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História Anne with an E - continuação da série - Corações em jogo - Tudo o que eu quis


Escrita por: roalves

Notas do Autor


Olá, queridos leitores. Desejo a todos um feliz Ano Novo. Chegamos ao capítulo 22 desta história, e gostaria de saber o que estão achando dela. Tem sido um desafio imenso escrever duas história com os mesmo personagens de maneiras diferentes. São duas Annes e dois GIlberts em épocas distintas, então, tentar imaginar o que eles pensam de maneiras diversas não tem sido fácil, mas estou adorando fazê-lo e espero que vocês também aprovem.Outra coisa que queria perguntar é se vocês estão gostando dos momentos de amor dos personagens, pois como eles vivem em uma época mais moderna eu tentei apimentar um pouco mais, só que detesto vulgaridade, e por isso nunca serei o tipo de escritora que descreve explicitamente o que acontece entre um casal na hora do sexo, porque o que me importa e mostrar como eles se amam e como se sentem em relação um a o outro. Então, peço desculpas para aquelas pessoas que gostam de ler coisas mais explicitas, e também não condeno os escritores que o fazem porque cada pessoa tem um estilo na hora de escrever, e como sou uma romântica confessa, é dessa maneira que sei escrever.Por isso, por favor me enviem seus comentários para que eu saiba o que estão achando dessa história e da maneira como a estou conduzindo.Muitos beijos e obrigada.

Capítulo 20 - Tudo o que eu quis


Fanfic / Fanfiction Anne with an E - continuação da série - Corações em jogo - Tudo o que eu quis

Capítulo 20

Tudo o que eu quis

 

ANNE

 

Quando Anne despertou o sol já tinha nascido a um bom tempo, mas a preguiça a fez prolongar mais alguns minutos deitada na cama de Gilbert, pois ainda não conseguia acreditar em tudo que acontecera ali. Ela abriu os olhos e viu que ele já tinha se levantado, e não vendo-o em nenhum lugar do quarto, ela se perguntou onde ele estaria, para depois de cinco minutos que esse pensamento tinha cruzado a sua mente, ouvir alguns ruídos vindo da cozinha, o que a fez concluir que ele deveria estar preparando o café da manhã.

Nem o cheiro bom de café torrado sendo preparado na cafeteira elétrica que inundou de leve o quarto, a fez querer se levantar imediatamente. Estava se sentindo tão bem, seu corpo estava todo relaxado e seus músculos normalmente tensos, pareciam extremamente flexíveis, exatamente como se sentia quando fazia um circuito de exercícios pesados na academia, o que a fez concluir que fazer amor com Gilbert fazia um bem enorme a sua saúde.

Ela riu de leve ante esse pensamento, compreendendo por que adiara tanto aquele momento. Era como se seu corpo a tivesse avisado que aquele ato perfeito que acontecera naquele quarto no qual ela estava tão confortavelmente instalada, somente seria inesquecível se fosse com o homem que ela amava, e não se arrependia de ter esperado por sete anos para ter aquela sensação de plenitude que tomava conta dela naquele instante.

Gilbert era incrível de todas as maneiras, e já dava indícios do homem que seria desde de a adolescência. Ele se preocupava demais com as pessoas, e cuidava de todos como se fossem de sua família, com Anne aquele  cuidado era ainda maior, e ele a tratava como se fosse  de porcelana e pudesse quebrar a qualquer momento, estava sempre lá por ela, quando Anne caía e se machucava era ele que fazia os curativos, quando Marilla a colocava de castigo, era Gilbert que ficava do seu lado consolando-a enquanto ela chorava, mostrando à ela o lado positivo das coisas , e quando ela se magoava com algo fora do seu controle, era Gilbert que estava lá para segurar em sua mão, e tê-lo por perto em todos aqueles momentos significativos tinha tornado a vida de Anne infinitamente melhor.

