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História Anne with an e- continuação da série - Nosso louco amor


Escrita por: roalves

Notas do Autor


Olá, queridos leitores. Espero que apreciem mais este capítulo. Quero agradecer a todas as pessoas que têm lido esta história e comentado, eu nunca pensei que ela teria tantas visualizações. Eu realmente amo escrever, é a unica coisa que consegue me animar quando estou triste. Podre imaginar um capítulo com personagens tão incríveis abre as portas de minha imaginação e consigo viajar longe e depois compartilhar minhas ideias com vocês. Espero pelos comentários. Muito obrigada por tudo.
Beijos. Rosana.

Capítulo 48 - Nosso louco amor


Fanfic / Fanfiction Anne with an e- continuação da série - Nosso louco amor

Capítulo 48-

Nosso Louco Amor

 

ANNE

Depois de duas semanas de paixão explicita e noites tórridas de amor com Gilbert, Anne estava de volta a Green Gables. Ela se sentia feliz, mas ao mesmo tempo pesarosa, pois fora tão fácil se acostumar com a rotina de acordar com seu corpo rodeado pelos braços de Gilbert, e adormecer com os beijos dele em seus cabelos que voltar para a realidade de seu mundo parecia-lhe quase intolerável. Gilbert também sentira isso quando fora levá-la até a estação de trem, e lhe dissera rodeando-lhe a cintura:

- Por que você tem que ir? Não pode ficar um pouco mais?

- Eu adoraria ficar, mas você sabe que não posso. Tenho uma vida acadêmica esperando por mim em Avonlea, e minhas provas começam na próxima segunda-feira. – ela colocou seus braços ao redor do pescoço de seu noivo, e ficou admirando a íris castanha dos olhos de Gilbert que a hipnotizavam a todo o momento.

- Você faz ideia do que significou para mi tê-la todos esses dias comigo? Eu nunca fui tão feliz, porque você me faz feliz Anne, você é a única razão de eu ser quem sou, pois seu amor me transforma a cada dia em alguém melhor.- ele encostou sua testa na dela, e agarrou a cintura dela com mais força.

- Eu amei ficar com você todos estes dias, me senti tão livre e tão eu mesma. Você também me transforma em uma pessoa melhor, foi o seu amor que me ensinou a não ter medo de nada e me dá forças para continuar em minha jornada. Você é a melhor coisa da minha vida. – seus lábios se aproximaram, e eles se beijaram com o coração apertado pela partida, mas ansioso pelo reencontro que não demoraria a acontecer.

- Eu amo você. – Gilbert se declarou pelo que seria a centésima vez naquela semana. Ele gostava de dizer aquelas palavras para ela tanto quanto Anne gostava de ouvi-las.

- Eu te amo mais, Por favor volta para mim logo, - Anne o abraçou com mais força ainda.

- Eu prometo que estarei em casa no próximo fim de semana. Mal posso esperar para tê-la em meus braços de novo.- Gilbert agora lhe acariciava o rosto com a ponta dos dedos.

- Eu vou estar te esperando como sempre. Somente me prometa que o tempo vai passar tão depressa que o hoje já será o nosso amanhã.

- Já estou morrendo de saudades, sabia? Assim como vou morrer de saudades de acordar com você. Todos os dias.- mais um beijo, e dessa vez Anne sentiu a chama da paixão se acendendo em seu íntimo e sua necessidade por Gilbert aumentar naquele instante. Mas então a chamada pelos passageiros do trem os fez se separar instantaneamente, e um último beijo dado às pressas selou a promessa de que se veriam no fim de semana seguinte,

Assim, Anne contava os dias para a chegada de Gilbert, enquanto alternava suas atividades entre estudar para as provas, e ajudar Marilla a tomar conta de Green Gables. O resto do tempo ela divagava lendo sus livros de histórias, escrevendo poemas e passando o maior tempo possível com Diana, que ainda cuidava dos detalhes para seu casamento com Jerry.

E era na casa de Diana que estava naquele momento, ajudando-a a escolher o tecido do vestido de noiva. A mãe de Diana mandaria uma modista famosa de Charlotte Town fazer o vestido, pois queria que tudo fosse perfeito no casamento da filha. Diana bufara uma semana inteira por causa disso, porque tia Josephine lhe disse que mandaria o vestido de Paris como presente, mas a mãe de Diana agradeceu educadamente dizendo que como Diana era sua única filha, ela gostaria de presenteá-la com o vestido. Anne não acreditava muito nisso. No fundo desconfiava que a mãe de Diana particularmente não confiava no gosto de Tia Josephine, e por isso declinara o presente.

Por esta razão, ambas estavam agora debruçadas sobre milhões de revistas europeias em busca do vestido perfeito. O pior problema no momento era que Diana não parecia se decidir, recusara todas as sugestões de Anne, e estava deixando-a maluca com sua indecisão, porém, não disse nada por que entendia que a amiga deveria estar nervosa por conta de tantos detalhes a resolver.

De repente, Diana se levantou, jogando os longos cabelos negros para trás e disse desesperada:

- Chega disso por hoje. Vamos comer alguma coisa e conversar.

‘ Mas, Diana, não seria melhor deixarmos este detalhe resolvido, pelo menos em parte? - Anne perguntou.

- Não acho que vou conseguir decidir nada hoje. Amanhã continuamos. Vamos logo para a cozinha, Anne. Não seja implicante comigo.- Diana pegou na mão da ruivinha e a puxou em direção à cozinha.

