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História Annoyance - That hell have's to end


Escrita por: mickaelakovac

Notas do Autor


E se eu disser pra vocês que faltam apenas 5 capítulos para o final de Annoyance?

Capítulo 27 - That hell have's to end


Fanfic / Fanfiction Annoyance - That hell have's to end

Point of view: Kenedy Ambrósio 

Estava me sentindo totalmente culpada. Por vários motivos! Mas o que mais me incomodava era o fato de já ter passado um tempo que eu não via Hayes, e eu não poder falar com ele, pois estaria o colocando na linha de fogo. 

Estava me corroendo por dentro, vendo ele me mandar mensagens e eu apenas ignorar, como se ele não fosse nada. Mas se ele queria mesmo saber, estava doendo mais em mim do que nele ter que fazer isso. Ignorar as pessoas que amamos para o bem delas não é nem um pouco fácil. É como se fosse o nível mais difícil do jogo mais difícil do mundo! Mas infelizmente, isso não é um jogo, arriscaria vidas se falasse com Hayes. E meu celular? É óbvio que eu não iria respondê-lo. Com os capangas que meu pai tem, ele não é bobo, obviamente deve ter grampeado meu celular e deve estar monitorando-me vinte e cinco horas por dia, literalmente. 

Mas eu tinha que acabar com tudo isso. Tinha que acabar com toda essa dor de ambos os lados. Eu não sei exatamente o que fazer, pois não iria aguentar uma outra ligação dizendo que alguém que amo levou outro tiro ou foi morta. E inclusive, saberia que a culpa disso tudo foi minha e pelo resto da minha vida ia ter que carregá-la. Eu não sou forte o bastante para aguentar isso, não mesmo. Me perdoem. 

Se fosse pra agir de algum modo, eu teria de agir com cautela. Teria de pensar como meu pai pensa, para poder enganá-lo. Não era uma missão fácil, mas também não era impossível. Só seria impossível, se eu fizesse isso sozinha. Mas eu não vou! Eu tenho gente comigo, querendo ou não. Nós só temos que agir em silêncio e não pisar na bola, pois ai estaria arruinando a vida de todos que estiveram ao meu lado. Incluindo minha mãe. 

Como ela estava em meio a tudo isso? Eu não sei. Tenho me preocupado tanto com Hayes, que meu Deus, não prestei tanta atenção na minha mãe. Tenho percebido que ela realmente anda assustada, tudo a assusta e tudo pra ela daqui em diante é perigoso demais. É uma fase ruim, não só pra mim, mas pra muitos ao meu redor. Isso tudo, não sei se devo nomear como minha definitiva culpa; é ou não é? Não posso diagnosticar nada, sinceramente. Se eu disser que não, estarei livrando meu próprio couro dessas enrascadas, mas eu sei que grande parte de tudo isso é minha culpa sim! Como ter envolvido meus amigos nisso, e agora estou os magoando. Isso dói, de verdade. 

Mas isso não vai ficar assim, eu não posso. Eu sou teimosa e raivosa demais para deixar isso assim, sou explosiva demais para ser controlada e mandada. Então, peguei o telefone fixo de casa e liguei pra casa de Mahogany. 

— Cheyenne? — chamei-a pelo segundo nome, ela odiava isso, mas eu amava! 

— Droga, Cheyenne não, Kenedy! — falou brava, e eu ri. — Mas e ai, como está? — perguntou. Realmente dava vontade de desmoronar no telefone com ela, mas eu não podia. Não podia vacilar. 

— Eu tô bem amiga. Te liguei pra te fazer um convite. O que acha de vir aqui em casa? Você não sabe o quanto estou entediada nessa merda de sofá! — revirei os olhos, gesticulando como sempre. — Me diga que não está ocupada, como sempre. 

— Não, não estou ocupada. Estou ai em uma hora, baby. Chame a Madison para completar a noite das garotas fracassadas. — gargalhei e murmurei um "uhum, chamarei". 

Finalizei a chamada, e então liguei pra casa de Madison, e chamei a mesma pra vir também. Ela disse que estaria aqui em 30 minutos, pois a casa de Mad é mais próxima da minha. Avisei minha mãe que elas estavam vindo, a mesma correu para a cozinha. Mamãe tinha um amor enorme por Beer, então amava agradá-la. Isso me dava náuseas, ela não faz isso nem pra mim. 

É realmente muito foda quando sua mãe agrada filho dos outros e não você! Eu odeio isso, mas ao menos minha mãe fica numa boa com as meninas aqui, sinto falta da minha mãe "agindo normalmente". É tão bom vê-la sorrindo. 

Em um pouco mais de 30 minutos, Madison realmente estava lá. Nós ficamos conversando. Eu precisaria da ajuda delas, para poder realizar alguma coisa contra meu pai. Eu esperaria Maho chegar, queria falar com elas juntas, seria melhor do que explicar duas vezes, odeio isso. 

