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História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Primeiro ato.


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Boa leitura a todos ♥️ ✨🌻

Capítulo 53 - Primeiro ato.


Fanfic / Fanfiction Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Primeiro ato.

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No primeiro intervalo das aulas, Ruby corria pelos corredores em completa euforia. Seu jovem coração estava esperançoso, procurava Moody por todos os cantos, num impulso de coragem talvez agora finalmente pudesse conversar com ele sobre a carta que escreveu.

Chegou ao mais largo corredor do Queen's, onde de um lado havia os murais e do outro bancos nas portas das salas. Moody estava sentado em um deles completamente compenetrado em algo escrito no seu caderno e alheio ao redor. Rubby sorriu graciosamente, e se pôs a caminhar na sua direção, mas parou.

Da porta da sala, surgiu uma menina que não deveria ser pouco mais velha que ela, impecavelmente vestida de verde claro, seu cabelo era longo castanho e ia até a cintura sustentado apenas por finas tranças e uma presilha cravejada no topo da cabeça. A desconhecida se sentou ao lado de Moody e sorriu para ele, conversaram algo inaudível e ele lhe estendeu o caderno e ambos começaram a ler juntos, hora riam, hora paravam. Rubby sentiu algo estranho ao notar que ela parecia ter uma grande intimidade com ele. 

Ela já sabia o que era aquilo, (ou tinha uma idéia). Agora ela quem queria satisfações, caminhou a passos duros até os dois e chamou com a voz lutando para sair em um tom firme:

_ Moody.

Ele parou de rir, ergueu os olhos na sua direção e disse:

_ Um momento Serafine.

A menina se calou e olhou Rubby com curiosidade.

_ Olá Ruby.

Seus olhos cintilavam parecia alegre. Ele sorriu esperando por uma resposta ou que ela dissesse algo, Rubby tinha conseguido a sua atenção, mas então por que agora desejava que desaparecer da terra e que ele a esquecesse? 

Engolindo o nó na garganta, ela virou as costas e voltou por onde veio, ciente de que a sua repentina atitude causou estranheza e envergonhada na mesma medida.

Moody franziu a testa, havia algo de errado, algo muito errado. Serafine ao seu lado o olhou com simpatia e perguntou;

_ Que estranho... Você a conhece ?

Ele fechou o caderno e se limitou a responder:

_ Sim. Você se importaria se eu fosse atrás dela? Acho que aconteceu alguma coisa.

_ Sem problemas.

Ela balançou os pés e pegou o caderno que ele lhe estendia. Moody desapareceu entre os estudantes e foi na direção por onde Rubby sumira.

Longe dali, no jardim, seguiam Anne , Diana e Prissy sentadas lado a lado conversando. Até que o sino da torre oposta do prédio soou e Diana se pôs de pé perguntando:

_ Estão ouvindo? O sino. Ainda não é hora da aula. Será que se adiantaram?

Prissy levantou preocupada e pegou seus livros :

_ Se a aula começou mais cedo eu preciso correr. 

_ Fique calma.

Diana a freou no lugar com a mão. 

_ Pode não ser isso.

Anne intrigada falou:

_ Então o que seria?

Ela deu um sorriso como quem tinha uma idéia na mente e disse:

_ Me esperem aqui. Eu não demoro.

Diana caminhou até dois estudantes que passavam apressados e ficou algum tempo conversando com eles. Sorriu e se despediu dos dois voltando com uma resposta:

_ E então?

Prissy exigiu impaciente.

_ Não é aula. Querem todos os alunos no auditório.

Anne se manifestou:

_ Então vamos oras! 

Enquanto as três seguiam curiosas rumo ao auditório, ela se lembrou:

_ Meninas, e Rubby? Onde se meteu?

Diana revirou os olhos e disse:

_ Ruby vive sempre sumindo, talvez até já esteja lá. De todo jeito vamos contar a ela mais tarde, fique tranquila.

_ Verdade- concordou Prissy. _ Estamos atrasadas!

As duas arrastaram Anne na direção da imensa entrada já abarrotada de alunos que buscavam se acomodar nas cadeiras.

No dormitório, Rubby estava sentada abraçando a almofada com força até que a fronha fosse molhada por lágrimas. Ela já sentia ou já vinha se preparando pisicologicamente para esse momento, mas a verdade era que não estava preparada para perder ele assim. 

Ela sabia que Moody já não era mais nem de longe o menino gordinho e desastrado que pensava que as batatas do experimento da senhorita Stacy tinham gosto de chocolate.  Pelo contrário, Moody tinha se tornado um rapaz extremamente inteligente, justo e bondoso, atraente, e um músico talentoso que tinha uma alma sensível em relação ao mundo. Qualquer moça ficaria tentada a conhecê-lo melhor, e ela havia errado demais.

