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História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 71- O valor da verdade.


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Boa leitura. Espero que entendam o título 💕 e sobre o que eu escrevi hoje, abordei um tema polêmico de maneira leve. Espero não estar sendo desrespeitosa. E quero deixar um apelo:
Se presenciarem situações de julgamento racial, denunciem.
A atitude do personagem não deve e não pode jamais ser levada a sério. Dos temas atuais esse e o preconceito lgbt são os que mais me incomodam e me fazem refletir. Quis passar isso a vocês. Fiquem com o capítulo e até às notas finais ❤️

Capítulo 71 - Capítulo 71- O valor da verdade.


As amigas de Anne a princípio estranharam a aproximação:

_ Meninas - começou Diana. _ Essa é...

Apontou para Kakweet.

_ Hanna. 

_ Olá Hanna- sorriu Tilie.

Jane fez o mesmo, e a única a ficar calada foi Josie Pye. Kakweet as cumprimentou de volta e Anne fez questão de apresentar as demais:

_ Essas são Jane, Josie e Tilie nossas amigas de Avonlea.

Jane ainda sorridente perguntou com curiosidade:

_ De onde você é Hanna? 

_ Eu...

Olhou para Anne e Diana pedindo socorro com o olhar. Rubby se apressou a responder:

_ Hanna é... Prima adotiva de Diana.

_ Sério? - Perguntou Tilie.

Diana não protestou e foi de embalo emendando em seguida:

_ Sim, tia Josephine a adotou. Vocês não a vêem com frequência por que ela é bem distante como parente.

Josie encarou Kakweet de cima a baixo, como se analisasse minuciosamente sua aparência e murmurou:

_ Bom, isso explica muita coisa...

Com muita coisa Josie queria dizer "como ser indígena por exemplo" aquela convicção gritou dentro da mente de Kakweet a deixando incomodada. Continuando, a outra comentou como quem não quer nada:

_ Pensei que sua tia Josephine havia adotado somente Colle, mas creio que são casos diferentes. Então você também é órfã?

Terminou se dirigindo a Kakweet. Ela refreou e empurrou para o fundo da sua mente a vontade de dizer que tinha sim pais biológicos e que os conheceu, e era apenas uma questão de tempo para achar o paradeiro deles, mas não o fez. Ficou calada, encarando Josie sem responder.

Jane observou:

_ Você é muito velha e muito grande para ser adotada. Tem certeza que isso é possível? 

Anne vendo que a especulação continuaria, interveio:

_ Na verdade, Tia Josephine a adotou a mais tempo, não é nada... recente! só não a apresentou a muitas pessoas por aqui pois moram em Charlotte Tow.

No fim, agradeceu pela sua habilidade de inventar boas histórias, do contrário se puniria caso sua mentira não fosse coerente. E tratou de guardar cada detalhe do que disse para não cair em contradição mais tarde.

Todas puxaram assunto com Kakweet e logo estavam conversando animadamente, quem as visse poderia jurar que se conheciam de longa data. Até que no meio da conversa, Jane comentou:

_ Você conhece os noivos?

_ Na verdade não. - Respondeu Kakweet. Pelo menos essa parte não precisaria mentir. _ Apenas vim para acompanhar Colle.

Jane transmutou sua expressão em um sorrisinho malicioso:

_ Então você estava dançando com Billy Andrews? 

_ Bom... Sim, estava...

Josie arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços:

_ Se veio acompanhar Colle, então por que estava dançando com ele? 

Kakweet não respondeu, mas a olhou intrigada com o tom mascarado de falsa indiferença que Josie usou. Percebeu de cara que ambas não se dariam bem, mas ainda sim não enxergava o motivo e tinha o pressentimento de que tinha a ver com aquele comentário.

Anne percebendo a situação, mudou com uma habilidade incrível de assunto, atraindo a atenção da roda. Até que Rubby perguntou a Tilie:

_ E seu noivo? Onde está? Por que não o apresentou a gente?

Tilie encolheu os ombros e explicou:

_ Tom não gosta muito de conversar com mulheres demais juntas, ele se sente desconfortável. Por isso foi embora cedo.

_ E te deixou aqui sozinha?

Perguntou Rubby descrente.

_ Sim.

Respondeu a moça sem jeito.

Anne repeliu a sensação de que havia algo errado na atitude de "Tom", pois não o conhecia. Assim a tarde terminou com mais algumas horas de conversa e para a surpresa de todos, Josie Pye convidou Kakweet para o seu aniversário também.

Antes de ir embora, Diana a pedido de sua mãe foi procurar Mine May e a encontrou com Delphine debaixo da mesa, ambas com a boca coberta de glacê e farelos de bolo. 

