História Ansatsu Kyoushitsu - A Serpente e O Lobo - Hora da Reunião - O Veneno de Okuda

-Obrigado pela ajuda. Mesmo com todos os meus tentáculos, não posso carregar tudo. Agora será apenas uma viagem! Como esperado dos representantes de classe, extremamente confiáveis. –Korosensei agradeceu a seus dois alunos, Isogai e Kataoka. Eles estavam ajudando seu professor a carregar os equipamentos de laboratório.

-Apesar de você poder fazer varias viagens a Mach. –Isogai comentou enquanto segurava uma grande caixa.

-Imagine. Receber ajuda em momentos assim me alegra. –O professor disse feliz.

-Ei, Sensei. Você se acostumou a Classe-E agora? –O representante perguntou curioso. Kataoka deu uma pequena risada.

-Você esta realmente perguntando isso? –Kataoka mais perguntou para si mesma do que para Isogai.

-Sim, eu estou muito feliz por ser seu professor. –Korosensei respondeu, o trio começou a caminhar em direção ao laboratório.

-Isso é estranho. –Kataoka comentou, Korosensei a encarou curioso. –Uma criatura estranha como você, encarregada de nós? Bem, acho que é uma questão de se acostumar, eu diria. Você está realmente nos ensinando, então acho que esta bom.

-Acho que sim... –Korosensei abriu a porta e logo três alunos começaram a tentar assassina-lo, o alvo simplesmente desviava de tudo enquanto arrumava as mesas. -... Mesmo que seja um alvo de assassinato. –Isogai completou, observando seu professor terminar de arrumar tudo. Os três alunos caíram exaustos no chão, Isogai logo ajudou seu melhor amigo a se levantar e caminhar até sua mesa.

-É obvil que um ataque desse nível seria inútil. –Karma comentou, seu clássico sorriso em seu rosto. Korosensei logo foi para a sua mesa.

-Certo! Vamos começar a aula! –Seu olhar se moveu para o assento do lado do Nagisa. –Nagisa-Kun, por favor, se certifique de avisar o Hayato-Kun sobre as aulas.

-Sim senhor. –O olhar do azulado também estava no assento, um pequeno sorriso triste se formando em seu rosto, hoje ele também não viria...

Desconhecidos para todos, Okuda estava ficando cada vez mais nervosa com a ideia que surgia em sua cabeça.

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-Certo! Isso conclui nosso experimento para extrair coloração artificial para lanchinhos. –Antes do Korosensei terminar sua frase, ele pegou todos os doces que seus alunos haviam trazido para a aula. –Eu irei confiscar os doces restantes agora! –E com sua velocidade, ele os guardou em algum lugar secreto, recebendo em seguida diversas reclamações dos alunos.

-Ele usou isso como desculpa para roubar doces, já que ele não será pago até amanhã... –Maehara sussurrou com certa incredulidade enquanto olhava para o professor.

-Por que um super organismo que pode destruir a Terra fica aguardando salário por salário? –Kataoka perguntou baixo, novamente toda a admiração do Nagisa pelo seu professor foi por água a baixo.

No meio da pequena confusão, Okuda se levantou e começou a caminhar até seu professor, extremamente nervosa. Isso chamou a atenção dos alunos, que acabaram por deixar de lado os acontecimentos anteriores por conta da curiosidade.

-E-Er, Sensei... –Okuda começou com a voz baixa e então, mostrando os frascos na sua mão, gritou: -É veneno! Beba, por favor!

Ei, ei, Isso é brincadeira, não é? Ela  acabou de dizer “É veneno! Beba, por favor”? Ela realmente disse isso? Hebi perguntou, não acreditando em seus ouvidos. Nagisa sutilmente assentiu, também estupefado.

-Okuda-San, acho que essa é uma tentativa de assassinato bem honesta. –Korosensei comentou, um pouco pasmo pela sinceridade de sua aluna.

-B-Bem, er... Eu não sou boa com ataques surpresas, como os outros... –Okuda começou a tentas se explicar, ainda envergonhada. –Mas eu sou boa com química, então eu fiz isso com todo meu coração e alma!

-Certo, então... Eu aceitarei! –Dito isso, Korosensei bebeu um dos venenos que sua aluna criou, deixando os outros perplexos.

O veneno começou a agir, fazendo o professor se contorcer um pouco. Ele começou a emitir uma espécie de aura poderosa e brilhante até o veneno realmente funcionar.

