriu. — É como um aglomerado de energia celeste. Parece uma nuvem, ou um grande amontoado de essência pura de anjo.

Olhei para o anjo, completamente admirado.

— Seu mundo deve ser fantástico.

Ele sorriu e pousou a cabeça no meu ombro, tocando o cristal de leve junto da minha mão.

— O desconhecido sempre parece fantástico.

— Pode me contar mais coisas?

— Conto o que quiser.

Sorri, encostando minha cabeça na dele, admirando o pedaço de nuvem que dera origem a Baekhyun.

 

 

Havíamos ido até o alto do prédio em que estive antes com Baekhyun. Daquela vez era noite. Agora, com o sol forte e amarelo, que iluminava mais do que aquecia naquele outono, vi Seoul sem as luzes que imitavam estrelas. Era uma cidade de concreto, como toda cidade grande, porém tinha sua graça e individualidade que eu não conseguia identificar. Fiquei tentado a pegar meu celular e bater uma fotografia.

Baekhyun e eu havíamos decidido tomar café da manhã fora. Talvez parar em algum café, ou padaria. E foi o que fizemos. Compramos chocolate-quente, bolinhos e sanduíches. Levamos tudo para o terraço daquele prédio, já que a vista era linda e o vento, fresco.

Comemos enquanto conversávamos. Baekhyun me contou mais sobre seu mundo. Sobre como vivera em sua Angelus nimbus com seus irmãos anjos, como os anjos mais velhos cuidavam e ensinavam as coisas do mundo para eles. Os anjos passavam anos e anos aprendendo sobre o mundo, os seres vivos e sobre magia. Não magia do tipo abracadabra, mas a magia da essência angelical. Era assim que podiam cumprir seus deveres de anjo, e era assim que ele me encontrava em qualquer lugar e podia se teletransportar a longas distâncias.

— E suas asas? — perguntei, beliscando um bolinho.

— Nós só as revelamos quando precisamos exalar uma grande quantidade de essência. Os anjos mais novos as deixam expostas sempre. Os mais velhos quase não precisam.

— E quando você pretende mostrar as suas pra mim?

Baekhyun me olhou e sorriu maroto.

— Ousado. Eu gosto.

Girei os olhos.

— Não estou sendo ousado, eu só estou curioso.

— Bem, quem sabe um dia você tenha a sorte de ver um anjo abrindo suas asas. Ou o azar...

Franzi a testa.

— É tão assustador assim?

— Ah... não é assustador. Mas as ocasiões onde anjos abrem suas asas são. Só precisamos de tanta essência assim em alguma batalha, ou tarefa muito importante.

— Batalhas? De anjos? Já esteve em alguma? — perguntei animado.

Baekhyun riu.

— Felizmente não. Elas podem ser muito violentas. Anjos contra demônios... não é algo que alguém gostaria de presenciar. E elas acontecem com muita raridade.

Lembrei-me de Baekhyun atacando Jongin com sua espada e o quanto aquilo pareceu assustador e poderoso. Se ele podia lutar daquele jeito sem expor suas asas, imagine o que não faria se liberasse seu poder.

— E me fale sobre as tarefas dos anjos.

Ele apertou os lábios, pensativo.

— Anjos trabalham com pessoas. Com a humanidade, para ser mais exato. Podem ser só com uma ou poucas pessoas, como um Anjo da Guarda. Mas também podem ser milhares, como Anjos da Paz, que influenciam povos em revoluções pacíficas.

— E os cupidos?

Baekhyun gargalhou.

— Não existem cupidos, Chanyeol.

— E de onde veio a história dos anjos que fazem as pessoas se apaixonarem?

— Sei lá — ele deu de ombros. — Humanos são estranhos. E muitas vezes, não se acham capazes de possuir sentimentos tão puros quanto amor e paixão dentro de si.

Fitei o anjo que inspirava profundamente enquanto sentia o sol no rosto. Eu não achava que possuía sentimentos que sinto hoje. Achei que nunca fosse senti-los. E agora eles estão destacados dentro de mim, girando initerruptamente, como se não pudessem ser contidos.

— Os anjos... — comecei hesitante — eles também possuem esses sentimentos?

Baekhyun me olhou sério.

— Não... — falou baixo. Prendi minha respiração, em expectativa. — Na verdade, somos gelados por dentro. Quase como robôs, ou o exterminador do futuro, programados para servir.

Bufei e ele começou a rir.

— É claro que temos sentimentos, seu bobo! Anjos e humanos não são muito diferentes. Temos livre-arbítrio, podemos escolher nosso caminho, fazemos escolhas erradas e sofremos consequências, aprendendo com nossos erros.

— Vocês são punidos quando cometem erros? Existe algum tipo de tribunal de anjos?

