Sentado no banco da igreja, Jisung apenas escutava baboseiras daquele padre extremista que dizia que tudo era obra do demónio.
Lgbt, aborto, depressão, ansiedade, etc.
Jisung acreditava nos ideais cristãos, havia sido criado numa família religiosa mas aberta.
Os pais de Jisung não eram homofóbicos, e também se fossem não tinham la muito o que fazer, afinal, dos quatro filhos que tinham todos pertenciam à comunidade lgbt.
Jisung era Pansexual.
Wonyoung, sua irmã, era bissexual.
Jungwon era transexual e Soobin era gay.
Uma família que amava Cristo e era homo, coisas que raramente se juntavam.
Jisung revirou os olhos desistindo simplesmente de continuar escutando o que o homem velho dizia.
Tsk, que mentira.
Ter perdido o controlo num momento de fraqueza e arranjado maneira de suprimir a dor não era pecado!
Jisung sabia disso pois tinha a certeza que havia conhecido um anjo que passava por esses problemas.
Deixem-me explicar melhor quem é essa “anjo”.
Não passa, na realidade, de um ser humano de aparência comum, um jovem de 28 anos cujo nome é Kim Seungmin.
Lembra-se perfeitamente de como o conheceu, há 5 anos atrás.
Tinha sofrido um acidente de bicicleta , tinha um ferimento na testa que sangrava.
Um rapaz de cabelos escuros correu até si pronto para ajudar, de semblante preocupado mas com uma beleza estonteante.
Jisung lembra-se de que de toda a aparência magnífica do rapaz, o que mais lhe chamou a atenção foi o sangue que ele sentia e via escorrer dos pulsos cobertos pelo moletom.
E enquanto o rapaz dizia mil e uma coisas sobre ter que levar Jisung no hospital o mesmo apenas fez uma feição triste e se dirigiu em resposta com a seguinte frase.
“ porque alguém tão bonito e puro se machuca ao ponto de sair sangue desse jeito? “
Após isso é branco até acordar no hospital, talvez tivesse sido só um sonho, mas ao abrir os olhos o rapaz estava lá.
Dormia numa posição desconfortável na cadeira ao lado da cama hospitalar.
Se apresentaram, e Jisung repetiu a mesma frase ao garoto que começou a chorar.
O Han sabia que não eram próximos, mas vê-lo tão fragilizado naquela situação o machucou.
Começaram a sair desde então, Jisung tinha cada vez mais a certeza que o garoto era um anjo.
Começaram a namorar e em pouco tempo viviam juntos.
Jisung sabia que seungmin passava por uma depressão intensa e bipolaridade perigosa, e por esse motivo queria lá estar para o ajudar.
Em dezembro do primeiro ano morando juntos seungmin teve uma recaída.
Seus pais haviam ligado, passaram horas ao telefone e no final, Seungmin se pendurou no armário.
Jisung conseguiu salvar o seu garoto a tempo que chorou e chorou suplicando por perdão e dizendo que não merecia a vida.
O Han conseguiu convencê-lo a fazer terapia, sabia que era o melhor para ele, e apesar de seungmin odiar médicos ele o fez.
Três anos se passaram, chegamos novamente ao presente em que Jisung caminha para casa após a missa.
Idiotas, aqueles extremistas eram idiotas.
Irritava-o que por causa de pessoas assim quem era de fora da igreja pensasse que todo o religioso era daquela maneira.
O tempo estava chuvoso, caia aquela chuva miudinha.
Jisung colocou o casaco sobre os ombros e caminhou até casa, que não era muito longe dali.
Ao chegar à moradia, abriu a porta com a chave sentindo um cheirinho gostoso de bolo caseiro.
Deu um sorriso infantil e animado, era seu marido, Seungmin estava cozinhando!
Descalçou os sapatos e correu para alcançar a cozinha, mas a visão que teve o fez parar durante um pouco apenas para admirar.
Seungmin com os cabelos agora loiros penteados para trás, com manchas de cobertura espalhadas pela face, um sorriso lindo de cortar a respiração e o avental azul..
Porra..até Afrodite tinha inveja dos seus traços.
E Jisung? Jisung tinha sorte de aquele homem pertencer a si e somente a si.
Havia ajudado o Kim, não se arrependia.
Ele era o seu anjo.
O seu anjo belo de sangue nos pulsos…
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