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História Anomalia - Capítulo 25 - A admiração estranha de Melanie.


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Voltei!!!!!

Quem aí gosta de creepypastas ou já ouviu falar? Quais são suas favoritas? (é difícil eu escolher)

Muito obrigada aos leitores que estão favoritando! Vcs são incríveis!


Boa leitura!!!!! :) :D

Capítulo 26 - Capítulo 25 - A admiração estranha de Melanie.



"Às vezes, é apenas nas noites mais escuras que podemos realmente ver a luz." 

- The Flash. 

*** 

Ela revirou os olhos ao ouvir as exigências que ela admitia serem desnecessárias da mãe. 

Não que Sue não seja tão exigente quanto ela, mas sempre soube que a mãe fazia pedidos extravagantes, como não receber um não. As duas tinham isso em comum. 

Neste momento, ela desligava o seu celular após discutir com uma funcionária da agência de moda. Sue suspirou longamente. Sua mãe faria mais uma de suas viagens a cidade. Levava uma hora até chegar. Era até que perto, mas Bakerville não deixava de ser uma cidade mais calma. Por isso seus pais preferiam ficar ali. Enquanto sua mãe arrumava os cabelos, seu pai bebericava um pouco de seu café. Sue mexia na sopa sem interesse e um pouco de nojo. A sopa era deliciosa, mas os seus pais conseguiam fazê-la ficar enjoada com sua simples presença. 

Olhou para a mãe com seu ar esnobe e elegante. Sue se contorceu por dentro ao lembrar-se de que era como ela. A garota mimada e esnobe. A experiência de rever sua irmã e as verdades daquela cidade pacata a fez abrir os olhos. Não só a fez perceber que eram falsos e corruptos, mas também o que eles a transformaram. Sua mãe sempre dizia-lhe para se comportar direito perante as visitas; queixo erguido, costas eretas, sempre arrumada e um sorriso colado nos lábios não importava como estivesse. Já o seu pai, ele gostava de afastar os garotos dela, por isso namorava escondido. Até que ele propôs que ela ficaria com o filho de um amigo deles. 

Sue o achou gato no começo, mas a personalidade é horrível, pior que as dos garotos que já namorou. Ela não podia ser uma das melhores pessoas, mas não significa que ficaria com qualquer um. Sentiu um gosto amargo na boca ao se lembrar de que já sofrera por Becky milhares de vezes. Fez uma careta de nojo ao se lembrar de que seu pai queria fazer um casamento arranjado. Francamente, em que século ele estava? 

Os dois só se importavam a aparência e falar mais dos outros. Eles ensinaram isso a ela e Sue finalmente conseguiu abrir os olhos. 

— Tenho uma boa notícia! — festejou Frank Adams, terminando de engolir seu café. — O prefeito de Lakewood irá vir aqui para as eleições! 

Outro motivo para ela suspirar. 

— Eu não gostei disso, Susan! — ela suspirou mais ainda quando sua mãe a chamou por aquele nome. — Não seja insolente! 

— Se eu estou brava, então eu... 

— Não quero ouvir! — retrucou sua mãe. 

— E a filha dele também virá! Brooke Maddox! — continuou Frank — Seja educada com ela! 

Sue o olhou. 

— Também não leve seus... 

— Amigos! Eu já sei! — interrompeu ela com desdém. 

— Sim, sim! Será ruim nossa imagem ser estragada pelos seus novos amigos! Por falar nisso, Sue, você... 

— Como? — ela soltou a colher — Os meus novos... Amigos? 

— Sim! O diretor já me falou que você anda estranha e distraída nas aulas! — começou sua mãe — Pedi para que ele me dissesse com quem você andava! Aquela garota loira, filha dos Bartons... 

— Aquela que é irmã de Mack Barton? — indagou seu pai — A que ganhou o concurso de beleza? Ah, ela é uma garota formidável! Tão educada... 

— Sim! — ela suspirou — A mãe dela já me falou que é um caso perdido! A garota não é boa em nada! Ela é boa aluna, mas isso não é o bastante para eles! Você sabe, eles querem que os filhos se destaquem em algo! Tem também uma garota esquisita! Aquela que só se veste de preto! 

— Já sei quem é essa! A sobrinha de Joel Wood! — Sue viu uma cara de raiva no rosto do pai. — E também há um garoto! Este mantenha distância, Sue! 

— Eles não são meus amigos! — retrucou Sue se irritando — E podem serem esquisitos, mas... — ela percebeu que voltava a ser a mesma Sue de sempre — São pessoas legais! 