Seu rosto ficou azul e cresceram chifres no mesmo.                                                         

Isso foi... Meio decepcionante... Hebi comentou, um pouco chateado. De certa forma, toda a turma concordava com aquele pensamento.

-Hum! Isso aqui tem gosto de hidróxido de sódio. É venenoso para os humanos, mas não para mim, eu acredito. –O professor olhou novamente para os frascos, abrindo outro. –Ainda há mais dois, certo?

Desta vez, alem da aura brilhante, Korosensei também colocou seus tentáculos no lugar que deveria ser seu pescoço, como se estivesse sendo sufocado. O veneno terminou de agir em corpo...

... Fazendo-o ficar com o rosto verde e asas crescerem no mesmo

-Agora nasceram asas?! E o seu rosto esta bem alegre... –Okajima sussurrou, novamente, isso era um pouco decepcionante para a sede do Nagisa.

-Ah, acetato de tálio, otima escolha. Então, o ultimo. –Korosensei tomou o ultimo veneno.

O efeito desse foi diferente, sua aura não brilhava, mas sim saia algo semelhante a uma fumaça roxa do seu corpo. Agora os alunos estavam realmente preocupados, o que vai acontecer? Ele realmente vai morrer? A aura roxa que ele exalava desapareceu rapidamente.

Korosensei estava com o rosto branco, nos dois sentidos.

... Ei, Nagisa. Nos estamos tentando matar uma super criatura, não um emoticon ambulante, não é? Nesse exato momento, Hebi definitivamente estava decepcionado com seu alvo, fazendo o Nagisa sorrir sem jeito.

-Suas mudanças são imprevisíveis... –Maehara comentou desconfortável.

-Agua régia, eu entendo. –O tom do Korosensei era completamente sem emoção, deixando os alunos ainda mais desconfortáveis. –O único efeito que tem é em meu rosto. Mesmo que me odeiem, por favor não odeiem o assassinato.

O QUE DIABOS ACONTECEU!? Esse era o pensamento da classe, excerto um demônio vermelho e Okuda, que parecia meio para baixo com os resultados.

-A propósito, Okuda-San. –Korosensei tinha retornado ao rosto amarelo com um grande sorriso de sempre. –Eu não posso permitir que uma estudante faça veneno sem supervisão. Não é seguro.

-Sim, me desculpe... –Okuda sussurrou, ainda um pouco desanimada.

-Se tiver tempo mais tarde... Por que não trabalhamos juntos em um veneno que pode me matar? –O professor perguntou, deixando sua aluna alegre por essa opção e rapidamente a aceitou.

-Fazendo veneno junto com seu alvo? Isso é o tipo de coisa que merece perguntas, mais tarde. –Kayano comentou, Nagisa assentiu do mesmo jeito que sua sede.

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Karasuma observava seus alunos jogando do lado de fora. Não se tinha certeza se ele realmente estava concentrado no jogo ou pensando em outra coisa, mas seus olhos não desviavam dos alunos.

-Ei, Karasuma. –Irina o chamou, o mesmo se virou para ela. –É bem quente aqui, não acha? Não concorda, Karasuma? –Ela logo abraçou o braço dele, que não parecia nem um pouco afetado.

-Se esta com calor, não se aproxime. –O agente disse, sem mais nem menos, deixando a Irina um pouco chateada. –Eu não sou seu alvo. Pare de perder tempo. Se você pretende permanecer aqui como professora, eu aconselho que se comporte.

-Você é um homem sem graça... Mas serio, é úmido e grudento aqui. Isso é nojento. –A assassina começou a se abanar, em uma tentativa de se esfriar. –Por que esse edifício não tem ar condicionado?

-Eu pedi a escola por reformas, mas eles recusaram. –Karasuma comentou, chamando a atenção da Irina. –Esse é exatamente o tipo de lugar que aparenta ser.

Enquanto os professores conversavam, Okuda e Korosensei estavam na sala de aula, fazendo um veneno especial para o ultimo citado. Eles trocavam ideias e formulas para como fazer algo que mata-se o Korosensei.

-Suas notas em ciências são excelentes, mas...

-Mas todo o resto não entra na minha cabeça. É natural que eu tenha acabado na Classe E... Especialmente, linguas.–Okuda completou, um pouco para baixo. –Eu nunca sei de qual forma eu devo organizar as frases, ou como expressar meus sentimentos a alguem... –Seu rosto começou a ficar mais alegre. –Mas eu estou bem com isso. Afinal, equações e formulas sempre tem a resposta correta. Eles não tem jogos de palavras confusos, ou emoções complicadas.

