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História Anônimo - A Última Opção


Escrita por: mtt_davi

Notas do Autor


Espero que gostem! :3

Capítulo 53 - A Última Opção


Robert estava sendo guiado por um policial até a sala de visitas. Tinha mesmo terminado de jantar, e o policial viera lhe avisar que alguém queria falar com ele.

            Durante o jantar todo, Robert e Benjamin ficaram falando sobre Anônimo e Franklin. Ou melhor, sobre o envolvimento de Anônimo com Franklin. Cada vez estava mais evidente de que Franklin gostava de guardar segredos, algumas vezes, segredos sombrios. Mas talvez, o DVD trouxesse respostas para aqueles segredos.

            Robert entrou na sala de visitas. Não sabia quem estava querendo o ver. Entretanto, era seu pai. Robert sentou-se em sua frente, na mesa da sala.

            — Oi, pai... — falou Robert de cabeça baixa.

            Ele estava envergonhado. Tinha dito palavras duras para o próprio pai. Ainda não sabia como se desculpar por aquilo.

            — É bom ver você, filhão — respondeu o sr. Stevens, que assim como Robert, também parecia um tanto envergonhado.

            Os dois se mantiveram em um silêncio desconfortável. Literalmente não sabiam o que falar.

            — Acho que precisamos conversar sobre o que aconteceu naquele jantar na minha empresa — o sr. Stevens quebrou o silêncio. Ele coçou a parte de trás da cabeça, procurando as palavras corretas.

            — Por favor, me perdoa, pai — Robert tomou coragem para falar algo. — Eu não devia ter dito aquilo para você, foi um...

            — Pare — interrompeu o pai. — Não ouse pedir desculpas.

            Robert ficou imóvel. Fechou a boca. Não podia imaginar que o pai não o perdoaria e agiria daquela forma. Ficou humilhado.

            — Você não pode me pedir desculpas, porque não tem motivos para pedir desculpas — disse o sr. Stevens, aliviando Robert. — Eu que errei. Eu que fiz a burrada. Eu que estraguei tudo. Eu que preciso pedir desculpas. E mesmo assim, eu sei que o maior pedido de desculpas não é o suficiente...

            Robert colocou as mãos sobre as do seu pai.

            — Eu já te desculpei, pai — decidiu Robert. — Você não faz ideia do quanto eu me arrependi daquilo que te falei.

            — Não se arrependa, Robbie — o sr. Stevens balançava a cabeça. — Eu merecia palavras bem mais duras do que aquelas.

            Robert viu os olhos do pai encher de lágrimas e sentiu um frio na espinha. Não conseguia imaginar como o sr. Stevens deveria se culpar por tudo aquilo. Mesmo cometendo um erro terrível, ainda era o pai de Robert, e sempre seria.

            — Você e a mãe estão se falando? — Robert estava curioso.

            — Um pouco. Pelo ao menos não estamos mais guardando ódio completo um do outro — contou Mark. — Aos pouquinhos estamos tentando superar isso.

            Robert ficou feliz por aquilo. Não queria ter pais separados que não tocavam no nome um do outro para não ter um ataque de nervos e começar a se debater no chão de tanta raiva.

            — Nós já estamos vendo a papelada para o divórcio — disse o sr. Stevens.

            — Sim...

            Robert olhou fundo nos olhos do pai. Não conseguia imaginar de que jeito viveria sem um pai ou uma mãe. Por mais que eles cometessem alguns erros catastróficos, também demonstravam atos puríssimos. Era o pai que ensinava o filho a se barbear. Era a mãe que ensinava o filho a varrer. Era o pai que ensinava o filho a jogar videogame. Era a mãe que ensinava o filho a não falar com estranhos. E eram a mãe e o pai que ensinavam o filho a ser uma boa pessoa. Robert nunca poderia esquecer-se daquelas coisas tão preciosas em sua vida.

            — Não se preocupe, filho — pediu o pai. — Eu e sua mãe vamos te tirar daqui.