Sua insegurança atacou novamente, aquela desconhecida era tão bonita e parecia ser tão calma. O oposto da sua personalidade forte e escandalosa. Chorou mais, dessa vez de raiva, tudo bem, ela era sim um exagero em vários aspectos mas era tão substituível assim? 

Como Moody não teve sequer  a consideração de lhe dar nem que uma resposta negativa para o que escreveu? Qualquer coisa para que matasse a sua ansiedade ou a esperança idiota que estava alimentando. Não, ele preferiu manter intimidades com a sua mais nova "amiguinha".

"Serafine" até o nome dela era perfeito. Rubby jogou a almofada no chão e cruzou os braços, ainda chorosa, estava morrendo de raiva tentando buscar a própria dignidade para sair lá fora e fingir que nada havia acontecido.

Ouviu batidas suaves na porta e respondeu rispidamente:

_ Vá embora!!

Não queria ver ninguém. Quem quer que fosse, insistiu e bateu de novo.

Rubby bufou e foi abrir a porta já com as poucas e boas na ponta da língua, porém quando abriu, sua fala morreu na boca ao ver Moody parado ali de pé:

_ Posso entrar?

Perguntou preocupado. Agora analisava o rosto de Rubby atentamente, ela estaria chorando? Pensar nisso o deixou angustiado. Ela olhou para os próprios pés parecendo um pouco envergonhada e se afastou dando passagem.

Moody olhou para os dois lados do corredor para ter certeza de que não era visto e entrou. Quando ficaram sozinhos se seguiu um curto silêncio, percebeu que Rubby evitava olhar nos seus olhos, porém tentou:

_ Precisamos conversar. Por que foi embora daquele jeito? Queria me dizer algo não era? Do que se tratava?

Ela revirou os olhos e riu sem humor:

_ Nada importante. Pelo menos não importante o suficiente para que você largasse a conversa com a sua amada "Serafine".

Cuspiu o nome com certo desprezo, ficando quieta em seguida. Moody ao notar o que acontecia, não se conteve e começou a rir. Ruby se sentiu surpresa e em seguida humilhada, encarando aquilo como um deboche, ficou vermelha de raiva;

_ Já chega! O que veio fazer aqui Moody?! Rir de mim?! Vá embora de uma vez!!

Ele parou imediatamente se controlando ao máximo e respondeu:

_ Desculpe, mas é que a idéia de que você tenha ficado com ciúmes de Serafine é tão absurda que eu não me contive. Ela é quase uma irmã Rubby.

Ela virou o rosto e murmurou:

_ Sei.

Moody balançou a cabeça e esticou a mão para toca-la, Rubby recuou. Intrigado e um pouco triste ele perguntou:

_ Ei, o que está havendo ? Isso não me parece ser só Serafine. Por que está me tratando assim Ruby?

Parecia ter sido o estopim. Ela se pôs a andar em círculos pelo quarto, e gesticulava com as mãos indignada:

_ Por que?! Eu é quem tenho que perguntar por que ignorou  a minha carta! Você não teve nem a coragem de vir falar comigo. Pelo contrário! Fugiu de mim a semana toda! Fui levar pães doces para você, os seus favoritos! E sua mãe disse que você não estava, fora isso não te vi o fim de semana inteiro! Ninguém sabia onde você estava, perguntei por você em todos os lugares! Não consegui conversar com você por nada depois que brigamos semana passada!

Parou no lugar e o olhou,  dessa vez com  a voz embargada:

_ Será que eu não signifiquei nada para você? Ou errei tanto que te perdi tão fácil assim? 

Moody se sentiu indiscritivelmente mal. Aquilo não era verdade, a intenção dele era conversar sobre isso com calma e em outro momento, mas nada com Ruby era simples ou saia como o planejado. Na realidade por esses e por outros motivos ela significava tanto para ele . Agora ela fazia uma idéia extremamente errada do que aconteceu e talvez parte fosse sua culpa por ter demorado tanto. Suspirando, ele explicou pacientemente:

_ Eu passei o fim de semana inteiro ajudando meu pai na lavoura Ruby. Só fui saber que você me visitou muito depois e não sabe o quanto eu me odiei por não estar lá, a propósito seus pães doces estavam divinos.

Nessa parte ele deu um  breve sorrisinho. Que embora ela não adimitisse quase a fez sorrir também.

