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História Anomalia - Capítulo 62 - Precisamos conversar


Escrita por: Duda_104

Notas do Autor


Voltei!!!!!

Estou em semana de provas, infelizmente. Eu ia postar final de semana passado mas não tive tempo de escrever e revisar direito.

Chega de enrolação e boa leitura!!!!

Capítulo 62 - Capítulo 62 - Precisamos conversar



Jonas, Rae e Kim fizeram o hospital desconfiar deles. 

Por muito tempo dormiram. Ninguém sabia dizer o que aconteceu lá dentro. Quando acordaram, Rae fez questão de ficar com o revólver em mãos. Jonas reuniu todas as malas e mochilas. 

— Vamos ficar em uma casa com estranhos? — Rae perguntou incrédula. 

— Eu não sei... Quer dizer, eles não parecem querer nos matar. Mas não temos mais dinheiro para ficarmos em um motel — Kim conseguiu explicar sua lógica, vestindo um casaco cor de rosa choque, sentada na maca. 

— Só por precaução, vamos ficar com as armas com a gente até sabermos o que fazer — propôs Jonas. 

— O.k... Mas e se eles quiserem me levar para a casa deles... 

— Espera! — Rae percebeu algo de errado — Onde está minha bolsa? 

Jonas deu de ombros. 

— Eu peguei tudo! 

 Um desespero surgiu nos olhos de Rae. Kim não entendia o porquê, mas Jonas sim. 

— Estava com as armas? Rae, por que colocou elas lá? 

— Onde aos eu colocaria? Eu... 

Ela parou de discutir. 

— Ah não... 

— O quê? — Kim se estressou. 

— Meu Death Note! — murmurou baixo. Vasculhou em todas as bolsas — ONDE ESTÁ MEU DEATH NOTE? 

Pegou na bolsa de Jonas, mas este pegou de volta. 

— Ei, calma aí! Aqui só tem roupas minhas! 

— E daí? 

— Roupas íntimas! 

— Rae, fica calma! 

Ouviram corvos do lado de fora. Dois deles batiam o bico no vidro. Jonas abriu a janela e eles adentraram. 

Mestre Rae, está tudo bem? 

— Por favor, me falem que sabe onde está meu Death Note! — implorou ela. — Aquele caderno preto! Que eu disse que foi de onde eu te dei o nome de Ryuk! 

— Não era L? — Jonas se  perguntou. 

— Não. Era Kira! 

— Mas ela disse que odeia o Kira. 

— Ela não disse que gostava muito do L? Quem é Riuni? 

— Ryuk! Eu gosto do L e do Ryuk! 

Não, Rae... Espera! Sim! Eu vi ele! Estava com uma garota! Ela o pegou e saiu muito rápido! 

Não, Ryuk! Era um garoto! Cabelos castanhos, jaqueta de cores chamativas... 

Isso! E ele saiu em um borrão! 

— Tipo, na velocidade da luz? — supôs Rae com medo. 

Os dois corvos disseram que sim. Rae fechou os punhos, preparada para dar um soco no nariz dele. 

— Você sabe quem foi, Rae? — indagou Jonas. 

— Nick... — grunhiu com raiva. Estava mesmo pirando por causa de um caderno da morte? É, talvez sim... 

Rae saiu batendo o pé do quarto e achou Kara parada no meio da recepção. Jonas a seguiu. 

— Kara, certo? — ela assentiu — Sabe onde está minha bolsa? Uma preta, bornal... 

— Nick a pegou — quem respondeu foi Mabel, a surpreendendo. — Tentei o convencer a não pegar, e ele não me falou o motivo... 

— Onde ele mora? É nessa cidade? 

— Sim — Mabel deu-lhe o endereço da rua. — Rae, você tem que saber uma coisa. Se você soube quem era Kara Danvers, então deve saber quem seja Barry Allen... 

— Eu já volto! 

Rae pegou seu celular na tentativa de ligar para ele. 

— Olha Rae... 

— Tem coisas muito pessoais e importantes para mim naquela bolsa. E — ela se virou para Mabel. Pegou uma foto do bolso, que estava nas pastas que Sue deu a Kim — eu sei onde ele mora. 

