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História Anti-Amor - Raízes


Escrita por: OliverLestrange

Notas do Autor


Hellow! Não tô morta, não desisti da história e mil desculpas pelo sumiço!
Minha faculdade sugou minha alma e finalmente as férias chegaram! Então prometo atualizar super esta fanfic nos próximos dias para compensar o tempo que sumi!
Um pov Mitch só pra quem lembra onde parou a história e entender um pouco da situation!
Adianto que depois desse capítulo as coisas vão engrenar entre nosso casal.
Não disse como.
Boa Leitura <3

Capítulo 13 - Raízes



Nova Iorque - USA - por volta das 07: p.m – Mitch Rapp
As coisas eram mais fáceis quando eu só tinha um objetivo, matar quem destruiu a minha vida. Mas depois que eu consegui as coisas se tornaram meio entediantes posso dizer, mesmo com o sentimento de dever cumprido, eu sabia que as coisas não melhorariam. Katrina não voltou quando derramei o sangue do ultimo terrorista, eu já sabia que ela não ia voltar, aquilo foi mais por mim do que por ela. Eu tinha que acabar com quem acabou comigo. Eu tinha que me vingar, mesmo sabendo que se ela pudesse opinar sobre minha decisão, teria dito para eu seguir em frente de modo lúcido.
Mas eu enlouqueci dia após dia.
Ela sempre enxergou o lado bom das pessoas e eu me encantei muito por ela, eu era um fodido, sem pais e talvez sem amor até conhece-la. Ela estava sentada em um banco da faculdade, com óculos maiores que boa parte de seu próprio rosto e um livro enorme nas mãos. Ela fazia direito. Eu, engenharia. Ou pelo menos o começo dela. 
Eu me aproximei e começamos a conversar, ela era tão linda. Eu me apaixonei assim que bati meus olhos nela e não desisti de tê-la comigo. Ela me apoiou quando abandonei a faculdade para me virar trabalhando, eu fui a formatura dela, ficamos lindos na foto juntos usando aquelas roupas sociais, ela usava azul, combinava tão bem com ela. 
Eu demorei três anos para perceber que ela era a mulher da minha vida e que jamais iria querer estar com outra enquanto estivesse com ela, então tive a ideia brilhante de tirarmos férias e viajar. Foi ali que eu errei. O dia que por um instante foi o melhor da minha vida, se transmutou no pior, onde eu assisti de camarote ela se ir, os olhos se perderem na imensidão do céu. Toda a parte colorida e boa da minha vida escorregando como areia da praia entre meus dedos.
Sem mais uma palavra, sem mais um eu te amo, ela se foi. E eu queria ter me ido também, mas nem pra terrorista aquele imbecil serve.
O tempo passou para todos depois daquilo, fiz escolhas que Katrina jamais iria admitir que eu fizesse, ela era contra justiça com as próprias mãos, era contra essa matança desenfreada que eu fazia. Mas eu não posso fazer nada Katrina, eu preciso tapar um pouco o buraco que você deixou.
Suspiro olhando pela sacada do apartamento, aquele era nosso apartamento, dirigi por algumas horas até Nova Iorque para poder pensar. Eu gostava dali por mais mórbido que fosse. Ali tinha o jeito dela, tinha o cheiro dela, foi ali que moramos por um ano, eu trabalhava e ela começava sua incrível carreira de advogada. Os móveis foi ela quem escolheu, até aquele quadro estranho de cavalos correndo num misto de laranja e azul.
Meu celular vibra, a central me ligando mas eu não atendo. Desligo o celular, eles podem se virar sem mim.
Martin.
Por que ela sempre vem em minha cabeça tão rápido? Há tanto tempo não sentia isso, alguém invadindo meus pensamentos do nada, fazendo que eu imagine coisas, coisas que eu só queria fazer com uma pessoa.
Malditos hormônios masculinos e vontades biológicas.
Lydia estava me deixando louco, de um modo que eu não ficava há muito tempo, como alguém pode mexer desta forma comigo? 
Andei até o notebook e busquei o perfil da agente nos arquivos da CIA, lá estava seu perfil, suas missões, seus documentos, suas habilidades, idade e em seguida todas as fotos atualizadas desde que adentrou a agencia. 
