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História Antichrist - Vhope (em análise) - Nove


Escrita por: Legendior

Capítulo 9 - Nove


Assim que abri os olhos, senti uma onda de calafrios ao ver o olhar sério do Kim em minha direção.

Então, ele se inclinou e disse: — Seus pensamentos estão pecaminosos, o que você tem? 

Prendi o lábio inferior com os dentes de cima, e então, tomei coragem para caminhar até ele. Suspirei, quando o alito quente do Kim bateu contra o meu rosto, causando-me arrepios pelo corpo, a temperatura do inferno era muito quente, mas, era algo suportável. 

Mas, agora aparentava estar ainda mais. 

— Eu vim até o inferno, eu mereço algo antes de ir. - deslizei a ponta do dedo indicador pelo tecido de seu sobretudo, logo em seguida, comecei a fazer alguns círculos imaginários em seu peito. — Já que eu estou aqui, a gente podia... aproveitar. 

Nem eu sabia de onde toda aquela coragem e falas ousadas saíram. 

Taehyung olhou-me sugestivo e riu maléfico; ele havia entendido o que eu queria. 

A visão de Hoseok com uma expressão em falsa inocência na frente do Kim, estava o fazendo tremer. 

— Eu não sei se atos impensados, trarão consequências. — sussurrou contra o meu ouvido, mordendo o lóbulo suavemente. 

Se antes Kim estava irritado, agora ele já não estava mais. Talvez ter Hoseok ali, não fosse tão ruim assim. 

O loiro gemeu e fechos olhos, sentindo cada pontada nervosa que aquele simples gesto havia causado, além de um calor substancial que o garoto era incapaz de ignorar. 

Hoseok sorriu, ao sentir a ponta do nariz do moreno raspar de seu pescoço até sua bochecha, enfim chegando nos lábios alheios para roubar-lhe um beijo delicioso demais para ser negado. 

Arrepiou-se ao escutar o gemido do Kim, um som grave e rouco, enlouquecedor; se afastando minimamente, apenas para olhá-lo nos olhos. 

— Acho que deveríamos aproveitar. 

Taehyung era cafajeste e sacana, não perderia aquela oportunidade assim. Era errado? Muito. Mas... ele não ligava. Deveria aproveitar ali e o agora, as consequências, ele pensava depois. 

Jung apertou os braços contra os ombros largos do mais alto, pois a vergonha de ter sugerido e pensado em algo tão ousado, estava presente.  

— O que o pastor diria agora, se visse você tão entregue a mim? - murmurou o Kim, serpenteando sua mão pela barriguinha alheia, até chegar no cós das jeans claras. 

Entretanto, não apenas se limitará a ficar tocando o tecido; simplesmente avançou a dentro e passou a brincar com o elástico da cueca branquinha que o mais baixo usava. 

Hoseok gemeu ao sentir um aperto incomum em seu ventre, nunca deixando seu olhar. 

Por que? 

Ele não sabia. 

Só desejava o Kim, como nunca antes. 

Taehyung rosnou e capturou os lábios alheios, usando sua mão que não estava dentro das calças do loiro, para segurar um punhado de seus cabelos e mantê-lo firme no lugar. Jung soltou a respiração de uma vez, abrindo a boca sorrateiramente para deixar a língua do moreno entrar. 

Estava embriago pelo cheiro do Kim, ele estava em toda parte! Hoseok poderia ficar sentindo aquele cheiro por bastante tempo, assim como percebeu que poderia beija-lo por horas à fio, sem sequer pensar em parar. 

Por que os lábios do moreno chegavam a ser mais viciantes do que os seus toques, que seu cheiro e que seu charme. Eram os primeiros que Jung beijaria! Os primeiros que se interessaram pelos dele, que ousaram se aproximar. 

E o loiro estava maravilhado com tudo aquilo.

Por seu beijo; seu toque; por ele. 

Estava enfeitiçado/encantado pelo filho do Diabo, e a prova viva disso, era dele estar agora no inferno, beijando o homem. 

Ainda nervoso e com os dedos trêmulos, o menor puxou o outro para mais perto, sentindo os finos fios de seu cabelo macio os roçando. Era um cabelo muito macio, então foi quase impossível Hoseok não começar a acaricia-los e receber para aumentar ainda mais seu libido, mais um de seus gemidos roucos que causaram arrepios em sua pele. 

Em todo o seu corpo, para ser mais sincero. 

— Taehyung... - gemeu, incapaz de fazer qualquer outra coisa para explicar o quão quente estava se sentindo. 