— Não crie ideias idiotas, Sue! — repreendeu a sua mãe incrédula — Eles estão proibidos de pisarem nesta mansão! 

— Principalmente o garoto! Argh, já ouvi Edward Chase reclamar tanto dele... — murmurou Frank — Quando ele estava na farmácia para comprar alguns remédios para o garoto, eu ouvi ele... 

— Remédios? — Sue soltou. 

— Sim, para o garoto! Eles têm que se precaver! — falou sua mãe, arrancado dúvidas da filha. 

Ela sentia que devia dizer mais coisas. Sua raiva lhe dizia isso. 

— Além do mais, aquela garota filha dos Bartons deveria se concentrar mais no concurso de beleza da cidade! 

Sue olhou para a sua mãe com um pouco de surpresa. 

— Ela vai concorrer? — perguntou Sue tendo certeza de que Kim não era o tipo de garota que participaria de coisas como essa. 

— Lógico que vai! A mãe dela vai inscrevê-la em poucos dias! — falou como se fosse óbvio — Quer ela querendo ou não! Será bom para ela! Se lembra que eu te coloquei quando era pequena e você gostou? 

Na época, Sue não suportava. Mas gosta de ver as outras garotas arrumadas. Mas sua mãe fazia regras. Ficar o tempo inteiro arrumada. Passando muita coisa de maquiagem. Ela não gostava quando criança. Queria apenas se divertir. Até que ela começou a se acostumar. 

Mas não acreditava que Kim iria gostar também. 

*** 

— Toma cuidado, perdedor! — disse o garoto ao passar na frente de Owen com a bicicleta, quase chocando-se na dele. 

Owen freou sua bicicleta e saiu da mesma, já vendo ele entrando na escola. Ele fechou a mão, mas tentou se controlar. A sorte dele era que estava na bicicleta. 

— Owen! 

O mesmo olhou para trás e viu a garota segurando algo. Um broche. 

Seus olhos foram para a garota. A mesma que viu passando no corredor. 

— Deixou cair! 

Ela lhe entregou o broche que estava antes na sua mochila. Owen deu um sorriso. Ela o retribuiu. 

— Valeu, Melanie! — agradeceu Owen. 

Os dois ficaram em silêncio, sem saberem o que dizer. 

— Olha quem voltou! — provocou uma garota passando por eles — Meu sossego acabou! 

Melanie cerrou os punhos. Definitivamente, Hannah não gostava dela. 

— Então... Você voltou pra cá! 

— É... — concordou Melanie. 

— Foi bom morar em Starling City? — perguntou enquanto os dois começavam a caminhar. — Pintou o cabelo! 

Ela riu. 

— É, eu queria ter um estilo... Diferente! 

Owen a olhou dos pés a cabeça. 

— Você já é diferente! — falou ele rindo. Melanie também riu, mostrando que ainda estava de aparelho. 

— É legal morar em cidade grande! — afirmou ela, segurando nas alças de sua bolsa preta. A única cor neutra presente nela. — Principalmente em Starling City. 

— Você me disse há algum tempo que tinha alguém lá... — Owen gesticulou com as mãos. 

— Sim! Tem um vigilante! O Arqueiro Verde! — a expressão de Melanie ficou admirada.  — Já vi ele de frente quando eu estava no banco e foi assaltado! 

— E como ele é? 

— Aterrorizante... — ela enfatizou — Gosto dele! 

— Você gosta de qualquer coisa que seja assustadora e esquisita! — Owen disse. 

— E você não? — retrucou ela. Os dois riram de novo. — É bom ver meu amigo de infância de novo! 

Ele a olhou segurando a surpresa. 

— Eu senti sua falta... — suspirou. 

— Eu também! — retribuiu. 

— Tá acontecendo uma coisa bem esquisita nesses dias. 

— Sempre tem coisas esquisitas nessa cidade, Owen! Nós dois sabemos disso — o sorriso dela desapareceu — Coisas sobrenaturais! 

Owen concordou. Mas algo lhe dizia que grandes coisas estavam por vir. Para uma pessoa como ele, ninguém seria idiota de não acreditar. 

Os dois adentaram a escola e, ao voltar os olhos para frente, apressou os passos de dizer: 

— Eu te encontro no intervalo! 

Owen assentiu com a cabeça e viu a garota saindo em disparada até o final do corredor. Enquanto andava, três garotas a olharam de soslaio. Ela não ligou. Não é comum usarem meias listradas e coloridas até o joelho. 