- Eu te contei que o Cole vem para Avonlea?- Anne arregalou os olhos surpresa e disse:

- Não. Como você não me falou isso antes? - Anne perguntou feliz com a notícia.

- Me desculpe. Estou com tanta coisa na cabeça que me esqueci, - Diana respondeu sem jeito, depois olhou para a amiga curiosa e perguntou:

- O Gilbert vem esse fim de semana?

- Sim, estou ansiosa pela chegada dele. Ainda faltam dois dias. – Anne fez uma careta e Diana riu.

- Quanto amor existe entre vocês dois. E pensar que no início era tanta implicância que ninguém suportava as discussões de vocês. E olha para você agora, suspirando por Gilbert Blythe.

- Às vezes eu mesma não acredito que estamos noivos. – inconscientemente ela acariciou a opala que não tirava do dedo desde o dia em que a ganhou de Gilbert.

- Algumas pessoas são predestinadas a ficarem juntas, e no caso de vocês foi amor à primeira vista, mesmo que a princípio ambos negassem tal sentimento. Mas eu sempre soube.

- Eu também.- uma voz veio da porta, e Anne olhou para ela e se deparou com Cole olhando para ela com um grande sorriso no rosto. Atrás dele estava Pierre, elegantemente vestido com suas roupas parienses.

- Cole! Que saudades! Por que não me avisou que viria? - Anne o abraçou com carinho.

- Queria te fazer uma surpresa. – Cole acariciou o cabelo dela com ternura. Depois olhou para trás e disse em francês:

- Venha cá Pierre. – o rapaz se aproximou, e beijou Anne e Diana no rosto.

- Cole, você está magnífico.- Anne disse observando as roupas sofisticadas do amigo o cabelo bem cortado e as feições mais bonitas do que se lembrava.

- Você também está maravilhosa, e tenho toda certeza de que esse brilho no seu olhar só pode ter um nome. Gilbert Blythe.- Anne riu das palavras do amigo e respondeu radiante;

- Sim. Gilbert é o noivo dos sonhos de qualquer garota.

- Você só pode estar loucamente apaixonada para falar assim dele. – ele admirou o sorriso de felicidade que Anne nunca conseguia disfarçar quando o assunto se tratava de Gilbert.

- Eu o amo, e não consigo imaginar minha vida um minuto longe dele.

- É por isso que sua pele está maravilhosa. Parece que a combinação Gilbert Blythe e amor é perfeita para você querida. Queria que todos nós pudéssemos viver um amor assim.- Cole apertou a mão de Pierre com carinho, olhando-o nos olhos, e Anne percebeu satisfeita que o amigo também estava feliz.

- Vocês vão ficar hospedados aqui em casa? – Diana perguntou com. os olhos brilhando em expectativa.

- Não dessa vez, vamos ficar com os meus pais. – Cole respondeu.

- Que pena. Contava com você e Anne para me ajudarem a escolher meu vestido de noiva.

- Estamos nesse impasse a semana toda. Diana simplesmente não consegue escolher entre qual tecido prefere, se organza ou seda.- Anne fez uma cara de desgosto e Cole riu de sua expressão.

- Mas, eu posso ajudar sim. Vamos marcar para amanhã à tarde, e tenho certeza de que juntos vamos escolher o vestido perfeito para você. – Cole disse apertando a mão das duas amigas com afeto.- É muito bom estar em casa, depois de todo esse tempo longe.

- Quanto tempo você vai ficar dessa vez? - Anne perguntou.

‘- Vamos ficar por três semanas, depois retornaremos a Paris para nossos exames. Na verdade, vim acompanhar meus pais que voltaram da França e quero aproveitar para matar a saudade de alguns amigos.

- Ótimo, assim poderemos colocar em dia todos os nossos assuntos. A propósito, Pierre ainda não fala inglês? – Anne perguntou, percebendo que Pierre olhava de um para outro tentando acompanhar a conversa dos três amigos.

- Bem pouco.  Estou tentando ensiná-lo, mas ele não me parece muito inclinado a aprender. Pierre é apaixonado pela França e não creio que passe pela sua cabeça falar outro idioma que não seja o seu próprio.

- Bem, pelo menos tenho. alguém para me ajudar a praticar o meu francês, - Diana disse bem humorada.

- Por falar em francês, esqueci de mencionar, Diana, que seu primo Jean veio comigo. Ele disse que ia visitar alguns amigos, edepois viria para cá para visitá-la.

- É como ele está afinal? Da última vez que falei com ele em Paris, Jean me disse que embarcaria em uma vi agem para o Sul da Itália. -Diana disse olhando para Cole.

- Ele viajou sim, mas já retornou.  Em termos de comportamento, se é o que está me perguntando, ele continha o mesmo, Você sabe que ele adora curtir a vida.

- Jean sempre foi assim desde que me lembro dele frequentando nossa casa. Não sei se um dia ele vai ficar mais responsável, menos abusado no que diz em relação a garotas, ou vai continuar assim para o resto da vida – Diana passou as mãos pelos cabelos.

- Ele ainda é jovem e está em busca de seus sonhos. Eu acredito que um dia ele acalmará este espírito inquieto que ele tem e que o impulsiona a sempre a ir de um lugar para outro sem parar, e vai encontrar um lugar para chamar de seu

- Espero que tenha razão. Mas por favor sentem-se conosco e vamos fofocar sobre tudo.- Cole puxou Pierre pelo braço que parecia completamente confuso pela conversa que se desenrolava a sua frente. Cole encheu uma xícara de chá para si, outra para Pierre, e perguntou.