-De fato... –Korosensei pegou um papel de sua roupa e entregou a Okuda. –Nesse caso, eu lhe darei uma tarefa. Cuide dela com cuidado!

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-Então, ele pediu para que trouxesse esse veneno para aula? –Kayano perguntou enquanto encarava o frasco que Okuda carregava.

-Sim! Ele disse que teoricamente é o que funcionaria melhor! –Okuda respondeu feliz. Nagisa leu a historia em sua mão.

-Ele até mesmo fez um mangá, dizendo como armazenar o veneno corretamente... Ele é sempre cuidadoso. –O azulado comentou enquanto lia, um pouco de suor escorrendo no rosto.

-Um veneno que ira mata-lo? Em que diabos ele esta pensando? –Sugino perguntou mais para si do que para alguem responder, mas Okuda escutou.

-Eu tenho certeza de que ele está tentando me animar! Acho que ele quer que eu acredite em minhas habilidades, mesmo que seja ruim com línguas. –Ela disse ainda feliz. Hayato se inclinou para o frasco e o cheirou, sendo rapidamente impedido pela dona. –Não faça isso! Você pode morrer!

-Isso não cheira a veneno para mim... Nem parece com essa cor.–Hayato comentou, cocando o nariz. Sugino riu.

-E como você sabe como cheira o veneno? –Sugino perguntou de forma irônica, Hayato simplesmente o encarou.

-Sempre que eu sinto cheiro de veneno, eu começou a espirrar. Quase como se fosse uma forma de defesa. –O moreno respondeu direto, deixando o jogador sem falas.

-Isso já nos salvou bastante. Teve uma vez que nos passamos por um local que estava começando a ficar toxico e, graças ao nariz do Hayato, evitamos o pior. –Nagisa explicou e se aproximou do moreno. –Talvez seja um veneno perigoso para o Korosensei, mas sem efeito para nós?

-Hum... Ainda acho que não é veneno... –Hayato sussurrou, Korosensei entrou na sala naquele instante. –Já que ele esta aqui, por que não entrega? –Ele perguntou, apenas para perceber que Okuda já estava na metade do caminho.

-Eu trouxe, Sensei! –Okuda entregou o frasco, que Korosensei rapidamente pegou.

-Ah, ótimo trabalho. Então eu irei bebê-lo imediatamente! –O professor bebeu em um único gole o liquido. Uma forte aura surgiu quando ele fez isso e seus olhos ficaram vermelhos, Korosensei começou a rir.  –Obrigado, Okuda-San... Graças ao seu remédio, eu posso avançar para o próximo nível.

Essa aura... Nagisa, tome cuidado! Hebi falou em seu ouvido, todo o seu ser gritando cuidado com aquilo. Nagisa segurou firmemente sua mesa, assustado com o que iria acontecer agora. Hayato franziu a testa, os seus instintos diziam que aquele ser era muito forte, mas não era uma ameaça de vida, isso o deixava meio perturbado.

Karma... Não mexa um único músculo. Demon sussurrou no ouvido do ruivo, o mesmo começou a suar frio. É algo tão perigoso assim? Ele perguntava, uma mistura de excitação e preocupação. Poderoso, sim... Perigoso, nem tanto. Isso fez o Karma querer erguer uma sobrancelha, o que ele queria dizer com isso?

E então, na mesa, Korosensei virou uma espécie de bolha prateada.

ELE DERRETEU?! Toda a classe pensava. Karma e Hayato, por outro lado, simplesmente ficaram com o rosto surpreso, então era isso que “Poderoso, mas não perigoso” significava?

Bem, isso foi melhor do que eu imaginei! Hebi comentou, praticamente com um sorriso espalhado em seu rosto. Por um segundo, Hebi ficou preocupado que Korosensei se tornasse realmente uma ameaça e a sede estava enganado, que bom que foi só coisa de sua mente.

-Eu pedi que você fizesse um tônico que estimulasse minhas células a melhorar minha fluidez. –Ele foi até a mesa de Kataoka, ficando no pequeno vão da mesma. –Com liquido, eu posso me encaixar nos lugares mais apertados.

-Por que diabos você esta ai? –Kataoka perguntou um pouco apreensiva.