Ela chegou em frente à sala da diretora, sentindo uma vibração. Ela sabia o que aconteceu há alguns dias e preferia se certificar que mais ninguém a escola confrontasse um vampiro. 

— Jonas Chase, compareça à diretoria! — ouviu a diretora falar nos corredores da escola. 

Melanie ouviu ao longe o mesmo andando apressado, sendo seguido por uma garota e um garoto. 

— O que aprontou dessa vez? — ela conseguiu ouvir a garota perguntar. 

— Você tá ferrado! — assim que o garoto disse aquilo, ela e a irmã saíram apressados. 

Jonas bufou aos ao se aproximar. Melanie se concentrou na mente dele e preferiu não descrever as coisas que Jonas pensava dos irmãos. A diretora saiu da sala acompanhado de um professor. 

— Jonas Chase — disse a diretora. Jonas já abria a boca para falar algo, mas ela o cortou — Esta é Melanie Foster! Ela se ofereceu para ser a líder do comitê do cenário do jogo no sábado! Depois do incidente com o seu irmão naquele dia, teremos de fazer tudo de novo e muitos alunos saíram! 

Melanie sorriu para ele. 

— Oi — ele apenas disse isso. 

— E ela e o professor de artes precisam de mais ajudantes na decoração do cenário! 

— E queríamos reunir os alunos que mais se destacaram nas aulas de artes — continuou ele — Você está entre os mais destacados! 

Jonas não escondeu a surpresa ao ergueu as sobrancelhas. 

— Eu? 

— Sim! Você! — esclareceu o professor de artes. 

— Mas e... Hannah... Eu não ia fazer as aulas de reforço? 

— Sim, mas nos últimos desenhos que fez para a aula você fez grafite! — admirou o professor — Você não foi muito bem na prova, mas eu fiquei bem admirado com seus desenhos. Já Hannah, ela não aceitou! Gostaríamos de saber se você não iria gostar de nos ajudar! 

De novo, ele ficou surpreso. 

— E-Eu não sei... 

— Nós estamos precisando de ajuda e seria muito bom você entrar! — insistiu Melanie. 

— É que isso não é minha praia... 

— Tudo bem! Eu vou deixar você pensar um pouco — o professor o interrompeu de novo. — Seria muito bom se entrasse! 

— Olha, eu não sou de... 

— Vejo vocês dois na aula de artes! — ele nem deu chance de Jonas protestar. 

Ele e a diretora saíram, deixando ele com Melanie. 

— Eu sei que não é a sua praia isso, mas podia ser legal a experiência! 

— Não valeu! — Jonas persistiu. 

— Só pense, o.k.? — pediu ela olhando-o nos olhos — Me avise sua resposta amanhã! 

Jonas assentiu com a cabeça se dando por derrotado. Melanie continuou o olhando nos olhos, só que de maneira diferente. Como se os conhecesse. Ela conseguiu ler muita coisa não só sobre ele, mas sobre a pessoa com o nome cravado no relógio. 

Ele franziu a testa. Melanie mudou suas feições ao perceber que ele não estava presente na vida dele. Mas algo a empatava de descobrir o porquê dos dois estarem separador. De descobrir onde ele estava. Ouviu apenas uma risada maléfica. 

— O que foi? — Jonas estranhou. 

Melanie balançou a cabeça. 

— Nada! 

Ela deu-lhe as costas sem falar nada. Aquele era com certeza um caso da qual Melanie queria investigar. Ela mexe com coisas sobrenaturais. Jonas estava envolvido nisso, mas também estava em algo a mais. Algo que não tem nada a ver com coisas sobrenaturais. 

*** 

— Admitam, isso é estranho! — afirmou Jonas, esperando alguma resposta vinda de Kim e Owen. 

— O nome dela era Melanie? — perguntou Owen. Jonas assentiu — Eu conheço ela! Éramos amigos de infância! Ela foi para Starling City e voltou alguns dias atrás! — ele olhou intrigado para ele — Ela falou alguma coisa fora do comum? Te olhou nos olhos... 

— Mais ou menos... — ele ficou incerto — Por que? 

— Ela é telepata! — Owen falou como se fosse algo normal de se dizer. 

Kim parou de mastigar sua barrinha de cereal, Rae e Jonas o olharam sem nada o que dizerem. 

— Ela o quê? — Kim gritou com a comida na boca. 

— Fala baixo! — Owen olhou para o corredor, esperando que ninguém os tivesse ouvido — Sim! Ela sabe daquilo! E não! Ela não está com a Vindicta, por incrível que pareça! Ela gosta desse tipo de coisa! 

