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História Anônimo - De Volta Àquela Sala


Escrita por: mtt_davi

Notas do Autor


#ChoraLitros

Capítulo 41 - De Volta Àquela Sala


Fanfic / Fanfiction Anônimo - De Volta Àquela Sala

Quando chegaram na delegacia, Roy tirou Robert e Benjamin da viatura e os guiou até uma sala. A sala do detetive Slater. Robert ainda se lembrava daquele local. Também se lembrava da tortura e da angústia que tinha passado lá.

            — O que posso dizer de vocês, meninos? — Slater sentou-se em sua cadeira. — Mais uma vez envolvidos com algo suspeito.

            Robert olhou para Benjamin. O ruivo parecia estar mais apavorado do que ele. Só agora Benjamin tinha parado de chorar.

            — Por que você está fazendo isso com a gente, detetive Slater? — reclamou Robert, cheio de ódio pelo detetive.

            — Não estou fazendo nada de errado! — Slater ergueu as mãos. — Estou apenas cumprindo o meu trabalho e fazendo o que acho justo.

            Robert balançou a cabeça. Era um absurdo que Slater realmente acreditasse que ele e Benjamin teriam matado Franklin.

            — Como você pode pensar que eu e Benjamin somos os assassinos? — perguntou Robert sem medir palavras. — Não acha que isso é loucura?

            — Claro que não! A não ser que vocês sejam muito azarados — falou o detetive. — Os mesmos garotos, nos lugares errados e nos momentos errados... Coincidentemente, esses dois lugares e momentos supostamente “errados” estão relacionados com Franklin Green.

            Benjamin voltou a chorar quando o detetive Slater tocou no nome de Franklin.

            — Como você pode pensar que eu seria capaz de matar meu próprio irmão? — gritou Benjamin chorando. — Você realmente acredita que eu seria tão cruel ao ponto de cometer uma loucura dessas?

            — Vejam bem, garotos — continuou Slater. — A primeira vez que me encontrei com vocês dois juntos foi em um beco sem saída. Vocês tinham encontrado o corpo de Franklin às oito horas da noite. A autópsia diz que ele foi morto entre quatro e sete horas da noite.

            Robert ficou vermelho. Tinha vergonha de si mesmo por estar ali. Naquele momento a tortura e a angústia que sentia era terrivelmente pior do que da última vez, pois agora ele sabia que não conseguiria mais escapar.

— E mais, hoje os encontrei na casa de Benjamin. Estavam indo embora. E levavam junto uma faca ensanguentada. Franklin Green foi morto com facadas — completou o detetive Slater. — São muitas coincidências, não?

Que droga...

Robert precisava admitir. Qualquer um diria que eles eram culpados. Todos os motivos giravam em torno deles. Eles eram os maiores suspeitos, e o pior de tudo, tinham razões para serem suspeitos.

— Por acaso você é burro o suficiente para não perceber que isso é um plano? — Benjamin jogou a verdade na cara de Slater. — Não consegue ver que alguém está armando para nós?

— Claro que existe essa possibilidade. Nunca a descartei — detetive Slater soava sempre irônico. — Entretanto, se você encontra uma faca com sangue, você deveria mostrar para a polícia, estão de acordo? Não guardá-la.

Robert revirou os olhos.

Merda.

Anônimo tinha armado tudo nos mínimos detalhes. Tinha feito um plano perfeito para colocar Robert e Benjamin na cadeia. Anônimo sabia exatamente os movimentos que eles tomariam. Era alguém que os conhecia muito bem, talvez melhor que eles mesmos. Porém, Robert e Benjamin foram inferiores comparados a Anônimo. Tinham caído direitinho em tudo que ele tinha planejado. Daquela forma, se tornava mais fácil para Anônimo os perseguir. Eles faziam exatamente o que Anônimo queria.

Slater começou a anotar algumas coisas em uns papéis em cima de sua mesa. O telefone tocou e ele o atendeu.

— Nós fomos pegos por Anônimo — sussurrou Robert para Benjamin enquanto o detetive falava no telefone. — Caímos nas mãos de Anônimo. Agora estamos sendo controlados.

— Isso é o mais absurdo, Robert — Benjamin também sussurrava. — Tudo acontece exatamente da forma que Anônimo quer.

— Porque Anônimo está sabendo o que vamos fazer.

Benjamin resmungou alguma coisa em voz baixa. O detetive Slater desligou o telefone.

— Vocês não têm o direito de conversarem — ordenou ele. — Por favor, não tornem as coisas mais difíceis.

            Roy estava de pé, parado em frente a porta da sala do detetive Slater. Ele trancava passagem.

            — Soldado Roy, preciso de um favor seu — pediu Slater. — Leve a faca que encontramos até a perícia. Precisamos saber de quem é o sangue na faca, apesar de que já tenho uma ideia...

            Roy pegou a caixa de madeira no chão da sala e saiu.

            Robert sentiu-se aliviado. Eles ainda não podiam os prender. Não sabiam se o sangue era realmente de Franklin. Enquanto estivessem fora da delegacia, poderiam pensar em algo que pudesse provar a inocência.

            — Então nós ficaremos livres até a perícia confirmar de quem pertence o sangue? — perguntou Robert com esperança nos olhos.

            Slater começou a gargalhar.

            — Mas é claro que não, seu bobo! — zombou ele. — Não me viram falando no telefone há pouco tempo atrás?

            — Sim. Vimos. O que isso a ver?

            — Estava mesmo entrando em contato com o Johnson County Jail — contou o detetive. — Vocês ficarão lá até provarem sua inocência.

            Robert arregalou os olhos. Aquilo não podia estar acontecendo. Ele olhou para Benjamin. Ele parecia estar apavorado da mesma forma. Não, aquilo não podia ser verdade. Anônimo não seria tão maldoso.

            — O que você quer dizer com isso, detetive Slater? — Robert já sabia a resposta, mas preferia simplesmente imaginar que tinha escutado errado.

            — Você sabe o que quero dizer! O presídio Johnson County Jail — respondeu Slater. — Será lá que vocês ficarão até a perícia descobrir a quem pertence o sangue na faca.

            Robert tremeu. Ele e Benjamin ficariam presos. Mesmo que fosse até a perícia sair, eles ficariam presos.

            Ah, Deus... Isso não!

            As algemas pareciam começaram a ficar mais apertadas.


Notas Finais


E eu apresento para vocês, o começo da etapa final da primeira temporada! Beijos


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