Aquilo soou mais ameaçador do que ela queria. Saiu do hospital brava, pretendendo ter uma boa conversa com seu irmão. Mas Mabel segurou seu braço. 

*** 

Rae não sabia que levaria muito tempo para finalmente saber o bairro onde sua família mora. 

Jonas teve que permanecer no hospital. Não tinha boas condições para sair. Mas ninguém podia dizer o mesmo de Rae. Saiu discretamente. Tentou ser o mais rápida que podia, pois o tempo não indicava coisas boas depois. Além de ouvir trovões ao longe, o que afeta seu medo. Sempre teve trauma, e depois de certos acontecimentos, ganhou mais trauma ainda. Não sabia se era o próprio tempo estável ou obra da Vindicta. 

A casa lhe foi reconhecida entre muitas. Do mesmo jeito que estava na foto. Os primeiros pingos foram formados. Rae pôs o capuz e adentrou. 

As luzes na casa estavam acesas, mas ninguém estava dentro. Correu para os fundos, onde conseguiu entrar pela janela da cozinha. Rae caiu na bancada e depois de cara no chão. Por pouco, não ouviu nenhum passo apressado para checar o que era aquele barulho. 

A parte de dentro era mais simples. As paredes de cor clara, o sofá bege e decoração de tamanho médio. Pensou em como seria crescer naquele lugar e continuar sua vida até os 18 anos, em vez de acordar todo dia no chalé de Joel e ser obrigada a cortar lenha, comendo comida encomendada de alguma loja ou, em vez disso, tentarem seguir as instruções corretamente do livro de receitas e clamar pela ajuda de alguma loja por terem queimado a comida e não sobrar mais nada com boas condições de digerir. Estranhamente, a última opção é a que mais queria. 

Mestre Rae, não é muito arriscado? 

— Não posso sair daqui sem a bolsa. E não me chame de mestre Rae, Billy. 

Bela casa! Melhor do que aquela espelunca! admirou Ryuk. 

Rae respirou fundo calma. 

— Por isso que não gostaria de morar aqui. 

Em cada canto da sala, Rae procurou por uma bolsa como a dela. Um sentimento de egoísmo lhe veio ao cair a ficha que estava mais preocupada com o Death Note do que nas armas. Seus pais que ela nunca viu lendo tudo o que ela escreveu... Nem Joel leu! 

Precisa de ajuda, Rae? perguntou Billy. 

— Procurem pela sala. Vou ver na cozinha e no porão. 

Sua atenção e medo são desviados pela fome. O estômago roncando tirou sua atenção e olhou para a geladeira. É errado roubar comida de sua família que nunca viu. Mas também foi errado da parte de Nick roubar algo dela. Mesmo tendo esse pensamento, ela sabia ser errado. A fome a venceu e abriu a geladeira. 

Pegou uma tigela de vidro tampada. Era lasanha. Mesmo fria, Rae pegou um garfo. Prestes a inserir na superfície da comida, pensou em quão errado era isso que estava fazendo. 

— Eu sou idiota... 

Deixou o garfo cair ao lado dela, no balcão. Perdeu o foco pelo que estava ali. Suspirou fundo para disfarçar a fome. 

Uma ventania percorreu a casa e parou na frente dela, na sala. 

— Hã... 

A voz masculina que não sabia o que dizer perante a garota estava de costas para ele. Ela não o tinha percebido. 

Rae girou o corpo para o homem que estava um metro distante dela. As mãos no bolso da camiseta cor de vinho clara. Seu corpo gelou ao ser descoberta. O mais impressionante é que ele viera em um borrão. Como Nick. 

Ela o viu abrindo a boca, pensando no que dizer, soltando: 

— Essa lasanha não está muito boa! 

Que tipo de pergunta era aquela? E por que ele a olhava daquele jeito? Pelo menos, as suspeitas de Rae sobre o pai de Nick ser o Flash cessaram. Como ele chegou ali tão rápido? 

Billy e Ryuk voltaram para ela. Ryuk pousou no balcão e Billy no ombro de Rae. 

