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História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 20- Simplesmente nós


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Olha eu aqui de novo ♥️✨ como estão? Deixo vocês com mais um capítulo espero que gostem. Boa leitura ♥️

Capítulo 20 - Capítulo 20- Simplesmente nós


•°•°•°•°•°•°•°•°•°

Jerry e Diana estavam esparramados sobre a toalha no chão.

Como não sorrir diante de tal cena? A toalha quadriculada em laranja e a cesta de palha no centro, e a sombra da árvore criavam o cenário perfeito para aquele fim de semana. Pequeniques eram sempre agradáveis.

Diana ouvia atentamente de olhos fechados a voz grave emitida por Jerry que lia mais um capítulo do livro " O médico e o monstro" . Ele pausou a leitura olhando diretamente para ela, que estava quase deitada entre as suas pernas com a cabeça descansando no seu ombro, e perguntou:

_ Está me ouvindo?

_ Sim, por que parou? - perguntou abrindo somente um dos olhos para olha-lo de canto. 

_ Pensei que estivesse dormindo._ respondeu simplesmente.

_ Gosto da sua voz.

A afirmação o pegou de surpresa, Diana era uma namorada carinhosa mas que raramente fazia um elogio. Jerry era o oposto, tinha na veia o amor francês, era um "romântico sem causa" como Anne gostava de chamá-lo as vezes. Feliz por agradar ele fechou o livro e beijou entre os cabelos negros de Diana.

Ela sentiu uma formigação boa no topo da cabeça e se aconchegou a ele rindo :

_ Continue a ler.

_ Agora você me desconcentrou ma' cherr.*

_ Pardon*_ respondeu ela risonha e se inclinou roubando um beijo.

Aquela era a hora perfeita, mas por se tratar de um assunto que julgava delicado, Jerry sem quebrar o beijo e temendo estragar a paz do momento se endireitou e ficou de frente para ela:

_ Diana.

_ Sim?

_ Precisamos conversar.

_Sobre?

_ Quando pretende me apresentar formalmente aos seus pais?

Respondeu uma pergunta com outra. As expressões faciais de Diana mudaram profundamente, temeu tanto aquela conversa, mas o que mais a frustrava era saber que não podia fugir daquilo para sempre.

Jerry não se sentia tão diferente , mas precisava saber, e se manteve firme. Diana pensou um pouco e respondeu:

_ Vou marcar alguma data, talvez ainda essa semana nós tenhamos uma resposta.

Jerry notou que ela pareceu um pouco triste e perguntou;

_ E se eles...- Não sabia como continuar sem alterar mais o humor apagado dela .

Diana soltou um sorriso fraco:

_ Não te aceitarem?- Completou.

_ Sim.

_ Isso não é um livro Jerry, se eles forem contra, simplesmente vou ter de sair de casa. Ir embora e me virar para construirmos algo juntos.

Estendeu a mão agarrando a dele, os dedos de Jerry estavam gelados. Ele a olhou e respondeu com certo desespero:

_ Mas... Você não pode! Como vai pagar a faculdade? Vai mesmo morar sozinha estando solteira? Sabe como vai ficar sua imagem depois diss...

_ Pare! Por favor- interrompeu ela.

Diana continuou , dessa vez o olhando nos olhos:

_ Eu não me importo com o que vão pensar de mim, se vão me tachar de qualquer coisa . Que seja, eu sonho com a independência a muito tempo e estou esperando o menor motivo para sair de casa e arrumar um bom emprego! Eu te amo e sei que você faria o mesmo por mim. 

Terminou com a calma e a sinceridade no olhar, não estava mentindo, a Diana de hoje a jovem universitária e futura professora de música, aluna do Queen's jamais deixaria que lhe dissessem o que fazer.

Por mais que fossem as pessoas que ela mais amava. Jerry por outro lado sentiu que talvez seus sentimentos não pudessem ser expressos em palavras naquele momento, mas os sentia ali tão vivos como nunca. 

A abraçou com força dizendo:

_ Não sei o que eu fiz de bom para te merecer. Mas quero te ter assim para sempre sabia?

Diana riu sua risada cristalina e estendeu a mão afagando as suas costas e beijando a lateral do seu pescoço. Jerry se arrepiou e apertou mais sua cintura, como se temesse que ela fosse desaparecer como cinzas ao vento.

Depois de desferir inúmeros beijos pela face dele ela se afastou e molhou o dedo no merengue de uma torta em um prato próximo sem que Jerry percebesse. Assim quando ele virou para olha-la novamente , ela impediu um beijo com o indicador sobre seus lábios lambuzando sua face.

Jerry estreitou os olhos indignado e murmurou:

_ Mas que...

Não soube continuar, e não precisou o olhar debochado de Diana assinalava o início da "guerra". As risadas continuaram sem que se importassem com a sujeira em seus rostos ou o doce grudento em seus dedos. Afinal momentos mais doces como aqueles eram raros.

.

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.

Anne abraçou Marilla mais uma vez. Era sempre bom estar em casa.

Gilbert olhou a cena sorrindo e a senhora chamou sua atenção:

_ Vamos! O que faz parado aí? Entre também.

Ele seguiu as duas casa a dentro, as vezes ainda se assustava com o modo como era acolhido ali. Como se fosse parte dês de sempre daquela doce família.