— Eu sei, loirinho. - Kim rosnou, dando uma mordidinha nos lábios inferiores alheios, antes de se afastar minimamente. Sua respiração quente colidia com a de outrora. — Eu sei...

Parando de brincar com o elástico da cueca alheia, Taehyung sem esforço algum, abriu o zíper da calça do Jung e pediu para que levantasse o quadril.  

A calça do loiro foi descida até os joelhos, e a mão grande do Kim pousou sobre o ventre alheio, pedindo silenciosamente para que o garoto se deitasse completamente na cama. 
 

E é claro que o loiro fez com que fôra pedido. 

Hoseok nem ao menos havia percebido ter uma cama no cômodo escuro, agora com algumas tochas acesas num passe de mágica, ele puderá observar melhor o local, era um quarto com paredes gastas, a cama era rústica e os jatos de fogo que saiam do chão, atrás da cama, deixava o cômodo com uma boa iluminação. 

Completamente quente. 

— Que merda!. - a voz sussurrada do Kim contra a minha clavícula, fez algo dentro de mim acender. 

Alguém havia batido na porta e acabado com todo o nosso clima, eu poderia rir da carranca que Taehyung tinha em seu rosto por ter sido interrompido, se não estivesse do mesmo jeito. 

Porém, agora eu estava muito envergonhado por se encontrar embaixo do homem, com as calças até os joelhos. 

Não tive outra reação a não ser tapar o rosto, estava quente e com um leve incômodo nas partes baixas; Eu podia também ver o grande volume que o Kim tinha no meio das pernas, ele também aparentava estar no mesmo estado do que eu. 

— Parece que vamos ter que deixar isso pra outra hora. - Ele disse, levantando-se e me estendendo a mão, aceitei de bom grado e arrepiei-me quando as mãos alheias tocaram novamente minhas pernas, mas, dessa vez, para levantar minhas jeans. 

Se eu dissesse que não estava frustado, seria mentira. 

Nem acredito que quase chegamos lá! 

Quase.

— Eu havia esquecido do baile infernal, e você veio justo no dia do festival. 

Eu nem sabia que tinha bailes no inferno. 

— Oque é o baile infernal? - perguntei, ele olhou-me de soslaio e sorriu ao que acabará de vestir-me novamente. 

Senti um novo arrepio passar pelo meu corpo, quando o botão da minha calça fôra fechado pelos dedos ágeis de Taehyung. 

Especificamente e unicamente ele fazia-me sentir diversos arrepios, ele era intenso e suas mãos mais ainda.

Tudo em Taehyung era intenso, é isso é o que mais me intriga e me atrai nele. 

— Bailes são conhecidos por danças e vestidos, e sei lá mais oquê. — ele explicou e foi até a porta, a abrindo.

Eu sabia o que era um baile. Não perguntei nesse sentido. 

Uma gárgula estava parada ali, um pouco constrangia por notar a minha presença também dentro do quarto. 

Ela perceberá pelo olhar duro do Kim sobre ela, que, havia interrompido algo e que ele estava irritado. 

— Sinto muito pelo incômodo senhor, mas, o baile infernal já vai começar e o senhor Satanás exige sua presença. 

A gárgula curvou-se e saiu em disparada, Hoseok ouviu a risada maléfica do Kim, após o mesmo dizer algo para a criatura, andou até ele olhando-o sem entender. 

— Oque?

— Apenas dei um sustinho nela, não se preocupe. — Ele ainda ria divertido, e eu não estava entendendo nada. — Loirinho, preparado para conhecer o baile infernal? - perguntou e eu assenti meio incerto.

Não tinha certeza da minha resposta. 

Claro que, eu ainda estava com medo de estar ali, mas não era como antes, agora eu tinha Taehyung comigo. 

Não tive muito tempo para pensar, Kim entrelaçou suas mãos com as minhas, guiando-me para outro local. 

— O baile infernal é um pouco diferente. - disse assim que entramos em um grande salão. 

Nunca havia visto nada parecido. As paredes eram feitas de lava quente, que caia em efeito cascata por todos os lados. Dois grandes candelabros instalados no teto, jorravam grandes jatos de sangue, que caiam em profundas fontes espalhadas pelo chão. 

Era um salão imenso, e bem no meio de tudo, haviam sete divisórias de fogo, cada uma separava um quadro do outro.

Sete quadros, para sete pecados. 

Mesas haviam sido espalhadas em forma de pentagrama, com taças finas de cristal, banquetes individuais e ramos de flores mortas. Era uma bela decoração macabra.

