História Another Way Of Saying Love - Crianças podem ser cruéis sem que se deem conta disso

( Narrador’s POV)

Bem, que Jason é “caidinho” por Piper todos sabem. Mas acho que tem algo nessa história, ou melhor, algumas coisas, que não foram ditas ainda. Como...

§Seria Piper também “caidinha” por Jason?

§O que aconteceu na festa quando Jason foi procurá-la?

§Pode, um simples presente, marcar a vida de duas pessoas para sempre?

§São permitidos spoilers em uma interrogação?

§Seria possível voltar ao passado por conta de um erro da autora, que se esqueceu de escrever uma parte tão importante para o desenrolar da história?

Bem, descubra tudo isso e muito mais, aqui! Nesse mesmo capítulo! Logo após os comerciais!!!

—Yeah!

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_Na festa, a parte que a autora esqueceu-se de escrever – foi mal. _

( Jason’s POV )

           Fomos recebidos por Silena. E me entristeci um pouco por não ser Piper, eu esperava por ela.

— Oi gente! - Silena nos cumprimentou alegremente – Entrem!

— Obrigada Si! Feliz Aniversário! – disse Thalia.

— É, feliz aniversário... Você sabe onde a Piper está? – perguntei um tantinho ansioso por encontrá-la e entregar seu presente.

— Am... acho que no quintal...

— Obrigado! - Disse já correndo

— Pessoa louca... – Pude ouvir minha irmã comentar.

— Concordo...

Corri o mais rápido que pude e atravessei as portas da varanda. Logo a avistei. De vestido roxo e sapatos também roxos. Era a mais linda da festa.

Me aproximei e disse:

— Oi Piper!

— Jason! Já está aqui! – exclamou animada.

— Claro que estou! – respondi sorrindo.

Piper me abraçou e disse um “obrigada e seja bem-vindo” em meu ouvido esquerdo.

— Ahn... Aqui, seu presente! – disse lhe entregando a caixinha embrulhada. Ela me olhou, tomou a caixinha de minhas mãos e, enquanto a abria, disse:

— Não precisava Jay, só sua presença já... – ela abriu a caixa – Uau! É... Lindo! Obrigada! – e me abraçou de novo. Senti como se cada molécula de meu corpo recebesse anestesia. Eu só queria aproveitar seu abraço e relaxar. Mas logo Piper me soltou.

— Ahn... Eu posso... Pôr em... Você? É, quer dizer..... Ahn... – socorro!

— Ah, claro...

Ela virou-se de costas para mim e me entregou o colar. Afastei seus cabelos da nuca e o pendurei. Piper rodou em seus calcanhares, admirando o pingente. Sorri ao ver que ela realmente gostara.

— Obrigada mesmo Jason!

— Ah, não foi nada... Ahn... Vamos brincar?

— Claro!

            Ok, eu não tinha uma “queda” pela minha melhor amiga. Eu tinha um penhasco todo. Eu a amava.

            Antes de irmos, eu e Thalia, embora da festa, combinei com Piper um dia para podermos nos encontrar. Eu já planejava aquilo havia muito tempo. Desde que descobri que realmente queria viver com ela minha vida toda. E isso que tínhamos seis anos...

— Domingo, Central Park _

            Uma semana depois da festa, Piper e eu estávamos no Central Park. Pouco antes de sair de casa quase liguei para sua mãe dizendo que ocorrera um imprevisto e que eu não poderia ir. Depois passaria o resto do dia deitado pensando na titica que havia feito.

            Mas, segundo Thalia e apenas ela, eu era “um menino adorável, ainda que um irmão muito chato, corajoso, que amava uma menina e pensava, só pensava, que não era correspondido”. Então eu fui.

            E lá estava Jason Grace, caminhando pelo parque, com uma menina linda ao seu lado e sem saber o que dizer. Eu me sentia um adulto pelo que pretendia fazer, mas ao mesmo tempo um grão de areia, tão pequeno e sem sentido que não faria diferença Piper ter-me ou não em sua vida. Eu poderia formular mil explicações para tê-la levado ao Central Parque - e fingir que não a amava-, também podia explicar melhor minha metáfora porque ela não está muito filosófica, mas tudo que fiz foi caminhar ao seu lado, num silêncio doído, como se não fôssemos realmente amigos.

            Isso! Nós somos amigos! E só nos conhecemos porque ela gosta das mesmas coisas que eu!

— Então, você viu o quadrinho do Batman dessa semana? – perguntei.

— Ahn... Ainda não. Minha mãe só compra minhas revistas na segunda-feira...

— Ah tá... – o que faço Deus? O que eu faço?!

— Mas... Não estamos aqui para isso certo? – disse ela me encarando.

— Bem... Não. Eu só queria te falar uma coisa, mas... Não consigo arrumar coragem para isso. – respondi envergonhado.

— Pode dizer, nós somos amigos!

— Certo... Como posso começar? Ok... a história é um pouco grande, sim?

— Tudo bem. – respondeu me incentivando.

— Nós nos conhecemos ano passado, porque gostamos de HQs e compartilhamos alguns outros gostos também, mas... Eu acho que não gosto de você só como um amigo, entende? Todo dia sonho em nos casarmos e passarmos o resto da vida juntos e... – ela me interrompeu.

— Jay, para. Você... Você não sabe oque está falando! A gente tem sete, sete anos! Minha mãe tá sentada naquele banco – e com isso o indicou – e me trouxe aqui pra gente brincar de amarelinha! Não para namorarmos e resolvermos nos casar! E é claro que eu gosto de você, mas você é meu amigo, amigo...

— Mas... Piper, eu...

— Não Jason! Você me desculpa, mas não! Isso vai acabar com nossa amizade! Entendeu?! Não vamos namorar! Nem nos casar! Só vamos ser amigos!

— Piper! Para de gritar!

— Ah... Tudo bem...

— Certo, eu entendo sua posição... Sete anos e tal. Me desculpa... Eu só... É, eu só sou um bobo. – disse deixando uma lágrima escapar de meus olhos.

— Não Jason, eu que peço desculpas. E não chore, por favor... – Piper parecia preocupada.

— Tudo bem. – disse engolindo o choro. - Desde que ainda sejamos amigos... – levantei a cabeça.

— É claro que somos! Mas só vamos ser amigos agora, ok? Amigos de sete anos, que vieram brincar de amarelinha. – disse com um pequeno sorriso.

— Certo... Vamos brincar de amarelinha.

            Mesmo me sentindo muito mal, não queria que Piper ficasse magoada, o que complicaria a parte de sermos amigos. Mas tudo que eu queria era ir para minha casa, deitar em minha cama e chorar. Chorar a semana toda, o mês todo e chorar até o fim de minha vida. Ou até que Piper McLean quisesse ser minha namorada...

            Então só a segui e brincamos de amarelinha.