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História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 125


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Boa leitura a todos.

Capítulo 125 - Capítulo 125


Fanfic / Fanfiction Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 125

_ Diana o que houve com ela agora?! Responda! 

_ Eu não sei! - Ela olhou para Cole falando num tom igualmente exaltado - _ Simplesmente ela fechou os olhos e não acordou mais! Nós temos que chegar de uma vez em Avonlea! Mas parece que os outros simplesmente foram fabricar as passagens! 

Estressada e com os nervos a flor da pele, Diana sentou-se novamente no banco da estação e encarou Anne inconsiente parecendo extremamente pálida,  sem saber o que fazer. Cole fez o mesmo e os dois ficaram em silêncio, pouco depois, Sebastian surgiu parecendo sério e irritado com algo. 

Diana ergueu os olhos vermelhos e lhe direcionou a atenção :

_ E então o que disseram? 

Bash suspirou e respondeu : 

_ Pelo visto , somente cinco  de nós  vão poder ir no trem. A maioria das passagens já foi comprada e as crianças não vão poder embarcar a solução é nos dividirmos e nos encontrarmos em Avonlea. 

Estava genuinamente insatisfeito assim como Gilbert que havia permanecido na fila, mas o gerente da companhia veio avaliar a situação de perto e foi categórico na decisão.  Ele tentou não atribuir a atitude ao olhar enojado e preconceituoso que o homem lançou as crianças, e assim engolir algumas verdades que lhe subiram a garganta e ficaram entaladas. 

Ficara decido, Cole, Rubby e Moody iriam pela estrada e talvez mesmo com os atalhos demorassem mais até conseguirem chegar em Avonlea. Como a situação era uma espécie de emergência, ele  Anne ,Gilbert e Diana  e Kakweet pegariam o trem para chegarem mais rápido. 

Assim sendo , se despediram e ocuparam uma das cabines.  Gilbert quase deixou seus pertences caírem no chão quando voltou e soube que  Anne já não estava mais acordada. Foram apenas malditos dois minutos tentando conseguir os bilhetes e foi o suficiente para que as coisas tomassem uma nova proporção. 

Agora alí, sentados todos no mesmo vagão, olhou em volta. Bash estava olhando pela janela com um ar distante, Diana estava de cabeça baixa e num silêncio mortífero. Kakweet estava longe de todos e era uma imagem digna de derrota, o tão bonito vestido estava em farrapos e parecia tão suja quanto exausta e profundamente perturbada, fez a viagem toda até então sem trocar duas palavras com qualquer um deles e dando respostas curtas e vagas. 

Gilbert podia jurar que em certos momentos a via esconder o choro e apertar as mãos. Mas quem o preocupava de verdade era Anne, tinha adiquirido uma certa paranóia que não o abondonou em nenhum momento tinha a cabeça dela repousando no seu colo, eram quase cinco da manhã mas tinha os olhos abertos por medo de dormir. 

Estavam passando por um túnel, as luzes gasosas lançaram sombras pela janela e os contornos do rosto anguloso de Anne pareceram mais suaves. Gilbert afastou o cabelo ruivo para o lado notando que alguns fios lhe grudavam na testa, ela estava transpirando. 

Não só transpirando, estava ardendo em febre. Aflito, procurou as pontas das bandagens improvisadas e viu que a mancha da sangue havia crescido considerávelmente sob o tecido. Como pôde refez o nó e torceu para que não demorassem a desembarcar.

• 

Assim que amanheceu, uma garoa fina cobria a cidade inteira. Todos só foram se reencontrar novamente quando o apito soou avisando que haviam chegado. O sol nem havia saído direito e a impressão era que não sairia pelo resto do dia. 

Gilbert despertou irritado consigo mesmo por não ter resistido a pegar no sono. Assustado notou que Anne não estava mais alí  do seu lado e Bash tratou de acalma-lo dizendo que já tinham chegado e que iriam para casa. 

Sem pensar muito, se acomodaram na carruagem e rumaram direto para o caminho que levava a Green Gables.

Assim que desceram, mal chegaram ao portão principal e Gilbert se viu obrigado a esfregar os olhos achando que estava tendo uma alucinação. Era Dominic parado a poucos metros dali junto com os seus amigos. Juddy estava ao lado do irmão dizendo algo e tinha total atenção, quando o viu arregalou os olhos verdes igualmente estarrecida e cutucou os outros. 

