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História Anonymous - TAEGI - (57) Min Yoongi


Escrita por: JhamilleBelmino

Capítulo 57 - (57) Min Yoongi


Fanfic / Fanfiction Anonymous - TAEGI - (57) Min Yoongi

As coisas haviam se tornado estranhas desde aquela noite que ouvi a conversa dos meus pais, ou melhor, do meu pai com a mulher dele. Agora eu morava com o Namjoon e as mães dele que me tratavam como se eu fosse outro filho delas, sério, acho que em quatro dias eu fui mais paparicado do que em meus dezoito anos de vida inteiro. No dia seguinte ao acorrido, no domingo, meu irmão apareceu com algumas roupas, minha mochila da escola e seus braços aconchegantes pra me abrigar, tivemos uma longa e dolorosa conversa, choramos muito e no final eu pude perceber que ele era minha única família. Era eu e Seokjin, Seokjin e eu. 

Jin havia herdado muitas coisas dos seus falecidos pais, não eram o suficiente para torna-lo rico ou coisa desse tipo, mas ele tinha um apartamento mobiliado em seu nome e uma quantia no banco suficiente para pagar sua faculdade e isso já era bom o bastante para aquele começo. Assim que ele resolvesse tudo nos dois iriamos morar juntos, ele começaria a faculdade e eu um trabalho que desse para conciliar com meus últimos meses de escola.  

Não falamos muito a respeito dos outros dois, "nossos pais", ele apenas comentou que meu pai perguntou se eu estava bem e que minha mãe biológica queria me conhecer depois de tantos anos. Sobre isso, eu tive uma conversa longa com uma das mães do Nam, fui pedir conselhos a uma pessoa mais velha e que tinha vivido muita coisa pra me orientar naquilo. No fim, eu acabei marcando de almoçar com a mulher no domingo à tarde para que nos dois pudéssemos tirar a limpo aquele assunto.  

Tirando tudo isso eu acho que as coisas enfim estavam ficando bem. Certo, era quinta feira e nem tinha passado uma semana desde o ocorrido, mas não era como se eu fosse passar minha vida inteira remoendo sobre aquela merda. Eu gostaria de dizer que estou triste ou zangado, porém, acho que o único sentimento que consigo ter em relação aos "meus pais" era o de decepção. Eles eram decepcionantes como pais, pelo menos pra mim foi, e sinceramente eu preferia lidar com o fato de não me querem mais por perto do que continuar me sentindo rejeitado na minha própria casa. No final era exatamente como a mãe do Nam me disse no sábado à noite: quem está perdendo não sou eu. E que agora só viesse coisas boas, conheceria minha mãe e se com ela também não desse certo, paciência, eu não podia viver dependendo de ninguém pra me sentir completo. 

Faziam quatro dias que eu estava convivendo com as Kim e era fácil de entender o porquê do Namjoon ter uma personalidade tão positiva.  

Naquela quinta feira a tarde eu estava na escola ouvindo uma das cansativas aulas extras de química tentando não dormir enquanto o professor falava de um assunto que parecia ser de outro mundo. Eu nunca reprovei na escola e eu conseguia até ser bom nas demais disciplina, mas química sempre foi a pedra no meu sapato desde o início. O Nam deveria está comigo, mais especificamente sentadinho ao meu lado assistindo a aula, mas não, ele usou a desculpa para as mães dele de que nos iriamos a escola de tarde para fugir com o meu irmão pelo tempo que deveria está ali estudando. Eu, para matar meu tempo, já que o Saeng sumiu naquela tarde – ele também estava sendo muito importante naquele período difícil em minha vida – eu fiquei esvaziando a memória do meu celular. Apaguei algumas músicas que não ouvia mais, desinstalei alguns aplicativos, organizei algumas redes sociais e apaguei aquelas fotos que a gente guarda esperando o momento certo de usa, mas que nunca chega. 

Foi em uma dessas que a foto do Saeng e os seus pingentes da Gucci apareceram na tela do celular me fazendo abrir um sorriso enorme por conta disso. O prazo dele estava acabando e isso me deixava animado mesmo eu sabendo que poderia ter que partir de mim a iniciativa. Por mais que eu tivesse provas o suficiente e que meu coração me dissesse que nada daquilo era uma brincadeira de muito mal gosto, eu ainda tinha bastante receio de tudo. Talvez eu só estivesse com medo de ser ele mesmo e não saber como agir.  

Eu podia ver o quão fofa era a pinta que ele tinha no nariz e isso me fazia sorrir ainda mais. Merda, ele era tão lindo que certamente eu iria chorar de emoção quando pudesse ver seu rosto a menos de um palmo de distância do meu.  

