1. Spirit Fanfics >
  2. Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) >
  3. Capítulo 132

História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 132


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Boa leitura a todos.

Capítulo 132 - Capítulo 132


Ela equilibrou as roupas dobradas e percorreu os cômodos numa rapidez incrível. Anne vinha no seu encalço e Marilla a olhou brevemente, ignorando-a com a paciência no limite, adentrou o quarto e  abriu uma das gavetas. 

_ Isso é injusto.

_ Não vejo onde está a injustiça. _ A mais velha uniu as sobrancelhas irritada _ Ela fez por merecer, agiu errado conosco e com você. 

_ Fala como se Kakweet tivesse me dado o tiro! _ Anne indignada se levantou e dobrou uma das colchas brancas depositando-as na cadeira. 

Sem que Marilla pedisse, começou a ajuda-lá, na estratégia de "abrandar a fera " e ao mesmo tempo se pôs a expôr o seu ponto de vista, mas antes que pudesse abrir a boca ela a cortou; 

_ Antes tivesse lhe dado mesmo o tiro , pois poderia alegar que soltou o gatilho por acidente. Agora de modo algum, mentir por meses pode ser considerado não  intencional, Matthew foi atacado, Green Gables foi invadida, e você terminou ferida. Eu a acolhi na minha casa, em troca ela mentiu a identidade e colocou minha família em risco. Kakweet, Hanna seja lá o que for, não entra mais aqui!

_ Mas não foi culpa dela, ela só mentiu sobre quem era de verdade para tentar evitar que eles a achassem! 

Ela caminhou pelo quarto começando a fazer tudo mecanicamente e despejou o conteúdo do cesto de roupas sujas. Anne podia jurar que Marilla começava a fazer os movimentos assim pela força do ódio. 

_ Que altruísta! - soou irônica_ Pois foi exatamente o que aconteceu, e não só a acharam, e sim todos nós juntos não é? Ainda te arrastou para o meio do nada para ser quase morta. Até mesmo Matthew já foi com você antes junto com os pais dessa garota e foram barrados, o que seus amigos  estavam esperando encontrar lá dessa vez?! Uma recepção calorosa? 

A verdade é que Marilla assim que se inteirou da história, custou a acreditar o quanto tinha sido tola a ponto de não perceber de quem se tratava. Havia esquecido a tanto tempo do casal de índios que veio visitar Green Gables um ano antes parecendo tão desesperados, que a princípio foi fácil acreditar na versão de Kakweet. E depois de tudo era como se um imenso quebra cabeças se encaixasse diante dos seus olhos. Enquanto Anne estava desacordada, tomou como prioridade mandar a menina  embora. 

Sem se importar se era na frente de todos ou não, sem cerimônias abriu a porta e indicou a saída e nem mesmo as lágrimas de Kakweet comoveram-na, nem os olhares de pena. E numa sentença crua e curta, disse bem claro que nunca mais voltasse a se aproximar dela ou de Anne novamente. 

Cole, ainda muito constrangido na ocasião, conversou com ela e pediu para que o aguardasse longe dali e não fosse a lugar nenhum sem ele. 

Tudo o que desejava no momento era esquecer a história e enterra-la, mas Anne vinha lhe tirar os esqueletos do armário novamente.

_ Marilla eu fui por que eu quis...

_ Já chega Anne!

Ela tomou-lhe a fronha da mão e desconversou. 

_ Vamos, deixe-me terminar isso , por que não vai dar uma volta ou terminar de comer o seu café da manhã? Precisa parar de sonhar acordada e brincar com a comida, as torradas estão te esperando lá em baixo. 

Anne bufou de irritação, e chateada, deixou o quarto finalmente. 

• 

_ Já é a terceira que visitamos hoje, tem certeza de que quer continuar? 

Estavam longe, bem longe na verdade. A terceira aldeia da lista era próximo a Kingston, Kakweet e Cole foram bem recebidos em todas as duas por onde passaram. Era ela quem fazia as comunicações como uma espécie de intermediário tradutor  entre ele e os aldeões. 

Cole estava amando a experiência, na última do qual saíram uma das garotinhas a filha mais nova de nove irmãos, lhe deu um colar de micangas que ele considerou uma obra de arte. Mal conteve o sorriso quando se abaixou e recebeu o presente pelas mãos pequenas e habilidosas. 