— Não — ele me olhou torto. — Que tipo de filmes você anda vendo? Não existem anjos carrascos que aprisionam seus semelhantes, ou algum lugar horrível para o qual somos mandados. Essa é uma das diferenças entre anjos e humanos. Nós só temos que aprender a conviver com nossos erros... nos perdoar e pedir perdão, mesmo que seja difícil.

Ele olhou para longe, pensativo.

— E os Anjos da Morte? O que eles fazem?

Baekhyun me encarou de um jeito estranho.

— O que perguntou? — indagou paralisado.

— Anjos da Morte — repeti. — Eles existem?

— Foi o Kai que te falou sobre isso?

— Não. Eu sonhei com isso esses tempos, eu acho... não me lembro bem...

— Que tipo de sonho, Chanyeol?

Olhei para Baekhyun. Ele estava severo, quase intolerante.

— E-eu não tenho certeza... acho que foram só pesadelos.

— Então me conte!

Engoli em seco, me sentindo embaraçado. Mas contei sobre todos os sonhos. Sobre o sonho que tive antes de acordar e descobrir que Baekhyun era um anjo, onde estava flutuando pacificamente. Sobre o sonho da ponte sobre o rio de lava, onde um anjo de asas e cabelos negros atirava outro no fogo e depois se voltava contra mim. Sobre eu estar sendo guiado por algum ser encapuzado em um barco, nesse mesmo rio, e o anjo surgindo para impulsionar o barco comigo dentro para o fogo. E, finalmente, sobre o anjo chorando na ponte em cinzas, repetindo coisas sobre Anjos da Morte, ceifadores, e pedindo perdão enquanto recitava versos amargurados.

Quando terminei, Baekhyun me encarava assustado.

— São só pesadelos. Acho que ainda não absorvi direito essa coisa de anjos e demônios — sorri sem graça, pensando em como Baekhyun devia estar me achando doido.

Mas ele não parecia que iria debochar de mim e meus sonhos psicóticos. Ele parecia cada vez mais agitado, quase apavorado.

— Baekhyun... o que foi?

Me aproximei dele, colocando a mão em seu ombro.

Então ele se levantou de supetão e andou até a beirada do prédio, murmurando alguma coisa, ficando de costas pra mim.

— Baekhyun?

Me levantei e o encarei. Ele continuava conversando consigo mesmo. Eu já estava querendo pirar. Será que esses sonhos eram algo ruim? Algum tipo de presságio? Se ele ficou tão perturbado quando perguntei sobre Anjos da Morte, poderia ser algo sério.

— Baekhyun, o que está acontecendo?

Tentei me aproximar, mas o anjo se virou de repente, com a mão estendida para me parar.

— Não... — ele falou.

O encarei boquiaberto. Lágrimas escorriam por seu rosto perturbado. Senti meu coração doer. Baekhyun parecia estar sofrendo.

— Eu não entendo... desculpe, não devia ter contado — falei, tentando consertar o que quer que tivesse feito.

Baekhyun cobriu a boca com a mão e apertou os olhos, soluçando, como se sentisse dor. Então parecia que eu estava sentindo dor. O animal dentro de mim gemia de sofrimento.

— Me desculpe... — Baekhyun murmurou ainda de olhos fechado, balançando a cabeça.

— Baek... me diga o que está acontecendo, por favor! — choraminguei, sentindo que poderia desabar. E vê-lo tão próximo da beirada do prédio só fazia essa sensação piorar.

Então ele abriu os olhos, que se encontraram diretamente com os meus. Ofeguei ao ver sua dor tão transparente.

— Me desculpe — ele falou mais uma vez.

— Baek...

E então desapareceu. Como se tivesse ido embora enquanto eu piscava.

Olhei em volta, me dando conta de que estava sozinho. Então me sentei, abraçando meu próprio corpo, e um turbilhão de sentimentos me encheu.

Eu estava perdido e sozinho. E foi a pior coisa que senti na vida.

 


Notas Finais


Aiii, quanto sofrimento! Vocês devem estar sofrendo tbm, sem entender nada. Mas... alguém se arrisca a adivinhar?
Contei um pouquinho mais sobre os anjos do universo dessa fanfic, já que eu amo essas coisas. E tem alguns detalhes importantes nesse capítulo que farão as coisas entrarem nos eixos no futuro...
A fanfic já está acabando, poucos capítulos nos aguardam até tudo ser revelado. Hehe :3
Minhas aulas começam hoje... a de vcs já começaram? Bem, eu vou meter a cara nos livros fortemente esse semestre kkk mas vou conciliar com a fanfic, então volto o mais rápido possível. :D
Enfim, espero que tenham gostado... muuuuito obrigada por lerem!
Até mais, beijinhooos! *3* ♡♡♡


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