Taehyung acabou me explicando que nada ali era aleatório, tudo seguia um padrão estético que seguia de acordo com os gostos de cada pecado capital. 

As mesas com banquetes individuais, por exemplo, eram fruto da exigência do pecado da gula. 

O sangue jorrando dos candelabros haviam sido exigência da ira, assim como as paredes de fogo haviam sido exigidas pela soberba. 

— Você tá muito avoado hoje. - Kim constatou, apoiando as mãos no queixo. 

Ele tinha uma postura imponente, com as costas retas, o peito estufado e os cabelos negros repartidos no meio.

Prendi a respiração quando ele segurou meu queixo com sua mão e me forçou a olhá-lo da maneira mais suave possível, tão concentrado em me observar que talvez nem estivesse percebendo que mordia a ponta da língua enquanto o fazia. 

Depois, passou o polegar suavemente por minha bochecha e manteve o olhar vermelho e brilhante sobre mim. 

Da forma mais intensa possível. 

Foi quase impossível não ficar vermelho e aquecido com uma crescente vergonha, ao mesmo tempo em que uma estranha curiosidade emergia dos confins de meu âmago, deslizava por entre minhas veias e se concentrava, alimentando meu nervosismo. 

— Você fica engraçadinho quando fica vermelhinho. - revelou, sorrindo de lado. 

Prendi a respiração, percebendo segundos depois que estava concordando. Sentia que poderia concordar com qualquer coisa que falasse naquele estado afetado de nervosismo. 

Por que ele tinha meu rosto em sua mão, e não estava se importando nem um pouco com o público que atraia. 

Com um rápido olhar ao redor, percebi que um grande círculo de monstros nos envolvia. Todos vestidos nas roupas mais medonhas que já vi, foi, a primeira vez também que vi caveiras de terno e gárgulas usando sombreiros mexicanos. 

Estávamos envolto por uma plateia de outro mundo.

Tae... - sussurrei, gaguejando ao tentar falar. — estão todos olhando.

— Talvez eu use isso ao meu favor. - sussurrou misterioso, fazendo uma breve reverência antes de me puxar rapidamente em sua direção. 

Surpreso, quase tropecei em meus próprios pés e colido com força contra seu corpo, sentindo minha bochecha contra o tecido suave de seu sobretudo e seu peito duro. 

Não tive tempo para pensar, pois ele deslizou as mãos por minhas costas, até envolver minha cintura com um aperto firme e arrepiante.

— O que está fazendo? - perguntei com os olhos arregalados, olhando para o público, depois para ele com desespero. 

— O que parece que estamos fazendo? - perguntou com um risinho rouco, mordendo o lábio com uma expressão divertida. 

Só depois, fui perceber que uma de suas mãos haviam descido um pouco mais, ficando a centímetros de distância da minha bunda. 

— Vamos dançar. 

Arqueei as sobrancelhas suando frio. Dançar?

— O baile nem começou. - expliquei. — E eu não sei dançar! 

— Quem liga? - lançou um olhar para um grupo de gárgulas, que imediatamente começaram a cantar em coro. 

“Ei crianças, venham ver! Algo estranho vai acontecer. E quem nos acompanhar, concerteza vai se assustar.” — Elas cantavam, dançando e rodopiando teatralmente 

Sem esperar alguma resposta, Taehyung deu os primeiros passos e me arrastou pelo salão, ignorando meus gritos patéticos de vergonha e minhas reclamações de como eu era péssimo em dança. 

Era verdade, eu era, mas ele seguia um compasso majestoso, nos rodando com maestria e avidez, as vezes fechava os olhos e parecia sentir a música. 

Então, as gárgulas no coral cantaram com mais animação: — “É o baile infernal. É o baile infernal! Assustar os humanos, e então se mandar, sem chorar, pois não é o fim. Começou o baile infernal”. 

Soltei uma exclamação quando Taehyung desvencilhou nossos corpos e me rodou apenas numa mão, me largando por segundos, apenas para me suspender suavemente. 

Senti — e vi — tudo aquilo em câmera lenta, e pude perceber o olhar de todos sobre mim. Todos os monstros, inclusive o olhar brilhante e intenso de Taehyung. 

Mas então, a música começou a ficar mais rápida. 

“Eu te assusto debaixo da cama, posso até puxar o seu pijama. Eu te assusto debaixo da escada, cobras e demônios dá só uma olhada. É o baile infernal...”

E conforme a velocidade se intensificava, mas rápido Taehyung dançava. 

— Taehyung! - gritei entre a música, quando ele começou a me rodar diversas vezes, como se eu fosse um pião. — Para com isso!

