História Another Way Of Saying Love - Apolo psicólogo?

Narrador's POV

  Maria acordou por volta de oito e meia, levantou-se e seguiu ao banheiro para sua higiene matinal. Logo acordou seu marido, Hades, para que pudessem tomar um café da manhã em família.
  Desde que descobrira sua doença, Maria começara a prezar mais por esses momentos.
  Dirigiu-se ao corredor, com destino aos quartos dos filhos. Entrando no quarto de Bianca, assustou-se pois a mesma não estava presente.

>Deve estar no quarto de Nico.

  Mas o silêncio...
  Se os irmãos estivessem juntos, com certeza estariam brincando, gritando até. Afinal, eram crianças.
  Mas o silêncio não condizia com seus pensamentos.
  Maria começou a preocupar-se.
  Na porta de Nico havia um post-it, à altura da maçaneta.
  Maria puxou o papel da porta, que descolou-se facilmente.

"Mamãe e Papai, nos desculpem, mas estamos com muito medo. Fugimos de casa para não ver a mamãe sofrer. Estaremos em um lugar seguro e voltaremos quando mamãe melhorar. Beijos, Bia e Nico. "

Não podia acreditar. Seu filhos... Haviam fugido... Por sua causa.

  Escorou-se na parede e deixou-se cair sentada. As lágrimas já não eram suficientes quando começou a soluçar.

  O sentimento de culpa lhe pesava. Sabia que as crianças sofreriam, mas ela tentara amenizar, até suavizar a situação.

- Maria! Aconteceu alguma coi... Maria! - Hades correu a seu encontro, ao vê-la largada no chão, chorando. 

- Hades....- soluçou.

- O que foi? O que aconteceu Maria?! Diga!

- Eles... Eles f-fugiram... E... Foi tudo c-culpa... Min-nha... 

  Hades abraçou a esposa, permitindo que algumas lágrimas caíssem também. 

- Hey... Não foi sua culpa, meu amor... Não foi.

- Foi sim... L-leia Hades... Leia. - Disse entregando-lhe o post-it. 

  O homem concentrou-se no bilhete por um tempo, ainda abraçado à esposa. 

- Vamos achá-los. Nós iremos encontrá-los Maria. - Disse determindo, embora por dentro tentasse convencer a si mesmo.

  Maria passou o dia ligando para todos os contatos de sua agenda. Mas nem sinais de seus filhos.

  Hades foi às ruas, cruzou Nova York de cabo a rabo. Mas nada encontrou.

- O que nós faremos agora?! - Exclamou Maria, as lágrimas voltando aos olhos.

- Vamos à delegacia. Pedir ajuda a meus irmãos também deve ser útil...

- Certo...

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  Nico's POV
  
  Apolo era um cara legal. Ele nos deixou entrar e tomar café. Depois, nos sentamos no sofá, ele na poltrona de frente para nós. E começou o interrogatório.
- Bia, Nico... O que aconteceu? Por que vocês fugiram de casa?
- É que... - Bianca exitou. - A mamãe está... Doente.
- Mas... É só isso?
- Não. - Eu respondi. - Ela tem câncer... Vai morrer. A gente não... Não queremos ver ela com dor.

- Ela não vai morrer Nico! – Protestou Bianca.

- E vocês... Fugiram... Maria e Hades devem estar aterrorizados... – Apolo parecia em choque. Não conseguia formar uma frase completa.

- Mas tio Apolo... por favor, não conta pra eles. – Pediu Bia. – Quando a mamãe estiver melhor a gente vai voltar...

- Certo, eu... Não... Ahn, Bia, Nico, vocês podem... Fiquem à vontade. – Tio Apolo levantou e foi para a cozinha.

  Bia ligou a televisão e deixou no Cartoon Network.

  Nós almoçamos, tomamos banho e jantamos na casa de Apolo. Logo ele nos colocou para dormir. Eu no sofá e Bianca em um coxão no chão. Não foi muito fácil, mas dormi pouco tempo depois.

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Hades’ POV

 

  Passamos o dia todo procurando pelos nossos filhos. Maria, mesmo que relutante, ficou em casa ligando para todos que conhecíamos, atrás de notícias ou alguém que vira Nico e Bianca pela cidade. Liguei para meus irmãos à procura de auxílio. Zeus alertou a polícia, já que não podia sair de seu escritório. Deméter espalhou cartazes por todas as ruas de Nova York. Eu continuei a procurar pelas ruas.

  Cheguei em casa por voltas de 23:30. Maria ainda estava no telefone. Sentei-me à mesa e enterrei a cabeça em minhas mãos. E, ainda que a contragosto, as lágrimas rolaram.

  Meus filhos... Meu príncipe e minha princesa... Sumidos... Perdidos nas ruas da movimentada Nova York.

  Quão incompetente é um pai deixar duas crianças de seis anos fugirem sem notar nada?

  Meu celular começou a tocar.

 

Alô...-

Oi Hades.-

Apolo? Por que está me ligando? Você... Viu Nico e Bianca?-

 Você... Aconteceu alguma coisa?

Cara... Eu tô com eles aqui. Te liguei para avisar... Você pode...-

Chamar a Maria? Não sei... Pôr no viva-voz?

Apolo... Você está com meus filhos?! Graças a Deus!-

Maria! Venha aqui...

Viva-voz ON

Apolo! Você sabe deles? Sabe de Nico e Bianca?-

Oi Maria... Sei, sei sim. Eles estão aqui em casa e...-

Por que não nos ligou antes? Apolo! Você sabe o quanto estamos-

Preocupados? Você imagina por tudo que passamos hoje?! Você...

Calma Hades, deixe ele falar...-

Hades, Maria, eu... Eu sinto muito... Eles chegaram aqui pela manhã.-

Estão com medo. Bianca suplicou para que eu não ligasse para vocês!

Mas estão bem... Eles... Eles me contaram que Maria está...

Sim Apolo. Eu estou com câncer. Não queria que soubesse dessa-

maneira, mas... Bem, obrigada por cuidar deles. Estamos indo

para sua casa agora.

     Não Maria, por favor. Deixe-os aqui. Eu cuidarei deles... pelo menos-

uns três dias... Deixe a situação esfriar...

Apolo! Não me negue ver meus próprios filhos!-

Hades... Pense no bem deles! Eles não querem ver Maria mal...-

Eles estão chocados com a situação. Deixe-os aqui por uns dias.

Pense que  estarão se recompondo, aceitando a doença...

Certo. Três dias, Apolo. Muito obrigada!-

Mas... Maria! Não! Eu vou buscá-los agora! São meus filhos...-

Nossos filhos, Hades. E Apolo está certo. Nico e Bianca precisam aceitar isso.-

Portanto, se não for nenhum incômodo à Apolo, deixe-os lá.

Á mim não há incômodo algum.-

Certo. Certo... Mas, e se...-

Não Hades. Está decidido. Senão, quem sai de casa sou eu.-

Obrigada Apolo. Estaremos em sua casa quarta-feira pela manhã.-

E... Maria. Como fica a escola deles?-

Faça o que achar certo Apolo. Você entende de crianças muito mais que nós.-

Obrigado.-

Obrigada, nós.-

Tchau Apolo.-

Até mais.-