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História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 63


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Boa leitura a todos ✨

Capítulo 63 - Capítulo 63


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Anne naquele dia terminou a carta com um sorriso bobo. Tinha entendido exatamente a referência de Elye e podia dizer que adorou e aquilo fez seu humor pelo resto do dia.

A semana transcorreu a cada vez mais fria. Era de fato o inverno batendo a porta, em breve nevaria em toda a Ilha e isso era um acontecimento que estava deixando a todos preparados, a essa altura em Avonlea os moradores deveriam estar se esforçando para avivarem os fogos em suas casas, cortando lenha ou recolhendo lã nos pastos para produzir agasalhos.

Até que naquela manhã, os primeiros flocos de neve começaram a cair. Anne que já estava acordada a algum tempo esfregou o vidro da janela de leve limpando os embaçados e sorriu empolgada, como se fizesse sol lá fora e caminhou pelo quarto abrindo as cortinas.

Se pôs do lado da cama vizinha a sua e chamou:

_ Diana! Diana acorde!

A outra resmungou e esfregou os olhos, por fim agarrou o outro travesseiro e o colocou sobre o rosto dizendo:

_ Deixe-me dormir Anne... Sabe que horas são?

_ Sim, já são quase sete horas. E bom dia para você também.

_ Perfeito. Então agora vá para a cama a senhorita também.

Tentou pôr um ponto final e bocejou. Porém Anne balançou a cabeça e foi até ela puxando as cobertas e anunciou feliz:

_ Está nevando Diana! Vamos levante!

Sentou-se na cama brava, estava muito frio e Anne tinha puxado seus cobertores até os pés. Ela não conseguiria se aquecer de novo tão cedo. Dando-se por vencida e já sem sono também observou a amiga vestir um casaco sob o pijama e abrir a porta com certa pressa. Arregalou os olhos:

_ Anne?! Onde vai?!

Aquela maluca havia saído somente com as roupas de dormir. Diana não teve outra alternativa a não ser vestir seu casaco de qualquer jeito e sair também. O vento entrando pelas persianas abertas açoitava seu rosto e fazia seus cabelos negros voarem.

Anne pulou os degraus da imensa escadaria de mármore do Queen's e foi descendo e descendo. Até enfim parar no pátio para tomar fôlego.

Sorridente olhou para trás satisfeita, Diana tinha vindo também embora a cara não fosse das melhores. Foi adiante, até que finalmente chegou no jardim do campus a céu aberto.

Fechou os olhos e abriu os braços erguendo o rosto. Um floco de neve caiu no seu nariz, a princípio formando um contraste interessante com as pintinhas existentes até derreter e virar apenas uma gota de água. Diana chegou ao seu lado ofegante a olhando interrogativa.

Anne riu baixinho e abrindo os olhos murmurou:

_ Seja bem vinda rainha da neve.

Estendeu as mãos pálidas para alcançar mais flocos que iam caindo. Diana balançou a cabeça, alguém em sã consiencia acharia que eram duas loucas varridas de camisola no jardim da instituição enquanto todos ainda dormiam no meio da geada. Mas não, era apenas Anne que decidiu ver os primeiros vestígios da nevasca e dar ela mesma as boas vindas a estação, como todos os anos. Olhou em volta.

A neve agora começava a formar uma leve camada branca sobre as coisas como se derramasse um glacê branco nas estátuas e telhados. Era uma paisagem e tanto afinal, e se estivesse dormindo talvez não a acompanhasse se formar diante dos seus olhos. Foi inevitável não sorrir também.

Naquela manhã a lareira a sua frente crepitava. Kakweet tinha uma vista perfeita do fogo sentada na sala de jantar que dava para a sala de visitas, o fogo era igual em todos os lugares, fosse na fogueira quando os aldeões as acendiam para manter luz e se comunicarem com a aldeia vizinha, fosse por trás das portinholas de bronze queimando a lenha da lareira da luxuosa casa de Josephine Barry.

A mesma estava sentada do seu lado. Trocava de talheres para cortar as panquecas e usava o guardanapo enquanto era observada atentamente por Kakweet. Por fim ela comentou timidamente:

_ Não sei como a senhora consegue.

_ Perdão?

Josephine a olhou.

_ Comer com essas coisas.

Explicou. O olhar da senhora caiu sobre os sua quantidade superior de colheres e ao prato da menina que só continha um garfo e uma faca. Sorriu:

_ É tudo uma questão de prática querida. Diga...

_ Sim?

_ Gostaria de aprender?

Kakweet mastigou mais devagar, a pergunta a pegou desprevenida. Ainda pensando a respeito uniu as sobrancelhas curiosa:

_ Acha que eu conseguiria?

_ E por que não? Já vi pessoas mais improváveis treinarem e conseguirem.

Não mentiu, quando disse isso, Josephine tinha a figura de Jerry na mente, era certo que ele havia aprendido pelas razões erradas mas se mostrou mais habilidoso que muitos veteranos no assunto. Kakweet deu um sorriso e respondeu:

_ Vou pensar .

_ Se pensar, espero que considere, eu adoraria ensina-la.

Terminaram o café da manhã conversando sobre amenidades. Ao fim Kakweet se sentou a janela observando o empregado da residência vizinha limpar as calhas e verificar as chaminés.

Pensou não na possibilidade de ter aulas de etiqueta, e sim a respeito do café, haviam o tomado sozinhas pois Colle saiu cedo a fim de denunciar o ladrão que o assaltou no centro de Charlotte Tow. 