Minha mãe estava fazendo cupcakes de morango e baunilha, Beer obviamente amava. Enquanto esperávamos a comida e a Lox, nos entretermos num papo sobre Jack G. Afinal, Madison era apaixonadíssima pelo moreno. Ah, ex-moreno. Jack G havia platinado o cabelo, até que tinha ficado legal. Eu queria vomitar, a garota apaixonada por Gilinsky cujo o nome é Madison, ficava falando o quanto o amava e eu quase dava na cara dela por me fazer lembrar de Hayes. 

Depois de um tempo, nossa ruiva chegou também, para finalizar a noite das garotas fracassadas – hahaha –. Então, eu tinha que decidir o que fazer, mas de maneira alguma, podia colocar elas em risco. 

Nós subimos com os cupcakes pro meu quarto. Fechei as persianas por conta do sol forte que invadia as janelas e quase nos cegou. 

— Ok, vocês sabem o que está acontecendo, não sabem? — disse enquanto dei uma mordida num dos bolinhos. Elas assentiram, cabisbaixas. — Devem estar odiando certa parte de mim agora... 

— A única parte que eu não entendo é porque você os ignora, Kene. — Beer disse incrédula, de boca cheia. Bons modos para quê?! 

— Eu vou abrir o jogo com vocês, mas não podem falar pra ninguém. — elas assentiram com a cabeça. — Se eu falar com algum deles, estou os colocando na linha de fogo. Meu pai os ameaçou, não posso ter contato com nenhum deles, principalmente com Hayes. — as meninas se entreolharam chocadas, como se não acreditassem no que eu acabei de falar. — Pois é, infelizmente é isso. Mas eu preciso da ajuda de vocês pra mudar alguma coisa em relação a isso! Eu não vou aguentar ver Hayes na escola e ignorá-lo, já está doendo em mim. 

— Como nós vamos te ajudar? Olha amiga, sinceramente, eu não quero morrer ou levar tiros! — Mahogany sempre com a sinceridade lado a lado, normal. Quem ia querer isso? Nós potencialmente teríamos que ser mais do que espertas. Tínhamos que ser ágeis e quietas, como disse anteriormente. 

— Ninguém quer isso. Mas se formos inteligentes, sairemos por cima. Meninas, eu preciso da ajuda de vocês. Querem ouvir ou não? — perguntei, quase com lágrima nos olhos. Eu preciso de Hayes pra vida! E por fim, quero uma vida normal, não só pra mim, mas para minha mãe, meus amigos e o meu amor, mais conhecido como Benjamin Hayes Grier. 

— Ok, pode falar. Pelo amor de Deus, não me faça me arrepender disto, Kenedy Ambrósio. — Madison disse, arrumando o cabelo em um coque desleixado, o típico coque desleixado. 

— Madison, você terá um papel importante. Mas primeiramente, nunca podemos falar nada disso por telefones, mensagens, nem nada. Meu celular é grampeado, acredito que o dos meus amigos mais próximos também. É quase um beco sem saída. Mad, eu amo seus pais, você vai ter que pedir ajuda á eles. Antes que perguntem como, peço para que não me interrompam, eu vou explicar tudo. Beer, você iria pedir para seus pais denunciarem meu pai pra polícia, mas não pode escancarar isso, eu não posso deixar vocês correrem perigo. Mahogany, você tem que me ajudar com Hayes. Vou esperar alguns dias, então você vai falar com ele pra mim, diga que quero marcar um dia pra gente conversar sobre tudo o que está acontecendo. Daqui alguns dias ele sai da UTI, as aulas voltam e nós iremos nos ver querendo ou não. Vocês me ajudam nisso? Eu sei que assim, falando, parece um plano idiota, mas eu acho que meu pai não é tão esperto o suficiente para desconfiar dos pais da minha amiga. Afinal, ele nunca foi tão esperto mesmo. 

— Como você tem esperança nisso? — Mahogany perguntou. 

— Não sei. Só tenho... — olhei para o chão, cabisbaixa. — Por favor... — pedi, fazendo aquela carinha de cachorro com os olhinhos brilhantes. 

— Ahhh, não faça essa cara pra mim! Droga, Kenedy. — Madison e Maho se entreolharam, depois as duas viraram os olhares pra mim novamente. — Ok. Topamos. Mas tudo isso, é porque a gente gosta muito de você, Kene. — Mad diz. Automaticamente, o sorriso no meu rosto foi inevitável. 

— Ok, mas nós temos que pensar nisso tudo direito. Vamos esclarecer algumas coisas, bolar mais outras... — Mahogany sugere, enquanto vai incrementando algumas coisas sobre tudo que falei pra elas. 

...

Obviamente minha mãe não concordou com isso. Depois que contamos tudo pra ela, ela pirou! Não parava de falar que isso não ia dar certo e que eu estava colocando minhas próprias amigas em risco. Mas eu precisava tentar, e não era só para o meu bem, ms sim para todos (a maioria, no caso) ao meu redor. É claro que não iremos fazer isso agora, mas isso não significa que iremos ficar paradas esse tempo todo. Um mês e pouco será o suficiente para colocar tudo nos trilhos como sempre deveria estar. Um mês e pouco é o suficiente para garantir a felicidade e a segurança de muita gente próxima a mim. 