— Eu não queria comer — ela também se queixou em como também foi estúpido o que ela disse — Eu... Na verdade, eu estava atrás de minha bolsa. Que N-Nick a pegou. 

Ela engoliu seco. 

— Ah, a bolsa... 

— Ele te... — ela decifrou tudo — Idiota... 

O homem deu um passo à frente, tirando as mãos do bolso. Rae ficou mais assustada. 

— Desculpe ter invadido a sua casa... Mas seu filho roubou algo meu e... 

— Raven? — ele expressava que não acreditava no que via na voz. 

— É Rae. — Corrigiu ela. O clima ficou mais pesado — Então, me desculpa ter invadido sua casa... Ou melhor, vou... Sair e depois pego a minha bolsa... 

— Raven — o homem ignorou o que ela havia dito. 

— Quem é você? — Rae resolveu tirar todas as suas dúvidas. 

— Barry Allen — Barry ficou mais próximo dela. 

— V-Você é o... Barry Allen... — ela mudou as feições — Quer dizer, nunca ouvi falar! — mentiu na cara de pau. 

— Nick me disse que ele falou sobre nós... — Raven teve a impressão de que seus olhos lacrimejaram — Você é Raven? 

— Não é Rav... 

— Você é a minha Raven? — Barry perguntava querendo confirmar, mais para si mesmo que para ela. Seu olhar era de alguém que reencontrou algo precioso na sua vida. — Desculpe. Eu... Acho que me confundi! 

— Com certeza — Rae disse rapidamente. 

Rae esperava pelas câmeras aparecerem para falar que era tudo uma pegadinha. Não sabia como reagir diante daquela situação. 

Seu pai biológico estava de frente com ela, a reconhecendo. Mas seria mesmo ele? 

— E-Eu não sei ao certo — que resposta é essa, Rae? A mesma pensou — Quer dizer, meu nome é Raven. Mas me chamam de Rae... 

— Você é a Raven — Barry repetiu de novo, tocando no seu ombro — Eu não entendo. Como você sobreviveu? 

— Eu... 

Barry a abraçou. Rae não reagiu a pressão que ele fazia contra o seu corpo meio magro. Ele não parecia estar constrangedor como ela. As emoções nele... Não o faziam perceber o atordoamento dela. Ele só queria abraçá-la. Queria que aquele não fosse o último abraço deles como há muitos anos atrás. Não deixá-la partir. 

— Barry... — ela o empurrou, temendo que suas peles se tocassem — Não é uma boa me tocar... 

— Eu sei! Eu sei! Nick me disse! 

— Além de idiota é fofoqueiro... 

Eles continuaram bem próximos. Barry só agora notou como a garota ficou desconfortável. 

— Olha, Barry, eu só vim aqui para pegar a minha bolsa de volta... 

— Com suas coisas? — ele perguntou. 

— É... Pessoal... — ela conseguiu se afastar dele — Deve ter sido algum engano ou algo do tipo... E meus amigos estão me esperando então só quero pega-la. 

— Não se preocupe! Eu não vou te machucar! — Barry percebeu seu receio em ficar próxima dele. 

— Na verdade eu posso te machucar... 

— Ah, sei! Por causa da radiação! — seu sorriso era contagiante. Rae pensou em como poderia ser filha dele. Apertou de leve seus ombros e riu sem acreditar — Tudo bem! Isso parece meio... Estranho! E você... 

— Só... Me dê a bolsa por favor — Rae também não sabia como falar. 

— Não é muito bom você sair agora — Barry apontou para a janela. O temporal não a favorecia. Rae pulou de susto quando o raio apareceu. 

— É só uma chuva... 

— O hospital é bem longe daqui — ele informou. 

— Por que quer tanto que eu fique? 

Ele deu de ombros. 

— Só acho que é bem perigoso você sair a essa hora. Mas, se você quiser sair nessa chuva...  Sem conhecer a cidade... 

Rae estava prestes a sair por aquela porta pouco se ferrando para a bolsa, mas se tocou de que; 1, lá estava o Death Note e as armas, mas principalmente o Death Note, e 2, Vindicta, Jeff e qualquer um dos killers estão à solta. Ainda mais em uma noite chuvosa. Flashbacks das vezes em que se meteu em perigo apareceram. 

