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História Anônimo - Não Existe Ex-Família


Escrita por: mtt_davi

Notas do Autor


Genteee, me puxei com esse cap! ;) Ficou bem fofo, espero que gostem!

Capítulo 59 - Não Existe Ex-Família


Depois de um almoço parecido com o do último dia, Robert e Benjamin retornaram para a cela. Os dois deitaram-se, cada um em sua cama.

            — Não acredito que Luana está arriscando a família dela pela gente — sussurrou Robert. Benjamin tinha contado na hora do almoço a conversa que tivera com Luana no telefone.

            — Ela não está só arriscando a família dela — Benjamin estava com as pernas esticadas na cama. — Está arriscando a vida dela.

            Robert tentou ficar deitado de lado em sua cama, mas não conseguia. Estava com o estômago muito pesado. Como só haviam três refeições diárias, precisava alimentar-se bem para não passar fome até a próxima hora de comer.

            — Eu estou me sentindo inútil aqui dentro — assumiu Robert, agora de barriga para cima.

            — Acredite em mim, você não é o único — admitiu Benjamin também.

            — Você se sente inútil também? — perguntou Robert. Benjamin assentiu. — Será que é isso que Anônimo queria? Que nós dois ficássemos aqui dentro para não podermos fazer nada?

            Benjamin deu de ombros.

            — Acho que na verdade, Anônimo queria nos separar da Luana — concluiu Benjamin. — Ela é o elo mais fraco de nós três.

            Robert concordava.

            — E sozinha, separada da gente, ela iria delirar — completou Robert. — Ela está assustada? Digo, ela parecia, quando você ligou para ela?

            — Não sei dizer... Mas sabe, ela não parecia estar contente. Pode ser que estava só um pouco cansada...

            Robert preocupou-se com Luana. Desejava o bem dela em qualquer circunstância, mas sempre esteve por perto para protegê-la. Pensar que ela era a única a ficar do lado de fora com Anônimo, o horrorizava. E o pior, era saber que ele não podia fazer nada. Tinha apenas que ficar trancafiado dentro da Johnson County Jail e observar de longe os planos tenebrosos e sem piedade que Anônimo desenvolvia.

            — Estou um pouco entediado — Benjamin colocou as mãos embaixo da cabeça. — Nós não temos outra coisa para fazer aqui.

            — Só podemos dormir, comer, receber visitas... — disse Robert. — Mas temos um ao outro para conversar. E o melhor, dar apoio.

            — Verdade — concordou Bennie. — Se não fosse por você, acho que já teria me suicidado.

            Mesmo que não tenha falado, Robert pensava exatamente como Benjamin.

            — Enquanto estamos presos, não podemos ajudar em nada — afirmou Robert. — Somos totalmente desnecessários.

            — Luana vai ter que se virar sozinha por um tempo, Robert — Benjamin tentou acalmar o amigo. — Mas quando sairmos daqui, nós três vamos trabalhar juntos e acabar com o jogo psicótico de Anônimo.

            — Espero que seja assim... — cochichou Robert, pensativo. — Realmente espero...

            Um policial abriu a cela e interrompeu a reflexão dos dois garotos.

            — Ei, Stevens — chamou o policial que tinha uma aparência semelhante a do Shrek. — Seus pais estão aqui para te visitar.

            Robert deu um pulo da cama.

            — Meus pais? — ele estava estranhando. — Os dois? Meu pai e minha mãe?

            — Bom, a não ser que você tenha dois pais ou duas mães, sim. Seu pai e sua mãe — respondeu o policial rudemente.

 

Quando entrou na sala de visitas, Robert ficou mais surpreso do que nunca. Seu pai e sua mãe estavam sentados um ao lado do outro.       

Robert puxou uma cadeira e sentou-se na frente dos pais.

— Pai? Mãe? — Robert ainda tentava entender aquilo. — O que está acontecendo?

— Como assim, filho? — questionou Martha.

Sem querer, Robert abriu um leve sorriso.

— Vocês estão se falando!

O sr. e a sra. Stevens olharam um para o outro.

— Depois de você parar aqui, eu e sua mãe deixamos de ser tão infantis — contou Mark. — Estamos tentando enfrentar essa situação de forma mais adulta.

Robert lembrava vagarosamente da mãe lhe falando algo assim. E também mantinha em sua mente o seu pai dizendo que eles já estavam providenciando a papelada do divórcio.

— Mas vocês vão se divorciar, certo? — só depois de perguntar, Robert percebeu como pareceu estúpido.

— Sim, na verdade estamos aqui para falar sobre isso — a sra. Stevens já parecia muito mais centrada. — Acabamos de assinar o divórcio.

A cabeça de Robert se inclinou. Era estranho ver seus pais se divorciando. Mas ficava feliz em ver que os dois tinham um pensamento mais aberto em que não deveriam guardar ressentimentos, mesmo depois de tudo o que passaram.

— Eu e sua mãe conversamos bastante sobre um assunto, filho — falou o sr. Stevens. — E chagamos em um acordo sensato.

— Qual acordo?

Mark olhou para Martha, como se pedisse para ela falar. A mãe entendeu o pedido.

— Eu vou me mudar para um apartamento próximo do centro — disse a sra. Stevens. — O seu pai vai ficar com a casa, mas vai pagar o aluguel para mim.

— E assim, cada um vai ficar com o seu próprio carro — continuou o sr. Stevens.

Robert compreendeu o acordo dos pais.

— Também decidimos que você vai ficar com o seu pai — completou Martha. — Ele tem mais recursos, e assim é mais fácil para ele sustentar você.

— Por favor, filho, entenda — implorou Mark, olhando nos olhos verdes de Robert. — Queremos muito o melhor para você.

Robert passou os olhos pelo rosto do pai e depois da mãe.

— É claro que eu entendo — Robert pode ver o alívio dos pais. — Desde que vocês dois continuem assim, amigos, para mim está ótimo!

Martha sorriu somente com os lábios para Robert.

— Estou tão orgulhoso de vocês — disse Robert aos pais. — Vocês não imaginam o quanto eu queria que vocês mesmo divorciados, pudessem ter um relacionamento amigável!

— Não se preocupe, filhão — pediu Mark. — Eu e sua mãe conseguimos, ah... — o pai procurou a palavra certa. — Aceitar a situação.

— E não importa o que aconteça — Martha apertou a mão de Robert e de Mark. — Nós sempre seremos uma família.

Robert finalmente conseguiu sorrir alegremente para os pais. Estava sentindo-se tão bem com os dois em sua frente. Somente de ver os dois, conseguia sentir-se em casa. Aquela sempre seria sua casa: a sua família.

— Pai, mãe... — Robert estava emocionado. — Eu amo tanto vocês.

Mark e Martha sorriram.

— Também te amamos — falaram os dois em coro.

Robert então não sentiu-se mais inútil nem desnecessário.


Notas Finais


"Sempre seremos uma família" *--------------* <3 <3 <3

P.S. Obrigado pela sugestão do suicídio ahahahahahaha!


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