-Alem disso, ainda tenho... A mesma velocidade! –Dito isso, ele começou a correr na forma liquida em toda a sala. –Vão em frente! Tentem me matar!

-Eu sabia que isso não era veneno! Nunca duvide de meus instintos! –Hayato sussurrou, abaixado para evitar tanto os alunos quanto o Korosensei. Nagisa rapidamente seguiu seu exemplo, definitivamente ele não queria tentar um assassinato com todos ali atacando de forma desesperada.

-V-Você me enganou, Korosensei! –Okuda gritou, Korosensei ficou entre as duas paredes perto da porta no teto, um sorriso se formando em seu rosto.

-Ter aptidão verbal para enganar os outros é uma parte vital do assassinato, Okuda-San. –Korosensei disse, deixando a sala meio confusa enquanto eles se endireitavam. –Até o veneno mais potente é desperdiçado se você oferecê-lo de forma tão ingênua, na qual seu alvo poderá tomar vantagem de si. –Ele desceu do teto e começou a caminhar até suas roupas, seu olhar indo para o azulado que agora se encontrava perto de Okuda. –Nagisa-Kun, como você tentaria me envenenar?

-Hã? Bem... –Nagisa coçou de leve o queixo enquanto rapidamente pensou em uma boa resposta. –... Eu provavelmente colocaria em uma bebida que gosta, e então oferecer como uma bebida especial que eu fiz.

-Exatamente. Para enganar alguem, é necessário compreender seus sentimentos e comunicar-se com eles criativamente.–Korosensei rapidamente entrou em sua roupa, começando a ficar na sua forma solida novamente. –Linguagem é a palavra-chave para um envenenamento efetivo. Algum dia, seu talento cientifico será útil para todo. Então, para explicar claramente isso ás pessoas, eu espero que continue desenvolvendo suas habilidades de comunicação para envenenar alguem.

-C-Certo! –Okuda disse, refletindo as palavras de seu professor com um sorriso no rosto.

Mesmo um estudante manuseando um poderoso veneno,

É impotente perante o Korosensei

-Como eu pensei, o assassinato é o ultimo de seus problemas agora. –Karma comentou, fazendo o Hayato se levantar bruscamente.

-O que me lembra... –Ele vasculhou sua bolsa como louco e tirou uma garrafa termica, se aproximando do professo. –Aqui Korosensei! Essa é a minha criação, espero que você goste!

-Er, Hayato... Eu não acho que ele vai cair nesse truque agora que Nagisa o revelou... –Kayano comentou, fazendo o moreno a encarar confuso.

-Do que esta falando? –Ele perguntou curioso, Korosensei abriu a garrafa e bebeu o liquido rapidamente, deixando a sala meio chocada.

Espera ai, você acabou de dizer como funciona o truque e mesmo assim ele aceita? Hebi definitivamente estava indignado com aquilo. Nagisa, por outro lado, estava curioso, o que Hayato tinha colocado naquela bebida? Korosensei ficou quieto por alguns, como se estivesse agindo em seu interior o efeito daquela bebida.

E então, ele começou a chorar.

-D-Delicioso! Sem duvida o chá gelado mais delicioso que já provei! –Ele dizia enquanto chorava, Hayato suspirou feliz.

-Que bom que gostou, parece que meu chá gelado continua conquistando o coração das pessoas, não é verdade? –O moreno deu um pequeno sorriso enquanto observava o professor chorar, Nagisa rapidamente se aproximou do Hayato.

-Esse era... O Chá Gelado do Lobo Selvagem? –Nagisa perguntou curioso, Hayato rapidamente assentiu. Os olhos do azulado começaram a brilhar. –Ainda tem um pouco?

-Claro, sei muito bem como você gosta dela... –Ele olhou para toda a turma. –... Na verdade, por que cada um não prova um pouco? Eu trouxe o bastante para todos! –Ele abriu a mochila novamente e pegou vários frascos, começando a distribuir para toda a turma o chá.

-Uau! I-Isso é incrível! –Sugino comentou, a sala inteira parecia concordar com isso. Hayato deu um pequeno sorriso antes de entregar a Okuda.

-Da próxima vez, você vai conseguir. Não desista, Okuda-Chan. –O moreno sussurrou em seu ouvido quando entregou a ela o copo, a mesma sorriu agradecida.

Acho que ainda é um sonho distante,

Toma a vida de nosso professor.