-Então, Anne. Como está a faculdade? - e assim passaram a tarde felizes pelo reencontro, e pela oportunidade de ficar em juntos novamente.

Quando Anne chegou a Green Gables, sorrindo pelas lembranças daquela tarde maravilhosa ao lado de seus amigos mais queridos, Marilla veio em sua direção dizendo:

- Você tem visitas.

- Quem é? – Anne perguntou enquanto tirava o casaco pesado de inverno.

- Eu não o conheço   mas ele me disse que é um velho amigo seu. – Marilla respondeu enquanto cortava batatas para a sopa que serviria no jantar.

Anne foi até a sala de estar curiosa por saber quem era esse velho amigo que aparecera por ali sem avisar. Fico ainda mais surpresa quando ele se virou e ela vou quem era.

- Jean! -

Ele continuava como nos velhos tempos, louro bonito e cheio daquele charme paraense que o tornava quase irresistível Se Anne não. Fosse tão apaixonada por Gilbert talvez já tivesse sido conquistada por aquele Fran es incrivelmente sedutor.

- Olá, linda Anne. Como é bom vê-la novamente.- ele pegou a mão dela a levou aos lábios, e a manteve entre as suas por alguns segundos enquanto Anne se sentia corar sob o olhar insistente dele, que não largava o seu rosto.

- O sentimento é recíproco.  Que bons ventos o trazem até aqui? -  Ele a olhou maus intensamente ainda é disse:

- Você.

 

-

 

GILBERT

 

Gilbert colocou um ponto final na sentença que acabara de escrever, e guardou a caneta no bolso da camisa, indicando que terminara o teste de psicologia naquele instante. Faltavam ainda vinte minutos para o fim da aula e como sempre Gilbert fora o primeiro a acabar o teste. Ele reuniu suas coisas, entregou ao professor a sua prova, e saiu para o corredor.

Estava feliz que a semana já estava no fim. Tinha dito a Anne que iria para casa no fim de semana, mas conseguira terminar tudo o que precisava dois dias antes do esperado, então iria para Avonlea ainda naquele dia. Ao pensar em Anne, seu sorriso se alargou. Ela vinha se revelando uma caixinha de surpresas para ele, pois ela tinha tantas facetas diferentes que Gilbert desconfiava que mesmo que vivesse cem anos ao lado dela, jamais conseguiria conhecer todas as suas nuances, e ele amava cada uma delas com suas perfeições e defeitos, com suas excentricidades e peculiaridades, com suas simplicidades e complicações, ele amava Anne de qualquer jeito, porque ela era a única para ele e sempre seria

Ele passara com ela quase duas semanas de puro amor e romantismo que nem mesmo nos livros ele pensara ser possível. Anne fora tão intensa e apaixonada que Gilbert sentiu seu amor por ela triplicar de tamanho. Acordar com ela todos os dias fora algo quase divino, pois adorava abrir os olhos de manhã e encontrá-la de olhos abertos, examinando-lhe todos os traços do rosto tão compenetrada em sua  observação, que ela não percebia que Gilbert também a observava. Ele adorava ver os cabelos despenteados caindo pelas costas, os olhos azuis e que eram mais claros de manhã e que quando a noite caía eles alcançavam uma tonalidade de azul escuro, dando-lhe um ar de mistério que fascinavam Gilbert ainda mais. Anne também possuía um ótimo senso de humor interessante que o estimulava bastante quando estavam juntos, mas que podia se transformar facilmente em fúria se fosse provocada, e aquele nariz arrebitado que combinada perfeitamente com seu rosto,e que o lembrava de garotinhas petulantes e marotas.

Definitivamente, Gilbert podia dizer que Anne Shirley Cuthbert erra uma obra prima dos deuses que era tão única em sua essência que atraía a tudo e todos ao seu redor. Era quase impossível não se apaixonar por Anne, depois que se conhecia sua alma extraordinária , ela trazia algo em si que Gilbert nunca encontrara em mais ninguém, ela era como aquelas joias raras  que nunca são lapidadas completamente, pois elas mantinham a sua originalidade, por mais que a polisse, ou refinasse, Essa era Anne, sua Anne, tão livre, tão selvagem e tão linda, especialmente quando se amavam, ela dava tudo de si não escondia e não poupava nada, Anne partilhava todos os seus sentimentos e emoções com ele, e por isso fazer amor com ela era uma festa completa.

Ele a levara para conhecer Nova Iorque como prometera e também a alguns restaurantes e casas noturnas, Anne adorara tudo, como era de se esperar. Sua curiosidade natural e sua imaginação fértil fizeram o passeio valer a pena cada segundo. Anne era uma ótima companheira de viagem, nunca reclamava de nada, e parecia não se cansar, embora em alguns momentos Gilbert pudera observar o cansaço em seu rosto, e no final ele tivera que carregá-la na frente de um monte de pessoas que os olhavam admiradas pela cena, mas Gilbert não se importara, fizera aquilo por amor, fizera aquilo com prazer, e faria de novo se necessário,.