            — A mãe me disse uma coisa — lembrou-se Robert. — Ela disse que você iria conseguir alguém da sua empresa de advocacia para ajudar com o caso e me tirar daqui.

            O sr. Stevens empalideceu assim que Robert dissera aquilo.

            Estranho.

            Será que Robert tinha falado alguma coisa que tinha atingido o pai? Não lembrava de ter sido estúpido com o que falou.

            — Bem, sobre isso... — finalmente o sr. Stevens respondeu. — Não sei se vai ser fácil para você isso.

            Robert preocupou-se. Do que seu pai estava falando?

            — Aconteceu alguma coisa, pai? — Robert decidiu perguntar. — Estou ficando preocupado.

            — Não é nada... É só que... — Mark travava cada vez que tentava falar o que estava querendo.

            Robert estranhou aquilo.

            — Pai, você pode me falar o que está acontecendo. Qualquer coisa mesmo. Não se preocupe.

            O sr. Stevens respirou fundo e ergueu sua cabeça.

            — Eu falei com meus colegas advogados — ele começou a contar. — Quer dizer, eu tentei falar...

            Robert continuou sem entender. O que diabos estaria acontecendo ali?

            — Pode continuar, pai — pediu Robert. — Não precisa ter vergonha.

            — Digamos que eu não sou mais muito benquisto na minha empresa — Mark disse em voz baixa. — Principalmente depois... Daquele jantar.

            Droga.

            Robert finalmente conseguiu entender o que seu pai queria dizer. O sr. Stevens não era mais bem falado dentro da própria empresa de advocacia, porque agora todos sabiam que ele tinha traído Martha. Era culpa de Robert. Ele tinha incentivado a mãe a fazer aquele escândalo no meio da festa. Agora, não havia mais ninguém que confiasse em Mark. Ele não tinha mais amigos.

            — I-Isso quer dizer... Q-Que não tem ninguém... — gaguejava Robert. — N-Não tem ninguém para me ajudar?

            O sr. Stevens negou com a cabeça.

            Céus. Estou ferrado.

            Benjamin conseguiria sair pagando a fiança. Mas já Robert, não tinha tantas condições financeiras. A única forma de conseguir sair da Johnson County Jail seria com um advogado. E agora, sem o apoio dos colegas de trabalho do sr. Stevens, ele não tinha como pagar outro advogado.

            — Não pode ser, pai! — exclamou Robert, suando de nervos. — Não tem como você ser meu advogado?

            — Sinto muito, mas eu não posso fazer isso — desculpou-se o sr. Stevens. — Eles não permitem que familiares sejam advogados de um acusado.

            Robert colocou as mãos no rosto e deslizou lentamente.

            — Mas, existe uma pessoa que se ofereceu para ajudar... — sussurrou Mark, desanimado.

            — E por que isso parece ser tão triste?

            O sr. Stevens cruzou os braços, nervoso.

            — Porque essa pessoa é Rachel — contou o pai. — Rachel Duncan.

            Os olhos de Robert estralaram do rosto.

            — Não existe nenhuma outra opção? — Robert tentou rebater. — Ninguém mesmo?

            — Não... — o sr. Stevens corou. — Eu entendo se você não quiser aceitar, filho.

            — Não. Eu vou aceitar — decidiu Robert, surpreendendo o próprio pai.

            — Filho, tem certeza disso? — Mark estava receoso. — Ela me disse que queria fazer isso para compensar o que fez...

            Robert suspirou.

            — Se ela é a única opção e pode me tirar desse cadeia — respondeu Robert. — Então tudo bem para mim.

            Robert precisou fazer um esforço enorme. Não queria que Rachel fosse sua advogada. Ele nem sequer queria vê-la novamente. Porém, se ela realmente podia tirá-lo da Johnson County Jail, ele a deixaria ser sua advogada.

            Rachel era a nova advogada de Robert. E ele precisava começar a se acostumar com a ideia.


Notas Finais


Ai, ai, ai... O que não se faz pela liberdade??


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