Primeiro o olhou Jasper em seguida o próprio Dominic e assim os três vieram correndo na sua direção. Bash parou os cavalos e tomou Anne nos braços descendo. 

Somente Gilbert e Diana os cumprimentaram e não puderam deixar de notar os olhares analíticos deles sobre a situação em que tinham chegado. 

_ Mas você é louco ou o que Blythe ?! Onde você se meteu?!

_ Eu...Vou avisar os outros. - Juddy cochichou ainda em choque e deu as costas aos rapazes sumindo de vista enquanto entrava. 

Gilbert encarou Dominic com as sobrancelhas arqueadas em surpresa e perguntou :

_ O que estão fazendo aqui? 

Jasper foi quem se prontificou a responder :

_ Você faltou três dias seguidos na faculdade, ficamos preocupados e viemos te procurar. Fomos na sua fazenda e não te encontramos, mas a professora esposa desse seu amigo que entrou a pouco...

Estalou os dedos puxando na memória. 

_ Bash? 

_ Isso! Ela nos disse que você tinha viajado e estava na capital conosco. Óbvio que desmentimos na hora, e ela quis saber mais, pelo visto você e o...Bash? Resolveram sumir por três dias, ficamos preocupados e a principio deduzimos que você teria tido algum problema já tinha voltado  e estava com a Anne viemos te procurar em Green Gables para perguntar junto com ela, e adivinha? Os Cuntbhert asseguraram que Anne também tinha sumido a três dias e estavam desesperados. Só precisamos de um cafezinho para nos sentarmos e ligar os pontos pois era muita coincidência. 

Gilbert estava tonto. Dominic olhou para trás e em seguida para ele com uma expressão séria e disse : 

_ Me desminta se eu estiver errado, mas vocês reapareceram juntos e acho que isso tudo tem a ver com o fato de você estar vestido como um mendigo agora. Vamos - lhe deu um tapinha sonoro no ombro -_ Vocês teem muito o que explicar pros Cuntbherts e para a sua ex professora. 

Gilbert primeiro olhou para si mesmo e notou o quanto estava visualmente destruído e haviam até mesmo algumas manchas de sangue seco na sua camisa. Em seguida, assimilando o final da frase quase  engasgou  e perguntou : 

_ Muriel está lá dentro? Com..Mathew e...Marilla? 

_ Sim. - confirmou Jasper. _ Esteja preparado. 

Ele não esteve e nem ficou preparado, a primeira coisa que viu assim que se aproximou foi Marilla aos gritos na varanda. 

Bash tentava explicar o que havia acontecido e Muriel parecia ser a única a prestar o mínimo de atenção. Diana e Jerry ajudavam Matthew a se sentar e Juddy se ofereceu para buscar um copo de água, visivelmente ele não parecia bem. Kakweet, Rubby ,Moody e Cole chegaram logo atrás sozinhos com a charrete já vazia e  mais pareciam um erro de cena . 

• 

Horas mais tarde, Green Gables estava uma verdadeira bagunça. Na cozinha, Muriel estava de pé, ao lado da cadeira,  o cômodo seguia silencioso exceto por Sebastian que falava sentado e tinha seus ferimentos tratados pela esposa. 

_ Acho que não fui prudente, mas ninguém foi na verdade. Eu deveria mas sabia que não ia conseguir deter todos eles então...simplesmente os acompanhei.

Nesse momento, ela empregou mais força que o necessário no algodão e o pressionou contra o hematoma na testa de propósito,  e Sebastian deu um pulo . 

_ Ai! Pela madrugada mulher, o que  foi isso?! 

Resmungou massageando o local. 

Muriel deu um sorriso cínico e respondeu : 

_ Nada querido. Não pude evitar, perdão. 

Ele segurou-lhe a mão e a impediu de continuar olhando dentro dos olhos azuis e exigiu : 

_ Diga o que está te incomodando. 

Ela suspirou e enxugou as mãos guardando o material do curativo. 

_ Francamente Sebastian. Se essas crianças se jogarem de um poço você pularia junto? E não me olhe assim, sei que não são mais exatamente crianças, e isso  me assusta também. Mas será possível que não consegue dizer não a eles? Principalmente ao Gilbert? Afinal pensei que por o conhecer a mais tempo soubesse como lidar com ele. 