Não cometeria esse deslize. 

— Eu não te conheço! 

Rae não tinha ideia em como aquela frase foi como um tiro para Barry. Este pegou um porta-retratos da sala de estar. Tinha ele e Nick, sorridentes, em uma praia. 

— Eu sou o pai de Nick. Nem eu e nem ele te faremos mal. 

Ela engoliu em seco. Não gostava nada daquela ideia. Desvia seu olhar dele se dando por derrotada. 

— O.k... Eu acho... — ela abaixou a cabeça — Só fico por que tem certas coisas que... — Rae bufou e encarou-o desconfiada — Nick já deve ter falado até que tipo de shampoo eu uso. 

Barry sorriu. 

— Você deve estar com fome — disse. — Quer comer alguma coisa? 

Ela o olhou hesitante. 

— Não estou. 

— Voce quase devorava a lasanha. 

— Mas... Não quero... 

— Incomodar? — Rae assentiu — Não, não vai me incomodar. É melhor que deixar você dormir com fome. 

Rae resolveu não questionar. 

— Você pode tomar banho se quiser. Posso arranjar roupas pretas para você. 

De novo balançou a cabeça. 

Pouco tempo depois, Barry olhava discretamente para Rae devorando as panquecas. Ele arrumou o quarto de hóspedes enquanto tomava banho. Não acreditava que estava mesmo fazendo aquilo. 

Rae se trocava relutante. Uma camiseta cinza escura folgada e grande com uma bermuda preta. Ambas de Nick. Melhor do que nada. Batidas na porta fizeram Rae pular de susto. 

— Posso entrar? 

Rae autorizou sua entrada. Billy e Ryuk se encolheram debaixo da cama. 

Barry entrou sem jeito. Carregava pela alça um bornal preto. 

— Eu achei isso no quarto de Nick... É disso que estava procurando? 

— Sim — Rae se apressou em pegar. 

— Eu não olhei o que tinha dentro. Não sei o porque de Nick ter feito isso, mas eu vou falar com ele. 

— Obrigada, Barry. — Agradeceu ela. Mal a conhecia e fez um grande favor a ela? São mesmo parentes? 

— Então... Eu te levo amanhã ao hospital quando acordar. 

Ela assentiu com a cabeça. Um momento de silêncio pairou entre eles. 

— Posso te perguntar uma coisa? — Rae balançou a cabeça positivamente — Por que Nick estava tão desesperado com essa bolsa? 

Rae se encolheu. Não sabia o que estava acontecendo. Inacreditável estar de frente para o pai. É como se Barry não tivesse certeza de que Rae sabia ser sua filha. 

— Desculpe. Eu... Boa noite! 

Barry saiu na mesma hora. Do lado de fora, se chamava de burro e de como parecia idiota desde o momento em que encontrou ela. Digitou os números rapidamente e ligou para sua mulher que estava no Star Labs, fazendo um teste de DNA. 

— Caitlin... 

*** 

A noite passou e nem sinal de Rae. 

Jonas ficou um tanto preocupado antes de ser informado que ela ficou na casa de Barry. Imediatamente notou algo estranho. Rae na casa de um estranho? Será que encontrou os pais de Nick? 

Esse pensamento se esvaiu assim que entrou na sala onde Kim estava. Procurando seu casaco na sua bolsa, concentrada. 

Jonas ficou feliz de não ter que todo dia encontrar Kim maquiada ao extremo e totalmente produzida. Mesmo com a roupa do hospital, Kim parecia ela mesma — faltando apenas alguma vestimenta que envolva animais fofos. Ficou mais feliz ainda em saber que ela encontrou a mãe. Que, pela alegria que Kara ficou ao rever a filha, elas iriam se entender. Já previa que ela perguntaria como deveria falar e agir quando se encontrarem de novo, ficando vermelha ao imaginar o momento. 

Ele desmanchou o sorriso bobo que tinha quando ele falou: 

— Jonas. 

Kim e Jonas olharam para Rip parado na porta. 

— Precisamos conversar!



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