1. Spirit Fanfics >
  2. Anônimo >
  3. Não É Vergonha Alheia, É Vergonha De Si Mesmo

História Anônimo - Não É Vergonha Alheia, É Vergonha De Si Mesmo


Escrita por: mtt_davi

Notas do Autor


Capítulo tenso! Espero que gostem!

Capítulo 40 - Não É Vergonha Alheia, É Vergonha De Si Mesmo


Fanfic / Fanfiction Anônimo - Não É Vergonha Alheia, É Vergonha De Si Mesmo

Quando pararam com os carros em frente a casa dos Green, Benjamin e Robert desceram.

            — Vamos entrar rápido — decidiu Benjamin. — Não quero que os meus pais vejam você aqui.

            — Como assim? — Robert ficou confuso.  — Seus pais não gostam de mim?

            — Não é isso — suspirou Benjamin.

            — Então é o que?

            — É que eles odeiam você — admitiu Benjamin.

Benjamin pegou sua chave no bolso das calças e abriu a fechadura da porta da frente.       Assim que entraram pela porta, ele trancou-a rapidamente. Estava precisando tomar mais cuidado do que o normal nos últimos dias.

Os dois subiram as escadas e foram até o quarto de Benjamin.

— Espere aí, você guardou a faca com sangue no seu quarto? — Robert parecia confuso e amedrontado. — Pensei que você guardaria uma coisa tão importante em um lugar um pouco mais inusitado!

— A verdade é que eu não guardei a faca no meu quarto — Benjamin sorriu. — Eu escondi a faca no meu quarto.

Benjamin retirou o quadro com a pintura de onda da parede e largou-o em cima da cama, revelando o cofre.

Robert ficou boquiaberto.

— Caramba! — Robert continuava pasmo. — Você tem um cofre enfiado na parede do seu quarto?

— Pois é. Eu e Franklin tínhamos nossos segredos.

Benjamin digitou a senha no cofre e abriu a portinha do mesmo. A caixa estava ali. Intacta. O garoto pressionou os olhos e algumas lágrimas ameaçaram escorrer. Olhar para aquela caixa nunca era fácil. Dentro dela estava uma faca ensanguentada. E o sangue era do seu irmão. Era a faca usada para assassinar Franklin. Pensar naquilo dava arrepios em Benjamin, e ver era pior.

— Robert, você poderia pegar a caixa para mim? — Benjamin sabia que Robert era muito corajoso. Tinha medo de poucas coisas. Sem dúvidas não se importaria em pegar aquela caixa. — É que eu não gosto muito de tocar nisso...

— Tudo bem — afirmou Robert. — Eu entendo.

Robert agarrou a caixa de madeira com as mãos. Ele a largou no chão.

            — Vamos levar a caixa até o rio Iowa assim? — questionou Robert. — Nas mãos?

            Benjamin não tinha parado para pensar naquilo. Levar a caixa nas mãos chamaria muita atenção da vizinhança. O objetivo principal era não chamar atenção. Eles precisavam pensar em uma forma mais inteligente de levar a caixa até lá.

            — Não tinha pensado nisso — falou Benjamin. — Você tem alguma ideia?

            Robert ficou pensativo, assim como Benjamin. Os dois silenciaram-se. Tinham que ser rápidos e pensar em algo que realmente desse certo. Estavam correndo contra o tempo. Em qualquer instante Anônimo poderia os atacar e pegar a faca.

            — Uma sacola — Robert quebrou o silêncio. — Podíamos levar a caixa dentro de uma sacola.

            — Não chamaria muita atenção isso? — Benjamin duvidou. — Dois adolescentes caminhando no meio da rua com uma sacola pesada...

            — Por acaso você tem uma ideia melhor, Benjamin?

            — Não — assumiu o ruivo.

            — Então usaremos uma sacola — definiu Robert. — Ponto final.

            Benjamin deixou Robert sozinho por um instante e entrou em seu closet. Ele encontrou uma sacola grande em um canto e a pegou. Ela era feita de fibra, dificilmente rasgaria com o peso da caixa de madeira.

            — Podemos usar essa sacola aqui — mostrou Benjamin retornando ao quarto.

            Robert colocou a caixa dentro da sacola. Ele pendurou a sacola em seu ombro esquerdo. Parecia fazer força para levantar aquilo.