Ele a olhou e puxou-a para o seu colo. 

_ Perdão. - pediu com sinceridade. 

_ Não precisa...

_ Sim preciso, deixei você, Delphine, minha mãe...Todos de cabelo em pé e sumi sem dar explicações. Você tem todo o direito de ficar zangada, mas por enquanto  quero que entenda os motivos que tive para fazer isso. 

Muriel o encarou com o cenho franzido e depois de um ou dois beijos convincentes sua seriedade caiu por terra. Sorrindo segurou o rosto dele entre as mãos.

_ Pelo menos você voltou. Mas ainda vamos ter uma conversa definitiva mais tarde. 

_ Ok. - concordou. Em seguida se separaram e se puseram a guardar as coisas. 

• 

O médico no andar de cima parecia estar demorando uma eternidade. Mas na verdade eram apenas alguns minutos. Cruéis minutos de espera, Gilbert olhou para o teto e quanto mais pensava pior ficava. 

Juddy sentou-se do seu lado respeitando o momento e o encarou compadecida. Ele retribuiu o olhar num agradecimento mudo porém não  menos angustiado. Era incrível como derrepente sentiu que daria tudo para escutar Anne rindo, conversando, ou mesmo gritando com ele como vinha fazendo nos últimos tempos. 

Por que simplesmente preferia levar a ardósia da lousa na cabeça novamente do que criar cenas de morte e perda na mente. Era menos doloroso do que a hipótese de um futuro vazio de amor. 

Os outros não pareciam estar muito melhor, Diana e Rubby estavam no sofá da sala, Cole estava entre elas e os três deram-se as mãos silenciosamente. Matthew depois de literalmente passar mal um pouco mais recuperado tinha a cabeça grisalha apoiada na mão e uma expressão abatida. 

Rachel Lynde tinha chegado a pouco com o seu velho guarda chuva e amparava Marilla que estava desconsolada. Jerry parecia imensamente perdido e estava sentado nos degraus da escada.  Gilbert se sentiu quase com raiva ao constatar que aquilo mais parecia um velório . 

Jasper, Dominic e Juddy só permaneciam alí por ele e se sentia tentado a mandar que fossem embora, por mais que estivesse grato pelo gesto de companheirismo.  

Derrepente o homem desceu da escada com o estetoscópio no pescoço e uma feição séria. Todos o olharam atentamente sem coragem de falar algo.  Marilla tomou a frente e Matthew pareceu apertar o chapéu entre os dedos nodosos. 

_ E então? - quis saber. 

_ Senhor Cuntbhert. - disse o médico -_ O senhor acredita em milagres? 

_ O que quer dizer doutor? _  Perguntou Marilla nervosa. 

_ Que é um verdadeiro milagre essa jovem ter aguentado uma viagem de trem inteira nesse estado. Consegui retirar a bala o tiro foi superficial, mas ela perdeu sangue demais e isso é preocupante, o ferimento inflamou, e isso explica a reação do corpo por meio da febre. 

Gilbert empalideceu, e pela milésima vez sentiu o que se pudesse escolher, escolheria  não entender aqueles termos complicados de medicina. 

Marilla estava quase gritando :

_ Seja claro! 

_ Ele quer dizer, - Disse Dominic -_ Que Anne tem chances, mas perdeu sangue demais e isso dificulta a recuperação de um tiro inflamado. Sinto muito. 

O médico o olhou e perguntou : 

_ Como sabe disso? 

_ Ah, perdoe minha intromissão. - sorriu minimamente -_ Prazer, sou estudante de medicina e tenho que controlar mais minha língua quando estou diante de alguma situação assim . Na verdade eles são também. 

Apontou para Juddy , Gilbert e Jasper que acenaram .

Trocaram um aperto de mão. O velho homem sorriu com simpatia e respondeu : 

_ Não se desculpe por dar uma opinião de valor. É sempre bom conhecer um colega da área. Gostariam de dar uma olhada? 

Dominic entortou a cabeça confuso.

_ Como? 

_ Ora rapaz, dar uma olhada no caso. É sempre bom ter um segundo ponto de vista estou prestes a acabar os pontos não querem  mesmo ver?  Talvez até aprendam alguma coisa. 