— Parar com o oque? - ele gritou também, animado. 

Seus olhos estavam mais brilhantes do que nunca, e por mais que exibisse um semblante convencido, havia um sorriso que mostrava todas as suas presas estampando seus lábios. 

Ele parecia, feliz...? 

— Para de me rodar! - gritei novamente, tentando me soltar. 

Seu aperto ficou mais forte, ao que ele voltou a me puxar contra seu corpo. Ele voltou a por suas mãos em cada lado de minha cintura, se agachando levemente. 

Arqueei as sobrancelhas, suado e ofegante, pensando que ele iria apenas me suspender mais uma vez, entretanto, ele me lançou um sorrisinho maldoso e, literalmente, me lançou para cima, como se eu fosse uma pequena peteca em suas mãos. 

— Meu Deeeeeeeeeee... - gritei, olhando para todos os lados e batendo os braços como uma galinha sem asa, procurando qualquer coisa para me segurar. — eeeeeus! 

Olhei para baixo e me senti enjoado quase que imediatamente, naquela hora, todos pareciam pequenos demais. Eram vultos monstruosos, os monstros riam e aplaudiam, cantando a música em coro. Alguns dançavam, rebolavam e tremiam os esqueletos, acenando em minha direção com seus sombreiros mexicanos engraçados. 

Gritei, desesperado, fechando os olhos diante de uma queda iminente... mas, não cai. Percebi que apenas balançava no ar, como um sino de porta avisando a entrada de um visitante. 

Diante disso, abri apenas um olho primeiro, hesitante sobre o que iria acontecer. Nada, apenas eu. 

Foi só quando olhei pra cima, que percebi que havia conseguido me segurar em um dos vários candelabros do salão. 

“É o baile infernal!” As gárgulas cantavam, rodopiavam e faziam uma espécie de break dance. 

E eu estava apavorado. 

— Solte-se do lustre!  - gritou Taehyung, de braços abertos abaixo de mim.  

Neguei, piscando com força. Estava sentindo o suor escorrendo por todo meu rosto, por todo o meu corpo, e para o meu desespero, ele molhava minhas mãos, deixando-as lisas. 

Logo, eu cairia a qualquer momento. O que não tardou a acontecer. 

— Taeeeeee... - gritei, me debatendo no ar com horror.

— Ele vai se quebrar inteiro! - gritou um monstro, animado. 

— Espero que a cabeça dele saia do corpo! - gritou outro.

Então, vários outros começaram a especular a minha tragédia. 

— Ninguém vai se quebrar aqui! - bradou Taehyung, lançando uma espécie de lâmina no meio dos dois monstros, que no mesmo momento engoliram seco, temerosos. 

Ele foi rápido em me pegar com apenas um braço, da maneira mais suave e delicada possível. Parei de gritar quase imediatamente, deixando o último “G” mudo de seu nome sair como uma exclamação, de surpresa e alívio, fungando baixinho. 

Exaurido, deitei minha cabeça contra seu peito e me permiti tentar recuperar minha respiração, pois parecia que ela havia ficado pendurada juntamente com o lustre. 

— Respira... - Taehyung aconselhou, passando o polegar macio por minhas bochechas suadas. 

Lancei-o um olhar mortal. — Eu pensei que fosse morrer...

Ele deu de ombros. — Nunca deixaria isso acontecer. 

Sei... - resmunguei, fechando os olhos com força.

Aquela simples frase, deixou-me de coração quentinho. 

Estranhamente, além de toda a exaustão, meu corpo continuava quente como o fogo, em um estado eufórico de adrenalina. Aquilo havia sido a coisa mais louca que já havia feito em minha vida! E, por mais que eu quisesse negar, havia sido emocionante. Nunca, nunca, iria esquecer da sensação de voar pela primeira vez. 

Taehyung havia me feito voar. 

Ele abaixou o olhar e ficou parado, me olhando com a maior concentração do mundo, e eu também. Estava tão eufórico, tão animado e tão... quente. 

Olhei bem no fundo de seus olhos vermelhos, sentindo sua intensidade me causando tremores velados, e por mais que eu defendesse veemente minha inocência, sabia que não havia nada inocente no jeito que me olhava, no jeito que analisou cada traço de meu rosto. 

Ou como deslizou o polegar lentamente de minha bochecha, até meus lábios. Esfregando a ponta de sua unha, contra eles. 

Ninguém percebeu, mas notei quando sua respiração ficou mais pesada. Quando seu aperto ficou mais forte e seu polegar ficou mais incisivo contra meus lábios. 