O ciúme de Anne era outra faceta dela interessante. A deixava ousada, e ela fazia coisas que não faria se não fosse desafiada. Ele somente não conseguia entender como ela pudera sentir ciúme de Sabrina. Era óbvio que a agarota era bonita, tinha um corpo deslumbrante e qualquer cara poderia tê-la como objeto de seu desejo, menos ele. Gilbert não via nada de impressionante em uma garota que usava o corpo para chamar a atenção. Sabrina podia até ser bonita, mas não tinha conteúdo, era frívola demais, e se comparada a Anne ela era um deserto completo.  Como ele poderia olhar para uma garota daquela depois de ter Anne em sua vida?  A inteligência de sua noiva era tão estimulante e tão fascinante que ele nunca mais conseguira olhar para outras garotas sem achar que eram sem graça e comuns. Anne era rara e o melhor de tudo, era ela somente dele.

Ele se encaminhou ao laboratório mais cedo naquele dia, queria trabalhar um pouco em algumas formulas, antes de dar a semana por encerrada. Queria surpreender Anne de alguma maneira, mas como? Ele já lhe fizera muitas surpresas, e ser original naquele momento estava sendo um pouco difícil, mas ele jurou a si mesmo que teria uma boa ideia antes de chegar em Avonlea.

Após deixar o laboratório, ele se dirigiu para o seu apartamento e encontrou Dora pelo caminho. Ela parecia um pouco abatida, e por isso Gilbert parou um instante para falar com ela:

- O que foi, Dora? Aconteceu alguma coisa? – Dora apenas balançara cabeça e dissera com o olhar triste:

- Nada que você já não esteja acostumado a ver. Briguei com o Jonas novamente.

- O que ele te fez dessa vez? – Gilbert perguntou preocupado.

- O que ele faz sempre. Ele mentiu dizendo que estavas estudando na casa de um amigo, e na verdade, foi em uma festa universitária, Sabe, Gilbert, estou ficando cansada das atitudes de Jonas, eu preciso colocar um ponto final nessa situação. -  Dora balançou a cabeça e Gilbert pensou que era a primeira vez que a via tão decidida a fazer algo.

- Eu me pergunto como você suportou essa situação até agora.  Eu gosto muito de Jonas, mas ele é um verdadeiro crápula na maneira como trata você.

- Acho que pensei que meu amor por ele poderia fazê-lo mudar, mas agora vejo que foi ingenuidade da minha parte.

- Fico contente que tenha aberto os olhos. Jonas não te merece. – Gilbert tocou o ombro de Dora com carinho.

- Sabe, eu tenho que te dizer. O que me fez abrir os olhos foi observar você e Anne juntos. É incrível como vocês se completam, a maneira como falam um com o outro só pelo olhar, o jeito com que vocês se tocam e se olham como se não existisse mais ninguém no mundo. Isso é realmente inspirador, e espero um dia amar e ser amada exatamente desse jeito. Eu sei que é algo raro de se acontecer e poucas vezes vi um amor assim, mas não custa tentar, não é? – ela sorriu para Gilbert e ele sorriu de volta lhe dando apoio.

- Você vai encontrar alguém que vai te amar como você merece. – a afirmação dele fez Dora suspirar um tanto céltica, mas depois voltou a sorrir e perguntou para Gilbert:

- Você e Anne foram sempre assim? – ele riu ao se lembrar de todo o caminho percorrido até ali. Não fora fácil, correra grandes riscos de perder Anne, mas nunca desistira, era por isso que valorizava cada segundo de seu relacionamento, passando pelos altos e baixos de maneira decidida e de cabeça erguida. Gilbert sabia que tempestades viriam, pois a vida não era uma grande celebração sempre, mas a chave estava na intensidade do amor que se sentia, e o quanto você estava disposto a abrir mão para que o que foi quebrado pudesse ser concertado de maneira definitiva,

- Não, longe disso. A primeira vez que falei com Anne    erámos crianças ainda. Ela acertou minha cabeça com uma lousa que usava para estudar, porque ficou furiosa por eu insistir em conversar com ela. Eu sempre digo a ela que foi aí que me apaixonei, pois depois desse episódio, eu nunca mais consegui tirá-la do minha cabeça. Fomos amigos primeiro, depois namorados, mas tive que lutar muito para ficar com ela, e não me arrependo nem um pouco. Cada dia ao lado de Anne é uma benção. E eu só posso agradecer por ela ter entrado em minha vida e feito dela sua morada permanente.- os olhos dele brilhavam e Dora pensou consigo mesma no quanto Gilbert e Anne tinham sorte por tem um ao outro.

-  Nossa, Gilbert, qualquer mulher adoraria ser amada por um homem do jeito que você ama a Anne. Vocês tiveram muita sorte em terem se encontrado tão cedo. A maioria das pessoas passava a vida inteira a procura de um amor assim, é tão precioso e raro. Espero que este sentimento dure a vida toda.

- Vai durar porque o nosso amor está escrito nas estrelas. – Dora riu das palavras do amigo e disse:

- Nossa, quanto romantismo Gilbert Blythe. Eu não sabia que dentro de seu sangue de cirurgião havia uma veia poética.

- Não se anime. Não é algo que eu deixe aflorar facilmente. Eu tenho os meus momentos. – Gilbert continuou a sorrir, depois consultou o seu relógio de bolso e disse para Dora:

- Preciso correr se quiser ver a mulher de meus sonhos ainda hoje. Nos vemos na segunda-feira, até logo.