No entanto não estavam lá a passeio e por mais que fosse divertido observar os artefatos exóticos que eles produziam, não pôde ignorar a expressão frustrada de Kakweet. 

Ela deu um breve sorriso e se livrou do xale pendurando-o no braço enquanto andavam. 

_ Não, acho que procuramos o suficiente hoje, não estou com os sapatos apropriados para andar, preciso pedir a tia Josephine que pare de me comprar essas sapatilhas esmagadoras. Além do mais a próxima nos fará pegar duas viagens de trem e precisamos voltar. 

_ Ok. - o rapaz deu de ombros e lhe ofereceu o braço. 

Kakweet aceitou e juntos foram ver as passagens, retornando para se sentarem com pacotes de comida nas mãos, ele perguntou quase ao acaso; 

_ Você já me disse o nome dos seus pais, certo? 

_Sim. Por que? 

Cole deixou o pacote de papel sobre o banco e se reclinou. 

_ Você não tem só eles, também tem irmãos. 

Kakweet ficou nostalgica e mastigou lentamente o sanduíche, engolindo-o para falar :

_ Sim, tenho. Morro de saudade dos caçulas, Kiptu e Mimiky. 

_ É isso- Cole apontou sorridente. _ Era disso que precisávamos, o nome deles. Talvez se da próxima perguntarmos por todos até mesmo seus irmãos,  tenhamos mais sucesso. 

_ Tem razão...

Kakweet ponderou e sorriu também pela nova solução. 

_ Obrigada. 

_ Não há de quê ! 

Ele consultou o relógio uma última vez, e assim seguiram rumo ao próximo trem de volta. 

• 

As árvores nuas com os galhos pontiagudos apontados para o céu, faziam um contraste inimaginável com o sol pálido que havia dado às caras naquele dia. Gilbert tinha desviado-se do seu caminho para passar na casa de Sebastian e devolver o jornal. 

Parando diante da varanda larga e a porta marrom , bateu. Esperou alguns segundos e bateu novamente. Nada. 

Constatou logo que talvez seu amigo não estivesse em casa. Com a intimidade que lhe era permitida, entrou, na intenção de deixar o jornal sobre a mesa e ir embora. 

A porta estava aberta, e a casa silenciosa. Derrepente, um barulho de choro se fez ouvir, um choro estridente de criança. Um alerta soou dentro de Gilbert e a primeira pessoa que lhe veio a cabeça foi Delphine. 

Onde estariam os adultos daquela casa? Vasculhando os cômodos, com uma voz incerta, chamou-a pelo apelido :

_ Delphi? 

A resposta não veio porém o chorinho insistente cessou alguns segundos, para então retornar com mais intensidade. 

Seguindo o som foi ter  na cozinha, e assim que chegou lá, apertou o jornal com tanta força que os nós dos dedos embranqueceram e podia crer que seus olhos saltaram de susto.  Delphine estava sentada no chão com vários cacos brancos de louça  ao redor pelo piso. 

O joelho ensanguentado e os olhos vermelhos, assim que o viu colocou as mãozinhas no rosto e voltou a chorar. 

_ Mas o que aconteceu aqui?!- perguntou desesperado como se a menininha pudesse explicar com exatidão.

Ela puxou o ar com força  e apontou para o alto do armário, repleto de xícaras e potes de vidro dispostos um ao lado do outro. Gilbert notou entre eles um recipiente com doces pela metade, um caramelo molinho enjoativo e fácil de mastigar,  que Hazel costumava guardar para dar a neta. 

_ Você tentou pegar? 

Mais calma, balançou a cabeça em afirmativo e enfiou três dedinhos na boca. Ele imaginou Delphine escalando o armário e puxando a xícara, aquilo poderia ter sido muito mais sério do que um joelho cortado. 

Olhando-a com mais atenção, examinou o corte   se perguntando se haviam cacos na pele. Ela se encolheu quando a ferida foi tocada e Gilbert massageou a testa buscando uma solução. Não fazia idéia de onde estariam os remédios naquela casa. 

Decidindo,  se abaixou e  pegou-a no colo . Delphine passou os braçinhos ao redor do seu pescoço e ele desejou mentalmente que Sebastian não ficasse furioso por ele ter "sequestrado " a sua filha por uma boa causa. 




Notas Finais


Tô com a mente cansadissima, por tanto perdoem qualquer erro muito grave de coerência ou português, farei revisão. Logo logo eu escrevo o próximo. Até lá. 💖


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...