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História Anônimo - Os Primeiros Onze Segundos


Escrita por: mtt_davi

Notas do Autor


Capítulo novíssimo em folha e cheio de........... Bem, descubram lendo!!!

Capítulo 57 - Os Primeiros Onze Segundos


Luana abriu os olhos em um instante. De repente, algo lhe disse que ela não deveria mais dormir e a menina simplesmente acordou, impulsivamente.

            Ela esticou seus braços e bocejou. Tinha dormido bem, afinal. Ajeitou-se em sua cama, e acabou por ficar sentada, escorada na parede. Os olhos ainda um pouco fechados, tentando não apagar de sono.

            Então, Luana pegou seu celular que tinha deixado em um bidê ao lado de sua cama. Ela olhou as horas. 10:36.

            AI-MEU-DEUS-DO-CÉU.

            Luana abriu a porta do quarto rapidamente e saiu correndo até a cozinha. Ela estava muito atrasada para a aula. Não tinha escutado seu despertador. Seu pai devia chamá-la para acordar. Como ele não tinha percebido que a própria filha ainda estava dormindo?

            Assim que chegou na cozinha, Luana se deparou com o pai. Ele estava sentado na mesa, lendo o jornal Press-Citizen. O sr. Chesterfield cantarolava calmamente, até que viu Luana entrando.

            — Nossa! — o sr. Chesterfield surpreendeu-se ao ver a filha entrando bruscamente na cozinha e vestindo sua camisola. — O que aconteceu, Luana?

            — Como assim, o que aconteceu? — Luana começou a abrir a geladeira para comer uma coisa ligeiramente antes de ir para a escola. — Por que você não me acordou para ir estudar? E por que não está no trabalho?

            Luana pegou uma pêra na geladeira e começou a comer segurando-a na mão.

            O sr. Chesterfield começou a rir.

            — E você ainda ri na minha cara, pai?

            Ele continuava gargalhando. Luana estranhou. Ela ficou observando o pai, parada.

            — Hoje é sábado, filha — riu-se Gregory.

            — S-Sério? — Luana fechou a geladeira com o pé.

            — Sim.

            — Afe.

            Luana sentou-se na mesa junto com seu pai e continuou comendo sua pêra.

            — Me senti uma tonta agora — assumiu Luana.

            — É como dizem, Lu — o pai virou a página do jornal. — De médico e louco todo mundo tem um pouco.

            Em silêncio, Luana terminou de comer a pêra.

            — O Blake está em casa? — perguntou Luana.

            — Está sim — afirmou o sr. Chesterfield. — Está no quarto dele. Disse que precisava fazer uma coisa no notebook.

            — Ótimo — Luana abriu um sorriso. Esperava que aquela tal coisa fosse recuperar o DVD.

            Luana levantou-se da mesa e entrou no quarto de Blake. Ele realmente estava com o notebook em seu colo, sentado na cama.

            — Papai disse que você estava aqui no quarto.

            — Sim, estou — respondeu Blake. — Senta aqui, preciso te mostrar uma coisa no notebook.

            Luana fechou a porta e sentou-se do lado de Blake. Ela olhou para a tela do notebook e encontrou fileiras de letras, números e símbolos abertos em uma janela única. Para a menina, aquilo não representava absolutamente nada. Não conseguia imaginar como Blake entendia aqueles códigos.

            — Tenho uma novidade — contou Blake. — Sobre o DVD que você me entregou.

            — Muito bom! — exclamou Luana. — Conta!

            — Certo.

            Blake abriu outra janela que estava minimizada. Aquela era um vídeo pausado.

            — Eu consegui recuperar os onze primeiros segundos do DVD — Blake apontou para o vídeo pausado. — Acho que se você me der um pouco mais de tempo, consigo recuperar tudo.

            Os olhos de Luana brilharam.

            — Isso é maravilhoso!

            — Valeu, não foi tão difícil assim. Se você quiser, já pode começar assistindo esses primeiros segundos — mais uma vez Blake apontou para o notebook.

            Luana ficou indecisa. Precisava assistir ao DVD, mas será que não seria melhor assistir tudo de uma vez só? Não. Ela não sabia por quanto tempo poderia ter aquele DVD em suas mãos. Se já podia assistir apenas onze segundos, assistiria apenas onze segundos.