Ela se enrolou um pouco mais na coberta que Gilbert tinha colocado em cima dela para protegê-la do frio do ar condicionado, e continuou a deixar o fluxo de seus pensamentos alcançá-la. Somente naquele momento ela se dava conta de que Gilbert sempre fizera parte de tudo que vivera, como um anjo protetor que afastava suas dores como o poder incrível de seus olhos castanhos, ela sempre o tivera por perto, mesmo em Nova Iorque, quando algo não saía como o esperado e ela se sentia triste, ele era a primeira pessoa com que partilhava seu desapontamento mentalmente, pois a imagem dele era sempre a primeira que surgia quando queria chorar  e não tinha ninguém para abraçá-la como Gilbert fazia. Então, ela imaginava voz dele lhe dizendo como quando eram crianças, “está tudo bem, Anne. Eu estou aqui, segure em minha mão e tudo vai passar em um segundo. ”, e por mais incrível que isso pudesse parecer, ela sempre acabava se sentindo melhor, porque era como se Gilbert fosse uma ponte entre seu passado e futuro, e que chegava para ela por meio de vibrações que concertava tudo, mesmo quando tudo parecia errado.

Agora ela estava ali, na casa dele, no quarto dele, sentindo todas aquelas sensações que uma mulher apaixonada pudesse sentir, e ela nunca imaginara que seria tão feliz. Estavam juntos agora e não mais separados, Anne podia dar adeus a solidão que rondara sua vida por tanto tempo, porque agora tinha os braços de Gilbert ao seu redor para tornar sua caminhada mais leve, e até aquele instante nunca percebera o quão pesado estavam os seus ombros de responsabilidades, e desejos insatisfeitos .Ele lhe dera em uma noite tudo o que quisera uma vida inteira, pois estar com ele da maneira mais íntima possível sem máscaras ou fingimentos a fizera enxergar coisas sobre si mesma que nunca pensara antes, e somente por esse fato ela já se sentia agradecida.

Ela era a namorada de Gilbert Blythe agora, quem poderia imaginar que isso seria possível? E ela percebeu espantada que de todos os momentos incríveis que já experimentara, estar em Avonlea ao lado daquele homem extraordinário a deixava mais emocionada do que jamais estivera com qualquer coisa grandiosa que já tivera na vida, e concluiu que ela e Gilbert nasceram para fazerem parte da vida um do outro para sempre.

Anne acreditava nessa coisa de alma gêmea que muitas vezes lia em artigos na internet que falavam sobre o assunto. Mas, ela não acreditava que havia apenas uma para cada ser humano, ela realmente pensava que havia uma alma gêmea para todos os setores de vida de uma pessoa, porque podia jurar que Diana e Cole eram suas almas gêmeas de amizade, Matthew e Marilla de laços familiares, e Gilbert de seu coração, e esse pensamento lhe dava uma certeza de algo infinito e inextinguível para o qual sempre poderia voltar quando se sentisse ameaçada pela vida ou o fardo do dia a dia fosse pesado demais para carregar sozinha..

Eram esses pensamentos que a motivavam agora e que a faziam ansiar por um futuro com Gilbert. Ela sabia que ainda era cedo para começar a fazer planos, mas, mesmo assim não conseguia parar de pensar em como seria maravilhoso se casar com ele, cuidar dos filhos que teriam e viver todos os momentos bons ou ruins ao lado daquele que seu coração tinha escolhido anos atrás quando ainda nem sabia o que a palavra amor significava, e que aprendera com Gilbert através dos anos o que significava partilhar seus sonhos de vida com alguém.

O barulho da porta se abrindo fez Anne abrir os olhos, e deixar seus pensamentos sobre seu futuro de lado, pois o homem que acabava de entrar com uma bandeja de café nas mãos capturara toda a sua atenção.