Quando entraram Anne e Gilbert se depararam com uma figura estranha no sofá, porém não menos adorável. Kakweet estava bordando algo com uma almofada no colo e seus cabelos negros caiam como uma cortina pela lateral do seu rosto. Antes que pudessem falar ela se pôs de pé e Marilla apresentou:

_ Essa é Hanna. Mattew a encontrou é nossa convidada, vou fazer um chá essa é uma longa história.

_ É um prazer.

Estendeu a mão inexpressivamente e cumprimentou Anne e Gilbert um de cada vez.

Anne com os olhos arregalados se sentou ao lado de Gilbert, durante todo o monólogo que Marilla tecia falando da cozinha algo inaudível, ela não foi capaz de desgrudar seus olhos da "convidada", sem que percebesse sussurrou:

_ Kakweet...

Por outro lado a própria Kakweet também prendeu seus olhos em Anne e analisava suas expressões faciais com um misto de emoções, nunca imaginou reencontrar Anne novamente e não era só isso, também temia pelo seu disfarce. Do pouco que se lembrava da personalidade da velha amiga, ela tinha um certo descontrole ao falar e uma certa dificuldade em manter discrição.

Anne sentia como se visse um fantasma, sempre teve uma memória adimiravel e agora os momentos do passado não tão distantes estavam frescos na sua memória. Por que Marilla a chamou de Hanna? E o que ela fazia em Green Gables?

Gilbert se sentia perdido ente as duas, olhou de uma para a outra e percebeu que ambas pareciam em transe, o silêncio era desconfortável. Ele se remexeu sentindo-se excluído alí como se estivesse presenciando um reencontro e não o "encontro" de duas pessoas que se viram uma só vez na vida. Sentiu sua mão ser segurada firmemente por Anne.

Ela sussurrou:

_Poderia vir comigo até a varanda por favor?

Gilbert franziu a testa e respondeu:

_ Claro.

Anne temendo parecer indelicada disse dessa vez em voz alta:

_ Nós já voltamos!

Sorriu polidamente e saiu arrastando-o porta a fora e deixando Kakweet para trás com um olhar preocupado. 

Anne olhou pela veneziana da janela se certificando de que não era ouvida, e falou :

_ Gilbert, pode parecer estranho o que eu vou falar agora mas eu queria muito que você acreditasse em mim.

_ Claro vou fazer o possível.- incitou-a a continuar.

_ Eu acho que conheço Hanna . E mais, o nome dela não é esse.

_ Tem certeza?

Gilbert ainda parecia meio inseguro quanto a isso. Perguntou ;

_ Se é assim então de onde a conhece ?

_ É muito complicado mas eu tenho certeza no que eu digo, eu não tenho por que mentir.

Respondeu com um olhar aflito. Gilbert falou novamente:

_ Então nesse caso devemos avisar Mattew e Marilla.

_ Ainda não. Preciso falar com ela sozinha, digo, sem ninguém por perto. Mas não sei como fazer isso, você me ajudaria?

_ Sim. Claro.

Gilbert sorriu passando confiança.

Entraram novamente, Kakweet não tinha saído do lugar e quando os viu sorriu automaticamente. Anne ainda um pouco insegura perguntou:

_ "Hanna" você não gostaria de nos acompanhar para um passeio? Assim podemos conversar melhor.

_ Claro- Respondeu Kakweet em clara posição de alerta.

.

.

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Já no celeiro dos Cuntbhert, Anne estava de frente com Kakweet agora ambas estavam sozinhas, não podiam ser ouvidas por Marilla nem Jerry, Mattew estava na cidade e só voltaria mais tarde.

Anne falou primeiro;

_ Por favor eu preciso saber se estou louca , é você mesma?

_ Sim!- Kakweet sorriu.- _ Sou eu Anne!

Elas se abraçaram, e Anne a afastou para olha-lo por inteiro. Kakweet estava tão diferente, mas se a olhasse de perto tinha o mesmo ar inconfundível de infinita paz:

_ Eu não sei o que dizer ou por onde começar, mas eu quero muito antes de tudo pedir desculpas por nunca mais ter te procurado. É que eu realmente não sabia mais onde te encontrar. Mas céus! São tantas perguntas!

_ E vou responder todas- Disse Kakweet de volta. 

Lançou um olhar significativo para Gilbert que estava na porta do celeiro , até então quieto com as mãos nos bolsos do casaco. Anne percebendo se apressou em dizer :

_ Tudo bem, ele é...

_ Anne é minha namorada.

Gilbert interrompeu. Ela sentiu o sangue ferver em suas faces vermelhas, temia que nunca chegasse a se acostumar quando Gilbert enchia o peito com tanto orgulho e a chamava de "minha namorada". Kakweet deu de ombros sorrindo e falou:

_ Se é alguém importante para Anne eu confio.

Kakweet arrastou dois caixotes de madeira e pôs um ao lado do outro. Olhando para Anne e em seguida para Gilbert disse;

_ Temos muito o que conversar.

_ Concordo_ disse Gilbert sem jeito coçando a nuca.

_ Mal posso esperar para ouvir_ Exclamou Anne se sentando em seguida. 







 





Notas Finais


Não sei absolutamente nada em francês. Tudo foi escrito com o auxílio de um tradutor. Então :
*Ma' cherr (Minha querida)
* Pardon (Perdão )
isso♥️ por hoje é só. Obrigada por lerem.


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