- Até logo. Faça boa viagem. – Dora falou quase gritando, pois Gilbert já não podia ouvi-la direito.

Ele entrou em seu apartamento. Colocou alguns objetos de higiene pessoal, e poucas roupas e sapatos dentro de uma única mala, a qual estava aberta em cima da cama. Depois de fechá-la se encaminhou para a estação de trem mais próxima dali.

O trem partiu exatamente no horário estipulado, e enquanto se acomodava em um dos primeiros bancos vazios, Gilbert deixou sua cabeça divagar. Ele levaria flores para Anne, pois sabia o quanto ela amava aquilo, principalmente rosas vermelhas. Ele também pensou em convidá-la para jantar em um restaurante elegante, e quem sabe não pudessem prolongar os momentos a dois dançando em algum lugar interessante. Gilbert olhou pela janela e percebeu que a tarde estava indo embora, pois a lua já surgia no horizonte espetacularmente iluminada, e desejou tanto que Anne estivesse com ele naquele momento. Ela adoraria ter aquele espetáculo diante de seus olhos e com certeza usaria uma de suas muitas frases espirituosas.

Gilbert recostou sua cabeça na poltrona onde estava sentado. Fechou os olhos e tentou descansar, pois teriam ainda duas horas de trem pela frente. Não via a hora de chegar em casa e correr para encontrar Anne, já estava com uma saudade infinita dela. Só esperava que aquele fim de semana somente lhes trouxesse boas surpresas, e que ele e Anne se divertissem juntos, como sempre fora e como sempre seria.

 

 

 

GILBERT E ANNE

 

Anne olhou incrédula para Jean. Ele estava dizendo o que ela achava que ele estava dizendo?? Ela disfarçou a sua surpresa como pôde e perguntou,

- O que você quer dizer com esta aqui por mim.- Jean deu um passo e segurou na mão de Anne sentando-a do lado dele no sofá dizendo;

- Anne, você sabe que sempre tive   atração por você, desde a primeira vez que te vi na casa de Diana. Sua beleza gloriosa me chamou a atenção de um jeito que nunca mais consegui tirá-la da cabeça.- ele acariciou a mão de Anne com carinho e ela se sentiu incomodada, mas não retirou a mão, pois não queria parecer indelicada.

- Jean, sempre fomos apenas amigos, Não sei o que te deu para vir até aqui e me dizer estas coisas.

- Você foi amiga eu não. Eu me apaixonei por você é quis dizer isso antes, mas querida, você sempre estava acompanhada daquele garoto idiota.- ele fez uma expressão de desprezo que forçou Anne a perguntar:

- Está falando do Gilbert?

- Quem mais poderia ser? Quando ouvi que ficaram noivos, não tive dúvidas, vim para cá correndo. Não posso deixar que se case com aquele estúpido. – Jean passou as mãos pelos cabelos de Anne, e ela se levantou fazendo Jean largar a mão dela imediatamente. Ele também se levantou, e ficou de frente para ela e ouviu atentamente quando Anne disse.

- Ele não é estúpido e eu o amo.- Jean começou a andar pela sala em círculos enquanto falava:

- Não acredito que uma garota linda como você esteja apaixonada por alguém tão pedante.  – Ele parou de andar e olhou-a nos olhos.- Querida, eu poderia lhe dar o mundo. Poderíamos viajar para onde quiséssemos, fazer o que quiséssemos. Você seria para mim a companheira perfeita.- Jean levantou a mão para acariciar o rosto de Anne  mas ela se afastou

- Jean, acho que tem uma ideia errada a meu respeito, e se iludiu com ela. Eu nunca esbocei nenhum gesto que pudesse tê-lo incentivado a vir até aqui, e nuca te dei liberdade nenhuma para você me dizer essas coisas Entenda de uma vez por todas que eu estou noiva de Gilbert Blythe, eu o amo e vou casar com ele.- a voz dela soou firme e mais alta do que pretendia, mas tal fato pareceu não afetar em nada Jean, que tinha vindo ali com um propósito e não parecia querer desistir. Ele se aproximou de Anne e sem que ela pudesse evitar, Jean a puxou para seus braços colando seus lábios nos dela. Foi apenas um segundo, mas Anne o empurrou com força ao mesmo tempo em que ouvi a uma voz zangada ecoar por toda sala:

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? -

Anne olhou para Gilbert, enquanto vi a no rosto do rapaz uma fúria assassina brilhar nos olhos dele, deixando-a em estado de alerta.

Gilbert não podia acredita no que estava acontecendo. Como aquele francês canalha ousava colocar as mãos em sua garota, e beijá-la, como se ela lhe pertencesse? Ele sentiu seu sangue ferver de ciúme assim como o ódio se misturar a ele, transformando os punhos de Gilbert em uma arma letal.

O soco atingiu Jean sem que Gilbert pudesse se controlar, e ao vê-lo jogado ao chão não se arrependeu nem um pouco, ele apenas registrou o olhar chocado que Anne lhe lançou ao vê-lo tomar uma atitude tão violenta.

‘- Saia daqui e não volte. Anne é minha noiva, fique longe dela ou da próxima vez será muito pior.- Jean se levantou massageando o maxilar, e sem olhar para Gilbert ele disse para Anne:

- Eu vou embora. Se mudar de ideia sabe onde me encontrar. - E então, saiu pela porta da frente

 Gilbert travou o maxilar, sua raiva chegava as alturas. Ele olhou para Anne que continuava fitando-o de maneira estranha.

