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História Anônimo - Fábrica De Manequins ArtFibras


Escrita por: mtt_davi

Notas do Autor


Boa leitura
:)

Capítulo 98 - Fábrica De Manequins ArtFibras


— Eu sabia que estava certa! — exclamou Luana. — Sempre soube! Monique é Anônimo! Se vocês não acreditarem agora...

            — Deve ter algo mais nisso tudo! — respondeu Benjamin.

            — Qual é o seu problema, Benjamin? — gritou a loira. — Que prova mais você quer? Uma foto dela com a palavra ANÔNIMO escrita na testa?

            — Eu só acho que tem algo há mais envolvido nisso tudo — rebateu Benjamin. — Ninguém iria deixar tão óbvio assim que está fazendo isso!

            — Bem, você parece entender bastante disso — grasnou a menina. — Quem me garante que você não é Anônimo e está nos manipulando?

            — Até onde eu sei, a mais manipuladora aqui seria você, Luana — Benjamin abaixou a tela do notebook.

            — Dá pra vocês dois calarem a boca? — berrou Robert, conseguindo finalmente silêncio. Ele estacionou o carro. — Eu não faço a mínima ideia do que pensar, ok? Agora, só me importo em ir ao nosso encontro com Anônimo, e tentar esclarecer essas dúvidas que temos. Aliás, nós chegamos.

            Robert apontou para fora. Era um lugar deserto. Não haviam casas, prédios, ou lojas ao redor. Apenas longas plantações de trigo, e ao meio, a fábrica ArtFibras. O prédio era velho, mal cuidado. As poucas portas que haviam, estavam bloqueadas por pedaços de madeiras. A tinta restava em poucas partes das paredes. Era possível ver o cimento da construção.

            Os três desceram do carro e Robert trancou as portas.

            — Pessoal... Eu acho que sei por que a fábrica ArtFibras quase não existe na internet — concluiu ele. — Porque essa fábrica está abandonada.

            — Faz sentido — concordou Benjamin. — Mas por que Anônimo iria querer se encontrar em um lugar como esse?

            Robert deu de ombros.

            O sol estava alaranjado, quase se pondo por completo.

            — Vamos dar um jeito de entrar antes que escureça.

            O menino chegou perto do buraco onde deveria ser a porta de entrada. Robert se abaixou e entrou na fábrica pela fresta que havia entre o chão e as tábuas presas. Luana e Benjamin o seguiram.

            Aquela era uma sala pequena, com uma velha escrivaninha de madeira escorada em uma das paredes. Havia uma porta de aço no final do cômodo, depois da mesa.

            — O que era esse lugar aqui? — perguntou Luana, que fez cara de nojo ao passar os dedos em uma das paredes e perceber que estavam cobertas de uma camada de pó.

            — Acho que uma recepção — chutou Benjamin. — É o mais provável.

            — Temos que ver o que tem atrás dessa porta — Robert apontou. — Vai que é ali que Anônimo quer nos encontrar.

            — Você quis dizer Monique, não Anônimo — provocou Luana.

            Antes de Benjamin revidar e iniciar outra briga, Robert o interrompeu

            — Chega desse assunto.

            Robert se aproximou da porta de aço. Os outros dois ficaram logo atrás dele. O garoto apoiou a mão em cima da maçaneta, e fazendo força, girou-a. Quando foi empurrando a porta, ouviu-se o rangido. E logo, os três passaram para o outro lado. Porém, a visão que tiveram fez Luana soltar um rápido gritinho.

            Estavam postos de pés cerca de cem manequins, enfileirados em dez colunas. Todos eles, obviamente sem roupas. Mas isso não tornava as figuras menos assustadoras. Por algum motivo, pareciam tão reias. Como se fossem pessoas de verdade, paradas no meio de uma fábrica abandonada. Sem vida. Nos cantos de toda aquela longa extensão, haviam caixas empilhadas. E ao teto, um longo mezanino de ferro que podia ser alcançado através de duas escadas em cada um de seus lados.

            — Eu pensei que a fábrica estivesse... Abandonada.

            Não bastou Luana terminar de falar, um estrondo veio de trás do trio. A porta de aço por onde haviam entrado se fechou, causando grande barulho.

