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História Anônimo - Pobre Rachel


Escrita por: mtt_davi

Notas do Autor


Fiquem com o capítulo do Robert hoje... A festa ainda continua... E a falsidade também!

Capítulo 32 - Pobre Rachel


Fanfic / Fanfiction Anônimo - Pobre Rachel

A festa ainda estava rolando. Robert não aguentava mais escutar aquela mesma música irritante que a banda de jazz tocavas ao vivo pela 23ª vez seguida. Tudo estava o irritando naquela festa: Rachel, a música, a comida sem tempero, Rachel, o vinho, a dor nos pés, as cadeiras desconfortáveis, Rachel, a confusão toda com Anônimo e também Rachel. Sim, ele estava muito irritado com Rachel. Não conseguia olhar para os olhos castanhos da ruiva que já tinha vontade de soqueá-la. Ela tinha destruído a família Stevens e tinha a coragem de fingir que estava tudo bem. Claro, ela não fazia a mínima ideia que Robert e sua mãe sabiam do caso dela com o sr. Stevens, mas mesmo assim era muito cara-de-pau.

            — Está gostando da festa? — perguntou Rachel, sentando-se em uma cadeira ao lado da de Robert.

            — Muito — mentiu ele.

            Os dois ficaram em silêncio. Não tinham muito assunto. Mal se conheciam.

            — É impressão minha ou sua mãe está um pouco deprimida? — questionou Rachel. — Ela parece chateada com alguma coisa.

            Sim, ela está chateada porque você é uma vadia que transa com um homem casado. E por coincidência, esse homem é o meu pai!

            — Não, deve ser impressão sua — Robert a enrolou. — Ela só está bem cansada.

            Rachel assentiu.

            O celular de Robert apitou. Ele tirou do bolso. Era uma nova mensagem de texto.

Descobriu quem é a querida amante do seu pai? Você sabe que esse segredinho não irá durar muito. – ANÔNIMO.

            — Algo importante? — Rachel tentava espiar o celular de Robert.

            Mas que mulher intrometida!

            — Não.

            A banda de jazz começou a tocar a mesma música novamente, pela 24ª vez.

            Robert bufou.

            — Não parece que você está gostando muito da festa — falou Rachel.

            — Como assim?

            — Você acabou de bufar — Rachel bebeu um gole de vinho. — Normalmente quando alguém bufa está cansado ou chateado.

            — Eu estou um pouco chateado e um pouco cansado — admitiu Robert.

            — Quer falar sobre isso, Robert? — ela parecia querer se aproximar dele. Mas Robert não permitiria isso. Nunca.

            — Não. Só quero ficar quieto.

            O IPhone de Robert começou a vibrar. Luana estava ligando para ele.

            — Eu já volto — disse o garoto.

            Robert foi até um canto do salão e atendeu a ligação.

            — Amor? — Luana chamou.

            — Oi, linda — Robert tapava o outro ouvido para conseguir escutar melhor a namorada.

            — E como está a festa?

            — Entediante. Como sempre.

            — Eu contei para o meu pai e meu irmão sobre nós! — exclamou ela, animada.

            — Jura? O que eles disseram?

            — Eles querem te conhecer melhor. Por isso, sugeri que você e seus pais viessem aqui em casa para um jantar!

            — Tem certeza que quer que meus pais estejam lá também?

            — Sim. Por que?

            — Digamos que não é uma boa fase no relacionamento deles. Mas ok.

            Mesmo não entendendo, Luana continuou.

            — Eu acho que vai ser muito bom quando contarmos para todos do Iowa City High amanhã sobre nós. Vai ser uma sensação de alívio ótima!

            — Com certeza!

            — Preciso desligar. Até amanhã, amor.

            — Até amanhã, linda.

            Robert guardou o celular e olhou para a mesa onde estava sentado antes. Rachel continuava lá, na mesma cadeira. Robert não queria sentar com ela. Ninguém curtia ficar na mesma mesa que a amante de seu próprio pai. Porém, todas as outras mesas estavam lotadas, e as pernas de Robert doíam. Ele estava muito cansado. O garoto acabou cedendo e voltou a sentar-se com Rachel.

            — Ligação da namoradinha? — Rachel tinha um olhar irônico no rosto.

            Robert corou. Como ela podia saber?

            — Não se preocupe. Pode ser nosso segredinho — Rachel deu uma piscadela para Robert.

            O sr. e a sra. Stevens se aproximaram.

            — Ei, querida, quer sentar aqui com o Robert e a Rachel? — perguntou o sr. Stevens dirigindo-se a Martha.

            Robert pode ver o espanto da mãe escondido por trás de um sorriso falso.

            — Tudo bem, Mark.

            Os pais sentaram-se, um de cada lado de Robert. A sra. Stevens, involuntariamente, acabou ficando exatamente ao lado de Rachel.

            — Então, Rachel — começou o sr. Stevens. — Fale um pouco sobre você para a Martha e o Robert. Vocês gostariam de ouvir a história da vida da Rachel?

            — Mas é claro! — exclamou a sra. Stevens antes que Robert abrisse a boca.

            Rachel pigarreou.

            — Certo. Então, eu nasci em Nebrasca, mas ainda adolescente, vim para Iowa, fazer faculdade.

            — Ela é formada em direito — completou o sr. Stevens.

            Martha fingia estar interessada.

            — Conheci Iowa City e não quis mais sair daqui — continuou Rachel. — Achei o lugar tão aconchegante!

            — Sem dúvidas, essa é uma ótima cidade! — a sra. Stevens disse.

            — Então eu conheci um cara... — Rachel falou. — Nós éramos jovens, e inexperientes... Eu acabei engravidando.

            Como é?

            Rachel era mãe. Mas que diabos era aquilo? Tudo piorava a cada momento.

            — A garotinha nasceu, a pequena Beatrice — Rachel sorriu ao falar o nome da filha. — Mas o pai se afastou de nós. Tive que criar minha filha sozinha. Sou uma mãe solteira. Agora Beatrice está com seis aninhos. É uma bonequinha!

            — Posso concordar porque já a conheço! — o sr. Stevens parecia um bobo falando. Era estranho. — Beatrice é realmente uma menina muito linda!

            — Um dia desses vocês podiam ir até minha casa, conhecer a Beatrice! — sugeriu Rachel, sorrindo como sempre. — Poderíamos tomar um café juntos, seria maravilhoso! O que me diz, Martha?

            — Ah! — Martha arregalou os olhos. — Acredito que possamos marcar uma data!

            As duas mulheres riram.

            Robert sabia que o riso de ambas era falso. Aquela situação era muito ridícula.

            Pensando na história de vida de Rachel Duncan, Robert não se comoveu. Não acreditava muito que tudo fosse verdade, e mesmo que fosse, não estava nem aí. Rachel poderia ser uma mãe solteira, poderia ter sido abandonada pelo pai da criança e poderia ter sido mãe em uma idade muito jovem, mas mesmo assim, Robert não sentia pena dela. Não conseguia sentir pena daquela mulher. Era impossível sentir pena de alguém que destruiu sua vida. 


Notas Finais


Se vocês acham que já odeiam a Rachel ao ponto máximo, esperem até o próximo capítulo de Robert! Ainda tem mais história sobre essa festa! Hahahahaha! Beijoss ;)


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