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História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 44


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Boa leitura ♥️ comentem e até às notas finais. Esse está um pouco mais extenso.

Capítulo 44 - Capítulo 44


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°

Sebastian forçou um sorriso. Na porta estava Elijah com um olhar um pouco constrangido. Claramente viu que tinha atrapalhado algo quando avistou Muriel sentada ao longe os encarando com curiosidade. 

Se apressando, cumprimentou:

_ Boa noite Bash. Desculpe vir essa hora, eu terminei de concertar a carroça, só vim devolver as ferramentas.

Ele estendeu a chave inglesa e o saco de estopa desfiado cheio de porcas pregos e parafusos. Sebastian sorriu cordialmente e respondeu:

_ Sem problemas. Obrigada, e até amanhã.

Elijah acenou em concordância e a sua figura franzina sumiu de vista pelo sereno. Sebastian suspirou, ele havia mudado afinal, pouco a pouco estava se tornando um irmão mais velho atencioso com Delphine e um bom funcionário, ele e Gillbert não se arrependeram de oferecer uma nova ortunidade a Elijah. Ele vinha correspondendo as mudanças.

Fechou a porta, entrou sob o olhar atento de Muriel, e explicou:

_ Era Elijah, veio devolver umas ferramentas. 

_ Entendi... Mas está tudo bem?

_ Sim. Por que pergunta?

Voltou do outro comodo se sentando novamente a mesa. Ela lhe olhou e respondeu:

_ Bom, você está claramente nervoso. Não tem algo que queira me contar?

_ Ora esqueça isso. Não quer um pouco de vinho?

Desconversou, rezando mentalmente para que nada mais impedisse seus planos hoje.

Muriel sorriu não deixando transparecer a sensação de que Sebastian estava estranho. Agora ele parecia tão lindo com o seu sorriso perfeito de dentes brancos brilhando a luz das velas e a sua presença masculina marcante preenchia o lugar, estendeu a taça e deixou que ele lhe servisse o vinho.

Começaram a comer em um silêncio confortável. Em algum momento Sebastian a observou congelar o olhar em algum ponto inexpressiva enquanto mastigava cada pedacinho da comida, perguntou levemente apreensivo:

_ E então? Como me saí?

As expressões seguintes eram um deleite para os seus olhos. Muriel sorriu impressionada:

_ Está maravilhoso. Acho que nunca provei tantos temperos bons em toda a minha vida.

Respondeu ela se reclinado na cadeira e levando o guardanapo aos lábios. Seu batom já tinha manchado o tecido branco e pouco ainda restava.

_ Obrigada, faço da sua aprovação meu mérito.

Disse ele cortando a carne sem tirar os olhos dela com uma satisfação genuína. Ela riu com graça e disse:

_ É realmente uma honra ter uma opinião tão importante pra você.

Observou as feições de Muriel a meia luz, os olhos claros, meigos e maduros, espertos, serenos. Aquela personalidade viva e sem regras , aquela graça natural. Queria ter momentos de descontração como aqueles para o resto da vida. Aquele era o momento perfeito para dizer isso estendeu a mão sobre a mesa e acaricou a mão macia dela traçando uma linha invisível com o polegar na direção do pulso atraindo a atenção da mesma, buscou seus olhos quando disse:

_ Não sei como começar a te dizer isso, mas eu queria muito falar sobre nós dois.

Muriel sentiu o carinho em sua mão aquece-la , agora curiosa com essa repentina vontade perguntou;

_ Sobre?

Quase riu de nervoso. Sebastian não quebrou o contato visual e começou do modo que achou melhor;

_ Acho que eu já tenho mostrado a muito tempo o quanto você se tornou importante para mim não é? E para Delphine também. Sem querer você virou parte das nossas vidas e ganhou um espaço especial no meu coração, um espaço que eu nunca pensei que seria ocupado de novo.

Muriel sentiu o impacto das palavras como se elas descrevessem seus sentimentos também e apertou sua mão de volta com a voz quase falha pela emoção:

_ Eu entendo como se sente, eu também já amo muito Delphine em especial você e já não imagino minha vida sem os dois. Vocês são tudo que eu procurei a vida toda e tive que negar meus próprios sentimentos até descobrir meus medos não tinham sentido e você era o meu destino dês do início. Vocês trouxeram cor a minha vida e eu serei eternamente grata.

Sebastian respirou fundo, escutar aquilo renovou suas confianças, resolveu continuar;

_ Não sabe o quanto me faz bem ouvir isso. Não sou bom com palavras como você ou Anne...

Muriel riu, se lembrando da aluna, se não fosse pela sua tagarelice talvez ela não houvesse refletido a cerca do que sentia e nem tivesse tivesse os adimitido com tanta veemência quando foi confrontada por Marilla. 