De início Kakweet contou apenas a ele sobre o encontro desagradável com irmã Abigail e aliou as ameaças sobre a sua segurança que ela havia feito. Colle a escutou com atenção e no fim continuou com a mesma resolução firme de que deveria denunciar o ladrão por mais que estivesse claro que o roubo não era uma coincidencia.

Kakweet ficou com medo e disse que deveriam esquecer o episódio, porém Colle tratou de acalma-la e disse sabiamente que pessoas assim se alimentavam do medo alheio e que esquecer era dar brecha para mais.

Assim sendo contaram a tia Josephine omitindo a parte da ameça de Irmã Abigail, por razões óbvias, uma ameaça feita em particular não possuía provas e muito menos testemunhas.

Menciona-la seria como um tiro no pé. Josephine os apoiou e estranhou o silêncio mortífero de Kakweet sobre o assunto.

O silêncio era uma defesa, os últimos dias passaram sobre ela como um borrão negro, onde ameaças invisíveis a tiraram o sono e o apetite ao mesmo tempo. Pensando mais, concluiu que talvez a fizesse bem ter aulas de etiqueta com tia Josephine.

Aquilo seria uma distração, uma tentativa de respiro em meio aquele sufoco em que sua vida tinha se transformado. Fora que a oportunidade saciava a parte adormecida da sua personalidade que tinha fome por conhecimento e aprender coisas novas.

No internato religioso o máximo que aprendeu a duras penas capaz de lhe dar alguma vantagem sobre as demais crianças indígenas foi a leitura e a gramática. Isso facilitou sua comunicação e a ajudou a entender como o mundo "civilizado" funcionava.

Ainda sim o conhecimento dentro daquelas paredes era algo bem limitado. Agora que Kakweet tinha conseguido sentir o gosto da liberdade ainda que posta em ameaça em alguns momentos, decidiu que nada mais a limitaria e ela aprenderia tudo o que tivesse a oportunidade.

A peça aconteceria em breve e os ensaios estavam a todo vapor. Reunidos sob o auditório os amigos de Anne estavam lado a lado, um pouco tremendo pelo frio, porém matando o tempo que tiveram de pausa até que Srta Label voltasse. Diana estava sentada conversando algo com Prissy que separava anotações nos cadernos.

E Rubby estava entre eles com Moody ao seu lado e tinha uma expressão abatida. Anne assista o diálogo em silêncio:

_ Minha cabeça vai explodir.

Murmurou Rubby rabugenta, ela já tinha uma propensão a enxaqueca e a friagem abateu seu organismo com uma gripe alérgica. Aquilo lhe rendeu olhos lacrimejantes e um narizinho vermelho fora o drama que foi elevado ao quadrado como se ela estivesse morrendo. 

Moody tirou as luvas e pôs as mãos na face e na testa da  namorada verificando a temperatura com uma leve carícia:

_ Bom, febre não tem Rubby.

A menina tossiu em resposta e disse:

_ Com a minha sorte isso deve ser um mal sinal! Tenho pouco tempo mesmo...

Moody riu e lhe deu um beijinho casto dizendo:

_ Não exagere. Você vai ficar boa, só está resfriada. 

Ela fez uma careta e deitou sua cabeça no ombro do rapaz. Anne e Charlie sentados a poucos metros começaram a rir. 

Ela achava fofo o cuidado inocente que um tinha com o outro, a fazia lembrar de como Gilbert a tratava, como se fosse algo especial, digno de ser guardado como um tesouro. Ele tinha para ela uma importância semelhante. 

Ainda sorrindo sua atenção foi atraída por Charlie que a chamou:

_ Anne?

_ Ah sim, o que foi?

_ Você quer aproveitar a tarde livre hoje e revisar algumas partes do texto que estamos tendo dificuldades?

Anne pensou, Diana de longe tinha parado de conversar com Prissy e olhou com atenção para ver qual seria a resposta. Um pouco constrangida respondeu:

_ Perdão Charlie. Não posso, na minha última tarde livre Gilbert me ajudou, eu prometi que deixaria ele me levar a casa de chá hoje. Devo isso a ele, mas podemos outra hora se você quiser.

Ele fez uma expressão decepcionada e olhou sério para o texto nas mãos murmurando:

_ Tudo bem, sempre Gilbert...

Anne arqueou uma sobrancelha, Charlie estava sendo irônico? O que ele queria dizer com "sempre Gilbert"? Incomodada respondeu:

_ Não entendi o que você disse.

Charlie tirou o cachecol vermelho sem olha-la e falou em um tom zangado:

_ Estou dizendo Anne, que sempre que Gilbert Blythe aparece você se desliga do que está fazendo. Devo lembra-la do cenário?

Ele estava insinuando que ela não tinha compromisso com as coisas que fazia?

Aquilo foi o cúmulo. Anne ficou de pé irritada, se Gilbert era ou não uma distração aquilo não era problema de ninguém, somente dela e sua vida pessoal não estava em questão:

_ Não acredito que depois de todo esse tempo ainda me responsabilize por completo pela queda desse maldito cenário! E o que faço ou deixo de fazer com Gilbert é problema meu, eu é que devo lembra-lo de não ultrapassar limites que eu não lhe dei Charlie! Meu tempo livre vai ser gasto da maneira que eu bem entender seja com meu namorado ou não!!

Todos ficaram calados. Charlie a encarava inexpressivel, Anne se levantou furiosa e saiu a passos duros pela porta do auditório deixando rostos perplexos pela recente "explosão". 



Notas Finais


Entra em revisão. Comentem 💕 isso me ajuda a saber se ficou bom. Já disse que eu tenho um fetiche pela neve? Queria ser gringa kkkkkkkkkkk até o próximo amores e amoras ✨❤️❤️❤️


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