- O que foi? Ficou com pena do seu amiguinho francês? - a raiva dele a atingiu como se ela tivesse levado um tapa.

- Não nego que ele tenha sido atrevido, mas você não precisava ter agredido Jean daquele jeito.-  O olhar de reprovação de Anne o deixou tão irritado que o fez responder rispidamente:

- O que queria que eu fizesse? Que deixasse ele continuar a beijar você daquele jeito? - Anne percebeu que o ciúme de Gilbert era tanto que ele dizia coisas que a magoavam sem perceber. Ela tentou não levar em conta as atitudes do noivo que cuspia fogo pelas ventas e disse em um tom de voz mais tranquilo.

-, Eu poderia ter resolvido a situação sozinha sem esse estresse todo. Amor, não precisava ter ciúme.- ela se aproximou dele, e o enlaçou pela cintura, mas Gilbert não correspondeu ao seu abraço, e sentiu uma fisgada dentro dela, mas se obrigou a pensar com clareza. Gilbert estava com raiva, era só isso, não tinha nada com o que se preocupar.

- Eu não estou com ciúme, Anne. Estou com ódio desse garoto que ousou vir até aqui e falar com você. E mesmo sabendo que eu detesto esse garoto, você estava dando toda   a sua atenção a ele.- Anne tirou os braços da cintura de Gilbert e disse com s voz indicando uma ponta de irritação.

- Você está dizendo que a culpa foi minha?

- Não. Eu estou dizendo que em sua ingenuidade você deixou que ele se aproximasse de você, e olha só o que aconteceu? - Gilbert tremia de raiva, a visão de Anne nos braços daquele idiota, o deixara arrasado. Anne era sua noiva, ninguém tinha direito de beijá-la além dele. Ele sabia que a culpa não fora dela, mas o seu ciúme e a raiva eram tão grandes que a atingia diretamente, mesmo não sendo essa sua intenção.

- Você está dizendo que fui tão ingênua que permiti que essa situação tida acontecesse? - os olhos dela faiscavam, ela jogou os cabelos ruivos para trás em uma evidência clara de que a raiva dela estava crescendo a cada palavra dele. Era uma visão magnífica vê-la assim, pois Anne era mais linda ainda quando estava com raiva, e se Gilbert não estivesse tão irritado, a teria  abraçado e beijado com todo o desejo que aquela visão provocava nele, mas se obrigou a desviar o olhar. Em sua teimosia, eu não percebia a tempestade que se formava entre os dois

 Eram dois corações que queriam a mesma coisa, a magia do reencontro, mas por causa de um ciúme mal resolvido ambos estavam caminhando em sentidos opostos e que  somente magoava os dois.

,-Anne, será que não percebeu desde o  início o que ele queria? E isso foi bem antes de estarmos namorando. – Anne não respondeu- estava brava demais com Gilbert para continuar com aquela discussão que não chegaria a lugar nenhum. Ela se virou tristemente para Gilbert e disse:

- Acho melhor você ir para casa, Gilbert. Essa discussão não vai nos levar a nada.- Gilbert olhou para Anne chocado. Então, ela preferia que ele fosse para cada ao invés de ficar com ele. A raiva de Gilbert se elevou mais um pouco. Ele ajeitou a boina vermelha entre seus cabelos escuros e disse a Anne friamente;

- Como quiser.  Farei um jantar em minha fazenda somente para nós dois hoje à noite. Sebastian e Mary estão viajando com Shirley. Se quiser vir estarei te esperando.   Ele se despediu com um aceno de cabeça, e deixou Anne sozinha na sala de visitas de Green Gables.

O peito de Anne ardia como se tivesse sido marcado com brasas. Gilbert jamais se despedia sem um beijo, ou um abraço, e aquilo doeu mais nela do que as palavras ditas no calor do momento. Como ele podia pensar que toda aquela situação fora culpa dela? Como ela poderia saber que Jean iria surtar e aparecer ali com aquela proposta descabida? O ciúme de Gilbert o deixava cego para a realidade dos fatos, e ele a magoara sem ela merecer.

De repente, seus olhos foram atraídos para a poltrona de Matthew, onde um buquê de rosas vermelhas fora deixado por Gilbert. Anne foi atélá e pegou as rosas em suas mãos acariciando cada pétala com os dedos.

Gilbert se lembrara que ela amava flores e trouxera aquele buquê lindo-, o qual não tivera chance de lhe entregar por conta de tudo o que aconteceu. O coração de Anne doeu de tristeza, pensando no que faria para resolver aquela situação. Odiava brigar com Gilbert. Cada vez que isso acontecia parecia que pedacinhos de seu coração eram arrancados e jogados ao vento, e a dor era torturante.

 - Que foi Anne. Por que está com essa cara? – Matthew perguntou ao ver a expressão de choro de Anne.