_ Mas eu acho que chegou a hora de pensar no futuro que quero dividir com você e pode ser que ainda considere cedo mas eu...

Batidas na porta. Novamente. Sebastian deu um tapa na mesa e olhou para o teto. Estava quase conseguindo... Que espécie de maldição era aquela? O destino debochava da sua cara.

Muriel o olhou franzindo as sobrancelhas e se levantou dizendo:

_ Eu abro dessa vez ,sim?  Fique calmo. Eu não demoro.

Caminhou até a porta e ia receber quem quer que fosse com educação e ouvir para que pudesse voltar o mais rápido possível. Qual não foi sua surpresa ao ver um grupo de senhoras idosas sob a liderança de Rachel Lynde , ensaiadamente enfileiradas uma ao lado da outra. Arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços já prevendo no seu íntimo uma situação desagradável e perguntou:

_ Posso ajudar?

A velha senora Lynde que até então tinha um sorriso ansioso no rosto enrugado pareceu sair de um transe e respondeu:

_ Oh sim! Que cabeça a minha. Boa noite, só viemos aqui em nome da comunidade lhe dar os nossos sinceros parabéns querida.

Dito isso as demais velhinhas balançaram a cabeça murmurando palavras em concordância sorridentes. Rachel a envolveu em um abraço felicitando:

_ Parabéns querida, parabéns...

Sebastian ansioso pela demora apareceu na porta e olhando a cena perguntou:

_ Parabéns pelo que?

Rachel se afastou e perguntou de volta:

_ Como pelo que? Pelo pedido de casamento oras! Viemos dar os nossos mais sinceros parabéns para o casal e dizer que estamos a disposição para qualquer detalhe que queiram ajuda nos preparativos afinal deve ser uma lista imensa e...

Sebastian não respondia, empalideceu terrivelmente e arregalou os olhos. Muriel lhe olhou com uma interrogação no olhar e pouco a pouco foi discernindo e juntando as peças. Seu coração se inundou de ternura, ela seria pedida em casamento? Isso explicava o jantar de última hora e a conversa profunda que tiveram a pouco, mas se era isso por que Sebastian não foi direto ao ponto? Ela teria aceitado, não tinha dúvida alguma que queria dividir o resto da sua vida com ele.

Rachel parou de falar e encarou as expressões de ambos observando:

_ Espere! Essas caras.. vocês... Oh meu céus me desculpem!! 

Pareceu finalmente ter caído em si e pôs uma das mãos sobre o peito penalizada:

_ Então você ainda não tinha feito o pedido? Me Perdoem eu e minha fonte de informações!

Sebastian respirou pesadamente e disse com a voz um pouco decepcionada:

_ Sim. Eu pretendia fazê-lo agora, mas fui "interrompido".

Terminou entre dentes sentindo a raiva crescer dentro de si, como aquelas desocupadas tinham descoberto?. Os cochichos entre as mulherzinhas começou a crescer novamente e Muriel não deixou de notar a expressão de tristeza e constrangimento de Sebastian. Se sentiu mal.

Ele tinha feito de tudo para tornar aquele momento especial para ela e por um infeliz acaso seus planos foram destruídos. Não deixaria mais que fofocas roubassem a felicidade de quem amava e se fosse preciso para isso não se importava de ser um pouco rude também. 

Esticou a mão segurando a dele entre as suas diante das mulheres para uma surpresa instantânea e disse em voz alta:

_ Eu aceito.

Os olhos de Sebastian se iluminaram e foram direto aos seus, um sorriso brotou na sua face e no rosto de Muriel encontrou todo o amor que carregava por ela refletido alí na mesma intensidade, no modo como ela o encarava com uma certa determinação.

Para o espaço que o pedido tivesse sido um desastre, nada se comparava a alegria que lhe enchia o peito agora. A puxou de encontro a si e a abraçou com força dando um giro com ela pela varanda.

Quando seus pés tocaram o chão novamente Muriel sorria entre o beijo sem se importar com os olhares que recebia. Agora se voltando ao pequeno grupo, declarou:

_ Bom. Acho que as senhoras já causaram muito desconforto por hoje, já é tarde e creio que seja hora de cuidarem de suas próprias vidas, se é que existe horário para isso. E sim, eu e meu noivo vamos voltar para o nosso jantar e passar bem. Boa noite.

Sem deixar de segurar a mão de Sebastian um segundo o arrastou para dentro de casa batendo a porta e deixando rostos perplexos, (entre eles o de Rachel Lynde) para trás com o seu ato "sincero" de tirar o fôlego.

Sebastian percebeu o que ela havia feito e riu, aquilo renderia assunto por um bom tempo, concluiu que tinha uma mulher única e iremediavelmente já amava Muriel de todas as formas possíveis.

