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História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 99


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Rumo ao 100 , estamos quase na reta final da história (sim existe um fim), embora eu ache que vá ultrapassar um pouco. Preciso saber se não estão cansados kkkkkkkkkk por tanto hoje vou pedir algo que não costumo exigir : comentem se já leram alguma monstruosidade com mais de cem capítulos pois eu nunca. Sem mais enrolação aí vai o capítulo , boa leitura a todos.

Capítulo 99 - Capítulo 99


Aquele poderia ser descrito como um sábado não - convencional. Diana fez sua mala como era o esperado da sua parte, porém não levava nenhum bem de valor real, seus livros, suas roupas, seus objetos do toucador e só. As jóias, as roupas de cama, sua infinidade desnecessária de sapatos permaneceram nos mesmos lugares.  Se arrumou sem muito capricho porém com um asseio impecável , pegou seu chapéu e se despediu de Mine May com um abraço. A garota se afastou da irmã com os olhos marejados e disse : 

_ Você é bem chata as vezes, mas eu vou sentir sua falta. Prometa que não vai me esquecer, não importa quantas meninas legais você conhecer lá.

Diana riu, Mine May era insuperável, ela jamais esqueceria da sua irmã inconveniente que mexia nas suas coisas sem permissão, ou quem ensinou a arrumar o laço no cabelo sozinha. Ela afagou o rosto da caçula e respondeu : 

_ Se eu não te esqueci nem por Anne que é uma das minhas melhores amigas , por que eu te esqueceria por uma desconhecida? 

_ Não sei...

Rebateu a outra com um bico.

_ Talvez elas sejam maiores e mais interessantes que eu.

_ Já chega- Disse Diana._ Vou vir visitar você sempre, quando menos esperar já vai poder brigar comigo de novo.

Rindo se abraçaram novamente, ela apanhou a alça da pequena bagagem e com a outra mão entrelaçou -a na de Mine May e as duas desceram as escadas. Wiliam que dês do dia anterior tinha uma expressão satisfeita estranhou a falta de resistência de Diana para fazer as malas ou se preparar para viajar, tinha um péssimo presentemento sobre aquilo. 

Eliza por sua vez foi outra a ser tomada pela surpresa, pois sabia melhor do que ninguém da infelicidade da filha em ir para Kingston e não fazia idéia do motivo que levava a ela a ter uma postura tão calma e tão visivelmente mais leve do que na véspera da viagem. Diana cumprimentou -os, e foram para fora. 

A carruagem com o cocheiro da família já estava preparada e pronta para levá -la a estação. Sua mãe lhe deu um abraço afetuoso e murmurou um "boa sorte ". Ela permaneceu de pé alí ainda algum tempo, e nesse meio período foi encarada com curiosidade, parecia aguardar algo ou alguém. 

O cocheiro segurou as rédeas e tentou manter os cavalos quietos olhou o relógio de bolso  e disse educadamente :

_  Já são quase nove horas senhores. Se quisermos pegar o trem a tempo temos que partir agora.

Diana ignorou a observação e viu surgir do outro lado na estrada que ladeava o lago e terminava na ponte, uma segunda carruagem. Seu pai a olhou impaciente e disse : 

_ Entre de uma vez Diana, não temos o dia todo! 

Ela se voltou para ele com uma expressão calma e abriu um sorriso, dizendo a palavra que tanto esperou para dizer com um prazer inexplicável :

_ Não.

_ Como?

Estreitou os olhos incrédulo. Ela permaneceu impassível :

_ Não vou entrar.

Ele sentiu a irritação crescer, bem que havia estranhado aquela obediência toda era tudo um pretexto para manifestar rebeldia na última hora , impaciente, exigiu :

_ Era só o que me faltava. Entre nessa carruagem agora mesmo Diana!

Ela colocou a mala no chão e todos observaram intrigados o segundo cocheiro descer do veículo desconhecido e vir na direção dos dois pegando a bagagem nas mãos. Respirou fundo e com certa paciência e resignação explicou :

_ Houve uma mudança de planos papai. Não vou para Kingston, aquela é a carruagem que veio me buscar a mando de tia Josephine, estou indo para Charlotte Tow.

Wiliam lhe deu um olhar digno de trazer as trevas a terra e esbravejou :

_ O que significa isso?! Você vai entrar nessa carruagem que é  a que vai te levar a Kingston agora mesmo ! 

Ficaram cara a cara, dessa vez Diana quem tinha uma expressão dura e ergueu o rosto numa postura de desafio, esquecendo do decoro e da educação comuns, disse : 

_ Não vou. E o que você vai fazer? Me bater? Vá em frente. 