Pôs as mãos na cintura e suspirou, recolheu Mine May pelo pulso não conseguindo evitar o riso, mesmo sabendo que seus pais não achariam nada engraçado. Quando estavam a caminho da carruagem, ela perguntou:

_ O que as monstrinhas estavam fazendo alí em baixo?

Mine May sorriu sapeca e respondeu:

_ Eu e a menina de chocolate estávamos comendo bolo escondido dos adultos. Sabe, ela não é de falar muito, e isso é irritante, mas era tenho certeza que entende tudo o que eu digo. Quero brincar mais com ela outro dia!

Diana deu um sorriso ainda mais amplo ao lembrar o apelido que sua irmã inocentemente deu a Delphine. ", Uma menina de chocolate". Foi quando escutaram a voz grave e cheia de desgosto do pai as suas costas:

_ Pensei que não viriam! Olhe para você!

Apontou a caçula.

_ Parece um espantalho, agora sim vamos embora de uma vez para que se limpe, isso que dá andar com crianças...

Não continuou. Diana indignada apertou mais a mão da irmã e o incentivou a continuar:

_ Crianças? Diga papai.

Wiliam a encarou e ajeitou a echarpe e pegou o chapéu querendo evitar ouvir um discurso de moral:

_ Crianças desse ..."tipo". 

Ficou em silêncio, assimilando.

Por fim, deu uma risada irônica:

_ De que tipo papai? Espero mesmo que seja sensato ao responder pois dependendo do que vou ouvir e pressinto que seja o senhor estava prestes a dizer uma barbaridade.

Ele a olhou irritado e disse com rispidez:

_ Não se faça de mártir Diana. Você me entendeu muito bem! Mine May e essa menina são diferentes! Agora fique quieta e leve sua irmã para a carruagem, vamos embora!

Assim que ele se afastou Diana balançou a cabeça revoltada por partilhar o mesmo sangue que aquele homem. Com " crianças desse tipo" ele queria dizer "crianças humildes" ou " crianças de cor". Era uma idéia inaceitável que o preconceito doente que era combatido todos os dias chegasse a atingir até criaturinhas inocentes como Delphine. Triste, constatou que Sebastian infelizmente encontraria ainda muitos desafios para criar sua filha em um mundo hostil como aquele, mas se sairia bem pois entre eles não faltava o essencial, coisa essa que não possuía com seu pai: o amor.

Mine May, consciente de ter presenciado uma discussão puxou a mão da irmã mais velha perguntando:

_ O que papai quis dizer? Não acho que eu e a menina de chocolate não somos diferentes, ela é legal, muito pequena, mas legal.

Diana sorriu tristemente para ela e disse:

_ Não ligue para ele. Papai é bobo as vezes. Você gosta de Delphine, não gosta?

_ Sim muito!

Respondeu sem pestanejar.

_ Então somente isso importa.

Já era tarde da noite. A cerimônia tinha sido seguida da festa e Gilbert estava somente o caco. Assim que entrou em casa, estranhou o silêncio e soube que mais uma vez não conseguia dormir. Mas por motivos diferentes.

Agora como um bônus havia a falta de todos as outras pessoas as quais com o tempo aprendeu a chamar de "família". Eles não foram embora para sempre, ainda continuariam trabalhando na fazenda e a casa de Sebastian e a Senhorita Stacy nem era tão longe da sua, mas ainda sim, não era a mesma coisa. Esquentou a comida que Hazel deixou pronta, e jantou brevemente.

Vestiu o pijama e foi para a sala, resolveu que mataria o tempo estudando, e então pegou um dos seus livros. Sob a luz fraca, quando estava prestes a decorar o nome dos ossos internos do ouvido, escutou batidas na porta.

Consultou o relógio de pulso, era madrugada. Não fazia idéia de quem seria aquela hora, percebeu não surpreso que seus olhos ardiam por forçar a visão por tanto tempo. Ainda sim, pegou a vela e se dirigiu para atender a porta.

Quando abriu, viu a última pessoa que esperava ver alí de pé. Charlie a princípio o olhou sem dizer nada.

Mas não houve tempo, o sangue já estava em brasas nas suas veias e sua mente não funcionava no mesmo ritmo do corpo.  Suas próximas ações foram um borrão diante dos seus olhos. Quando viu já estava feito.

O ruído do seu punho atingindo o rosto do outro foi a única coisa capaz de ouvir, e depois disso, a própria respiração irregular. Havia acertado um soco, um soco sonoro no rosto de Charlie Solane.

Agora seu punho queimava e ele observava o outro rapaz no chão sem um pingo de remorso. Ele levantou o rosto gemendo de dor, se apoiou nos cotovelos, e cuspiu sangue no chão da sua varanda. Em seguida cumprimentou irônico, com um meio sorriso:

_ Belo soco. Boa noite para você também Gilbert! 







Notas Finais


Até o próximo ❤️ entra em revisão. Perdão pelos erros de português, Bye 😘


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