- Ah, Matthew. O Gilbert apareceu aqui bem na hora em que Jean, o primo francês de Diana estava se declarando para mim. Ele ficou tão bravo que a acabou agredindo o Jean e despejando a raiva dele em cima de mim, acabamos discutindo e ele foi embora sem nem olhar direito na minha cara.- Anne se sentou no sofá com o buquê de rosas na mão e de cabeça baixa. Matthew sentou-se ao lado dela e disse;

- Anne, não foi certo a maneira como Gilbert agiu nessa situação, mas também não vou tirar a razão dele se sentir assim. Confesso que se tivesse na mesma posição de Gilbert acho que reagiria do mesmo jeito. Você tem que entender que ele te ama muito, por isso, situações assim acontecem. O problema é que vocês são dois cabeças duras, ao invés de conversarem e acertarem as coisas, preferem resolver tudo aos gritos.- Anne levantou a cabeça e ponderou sobre as palavras de Matthew. Ela admitia que ele tinha razão. O temperamento de Anne sempre a fazia meter os pés pelas mãos em situações estressantes, mas o que era mais incrível era que Gilbert vinha provando ser mais difícil ainda que ela. Quem diria que naquela calma e equilibrada personalidade de Gilbert se escondia um vulcão preste a entrar em erupção todas as vezes que brigavam. E depois, ele ainda lhe dizia que Anne era a parte mais ciumenta da relação.  No fundo, ambos eram profundos demais em seus sentimentos, e nem sempre conseguiam controlar seus impulsos quando o ciúme estava envolvido.

- Tenho certeza que tudo isso irá se resolver, basta apenas que conversem e sejam sinceros um com outro. Vocês se amam demais para ficarem separados.

- Obrigada, Matthew. Você tem razão.  Ele me convidou para jantar hoje à noite. Vou tentar falar com ele. – Ela beijou seu velho amigo no rosto, e foi para seu quarto escolher algo bonito para vestir. Ela resolveria toda aquela situação com Gilbert e eles voltariam a ficar bem.

Enquanto se arrumava, uma ideia se formou na cabeça de Anne, mas ela decidiu que somente a usaria como arma se não tivesse outra alternativa para trazer Gilbert de volta para ela.

Para aquela noite, Anne escolherá um vestido azul marinho de mangas compridas com detalhe em renda na barra, e que marcava sua cintura maravilhosamente bem e realçada seus olhos.

Como Gilbert não viria buscá-la, Matthew se ofereceu para levá-la, e quando eles chegaram lá, Matthew lhe deu um beijo no rosto dizendo:

- Boa sorte.

- Obrigada.- Anne respondeu sorrindo.

Ela desceu do carro de Matthew e se dirigiu a porta de entrada da casa de Gilbert respirando fundo, e tentando desfazer o bolo que se formara na boca de seu estômago.

Gilbert ouviu a batida tímida na porta e sabia que era Anne. Ele deixou o molho que estava preparando para o espaguete no fogo, e  foi atender a porta.  Quando ele a abriu, não conseguiu esconder seu olhar de admiração ao ver Anne no vestido azul que combinava com tudo nela. Ele quase se esqueceu da raiva que estava sentindo dela e a tomou nos braços,  mas  se  controlou a tempo e disse friamente:

- Entre.

Anne respirou fundo ante a atitude rude de Gilbert e percebeu que a noite ia ser longa, mas não ia desistir de seu intento.

O jantar ficou pronto e ela ajudou Gilbert a arrumar a mesa.  Sentara-se de frente um para o outro, e Anne aproveitou para admirar as feições de Gilbert iluminada pela luz ambiente. A mão direita dele descansava sobre a mesa, enquanto a outra levava a taça de vinho aos lábios, Anne sentiu uma vontade imensa de segurá-la entre as suas, para que pudesse sentir um pouco o calor de Gilbert e afastar o gelo entre eles. Como era difícil ficar longe dele quando seu corpo inteiro gritava pelo seu toque, precisava dele, precisava de seus beijos para aliviar a carência de seu coração.  Mas Gilbert parecia não estar disposto a ceder, pois durante todo o tempo em que durara o jantar ele pouco falara com ela. Parecia que teria mesmo que colocar seu plano B em ação.

Ela ajudou Gilbert a tirar a mesa e enquanto ele lavava a louça ela subiu para o quarto dele sem que ele percebesse. Dez minutos se passaram até que Gilbert percebesse a ausência dela.  Ele a procurou por todo o andar de baixo, mas não a encontrou. Onde será que ela tinha se metido? Gilbert foi até o pé da escada e chamou por ela, e então ela respondeu;

- Aqui em cima. - ele subiu os degraus intrigado e foi até seu quarto, e quando entrou ficou paralisado. Anne estava sentada em sua cama vestida apenas com.um roupão curto. Os cabelos ruivos caiam em ondas maravilhosamente ruivas até abaixo da cintura e ela estava descalça. .Deus! Ela estava linda demais e o coração dele se apaixonou por ela no mesmo instante.  Então ela se levantou e caminhou em direção a ele, as lindas pernas ficando a mostra a cada passo que ela dava. Em seguida, ela parou a um passo dele, abriu o roupão e deixou que ele caísse no chão, revelando seu corpo magnífico coberto apenas por uma lingerie minúscula de renda vinho.

Diana tinha lhe dado essa peça de presente, dizendo para usá-la na lua de mel, mas Anne resolveu utilizá-la aquela noite como arma para reconquistar Gilbert, e pelo jeito que ele a olhava, estava dando certo. Embora estivesse nervosa, pois nunca fizera nada assim antes, ela podia ver nos olhos dele que  todo o seu controle estava por um fio.

- Anne, o que pensa que está fazendo? – Gilbert perguntou, sentindo seu coração se acelerar deixando-o ofegante.

