Encontrei consolo no lugar mais estranho
Na parte de trás da minha mente
Eu vi minha vida no rosto de um estranho
E era o meu rosto
Eu tinha um bilhete só de ida para o lugar onde todos os demônios vão
Onde o vento não muda
E na terra nada, nunca cresce
Sem esperança, apenas mentiras
E você é ensinado a chorar em seu travesseiro
Mas eu sobrevivi
Alive - Sia
*Ruggero Pasquarelli*
Eu fechei os olhos e escutei o disparo, abri de leve e vi a Luna no chão toda ensanguentada.
- NÃOOOOOOOOOO - olhei pra cima e vi Karol segurando uma arma em direção pra Luna
- O QUE EU FIZ? - ela tremeu segurando a arma
- Você matou ela! - falei indo em direção a Karol
- NÃO - ela correu até o carro
- Espera! - eu tentei alcançar, mas ela deu partida no carro. Peguei meu celular e liguei para a ambulância.
#Ligação ON#
- Alô? EU PRECISO DE UMA AMBULÂNCIA.
- Fique calmo senhor, me informe o que aconteceu?
- Uma amiga minha levou um tiro, preciso de uma ambulância
- Okay senhor, estamos a caminho.
#Ligação OFF#
E se alguém pensar que fui eu? Tenho que sair daqui.
- Me perdoa Luna! - Depois que passei o endereço, entrei no meu carro e dei partida.
*Karol Sevilla*
O que eu fiz? Matei minha própria irmã. Não! Isso é só um sonho, vou tomar um banho e vai passar. Entrei no banheiro e me esfreguei quase arrancando a pele. Parece que o cheiro dela ficou em mim, eu só queria fazer a coisa certa. Foi por amor,certo?
- Karol? - ouvi minha mãe gritar fora do banheiro
- O que aconteceu? Por que ta procurando ela? - falei saindo do banheiro
- Luna? Cadê a Karol?
- Não sei...- olhei friamente pro rosto dela
- E o que estava fazendo no banheiro dela? Afinal esse quarto é dela. - ela me olhou estranho
- Eu...é...estava usando porque precisei pegar alguns cremes dela, já tô indo pro meu quarto.
- Você sabe que ela odeia quando mexem nas coisas dela.
- Eu sei mãe, mas escutei hoje de manhã ela no celular dizendo que iria viajar.
- Estranho ela sair assim do nada - ela me olhou
- Eu não devia te contar
- Contar o que? - me olhou confusa
- Ela estava super nervosa e disse que ia fazer uma loucura, mas eu não entendi. - Estou me afundando!
- Okay... Acho bom que estejam separadas.- falou friamente
- Eu preciso sair - falei indo em direção ao quarto da Luna
*Ruggero Pasquarelli*
Entrei apressado em casa e meu rosto estava pálido, tentei subir as escadas, mas uma voz me parou.
- Ruggero?
- Tio? - eu corri e abracei ele
- Você está tenso - ele me olhou
- Eu? impressão sua tio - falei tremendo
- É nervosismo pelo casamento?
- Não - falei frio
- Estou louco pra conhecer sua noiva!
- Vou apresentar vocês qualquer dia - falei quase chorando
- Okay...Agora preciso atender uma ligação- ele saiu segurando o celular, eu olhei pra TV e vi passando no jornal um caso sobre uma jovem que havia levado um tiro.
- Luna? - aumentei o volume
- De acordo com as informações que nós temos a moça se chamava Karol Sevilla, a família ainda não se pronunciou sobre o acontecido. Daqui a pouco voltamos com mais informações.
- Então os pais já descobriram...Espera! Ele falou Karol?- peguei a chave do meu carro e saí transtornado - Ela não pode ter feito isso!
*Karol Sevilla*
Eu estou me passando pela Luna e depois que descobriram o corpo minha mãe pensou que a Karol...Quer dizer, eu tinha se matado com um tiro na cabeça.
- Como isso foi acontecer? - Mamãe se jogou no chão da sala
- Fica calma Martina - Papai segurou ela
- Eu preciso respirar - subi até o quarto da Luna e sentei na cama com a cabeça entre as pernas, escutei gritos da minha mãe e aquilo me cortava por dentro. Escutei a voz de Ruggero lá embaixo e meu coração acelerou, e se ele contar?
- Karol? - ele entrou no quarto e eu pulei da cama
- Eu sou a Luna - olhei pra ele
- Eu sei que não é, afinal estava lá quando você acertou um tiro na sua irmã! - aquelas palavras me cortaram mais
- CALA A BOCA - eu gritei tapando os ouvidos
- Por que ta fazendo isso? Não reconheço você. - ele se aproximou de mim, mas eu me afastei
- Ela sempre foi a preferida e não vai fazer diferença se eu morrer.
- Pra mim faz...- ele abaixou a cabeça
- SAI DO MEU QUARTO - eu gritei
*Ruggero Pasquarelli*
Eu abaixei a cabeça enquanto ela gritava transtornada
- Eu não vou contar nada, você que tem que fazer isso.
- Mas eu não vou fazer - ela sentou no chão
- Por favor me escuta - peguei no ombro dela
- SAI DAQUI AGORA - eu me afastei assustado com seus olhos, não era mais a minha Karol. Abri a porta do quarto e caminhei até a metade do corredor quando escutei vidros quebrando. Corri até o quarto e parei olhando a janela toda estraçalhada.
- Que merda foi essa?
- Eu não sei...- Karol respirou assustada
- Você ta me assustando - sai correndo, preciso tentar entender o que ta acontecendo.
*Karol Sevilla*
Quando o Ruggero saiu fiquei tentando entender como aquele vidro se partiu em mil pedaços. Eu não fiz isso. Fiz? Como isso é possível?
- Eu não tenho super poderes, acorda né Karol? - sorri pra mim mesma
- Tem certeza? - escutei uma voz atrás de mim
- Quem é você? - gritei assustada
- Mario, muito prazer - ele estendeu a mão
- O que quer comigo e como entrou aqui?
- Só vim visitar minha filha
- Sua o quê? - eu senti um uma tontura forte e apaguei.
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