O havia tratado como "você " ao invés de "senhor" como era o de praxe da educação. Sua mãe e sua irmã olhavam assustadas, não era a primeira briga que presenciavam entre os dois , mas a primeira em que Diana reagia com tanta firmeza e insistência depois de suportar por tanto tempo farpas da parte do pai nas mais variadas situações. Ele mesmo desafiado permaneceu em silêncio, haviam diversas testemunhas oculares caso o tentasse, ninguém que importasse de fato, mas sabia que reputações eram arruinadas por muito menos na boca de empregados.

Diana chegou mais perto e concluiu :

_ Sabe que não tenho medo. E isso te mata, não sou submissa como a mamãe, e não sou mais criança como Mine May para que me molde a sua vontade. Adeus papai.

O empregado atrás dos dois com uma educação absurda adquirida pela experiência  de quem não se metia em conflitos dos patrões, um tanto constrangido, se manifestou :

_ Quando quiser senhorita.

Diana se virou para ele e com um sorriso cordial agradeceu :

_ Obrigada. Eu já vou.

Segurou firmemente a barra do vestido azul escuro e se afastou, porém quando colocou o primeiro pé no degrau a voz rancorosa dele se fez ouvir nas suas costas :

_ Se for, se considere deserdada, e saiba que não é mais bem vinda nessa casa. 

Olhou sobre o ombro e sem pesar algum,  respondeu : 

_ De algum modo eu nunca pertenci a essa casa. Mas obrigada por avisar.

Se acomodou no banco e a porta fechou com um eco seco. Pela janela pode ver o rosto triste da sua mãe cujo o pranto lavava as faces e sua irmã segurando firmemente a outra como se buscasse apoio, perfeitamente ciente do que aquele breve diálogo significava.

Seu coração se apertou pelas duas, mas quem sabe um dia não pudesse voltar para busca-las? Até lá construiria as suas bases primeiro, sorrindo ergueu a mão e acenou. E com um suspiro pediu :

_ Vamos.

O cocheiro acatou e deu partida, assim se foram desaparecendo pelo horizonte repleto de uma fina neblina.

A casa estava silenciosa aquela tarde. Exeto pelo quarto na parte leste, Josie estava sentada na cadeira escutando Juddy conversar, de algum modo era bom, pois ela sempre havia sido uma pessoa de poucas palavras embora uma líder nata em diversas situações que assim exigiam , mas Juddy possuía uma habilidade sociável que lhe faltava para firmar relações de amizade.

Depois de ter sido "entimada" a dormir na casa dos vizinhos pela sua mãe na desculpa de ter uma "noite das garotas " escutou inúmeras recomendações de comportamento e exclusivamente como manter a atenção de Jasper, o que a irritou profundamente.

Afinal, ela estava ali para ser gentil com a filha dos amigos dos seus pais ou para fisgar o irmão dela? Aquilo lhe parecia  terrivelmente pretensioso e sujo.

Por esses e outros motivos deu toda atenção a Juddy e ficaram quase  o dia inteiro juntas , lendo, hidratando o cabelo,conversando e lendo. Entre os motivos citados estava o outro morador da casa cujo, fugia a presença constantemente e o qual o olhar intenso exercia uma viva inquietação sobre ela.

Jasper assim como Josie depois do primeiro beijo, não mostrou resistência em repetir diversas vezes o episódio. Quando a tarde caía, se encontravam furando a barreira da cerca, ou saiam para dar uma volta longe da rua que dividiam,  liam por horas a fio juntos ou simplesmente largavam o livro e se entretiam em mais e mais beijos calorosos que eram cada vez mais difíceis de serem controlados.

Mais cedo quando se sentaram para almoçarem, ele lhe olhou e deu um sorriso enigmático enquanto seu velho avô contava alguma coisa, e a simpática avó servia as empadas. Josie devolveu o sorriso já sabendo o que aquilo significava e nessa conversa muda e não notada , criaram apenas uma gostosa expectativa para o que viria mais tarde.

Mal o almoço terminou e deixaram a mesa numa velocidade impressionante, ela colocou as luvas de modo apressado rindo do jeito que ele se embolava com o  cachecol. Era uma clara competição, descontraída e quase infantil.

Ela correu para fora e se impôs a meta de chegar a cerca do jardim , porém antes que pudesse, ele a alcançou e segurou as laterais da sua cintura. Prendendo seus braços e dificultando qualquer fuga. Gargalhando sentiu lábios ansiosos espalharem beijos no seus ombros na sua bochecha e pelas orelhas:

_ Você é bem lento sabia? 