- Não é óbvio? Estou seduzindo você. – Ela se aproximou mais e jogou seus braços em volta do pescoço dele, sentindo imediatamente o coração de Gilbert bater mais forte, e as mãos dele agarrarem sua cintura apertando o corpo dela contra o dele. Porém, ele ainda oferecia alguma resistência a ela, por isso Anne passou devagarzinho a língua pelo pescoço dele deslizando bem devagar, e sentindo a pele toda dele se arrepiar ante ao seu toque. .Agora ele respirava com dificuldade e a voz soou rouca quando ele disse:

- Você como sempre está jogando sujo.

- Eu posso parar se quiser.  – Ela disse sussurrando em seu ouvido.

- Parar? Você começou um incêndio, querida. Quero ver quanta água você tem para apagar todo esse fogo que acendeu em mim.

Assim, Gilbert tomou os lábios dela com vigor, suas mãos descendo pelo corpo dela, acariciando a pele dela com suavidade, fazendo Anne respirar mais rapidamente. Ela colocou suas pernas entre as dela, e sentiu toda a rigidez de cada músculo dele, mas precisava senti-lo mais perto, por isso, abriu os botões da camisa dele atirando-a ao chão, tendo finalmente a pele ardente de Gilbert completamente em suas mãos enquanto percebia o desejo tomar conta de seu corpo ao sentir os lábios de Gilbert abrindo uma trilha ardente em seu rosto, pescoço e colo. E quando Gilbert a pegou no colo e a levou para cama, ela nem percebeu quando a barreira de sua lingerie e o resto das roupas de Gilbert desapareceram.  Tudo o que conseguia sentir era o contato divino da pele dele contra a sua, e a vontade de se entregar a ele completamente sem pensar em nada.

- Você é uma feiticeira inconsequente, sabia? Que me deixa completamente louco. - ele sussurrava entre beijos em seu ouvido, e Anne pensou que seu corpo se carbonizaria por  inteiro ao sentir o calor do desejo dele se unir ao seu. Ela desceu as mãos pelos músculos perfeitos das costas dele e sentiu-o estremecer e gemer baixinho ao seu toque.

Gilbert achou que não suportaria toda a paixão que sentia por ela naquele momento, muito maior que todas as outras vezes que se amaram. Ela transformara o sangue que corria em suas veias em líquido escaldante, e ele não tinha mais controle nenhum sobre suas reações, estava perdido no encanto dela, nos beijos que não saciavam sua necessidade de senti- la cada vez mais perto.  Anne era uma sereia que o seduzia com. seu canto, e ele nunca imaginara que ela poderia ser tão sensual assim. Suas peles se colavam uma na outra, seus lábios eram uma fonte de delícias que provocavam um no outro um prazer sem igual.  Quando seus corpos gritaram um pelo outro, Gilbert a tornou sua e a guiou até o paraíso dos sentidos e se perderam um no outro para tornarem a se  encontrar quando seus corpos se uniram e  se queimaram na chama viva de suas próprias emoções. 

Quando se olharam novamente, Anne perguntou sorrindo;

- Ainda está bravo comigo?

- Eu pareço bravo com você?- ele tocou a ponta do nariz dela com seu dedo indicador.

- Agora não, mas hoje à tarde você ficou furioso.

- Anne, eu sei que te dei essa impressão, mas não era com você que eu estava bravo. - Gilbert ajeitou seus braços ao redor da cintura de Anne e beijou sua testa.

- Você sabe que não precisa sentir ciúmes de Jean. Eu te amo, Gilbert.

- Eu sei que me ama.  Mas, o problema não é só o Jean. O problema é que odeio qualquer cara que se aproxime de você ou te toque de alguma maneira.  Um simples aperto de mão é suficiente para que eu sinta o gosto amargo do ciúme em minha boca.  Você é minha, Anne, só minha. ’ – Ele a beijou para provar que o que dissera era verdade, mas Anne sabia que Gilbert não precisava de nada daquilo para provar suas palavras. Anne era dele desde que se encontraram na floresta quando ela tinha treze anos, e nunca mais fora de mais ninguém. -

- Gilbert, vamos esquecer tudo isso e  viver apenas para o nosso amor.

- Concordo, mas antes quero discutir todo esse cenário de sedução que você construiu hoje neste quarto. Quem foi que te deu essa ideia?

- Ninguém.  Eu mesma fiz tudo sozinha.  Você gostou? – Ela perguntou em expectativa.

- Se eu gostei? Eu amei essa nova Anne toda sedutora. .Só não espalhe esse método de sedução que usou comigo por aí. - Ele disse em tom de brincadeira.

- É claro que não.  Este é minha arma secreta que uso somente com um moreno bonito e cabeça dura que por acaso é meu noivo.

- Que tal.me mostrar mais um pouquinho dessa sua arma secreta, deve ter ai algum detalhe que você deixou escapar.

- Claro meu amor com todo o prazer.

Lá fora a escuridão imperava noite adentro, iluminando o quarto com apenas a luz que vinha da lua, dando aquele cenário cheio de amor um novo toque de felicidade. Mais tarde enquanto Anne dormia tranqüila rodeada pelos braços de Gilbert uma chuva de estrelas brilhavam no céu, trazendo para aquele ninho de  paixão  a certeza absoluta de um futuro  cheio de boas esperança e.  uma vida inteira abençoada pela luz do seu amor.

 

 

 

 

 

 

 

 

-

 


Notas Finais


Tenham um aboa leitura. Beijos.


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