 _ Li cada palavra da sua carta, eu jamais a ignoraria, tudo não passou de uma série de coincidências infelizes.

Ruby descruzou os braços, parecendo voltar a razão. Ainda um pouco desconfiada perguntou:

_ E Serafine?

Moody esfregou as têmporas impaciente e respondeu:

_ Eu já disse, Serafine é apenas minha amiga. Ela só estava me pedindo que explicasse o exercício que perdemos na última aula. Mas aí você apareceu e misturou as coisas.

Ruby ficou ainda mais envergonhada pelo acesso de ciúmes e encarou o carpete em silêncio antes de perguntar com certa aflição:

_ E... Você não veio terminar tudo veio?

Moody a olhou exasperado, as vezes ela era tão ingênua que parecia inacreditável. Ele se aproximou e ergueu o queixo pequeno com a mão;

_ Acha mesmo que se eu não te amasse teria vindo aqui? Para mim não existe mais ninguém Ruby, eu te amo sua bobinha.

Disse carinhosamente, contemplou o rosto vermelho de choro os olhos azuis extremamente brilhantes e tentou não rir da ponta do nariz igualmente vermelha e coradinha, ele possuía nas suas mãos a garota mais bonita do campus, por que ele iria querer Serafine ou qualquer outra?Desceu os lábios sobre a boca entreaberta devagar e sem pressa como se necessitassem apenas daquilo para matarem a saudade um do outro.

Finalizando o beijo ela o abraçou e disse com a voz abafada pelo seu peito:

_ Não engoli essa história de amigos.

_ Ruby!!

_ Ok , ok, eu entendi.

O motivo do grande alvoroço no auditório:

Foi escolhida a peça de inverno.

E agora segundo o diretor, os professores estavam aceitando inscrições de última hora. Quando anunciaram o nome, Anne quase vibrou na cadeira. Apresentariam um clássico de Shakespeare, Otelo.

Ela sabia a história do começo ao fim:

_ Oh Diana! Nenhum detalhe vai escapar aos meus olhos! Vou registrar cada fala, quero só ver se os estudantes do Queen's farão juz a peça.

Disse empolgada.

Diana riu e respondeu;

_ Torço para que sim. Resolvi me inscrever para a parte dos bastidores, talvez eu ajude com os efeitos sonoros no piano. O que acha?

_ Perfeito! Talvez eu me inscreva para ajudar nos bastidores, com a minha criatividade e as habilidades de costura de Prissy e Ruby criaríamos os melhores figurinos que essa escola já viu!

Sorriram animadas, foi quando deram com Charlie que vinha em meio a multidão e as cumprimentou educadamente,:

_ Bom dia, Anne, Diana.

_ Bom dia Charlie.

Respondeu Anne. Diana fez o mesmo embora sentisse que os cumprimentos de Charlie mais se direcionavam a Anne do que a ela.

Sorridente ele comentou:

_ Espero que dessa vez considere em atuar Anne. Já a vi lendo Otelo várias vezes, você é quase a protagonista Desdêmona.

Anne riu e respondeu com humor:

_ Creio que não chego aos pés de Desdêmona Charlie. E por mais que eu ame Shakespeare e atuar também, esse ano resolvi ficar apenas com os bastidores.

_ Você é quem sabe- Ele deu de ombros. _ Vai perder toda a diversão.  Bom já vou indo. Até.

_ Até - responderam.

Diana observou Charlie se afastar e disse;

_ Preciso concordar, você seria a Desdêmona perfeita Anne. Não há ninguém que tenha lido esse livro mais do que você.

_ Infelizmente meus dotes artísticos ficarão ocultos dessa vez.

Rebateu Anne risonha.

Diana se despediu também dizendo que se veriam mais tarde. Já sozinha, Anne se aproximou do mural com a caneta em punho para se inscrever na lista de voluntários para os bastidores, e parou um pouco. Ao lado estava a lista para os papéis, terminou de assinar o primeiro e encarou a segunda folha de assinaturas pensativa.

Ninguém estava olhando, estava sozinha alí.

Por fim, assinou, traçando as letras esvoaçantes e cheias de floreios com o seu nome.

Pensou;

"Por que não?"

Assim sendo, virou as costas e se foi já era tempo da próxima aula.











Notas Finais


Feito por uma autora com sono. Aqui se inicia uma nova fase da história, bem curta , mas espero que gostem. O texto de Shakespeare citado existe. Otelo é uma história trágica e muito intrigante que tem leitores no mundo todo até hoje. Perdão pelos erros de português e escrita. Comentem entra em revisão amanhã cedo 💕 até o próximo ❤️ bye☺️


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