Gilbert usava apenas um short sobre seu corpo másculo e viril, que fez Anne respirar com dificuldade. Ele era ainda mais perfeito à luz dia do que a noite anterior, com seu peito descoberto exibindo uma trilha de pelos escuros que se perdiam até baixo da parte visível que o short cobria, deixando-a com uma vontade imensa de esticar a mão e corrê-la por aquela pele tão tentadora aos seus olhos, os cabelos estavam molhados, e ele trazia nos lábios um sorriso malicioso quando seu olhar caiu sobre ela na cama e percebeu que ela ainda não estava vestindo nada por baixo da coberta que a cobria.

Instintivamente, Anne apertou mais o tecido pesado sobre o seu corpo, como se quisesse esconder completamente sua nudez dele. Era engraçado se sentir assim tímida, quando seu corpo sempre fora elogiado por milhares de revista de moda que diziam que ela era naturalmente perfeita, então, ela não entendia porque tinha medo de se mostrar à Gilbert já aque tinham se relacionado tão intimamente na noite passada. Ela nunca tivera problema nenhum em posar para fotos que deixavam quase seu corpo toda à mostra para quem quisesse vê-la em pôster espalhados pela cidade de Nova Iorque, mas ali, em frente ao olhar atento de Gilbert ela tinha medo que ele pudesse ver seus pequenos defeitos imaginários, que ela conseguia enumerar em sua cabeça naquele momento, mas que na verdade somente existiam para ela. Gilbert percebeu o seu rubor e também seu nervosismo, sorriu de leve e disse:

- Bom dia, Anne.- e deu-lhe um beijo rápido nos lábios.

- Bom dia, Gilbert. Parece que esteve ocupado essa manhã- ela disse ainda de olhos baixos apontando para a bandeja que ele trouxera para o quarto.

- Achei que gostaria de tomar o café da manhã na cama, e parece que acertei, pois você ainda não se vestiu. – ele chegou mais perto e o rosto de Anne parecia em brasas pelo embaraço. Estava se sentindo uma idiota, mas, não conseguia evitar.

- Posso te fazer uma pergunta? – Gilbert disse, enquanto afastava uma mexa de cabelo do ombro dela, e começava a acariciar o local com seus dedos longos de cirurgião, que fez Anne se derreter toda.

- Claro. – ela respondeu apertando ainda mais a coberta sobre o seu corpo.

- Por que está tentado se esconder de mim quando a noite passada eu vi e toquei tudo o que está embaixo dessa coberta? – Anne quase engasgou com as palavras dele, mas tentou disfarçar a tempo de responder.

- Isso não é verdade. – o que fez Gilbert rir ainda mais.

- Você sabe que é verdade, senão não estaria apertando essa coberta em suas mãos como se fosse seu colete salva vivas. Você sabe que tem o corpo perfeito, e tem o sucesso de sua profissão para provar isso. E mesmo que eu tivesse encontrado qualquer imperfeição, mas não existe, eu ainda te acharia a mulher mais linda e excitante que já conheci.- olhar dele era quente e Anne sentiu seu coração disparar, uma noite, e ela já estava se sentindo assim completamente entregue. Ela estava mesmo perdida.

- Desculpe, não quis parecer puritana demais, mas é que a noite passada foi a primeira vez que tive uma experiência assim, e agora não sei muito bem como agir. Eu sei que você deve estar achando que sou uma boba, mas o fato de ter sido com você complica um pouco as coisas. – ela tentou sorrir e Gilbert lhe lançou um olhar intrigado, não entendendo muito bem o que ela queria dizer.

- Por que? – ele perguntou.

- Olha, não quero que me entenda mal. A noite passada foi a melhor da minha vida, e eu sempre quis que acontecesse com você, mas o fato de você me conhecer melhor do que ninguém confunde um pouco as coisas na minha cabeça.  Primeiro fomos como irmãos, amigos, e por um breve período tivemos um envolvimento romântico, então, peço apenas que tenha paciência comigo, e espere que eu me acostume logo com a ideia de você me ver assim em plena luz do dia.

