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História Anônimo - O Detetive Tem Uma Novidade


Escrita por: mtt_davi

Notas do Autor


Capítulo novo gente! Esse é de emocionar! Hehehe!

Capítulo 64 - O Detetive Tem Uma Novidade


Benjamin ficou sentado na sala de visitas. Não aguentava mais ficar naquele lugar. Era hediondo. Mas se tudo desse certo, aquela seria a última vez que ele passava por aquela terrível sala.

            Estava ali desde que um policial passou em sua cela para dizer que o detetive Slater havia o chamado.

            O contágio era imenso. Seu coração batia acelerado, como se ele tivesse acabado de correr em uma maratona. Não. Quando ele e Franklin participaram de uma maratona no último ano, seu coração não estava tão disparado quanto naquele momento.

            Quando a porta da sala rangeu, Benjamin se virou rapidamente. Era o detetive Slater chegando.

            Ai meu Deus. É agora.

            Slater sentou-se na frente de Benjamin, que o acompanhou com os olhos, atentamente. Não conseguia disfarçar por um momento sua animação. Suas mãos tremiam freneticamente.

            — Então... Benjamin Green — a voz de Slater estava fria como sempre.

            — Sou eu.

            Sem motivos aparentes, Slater manteve um silêncio trágico que Benjamin faria de tudo para não ter acontecido. Os olhos do detetive fulminaram as pálpebras do garoto, que há cada momento ficava mais nervoso.

            — Meus pais falaram com o senhor? — Benjamin tinha decidido tratar Slater com mais respeito desde a última vez que os dois estiveram juntos, no último dia.

            — Sim — respondeu Slater. — Falaram.

            Aquele era um bom sinal. Ao menos, Benjamin achou que era.

            — Você já deve saber do que se tratava o assunto que relatei com seus pais — falou o detetive.

            — Falaram sobre fiança? — sugeriu Benjamin, torcendo para estar certo.

            Slater assentiu.

            — Exato. Eles vieram me procurar logo depois de ficarem sabendo do resultado da análise do sangue da faca.

            Benjamin abaixou a cabeça. Sabia que seus pais não acreditavam na possibilidade dele ter matado Franklin. Porém, receber aquela notícia deveria ter sido realmente assustador para eles.

            — Você sabe que não é correto eu ceder sua liberdade por fiança sem antes mesmo levar o caso para um tribunal — declarou Slater, erguendo as sobrancelhas alto. — Nunca fiz isso antes. Não pretendia fazer.

            — Pretendia? — os olhos de Benjamin brilharam. — No passado? Isso significa que mudou de idéia?

            O detetive afastou um pouco a cadeira em que estava sentado e cruzou os braços. A cadeira fez um barulho agonizante enquanto arrastava.

            — Seus pais me ofereceram muito dinheiro. Mais do que você imagina. Não seria tolo de negar.

            Um suspiro tomou conta de Benjamin.

            — Isso significa que estou livre?

            — Sim. Você pode sair hoje mesmo da Johnson County Jail. Organize suas coisas e vá embora.

            Benjamin se ergueu rapidamente e abriu um largo sorriso.

            — Antes de ir embora, só quero deixar claro uma coisa, detetive — Benjamin encarou Slater. — Você é corrupto e um péssimo detetive.

 

O mais rápido que pode, Benjamin voltou para a sua cela. Encontrou então Robert, sentado na cama, em alerta.

            — Estou livre! — gritou Benjamin quando o viu.

            Robert ficou pasmo.

            — Não posso acreditar! — Robert ergueu-se. — Caramba, Benjamin, isso é ótimo!

            — Eu sei! Olha, confie na sua advogada! O Slater é um bundão! Tenho certeza de que ele vai acabar liberando você também!

            — Espero que sim...

            Benjamin agarrou o livro de Franklin.

            — Quando você está indo embora? — perguntou Robert.

            — Agora mesmo!

 

Benjamin tinha pegado suas roupas de quando chegara ali com a ajuda de um policial. Estava na frente dos portões da Johnson County Jail. Então, ouviu as rodas do portão principal girando, e quando viu, estava livre para sair dali.

            Quando colocou os pés para fora do terrível lugar, uma lágrima escorreu em seu rosto, involuntariamente. Os dois dias que tinha passado ali tinham sido os piores de toda a sua vida. Não pela falta de luxo. Sim pela culpa que perambulava nele. Era difícil lembrar que era inocente enquanto estava em um lugar como aquele, onde todos o encaravam como um criminoso.

            Viu o carro do pai então parando na rua onde ficava a Johnson County Jail.

            O sr. e a sra. Green desceram do carro e foram correndo na direção do filho. Em um apertado abraço em grupo, Benjamin aproveitou para poder tocar os pais novamente.

            — Eu amo vocês — contou o garoto. — Amo muito.

            — Também te amamos, filho — a sra. Green não continha as lágrimas. — Nunca duvide disso.

            Os três entraram no carro.

            Benjamin queria sair dali rápido. Não podia ficar nenhum momento sequer a mais perto daquele lugar infernal.

            No caminho, os três ficaram em silêncio. Não um silêncio angustiante como o do detetive Slater há alguns minutos antes na sala de visitas. Um silêncio confortante. Um silêncio de pessoas que sabem que não precisam de palavras para demonstrar o carinho uns pelos outros. Um silêncio de uma família unida.

            Quando estavam quase chegando perto de sua casa, Benjamin soube que precisava fazer uma coisa.

            — Pai, mãe — pediu ele. — Eu sei que acabei de sair, e que devia passar o tempo todo com vocês... Mas preciso que vocês me larguem na casa da Luana Chesterfield.

            — Luana Chesterfield? Aquela mesma Luana que estava lá em casa? — lembrou-se a sra. Green.

            — Ela mesma.

            — Ah, filho — reclamou o sr. Green. — Não é algo tão necessário quanto ficar com sua família agora. Tenho certeza disso.

            — Pai, por favor — implorou Benjamin. — Ela tem uma coisa que pode nos ajudar a descobrir quem armou para mim e o Robert.

            George trocou um olhar com o filho pelo retrovisor.

            — Deixe, George — pediu Vanessa, ajudando o filho. — Luana é uma boa menina. E ela realmente está disposta a ajudar.

            O sr. Green suspirou.

            — Tudo bem — cedeu o pai. — Te dou duas horas. Mas por favor, não se meta em confusão.

            — Certo. Pode deixar. Obrigado, pai.

            Benjamin não iria se meter em confusão. Só queria poder finalmente assistir o DVD. Aquilo não lhe traria confusão, traria?


Notas Finais


E não é que esperar tanto tempo valeu a pena? Isso mesmo! BENJAMIN IS FREE! Agora só resta o Robert! O que vocês acham que vai acabar acontecendo com ele? Não deixem de comentar!


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