            — Ok.

            A menina colocou o DVD em seu colo.

            Então, Luana viu que Blake estava atento à tela do notebook.

            Droga.

            Não queria que ele assistisse ao vídeo. Não sabia do que se tratava e poderia acabar envolvendo ele naquela grande confusão. A última coisa que queria era envolver sua família com Anônimo.

            — Ah... Antes de eu começar a assistir, queria pedir uma coisa, Blake — Luana não podia deixá-lo ver os onze segundos com ela. — Você pode me dar licença?

            Blake estranhou.

            — É que eu queria olhar isso sozinha — disse Luana. — Por favor.

            — Tudo bem...

            O irmão mais velho levantou-se da cama e saiu do quarto, fechando a porta.

            Luana, sozinha, deu um play no vídeo que estava aberto.

            O vídeo começou. Alguém tinha apertado o botão de filmar da câmera e depois sentou-se na frente da mesma, filmando a si próprio.

            O alguém era Franklin. Luana o reconheceu pela pinta marrom que o garoto tinha no pulso esquerdo, a única coisa que o diferenciava de Benjamin. O coração de Luana acelerou ao ver o jovem na tela. Ele parecia nervoso, provavelmente amedrontado. Franklin suspirou na gravação antes de falar alguma coisa.

            — Olá, Benjamin... — era estranho para Luana escutar a voz de Franklin depois de saber que ele já estava morto. — Eu preciso contar uma coisa.

            Luana estava com os olhos vidrados no vídeo. Seu coração pulsava sem parar.

            — Uma coisa sobre... — Franklin fez uma pausa para respirar, aparentava uma tristeza misturada com medo. — Sobre Anônimo.

            O vídeo acabou e a janela se fechou.

            PORCARIA!!!

            Os primeiros onze segundos tinham acabado. O vídeo era de Franklin falando algo para Benjamin sobre Anônimo. Isso significava que Franklin sabia sobre Anônimo.

            Luana conseguia escutar sua própria respiração de tão pesada.

            Franklin poderia saber a identidade de Anônimo. Ou pior, ele poderia ser Anônimo.

            Luana repreendeu o próprio pensamento. Franklin não podia ser Anônimo. Ele estava morto. E provavelmente estava morto porque sabia algo sobre Anônimo.

            A porta do quarto abriu e Luana olhou rapidamente. Blake entrou ali.

            — Acabou?

            Luana fitou o irmão e assentiu com a cabeça, ainda sem palavras.

            Blake sentou-se e pegou o notebook novamente. Ele continuou decifrando aqueles códigos que Luana deduziu serem a única forma de recuperar o resto do tempo do vídeo do DVD.

            — Blake, antes que continue, precisa prometer uma coisa — Luana afundou os olhos nos do irmão.

            — Fale — Blake deu de ombros.

            — Você não pode, de jeito nenhum, assistir a gravação do DVD — implorou Luana.

            — Como assim? — Blake ficou confuso. — Você quer que eu pare de recuperar a gravação?

            — Não! — Luana respondeu rapidamente. — Não só quero que você continue recuperando, como preciso que você continue recuperando!

            A mente de Blake provavelmente estava muito embaralhada naquele momento.

            — Tudo bem... Acho que entendi — falou Blake.

            — Não, acho que não entendeu — Luana decidiu repetir o que tinha dito. — Você não pode de jeito nenhum assistir a gravação do DVD! Recupere tudo, mas não assista absolutamente nada!

            — Ok, ok! Já entendi, mocinha — defendeu-se o irmão.

            — Você promete?

            Blake a olhou de canto, enjoado da insistência da irmã mais nova.

            — Você promete? — repetiu Luana, agarrando a mão de Blake com muita força.

            — Tudo bem, eu prometo! — Blake disse fazendo Luana soltá-lo.

            Luana esperava que realmente pudesse confiar na palavra de Blake. 


Notas Finais


Aeeeeeeee!!! Uma pontinha da gravação do DVD para dar um gostinho para os curiosos!!!!! E aí? Alguma teoria agora????


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