- Eu ainda não entendo, Anne. Como pode se sentir envergonhada com uma coisa que sempre foi tão natural entre a gente? Você se esquece que já te vi muitas vezes assim antes? Fomos várias vezes até o lago perto de Green Gables juntos, e você sempre nadava somente de roupas íntimas, então não sei qual é o problema agora.

-Mas, era diferente Gilbert. Você não me olhava como está me olhando agora.

- Você se engana, Anne. Eu sempre te olhei assim, você é que nunca percebeu.- seus olhares se encontraram, e a ideia de Gilbert desejá-la daquele jeito desde aquela época fez a garganta de Anne secar. Ele estendeu a mão, e abaixou a coberta que ela ainda segurava, deixando-a nua da cintura para cima. Os olhos dele pousaram sobre os seus seios, escurecendo instantaneamente pelo desejo que o atingiu, fazendo com que Anne apenas observasse em expectativa qual seria o próximo passo que ele daria. Logo, as mãos dele estavam em seus seios, acariciando-os com a suavidade de seda, fazendo Anne ronronar como se fosse uma gatinha sentindo prazer pelo toque de seu dono.

- Você é linda, Anne, e sempre foi perfeitamente linda para mim quando éramos adolescentes, e eu apenas podia sonhar que te tocava assim. – Anne entreabriu os lábios como se fosse dizer algo, mas nenhum som saiu de seus lábios, e Gilbert entendeu como um convite para beijá-la.

Os lábios e Gilbert explorando os seus demoradamente como se não quisesse mais terminar aquele beijo, e as mãos dele acariciando com a ponta dos dedos os cabelos de sua nuca fez Anne perder qualquer tipo de inibição que ainda poderia ter. Ela se agarrou ao pescoço dele enquanto suas unhas desciam pelas costas de Gilbert arranhando-lhe a pele suavemente, fazendo-o gemer sobre seus lábios. Ele a empurrou de encontro ao travesseiro e desceu os lábios pelo pescoço dela distribuindo uma fileira de beijos pela pele dela até chegar ao colo  que descia e subia coma respiração acelerada, ele então voltou para os lábios dela beijando-a até que nenhum dos dois tivesse mais fôlego. Desta forma, Gilbert se separou de Anne devagar e disse com a testa encostada na dela.

- Querida, por mais que me agrade fazer amor com você essa hora da manhã, eu preciso me arrumar e ir para o trabalho.

_ Eu também preciso voltar para casa.- Anne disse afastando uma mecha de cabelo da testa de Gilbert.

- Tome café primeiro. Espero que goste do que te preparei.

- Não tem como não gostar. Você conhece até meus gostos por comida melhor do que eu mesma. E devo te confessar que não mudaram muito ao longo dos anos. – ela disse sorrindo.

- Que bom, pois te preparei panquecas. – ele disse dando-lhe uma piscada.

- Não acredito! Com mel derretido por cima? – Anne perguntou com os olhos arregalados como se fosse uma criança e Gilbert riu da expressão dela com vontade.

- Claro, não seria a melhor panqueca sem mel derretido por cima.- Gilbert confirmou olhando-a com ternura.

- Gil, você acaba de conquistar meu coração para sempre. Preciso de um banho. Você tem algo que eu possa vestir enquanto isso?

- Sim. – ele disse, entregando-lhe um a camiseta comprida. Depois vendo-a se levantar da cama enrolada na coberta, ele falou:

- Mas, vai se acostumando, pois vou quero vê-la sem isso na cama e fora dela.-

- Gilbert Blythe, você está se comportando como um maluco pervertido essa manhã.- Anne disse fingindo um tom severo.

- Por você sempre, querida.

Anne gargalhou alto e correu para o banheiro, pensando feliz que a sua vida tinha muito mais sabor com Gilbert fazendo parte dela.

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Beijos e boa leitura.


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