Jonas concordou com ele, lembrando-se do estilo dela. Parece que ela tem admiração por cosias bizarras. Jonas se inclui nisso. 

— Como é que podemos ter certeza? — indagou Kim. 

— É verdade! — Rae os surpreendeu — Telepatas, por mais jovens que sejam, são bem difíceis de serem domados por bruxas! Assim como videntes e oráculos! Joel me contou isso! 

— Eles usam boa parte do cérebro mais do que pessoas normais! — continuou Owen. — Mas esse não é o foco! Melanie era uma das melhores alunas em artes! Só digo que seria legal você ajudá-los! 

— Desperdiçar meu sábado sem minhas séries para atualizar? Não, valeu! — persistiu Jonas, convencido. 

— Eu nunca vi um de seus desenhos! — afirmou Kim, curiosa e parando de frente para ele. 

— É grafite! — corrigiu ele encontrando os olhos azuis da loira sobre ele — Eu uso pichação! Foi o que eu fiz nas últimas aulas de artes! 

— Você picha muros? — Rae interviu surpresa, lembrando-se de que haviam muitos muros sendo pichados pela cidade em que moravam e também na cidade grande. 

— Não! Grafite é diferente! E não costumo ficar pichando muros das ruas! — Jonas disse — Eu picho as paredes do meu quarto e no porão! 

— Eu quero ver! — Kim falou animada. — Eu gosto de grafite! 

Jonas passou a mão na nuca. 

— É que... Ainda não estão prontos... 

— Mesmo assim! Eu quero ver! 

Rae abafou um riso. 

— Jonas, não vamos amostrar para a escola toda! Além do mais, o que tem de demais em mostrar seus grafites? — perguntou ela. 

— Você quer ver? 

Aquilo pegou até ela de surpresa. Relutante, ela balançou a cabeça. 

— Sim... Algum problema? 

— Não, não! — ele olhou para Kim — Eu pensava que você era... Reservada! 

— Joel falou alguma coisa? 

— Não, eu... — ela olhou para Kim — Se não quiserem que eu vá é só falar... 

— Não! Seria legal! — interrompeu Kim. 

O celular de Owen tocou. A orquestra do Império era o seu toque. 

— Eu tenho que ir! — disse, logo em seguida atendendo e se afastando deles. 

De longe, Melanie observava-os. Ela via algo naqueles três. Não eram daquela cidade, disso ela tinha certeza. 

— Eu não costumo confiar em estranhos... — ela murmurou, sem tirar os olhos deles. — A menos que sejam confiáveis! 

Ela se virou para eles cruzando os braços. 

— Nós não somos aquelas coisas! Você mesma sabe disso! — retrucou ela, impaciente. 

Melanie a observou melhor. 

— Não! Não são! Nem você, nem Michael e Luke! — concluiu ela, sem tirar os olhos de Katie — Mas está envolvida em algo grande, mas nada de sobrenatural e no que essa cidade apresenta! 

— É uma lista grande! Meta-humanos, criminosos, alienígenas... Você não entenderia! 

— Pode apostar que eu entendo até demais — negou Melanie — Não sabe também as coisas que já estive envolvida! Apenas quero ter certeza de quem vocês são! É algo envolvendo seus pais! 

— Pode parecer estranho no começo... — Luke gesticulou com as mãos — Mas você acaba se acostumando e nem ligando! Você pode nos ajudar! 

Melanie deu outra olhada neles. 

Ela se concentrou, vendo algo no interior de cada um dos três. Melanie, apesar de jovem, fazia muitos treinos para aprimorar suas habilidades. Ela podia saber de muita coisa sobre uma simples pessoa; se era um monstro ou não, se havia algum problema a incomodando e, principalmente, coisas das quais a pessoa não sabe ou não está lembrada. Em algum lugar na mente dos três, estava guardado as memórias de algumas pessoas. Melanie olhou para Katie sem se importar de esconder suas surpresas. 

— Se quer a minha ajuda, então prove que seja confiável! — disse — Você pode estar com a Vindicta e eu podia muito bem ler sua mente agora, mas os poderes dela podem me manipular! Pode ser que você nem saiba que está sendo controlada! 

— Eu te garanto que não estou possuída! — Katie garantiu. — E mais, vamos recolher alguma coisa deles para fazer teste de DNA! Em poucos dias, saberemos da verdade! 

— Só não se esqueça: nós dois sabemos que Jonas, Rae e Kim estão envolvidos não só em coisas sobrenaturais! — falou Luke antes dele e da irmã saírem do corredor.



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