Fui na mais antiga, obviamente ela era mais jovem, havia entrado um ano antes de mim. Fiquei olhando fixamente a foto, os olhos carregavam olheiras que eu bem conhecia: pesadelos. Os cabelos eram curtos, dando um toque jovial, o rosto era mais delicado, parece que os anos endureceram a pobre ruiva. Passei de foto em foto, a cada ano o cabelo maior e a mandíbula mais trincada, os olhos, eles também mudaram, havia escuridão e raiva neles, se eu olhasse minhas próprias fotos talvez eu visse a enorme semelhança. 
O que teria a feito entrar na CIA? Eu sabia que era pelo mesmo motivo que eu, vingança. 
Busquei nos arquivos familiares, Irene me mataria se soubesse que havia hackeado seu “tão seguro” sistema de informações.
O pai morreu quando ela ainda era uma criança segundo as datas. Já a mãe...  morreu em 28 de julho anos depois, ela já era praticamente uma mulher formada, a mãe dela se suicidou. 
Lydia era órfã, isso explicaria ter entrado na CIA depois.
- Stiles. – sussurrei buscado por esse nome, ele deveria ter alguma coisa haver com o motivo de ela ter entrado, mas estranhamente nada era citado, nenhum namorado, irmão ou amigo, nada. Era como se ela tivesse entrado por que quis? Ela não era pobre, nem nada do tipo, eu poderia notar isso.
Passei as mãos pelos cabelos, Lydia Martin estava se tornando um mistério ensurdecedor, eu precisava saber suas origens, algo nela me incomodava, algo nela me fazia ter palpitações ridículas, algo nela mexeu comigo e eu não acredito que eu possa estar deixando isso acontecer. 
- Ela não é Katrina, você não pode a querer. – disse em voz alta na esperança de aquilo fosse esclarecer essa coisa estranha que anda acontecendo comigo.
Meu celular vibrou novamente sobre a mesinha que meu notebook estava depositado, se arrastando lentamente pela mesa, suspirei longamente e peguei o aparelho entre os dedos.
- Diga. – disse com a voz seca.
- Até que enfim apareceu a margarida. – disse Theo me fazendo revirar os olhos – Onde você está cara?
- Nova Iorque. – o silêncio do outro lado da linha sinalizava que Raeken sabia que eu precisava pensar, por isso estava ali, ele demorou um tempo até voltar a falar.
- Precisamos de você, Martin sumiu. – no mesmo instante meu coração deu uma leve acelerada, a menção do nome dela me causava isso agora. Coisa a qual me deixava irritado. 
- Como assim sumiu? – bradei quando minha mente assimilou o que aquelas palavras significavam – Quando isso? – meu tom era explosivo, corri em busca das chaves do meu carro, as pegando no mesmo local que havia as abandonado quando cheguei, sob o balcão branco da cozinha.
- Não sabemos, Irene não consegue a contatar, até pensamos que estivesse com você, mas pelo seu tom de surpresa vejo que não. 
- E os rastreadores? – parei antes de abrir a porta de entrada.
- Ela desligou.
- Ou desligaram. – falei pensando no pior. Lydia era impulsiva, maluca, e não ligava se estaria viva na manhã seguinte. Assim, poderia muito bem ter ido sozinha em busca dos Lodge, ou se metido em algo perigoso e burro. Coisa na qual ela amava se meter. – Qual foi a última vez que ela foi vista ou localizada?
- Algum lugar de Boston hoje de madrugada. – já girava a maçaneta quando parei bruscamente, se estivéssemos num desenho animado uma lâmpada acesa apareceria sob minha cabeça.
- Tenho que ir.
- Você sabe onde ela está? – ele perguntou.
- Diga a Irene que não. – e desliguei meu celular.
Desliguei o rastreador e larguei as chaves do carro ali mesmo, deste modo Irene não saberia aonde eu estava indo e muito menos teria uma pista de onde seria. 
A ruiva não queria ser encontrada e agora eu sabia disso. Ela também queria um tempo sozinha para pensar em um lugar familiar.
Assim como eu, ela estava perdida sobre o que estava acontecendo.
E assim como eu, ela queria retornar as raízes.


Notas Finais


E ai o que acharam?
Um pouco da visão do Mitch sobre o que está acontecendo e porque ele sente que está "traindo" a Katrina se ficar pensando na Lyds, mas que mesmo assim, ele não consegue tirar ela da cabeça.
Em breve capítulo novo, um beiijo, um queijo e até o próximo capítulo!


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