Ele olhou para os amigos e tanto Jasper como Juddy pareciam igualmente sem jeito. Quantas oportunidades de ver a finalização de um procedimento de perto fora do hospital da faculdade surgiam? Por mais fascinante que parecesse acompanhar imediatamente Gilbert lhe veio a cabeça e seu bom senso aliado da empatia falou mais alto. 

_ Obrigada, mas eu sinto dizer terei que deixar passar dessa vez doutor. Não é nada pessoal. 

O homem assentiu e voltou para cima dizendo que logo voltaria. Gilbert se deixou cair na cadeira novamente e ele foi na sua direção :

_ Ei Blythe. Tudo bem? 

_ O que você acha?! 

 Ao notar o tom seco que tinha usado, balançou a cabeça atormentado e pediu :

_ Desculpe. 

_ Tudo bem, eu desconsiderei. 

_ É que uma das últimas conversas que tivemos de verdade foi uma briga! Uma droga de uma  briga! Não sei muito como agir agora. 

Depois disso ninguém soube mais o que dizer. Foram algumas horas até que o médico finalmente voltasse para se despedir. Na saída, Marilla e Matthew o acompanharam e ela perguntou :

_ Alguma recomendação? Algo que possamos fazer?

Ele ajeitou os óculos redondos sobre o nariz e passou o lenço pela testa. 

_ Rezar. 

Os irmãos se entreolharam assustados. 

_ Eu sei que é estranho, mas mesmo os homens da ciência são obrigados a apelar para a piedade divina as vezes e reconhecer que certas coisas nos fogem do controle. Eu ministrei um medicamento para a dor e se a inflamação não ceder e ela não acordar...só nos resta esperar. 

Desolados talvez não fosse a designação correta para descreve-los quando o médico foi embora . Talvez Anne encontrasse uma trágica palavra melhor com um significado mais amplo, mas ela não estava ali para isso e era o que realmente pesava. 

Assim fizeram, oraram.  Assim como no passado quando Mary parecia ter perdido as esperanças perto daquela triste última  Páscoa. Na sala , o som da prece ecoou por Green Gables, e  até mesmo o cético e pouco religioso Dominic concordou que todos dessem as mãos em círculo  e fizessem o seu melhor para oferecer energias positivas. 

Ao fim da oração, todos se encontravam reflexivos. Anne Shirley sempre havia sido uma pessoa cheia de opinião , e até aquele momento da sua breve vida tinha lutado por tudo que acreditava merecer sua energia. 

De algum modo era de se imaginar dês de sempre, que ela não deixaria o mundo de um jeito comum, e talvez sim lutando por algum bem maior   . Ainda não era o fim, mas a grande questão era: quem estava realmente pronto para um fim?

Ninguém sabia. Um a um, exaustos foram se despedindo e indo para as suas casas. Gilbert foi o único que restou, do lado da cama no adorável e pequeno quarto do sótão com a cerejeira na janela, que o sol visitava cada amanhecer de inconfundível decoração que transmitia a personalidade da sua dona .

Anne tinha os olhos cerrados para o mundo e estava assustadoramente  tão branca e sem cor ,  quanto serena. 

Gilbert foi finalmente convencido a ir embora e descansar pelos seus amigos. 

_ Tenha vergonha Gilbert Blythe. Você fede como um gambá! 

Disse Dominic cobrindo o nariz com a camisa. Juddy concordou e se inclinou cheirando-o como para comprovar a teoria e em seguida recuou abanando a mão enquanto balançava a cabeça em lamento :

_ Pobre Anne, se chegar a acordar desmaiará com esse cheiro. 

_ Há, tão engraçadinhos. Me convenceram, vamos. 

Disse Gilbert rolando os olhos. Se levantando, deixou o quarto sob os olhares satisfeitos. No caminho de volta para a sua fazenda olhou para trás diversas vezes vislumbrando somente as cortinas do alto da imensa residência balançando com o vento e hora se enroscando nos galhos da árvore um dia florida e agora seca, perto da janela. 

_ Boa noite  minha cenourinha. Faça o favor de ficar boa logo. Por favor. 








 


 


Notas Finais


Postei a novela mexicana de hoje e sai correndo. Terá revisão e prometo corrigir os erros de português. Obrigada por lerem até aqui. 💗 Até os próximos gente.


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