Para minha felicidade a aula passou mais rápido do que o esperado – ou talvez eu tivesse distraindo demais mexendo escondido no celular pra perceber as horas. Quando sai da escola o casal Namjin – apelido dado carinhosamente por mim – estava lá me esperando para ir embora, Jin tinha um chupão na altura na clavícula que ficava mal coberta pela camiseta e o Nam estava todo amassado, seu cabelo despenteado e sua camiseta cheia de vigas como se tivesse vestido direto da secadora. Era engraçada a cena e eu me limitei a lançar um sorriso na direção deles e nada mais. 

 Quando chegamos o Jin e eu ficou encarregado de ir preparar um lanche enquanto Namjoon chamava o Taehyung pra nós quatro assistimos um filme. Mas isso obviamente não rolou já que nos primeiro dez minutos os dois estavam praticamente transando no sofá enquanto eu e o garoto ficamos lá com caras de tacho tendo que presenciar toda aquela saliência. Bastou um gemido saindo do Nam pra nos dois saímos dali às pressas, seria no minuto constrangedor presenciar tais coisas.  

- Quer ir assistir lá em casa? Deve está passando algo bom uma hora dessas. 

- Claro.  

Merda! 

Merda! 

Merda! 

Eu nunca tinha entrado na casa do Taehyung, nem naqueles dias que eu estava com o Namjoon, quando ele dizia que ia na casa do amigo eu sempre me segurava na desculpa de está cansado ou ter alguma coisa pra estudar pra assim não ter que ir.  

Assim que passei pela porta da frente me bateu logo um nervosismo e eu fiquei ainda pior quando ele me guiou pelas escadas em direção ao seu quarto porque segundo ele era o melhor lugar para assistir. "Minha cama é confortável e quentinha, a gente pode se enrolar em uns edredons enquanto assisti", foram essas as palavras dele. Exatamente essas.  

- Você pode ficar à vontade, eu vou pegar um chá de menta por conta do frio e pra assistir melhor... Você quer alguma coisa? Um chocolate quente, algo pra comer? 

- Não, um chá está ótimo também. 

- Certo. - ele parecia animado, pelo menos o sorriso em seu rosto e o tom de voz me dava a impressão que sim. Ele caminhou até o criado mudo e pegou o controle remoto da Tv, passando pra mim rápido. - Escolhe algo aí enquanto eu volto. 

- Tá. - eu gostaria de dizer mais coisas naquele momento, queria mesmo, mas tudo que eu conseguia ver era a porra da pinta fofa na ponta do seu nariz e os seus lábios que a meses vem me perturbando, a voz dele e o olhos que brilhavam como se fossem duas bolotas de diamantes.  

Como resposta ele sorriu e saiu do quarto me deixando ali sozinho. Minha cabeça fervilhava tanto que eu cheguei a ficar tonto, o cheiro dele impregnado em cada canto daquele quarto me deixava tonto. por mais que eu tivesse passado esse tempo todo relutante em aceitar, em acreditar que alguém como ele pudesse se interessar por mim, eu não podia mais negar o óbvio, negar que o meu dongsaeng era Kim Taehyung.  

Merda, tudo fazia ainda mais sentido.  

Merda! 

Merda! 

Merda! 

Kim Taehyung fazia o 3° ano C, era melhor amigo do Namjoon e morava na casa ao lado da dele, era bom em química e gostava de crianças. Fã de 3 Door Down, os lábios que perturbam e os olhos brilhantes que me encontraram. Ele sabia cantar e me deu um abraço tão forte e sincero que fiz com que eu me questionar sobre tudo ao meu redor.  

Era ele, não podia ser mais ninguém além dele. Pra mim era tão difícil acreditar nisso, tão surreal imaginar que aquele cara me amava com toda a intensidade que dizia amar e mais surreal ainda eu chegar a desconfiar desse amor. Merda, eu me apaixonei completamente por Kim Taehyung mesmo sem ter a certeza de que era por ele quem eu estava apaixonado.  

Para acabar de vez com todas as minhas dúvidas, em cima da cômoda do quarto um objeto verde a vermelho chamou rapidamente minha atenção e eu nem precisei chegar tão perto pra saber o que ela. No instante que ele adentrou ao quarto com uma bandeja em mãos carregando o chá, foi o mesmo que meus dedos se entrelaçaram na corrente do cordão e puxou a um ponto visível os dois pingentes da Gucci que ele usava na foto.  

- Yoongi, o que... 

- É você, não é? - minha voz saiu em um sussurrou e eu senti minhas pernas fraquejarem ao me virar para ele e dar de cara com seu olhar de espanto em minha direção - Você é o donsaeng, Taehyung, você. 


Notas Finais


Até terça.


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