Estávamos envolvidos em algo sensual de tirar o fôlego.

— Acho que você pediu para a bruxa que te ajudou, um feitiço de encanto. - ele sussurrou, lambendo os lábios rapidamente. 

— O que? - arqueei as sobrancelhas, ofegando diante de seu olhar. 

Não é possível alguém ser tão fascinante assim...

— Tae... - sussurrei constrangido, conseguindo finalmente, recuperar o compasso da minha respiração. 

— Estou brincando. - mordeu o lábio, soltando um risinho. — Eu já estava assim antes... Mas, pensava que não. 

Um de seus braços deslizou por minhas costas e segurou minha cabeça, trazendo meu rosto mais próximo ao dele. 

— Taehyungie... - avisei. 

O salão estava em silêncio total, o que significava que todos haviam parado o que estavam fazendo, somente para nos observar. 

— Todos estão olhando! - murmurei, tentando repreendê-lo. 

Ele sorriu e se inclinou para me roubar um selinho rápido, quase inexistente. Parecia que estava testando o caminho antes de atacar. 

— Eu sei. Estou contando com isso. - revelou. 

— Por quê? - engoli em seco, olhando-o fixamente. 

Deu de ombros. — Assim você não vai negar...

Cerrei os olhos, vendo seu rosto se aproximar cada vez mais. 

Eu nunca negaria um beijo dele, era tudo que eu mais queria na vida, ficar beijando ele pra sempre. 

Delicadamente, juntou seus lábios macios aos meus, não havia nada de violento.

Assim que ele raspou sua língua em meu lábio inferior, senti como se tudo ao meu redor se movesse em câmera lenta, como vultos e desfoques. Não havia mais nada ali, além de Taehyung e seus lábios.

Ele se afastou minimamente, deixando um rastro de saliva conectando nossos lábios. 

— Deixe-os olhar. 

Com as bochechas vermelhas, concordei e fechei os olhos, voltando a sentir seus lábios quentes contra os meus. 

Nervoso, coloquei uma de minhas mãos em seu ombro, eu precisava me apoiar em algum lugar, e como ele não negou, nem mesmo reclamou, cravei minhas unhas contra o tecido que cobria sua pele, descontando toda a minha frustração, animação e assombro. 

Por que todos estavam olhando, calados, eu beijar o filho de Satanás, o príncipe do inferno. 

Por momentos, ficamos apenas assim: seus lábios fazendo pressão contra os meus. Quando ele tentou avançar um pouco mais — oque eu não iria negar — uma voz nervosa soou no microfone.

Era Rubel. 

Er... Senhoras e senhores! - gaguejou, tossindo em seguida. — Vamos dar início ao baile infernal, gostaria de agradecer o apoio de nossos grandes empresários monstruosos, que estão entre nós agora, mas... É com grande, grande, grande prazer que eu os introduzo nossos oito tronos. 

— Droga, agora? - Taehyung resmungou, deitando sua testa contra a minha com um suspiro enraivecido. — Essa gargulazinha me paga! 

— Recebam com todo o ódio presente em vocês, os sete pecados capitais e a semente de satanás! - Rubel continuou batendo suas mãozinhas animadamente. 

Taehyung me pós no chão e fez uma careta ao se afastar. 

— Preciso ir agora, mas no final do baile, lhe levarei até um dos cemitérios. - ordenou, ajeitando sua calça rapidamente. — E dessa vez, ninguém vai nos interromper. 

Fiquei aliviado ao perceber que ele estava tão ofegante quanto eu. 

— Cemitério? - resmunguei, por que a um cemitério? 

— Você vai adorar... 

Ele se aproximou como um raio e pegou um punhado de meus cabelos, trazendo meu rosto para perto, apenas para morder suavemente meu lábio inferior. 

— Oh! -exclamei, sentindo minhas pernas bambas.

— Espere por mim, anjo. 

Ele deu as costas e seguiu em direção a um grande palco que emergia. Ele era feito completamente de larva, e trazia junto de si, os oito tronos, e sete bandeiras. 

Por que o Kim não era um pecado capital, para ter uma. 

— Espero que aproveitem o espetáculo! - gritou Rubel, largando o microfone e saindo às pressas do palco. 

Então, antes de algo a mais acontecer, a larva das paredes perdeu o brilho e todas as luzes apagaram, deixando-nos no completo escuro.

Que espetáculo?


Notas Finais


Trolei vocês, não foi dessa vez que tivemos hot vhope, mas os beijinhos compensam. hahahaha 💚


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