Charlotte Tow _ Queen's Academy.

Anne , Diana e Rubby se reuniram no dormitório de Prissy para estudar durante o tempo livre e já estavam assim algum tempo. Sentadas em círculo estudavam individualmente as matérias e tiravam dúvidas umas com as outras. Rubby preocupada começou a revirar o quarto todo em busca do seu caderno quando Anne impaciente pela cena disse:

_ O que houve Rubby? O que tanto procura?

Ela ia responder quando ouviram baterem a porta, deixando o assunto de lado a menina foi atender.

Quando abriu e deu com a figura de Moody de pé na soleira abriu um sorriso doce e o abraçou imediatamente:

_ Moody. Que bom que está aqui! Por que veio?

Estranhou , ele não respondeu ao abraço, se afastando um pouco Rubby o encarou e percebeu o caderno nas suas mãos, ainda sorridente pegou o objeto e disse:

_ O meu caderno! Você encontrou! Veio me devolver não foi? Não precisava você é um amor!

Silêncio. Agora apreensiva Rubby viu que Moody parecia tenso, e evitava contato. Ele estava zangado? 

Nervosa ela falou mais uma vez:

_ Está tudo bem? Você parece estranho, diga alguma coisa!

Moody riu. Uma risada irônica, macabra, trêmulo de raiva tirou o papel amassado do bolso  e o estendeu na direção dela perguntando num tom morto;

_ Pode me explicar o que é isso Rubby?

Ela franziu as sobrancelhas loiras e pegou o papel. Congelou imediatamente reconhecendo o escrito de meses atrás quando Moody nem sonhava de vir estudar no Queen's. 

Não podia mentir, não tinha como , provavelmente ele tinha encontrado aquilo no seu caderno. Com certa dificuldade respondeu:

_ É um poema. Escreveram para mim, mas faz muito tempo por favor não fique zangado não tem nenhuma importância pra mim...

_ Se não tem então por que o guardou?!

Foi interrompida. Moody tinha gritado, cruzou os longos braços fortes como uma parede de músculos tensos na sua frente aguardando a resposta. Rubby abaixou a cabeça, nem ela sabia.

Diante do silêncio Moddy deu um sorriso incrédulo sem humor e continuou:

_ Eu respondo por que gruardou! Por que de alguma maneira essa coisa era importante para você!! A quanto tempo Rubby?... Quanto tempo você recebe poemas de outros caras?!

Silêncio.

_ Responda!!!

Estava transtornado de ciúmes e ódio. Rubby se encolheu como se estivesse sendo atingida e ergueu os olhos com a voz carregada de desespero , não ia conseguir mentir, não para ele:

_ Há muito tempo. E recebo até hoje.

Moody deixou os ombros caírem e sua respiração acelerou. Ele massageou a testa rindo novamente dessa vez de si mesmo. Rubby se apresou em explicar:

_ Mas isso não tem importância alguma pra mim. Eu nem sei por que guardei esse, a maioria eu costumo jogar fora. Eu nunca respondo e não dou esperança a nenhum deles por que.. eu te amo.

Terminou com sinceridade desejando que ele a ouvisse. Porém Moody balançou a cabeça em negação:

_ Não...! Não foi isso! Você não me ama Rubby só acha que ama! É uma mimada caprichosa! Só guardou esses poemas por que eles faziam bem para o seu ego tudo o que você queria e quer é atenção!

Rubby sentiu se despedaçar por dentro. Moody não acreditava nela e aquilo doía tanto... Ela odiava sentir que iria chorar pois não controlava e dês de muito nova tinha dificuldade em segurar o que sentia. Com a voz embargada ela protestou:

_ Não... Não é verdade... Não diga essas coisas... Vamos conversar...

Moody tinha o defeito de dizer coisas duras quando estava possesso e as quase lágrimas dela não o comoveram nem um pouco e só contribuiram para a sua irritação. Agora em um tom de pura e simples decepção ele comentou:

_ Sabe? As vezes acho que você não mudou, continua a mesma menina inconsequente e egoísta que era obcecada por Gilbert Blythe. Eu me apaixonei por uma Rubby que não existia, não é culpa sua não é? É minha, eu não deveria nunca ter tentado te conhecer melhor e nem acreditar em você.

Lhe lançou um último olhar magoado e sumiu pelo corredor. Rubby assim que se viu sozinha começou a desmanchar em choro. Foi imediatamente amparada pelas amigas, que presenciaram a briga. 

Anne a olhou compadecida e perguntou:

_ Pobre Rubby... O que você foi fazer?







Notas Finais


É isso. Não me esqueci dos outros personagens, eles aparecem mais tarde, me digam o que acharam o capítulo entra em revisão mais tarde perdão pelos erros ortográficos até o próximo ❤️


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