            — Foi só o vento — explicou Robert.

            — Jura? Só o vento? É sempre essa justificativa que jovens assustados em filmes de terror usam antes de serem brutalmente assassinados por um psicopata mascarado — disse Benjamin.

            — Nós não estamos em um filme de terror, Benjamin. E não vamos ser assassinados.

            — Pode até ser — continuou ele. — Mas eu sou um jovem, estou assustado, e tem um psicopata mascarado por aí que marcou um encontro com a gente. As chances são grandes, não?

            — Será que é isso que Moniq... — Luana interrompeu a si mesma. — Que é isso que Anônimo queria que víssemos? — perguntou ela em voz alta. — Manequins? Para dizer que somos fantoches? Bonecos?

            Robert ignorou o fato de Benjamin ser tão pessimista, e chegou mais perto dos manequins. Ele começou a examinar aquelas pessoas de fibra de vidro. Logo em seguida, se viu caminhando por entre as fileiras. Havia muita poeira em cima deles.

            — Os manequins estão aqui há mais tempo. Acho que foram deixados aqui quando a fábrica fechou — concluiu ele, saindo do meio dos objetos inanimados e voltando para perto de sua namorada. — Seja lá o que Anônimo tem preparado para esse encontro de agora, não são somente manequins.

            Benjamin chegou mais perto de Robert e Luana e pegou o celular em seu bolso.

            — É exatamente cinco da tarde — falou o ruivo. — Vai acontecer agora.

            E os três ficaram em silêncio, virando-se para os lados e procurando alguma coisa. Passaram-se segundos. E depois minutos. Ainda assim, nada aconteceu.

            — Pra mim chega — Luana usou as primeiras palavras após um longo período de quietude. Obviamente, era a mais estressada ali. — Eu estou indo para o carro. Vir até aqui foi desperdício de tempo.

            Robert queria discordar dela. Mas era impossível continuar sem fazer nada. Ficar ali na fábrica, encarando aqueles manequins, era uma tarefa que o consumia por dentro.

            — Tudo bem. Vamos voltar pra casa — definiu ele.

            Quando todos estavam prestes à abrir a porta de aço para saírem da fábrica, a maçaneta girou-se sozinha. Os três se afastaram em um pulo para trás.

            — Alguém está do outro lado — sussurrou Benjamin.

            Mais do que rápido, Robert arrancou o braço de um dos manequins e o segurou com firmeza nas mãos. Se quem entrasse por aquela porta fosse perigoso, ao menos ele tinha uma arma para se defender.

            A porta se abriu. E do outro lado, entrou uma pessoa vestindo um capuz preto. A pessoa estava com a cabeça baixa, e dessa forma, ninguém conseguiu enxergar seu rosto.

            — Quem é você? — gritou Robert, ficando à frente de Luana, que se segurava no namorado.

            Repentinamente, a pessoa levantou a cabeça. E os três conseguiram finalmente ver o rosto que estava por baixo daquele capuz preto.

            — Desculpe, me atrasei um pouco para o nosso encontro — falou Monique, com a voz tranquila, apesar da situação um tanto quanto desastrosa.

            Luana segurou-se com mais força ainda em Robert.

            — O que você está fazendo aqui Monique? — Benjamin perguntou, conferindo para ver se a menina morena não estava com nenhum tipo de arma nas mãos.

            — Não está claro ainda? — respondeu ela com outra pergunta.

            — Para mim está mais do que claro! — bufou Luana, franzindo as sobrancelhas. — Mete esse braço de manequim na cara dessa vagabunda, Robert!

            — Eu não faria isso se fosse você, Robert — Monique cruzou os braços. Era impressionante o quanto ela estava calma em um momento daqueles. — Vocês todos vão querer ouvir o que nós temos para contar.

            — Nós? Como assim nós? — questionou Robert, confuso.

            Nesse momento, a porta de aço atrás de Monique abriu-se novamente. Todavia, dessa vez, quem surgiu foi Nolan Hard.

            — Monique quis dizer que eu e ela temos muito para explicar — revelou Nolan. — Sobre Anônimo. 



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