            — Espere aqui um pouco, Robert — pediu Benjamin. — Quero ver se a barra está limpa.

            Benjamin saiu de seu quarto e fechou a porta. Ele se parou no corredor que dava direto para a escada que ia até o andar de baixo.

            — Mãe? Pai? — gritou ele, para saber se os pais estavam em casa. — Vocês estão aí?

            Tudo ficou em silêncio. Ninguém respondeu.

            — Acho que está tudo bem — disse Benjamin abrindo a porta do quarto para avisar Robert. — Pode vir.

            Robert com a sacola no ombro seguiu Benjamin. Os dois desceram as escadas e se pararam na porta da frente da casa dos Green. Estavam prestes a partir.

Entretanto, assim que ia abrir a porta, Benjamin viu pela janela de vidro uma luz vermelha e azul. Vinha da rua. Ele observou pela janela para ver o que era aquilo.

PUTA MERDA.

Uma viatura da polícia estava parada na frente da casa. O detetive Slater e outro policial desceram do carro e começaram a caminhar na direção da porta da frente da casa de Benjamim.

— Droga! O detetive Slater está aqui — sussurrou Benjamin para Robert.

Quando Robert estava começando a correr para o andar de cima e fugir com a sacola, Slater o viu e viu Benjamin pela janela. O olhar do detetive foi penetrante.

— Céus! — cochichou Robert. — Preciso sair daqui! Estou com a faca!

— Não, agora é tarde demais para escapar! — sussurrou novamente Benjamin. — Ele nos viu aqui! Vai desconfiar se não o vir novamente!

Um som de batidas na porta ecoou. Benjamin ficou arrepiado. O detetive Slater estava ali. Benjamin abriu a porta, trêmulo.

— Detetive Slater! — Benjamin fingiu um sorriso. — O que o traz até aqui?

Slater abriu um sorriso tão falso quanto o de Benjamin.

— Tenho um mandado de busca — o detetive esfregou um papel no rosto de Benjamin. — Eu e o soldado Roy temos o direito de vasculharmos sua casa.

Benjamin olhou assustado para Robert.

AH, MEU DEUS! O QUE FAREMOS?

— Bem, soldado Roy — Slater chamou o outro policial. — O que me diz de começarmos procurando por aquela sacola que nosso amiguinho Robert Stevens está segurando?

— Ótima ideia, detetive Daniel — respondeu Roy.

Roy se aproximou de Robert. Roy era um policial gordo, porém forte. A pele negra dele era extremamente escura. Robert ficou com medo do tamanho do policial. Não tentou nem sequer impedi-lo. De repente, Roy arrancou a sacola do ombro de Robert com um movimento rápido. Robert fechou olhos. Benjamin observava tud. A situação era aterrorizante.

Colocando a mão ma sacola, Roy tirou dela a caixa de madeira.

— Temos uma caixa de madeira aqui, detetive Daniel Slater — contou Roy. — Devo abrir?

— Deixe que eu abro — o detetive Slater estampou um sorriso sombrio.

Slater abriu a tampa da caixa de madeira. Benjamin suava, assustado. Então, o detetive Slater encontrou a faca ali dentro. A faca ensanguentada. Os olhos dele brilharam, como se tivesse encontrado ouro.

— Ora, ora! — exclamou Slater. — Olhe só o que temos aqui, soldado Roy! Aparentemente, pequenos assassinos!

Benjamin sentiu um trator passando por cima dele. Tudo estava acabado.

— Coloque as algemas nos dois garotos, Roy — ordenou o detetive Slater. — Vamos levá-los para a delegacia.

Roy puxou os braços de Robert para trás sem delicadeza alguma e trancou um par de algemas nele. Em seguida, algemou Benjamin. O metal apertava os pulsos fortemente. Era muito desagradável.

Com um cassetete nas mãos, Roy forçou Benjamin e Robert a entrarem na viatura da polícia. Benjamin começou a chorar, desesperadamente. Robert não tinha reação nenhuma. Continuava com um temor na face.

Benjamin nem tentava secar as lágrimas. Não tinha como secar. Suas mãos estavam presas. Ele estava preso. 


Notas Finais


Sinto muito por fazer vocês passarem por isso, mas é necessário! Esse evento desencadeará a finale, e podem ter certeza que valerá a pena! Beijos


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...