Madison e Maho iriam embora, seus pais infelizmente não tinham deixado que elas dormissem na minha casa. Então, Mad ligou para seus pais pelo seu celular. Quanto mais organizado deixarmos, melhor. Nada pode sair errado, se não, estarei colocando vidas em risco. Inclusive a minha. 

... 

Alguns dias haviam se passado, estava indo tudo nos conformes. Eu estava assustada, há alguns dias eu não ia a escola por puro medo. Mas se eu não quiser reprovar de ano, é melhor eu perder esse medo, pois se não é mais um problema para a minha lista enormes, nomeada como: The big list of the big (or huge) problems that I get into. Ou seja, traduzindo: A grande lista dos grandes (ou enormes) problemas que eu me meto. 

Hoje seria o dia que eu veria a cara de todo mundo novamente. Eu me pergunto, quem realmente deve saber de toda essa situação e desses problemas que eu e os meninos estamos enfrentando? Espere, problemas não, eu prefiro chamar isso de pai. Querido e amável papai. 

Dei um beijo em minha mãe que como todos os dias, disse para eu me cuidar bem no caminho e também para que estudasse, não ficasse de bobeira na aula. Minha mãe me disse há um tempinho que se eu repetisse de ano, eu iria levar uma surra como nunca levei. Chegou até bater um calafrio de medo, então, é bom que eu me esforce bastante. Mas sinceramente, não haveria coisa melhor do que ver um sorriso de orgulho estampado no rosto da minha mãe, e ainda por cima, o motivo seria eu. É sempre bom vê-la sorrir. 

O caminho da escola foi um tédio total, sem companhia alguma. Era o que eu pensava. Obviamente, em algum canto da rua ou de qualquer outro lugar próximo, tinha alguém me vigiando. 

Mas eu prefiro agir como se nada disso fosse real, pois se não, vou acabar ficando louca e sendo internada num manicômio. Será que lá eu estaria melhor que aqui fora?! Manicômio ou mundão perigoso? Eis a questão... 

Ao entrar na escola, troquei olhares com quem eu menos poderia olhar. Apenas abaixei a cabeça e acelerei os passos, passando reto pela multidão e ignorando quem me chamava. Hayes pode ter levado três tiros, mas nunca deixou de ser teimoso e eu sei disso. Eu conheço meu baby o suficiente para saber que ele viria atrás de mim. 

Acelerei mais ainda os passos, ao ponto de quase estar correndo. Para minha "felicidade", o banheiro feminino era logo ali, então entrei como um raio, fazendo com que Hayes parasse de vir atrás de mim. E agora, para minha "infelicidade", o sinal havia tocado. Eu tinha três minutos para entrar na aula, ou levaria mais uma falta. Eu acho que não precise de mais uma falta. Mas é levar falta, ou encarar o garoto que você ama e levou três tiros por sua culpa. Decidi arriscar, sai pra fora do banheiro, soltei um suspiro. Qualquer coisa era só dizer que estava atrasada e que não poderia conversar. 

Rezava mentalmente para que ele tenha ido embora daquele corredor. Mas não aconteceu!!! Realmente, não acredito em possibilidades de existir pessoa mais teimosa que Benjamin. 

Fechei os olhos rapidamente, e tentei não encará-lo. 

— Você não vai nem mesmo olhar na minha cara?! — ele perguntou. Se aproximando. Apenas ignorei e continuei a andar. — Eu levei tiros por você! — fechei os olhos. Meu coração dizia para correr e abraçá-lo ali mesmo. Mas eu não posso! Isso iria doer mais em mim do que nele, mas era necessário ele se afastar de mim, infelizmente... 

— Se eu não parei pra falar com você, significa que eu não quero. Afinal, eu nunca pedi para que fosse atrás de mim. Você foi porque quis, então não jogue essa culpa em mim! E mais uma coisa — disse gesticulando e levantando um dedo — pare de tentar falar comigo. Eu não quero falar com você, nunca mais. Resumindo Hayes, sai do meu pé, me deixa, segue sua vida!

Ao ver uma lágrima descer pela bochecha de Hayes, meu coração se despedaçou.

(LEIAM AS NOTAS FINAIS!)


Notas Finais


E se eu disser pra vocês que faltam apenas 5 capítulos para o final de Annoyance? Morram com esta notícia. Apenas 5 capítulos.
Me digam o que acham sobre isso e o que acharam sobre o cap. E lembrando que qualquer tipo de comentário é bem vindo, então, comentem minhas nenêsss. E sobre os comentários ENORMES que algumas leitoras fazem, eu sou totalmente grata por isso! Eu amo o comentário de vocês imensamente! Então, quem quiser comentar um texto, eu vou amar viu!! Lembrando tb que respondo todos os comentários e se puder até respondo com mais um texto pq? Pq sou dessas.
Me sigam no twitter: @bibyakk , comentem o user de vocês que eu sdv.
Agora uma coisa importantezinha: Preparem-se para o próximo capítulo, quem sabe algumas lágrimas rolem.


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