Jasper a virou de frente para ele lhe dando uma bela visão do rosto divertido e atraente com uma expressão falsamente  indignada :

_ Posso ser lento para correr, mas sou extremamente ágil para o resto e você sabe muito bem.

Piscou um dos olhos verdes que lhe davam um aspecto felino. Josie sorriu com a insinuação e afundou os dedos na sua nuca o puxando para que provasse a existência de  toda aquela "agilidade ". E assim foi feito, se beijaram de novo e de novo. 

Os flashes da lembrança vieram a ser interrompidos por Juddy que se deitou na poltrona do quarto pintado de rosa pêssego nas paredes, exclamando: 

_ E aí agora não sei mais o que fazer!

Josie se voltou para ela um pouco envergonhada e culpada por não ter prestado atenção em quase três minutos inteiros de conversa:

_  Sobre? 

_ Dominic.  Não escutou nada do que eu falei? 

Tornou num tom sentido. Josie balançou a cabeça e respondeu :

_ Perdão, eu escutei sim só me distraí um pouco. Então você gosta desse tal de Dominic? 

_ Sim, quer dizer... Acho que é o que está acontecendo, do contrário não teria tanto ciúmes dele.

Josie virou a página do livro de ilustrações  pensativa e comentou:

_ Acho que o conheço de vista. É bem amigo de Gilbert Blythe também não é?  Vocês quatro andam juntos digo... seu irmão você e eles.

_ Exatamente. - Juddy suspirou e abraçou os joelhos_ Mas agora ele está com uma garota linda e mais velha, Prissy é o nome dela... 

Josie franziu as sobrancelhas e riu, riu como nunca. A outra zangada se levantou e exigiu saber :

_ O que é tão engraçado? 

Se sentiu um pouco patética, afinal pensou estar expondo suas inseguranças a uma amiga. Ela ao notar que pareceu rude tratou de se apressar :

_  Não é você. É que sou amiga de Prissy a mais tempo então...

_ Então por isso vai dar preferência a ela não é?  Vai defende-la e dizer que eu sou uma maluca que não deveria se intrometer nos relacionamentos alheios....

_ Já terminou? 

Detestava quando não a deixavam falar. 

Foi interrompida pelo tom azedo de Josie. Em seguida ela tomou fôlego e continuou :

_  Não dou preferência a nenhuma das minhas amigas e nesse caso muito menos a Prissy, pois a conheço muito bem e Dominic não me parece ser do tipo de pessoa que ela se envolveria para levar a sério.

Juddy intrigada consertou o amassado da camisola azul clara, e se sentou novamente dessa vez na cama :

_ Por que diz isso? 

_ Bom, - Começou Josie parecendo buscar algo importante na memória. _ Prissy Andrews, já  quase se casou com o nosso professor do primário. Mr. Philips, mas o abondonou no altar por que era nova demais e queria fazer faculdade. Casando teria que abondonar a escola ou não teriam ascensão social, digamos que ela não estava pronta para ser uma esposa.

Juddy arregalou os olhos atônita e murmurou : 

_ Mas ele... Deveria ser bem mais velho.

_ Mas não era tanto - Continuou Josie _ E aconteceu. Depois disso ela se envolveu no Queen's com Theodor, um rapaz metido a certinho como ela. Mas ele viajou para a Alemanha e a deixou plantada aqui, me arrisco a dizer que o ama até hoje e que se envolveu com Dominic para tentar esquecê -lo. 

Juddy tentava absorver as informações enquanto ela as soltava com extrema naturalidade e folheava desinteressadamente o livro :

_ Justamente por ela ser uma moça inteligente e vivida para a pouca idade , tenho certeza de que um rapaz  (perdão pela sinceridade ) com tamanha fama de galinha e tão pouco juízo como Dominic, não passa de um passatempo embora aparentem um compromisso sério. Jamais apoiaria uma amiga minha a cometer a besteira de se envolver com alguém que não gosta, e se quer saber apoio muito mais que você ponha Dominic nas rédeas do que ela.

Juddy sorriu e olhou para Josie momentâneamente radiante :

_ Obrigada. As vezes eu falo demais.

_ Tudo bem, você não é a única.

Fez uma careta se lembrando de Anne, cujo a matraca já havia gerado protestos, rebuliços e uma matéria de jornal feminista polêmica. Se levantando foi até a porta e anunciou :

_ Vou beber um copo de leite para ver se consigo pegar no sono. Quer um também ?

_ Oh! Eu agradeceria! 

Respondeu Juddy docemente. Josie sorriu e deixou o quarto e a outra moça imersa em profunda reflexão.













Notas Finais


Perdão pelos erros de português, entra em revisão. Até o próximo ❤


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