1. Spirit Fanfics >
  2. Any Colour You Like. (HIATUS) >
  3. Capítulo 43

História Any Colour You Like. (HIATUS) - Capítulo 43


Escrita por: expressionism

Notas do Autor


*ATENÇÃO, LEIAM*
(ADIVINHA QUEM COMPROU UM LIVRO GAAAAAAAAAY?? Exato. EU, EU, EU, E EU.) ヘ(= ̄∇ ̄)ノ
Primeiramente, queria me desculpar pela demora do capítulo, eu andei passando por vários problemas, tanto fora de casa, como dentro mas nenhum me deixava tão mal como os meus problemas emocionais e tal. Não andei passando pelo melhor dos humores e nem com aquela "puta felicidade". (っ- ‸ – ς)
★ Decidi que esse capítulo seria um pouco mais diferente dos outros, pois esse capítulo vai se tratar dos meus sentimentos e também de um fato que aconteceu e me abalou também. ∩(︶▽︶)∩
★ Vocês vão perceber bem quando eu estarei falando sobre meus sentimentos já que estará em itálico/negrito. :)
★ ESSE CAPÍTULO TERÁ INSINUAÇÃO SEXUAL, anyway, espero que gostem. (gΦ皿Φ)g〃
★ Todas as vezes que essa estrelhinha (★) aparecer no capítulo é porque a letra é de uma só música. :33
★ Se quiserem podem escutar a música "Stuck On The Puzzle" (Alex Turner) ou If I Were - Same But Different (Vashti Bunyan), eu super aconselho.
Enfim, meus amores, espero que gostem do capítulo.
Jashin e StarClan mandam um beijo cheio de purpurina para cada um de vocês, meus gatinhos e gatinhas lindos (as).(๑ↀᆺↀ๑)✧ #SASODEIMEADOTA (★^O^★)

Capítulo 44 - Capítulo 43


Você já se sentiu a dor de ser traído por quem confiava?

Sentiu todos virarem as costas para você quando você precisava?

Já sentiu o gosto de suas próprias mentiras, saírem de sua boca e queimarem dentro de sua prisão obscura, 

onde você machuca, fere e sangra pessoas inocentes.

Com uma simples mentira.

Com uma simples palavra, na qual um dia, eu, pessoa que estava ao seu lado sofreu a pior das traições.

Ninguém vê as coisas que eu faço enquanto morro lentamente dentro do seu deleite de mentiras.

E eu te dei mais uma chance, para você me humilhar de tal jeito.

Quis lutar, mas fui fraca e quando chorava, você nada falava. Se colocou de vítima e me fez sofrer calada, 

haviam dias que eu preferia morrer do que viver a ilusão de colocar um sorriso mentiroso.

E confiei em você.

Agora vejo quem realmente é.

3 de outubro, Konoha. (03:15 a.m.)

Sozinho.

Apenas na escuridão, traços brancos quais representavam minhas veias enquanto eu, que deveria estar assustado, estava calmo. Ao longe, eu escutava um barulho de uma torneira mal fechada, infelizmente o barulho era tão estrondosamente alto que chegava a quase me ensurdecer juntamente com a sensação de não poder respirar, tentava gritar mas ninguém me ouvia, apenas ouvia-se as palavras “mentiroso” diante de todo aquele breu. Não adiantava correr pois eu não saia do lugar.

Eu estava sozinho amarrado em correntes de mágoas passadas, sem racionalidade tentei chutá-las e pedir ajuda, mas eu estava rouco então nada adiantava.

Oh, mas quem poderia imaginar que aquele pudesse ser meu fim?

- Mas que vergonha, un! – Disse para mim mesmo.

Ao ficar liberto, nada fiz, lágrimas caíam de meu rosto melancólico. Uma água negra como o breu e alguns reflexos da luz branca de minhas veias reluziam sobre toda aquela escuridão, o líquido fresco apenas chegava um pouco nas solas de meus pés.

***

Acordei. Havia tudo sido um sonho, estava tudo bem, mas aquela sala... Eu não a reconhecia muito bem, ao olhar para o lado, vi Sasori dormindo perto de mim foi apenas preciso a imagem do ruivo dormindo para eu lentamente me lembrar do que havia acontecido anteriormente.

Ah, sim. Eu havia passado minha quinta e sexta na casa de Sasori, a tevê continuava ligada e meus olhos doeram por causa da baixa claridade vinda apenas do aparelho, olhei para minha mão e me deparei que ele agarrava minha mão enquanto dormia como uma criança agarraria seu ursinho de pelúcia. Me abaixei até a altura de sua testa, afastei sua franja e lhe dei um beijo.

Eu sussurrei:

- Eu te daria todas as estrelas desse céu da madrugada, un. – Senti minha cara esquentar ao sentir a mão do mesmo fazer um pouco mais de pressão.

“É. Eu realmente te amo, Sasori.”

***

(12:40 p.m.)

- Acorde, idiota. Vai nos atrasar. – Acordei com a voz sonolenta de Sasori, ele parecia estar nervoso com alguma coisa e essa coisa era provavelmente estar atrasado.

- Hun? – Murmurei.

- Esqueceu que vamos na galeria de arte hoje? A galeria abre hoje e devemos estar lá em cerca de meia hora pois é sábado e deve estar lotado! – Disse ele colocando algumas coisas numa mochila laranja e segurando alguns grampos com a boca, logo em seguida ele colocou em sua franja para não lhe atrapalhar a visão.

Me levantei e o abracei forte, fazendo sua bochecha amassar-se contra a minha, nos beijamos em seguida e depois ele passou seus dedos finos em minhas madeixas loiras, deu um suspiro e foi para o banheiro me deixando na sala para me trocar.

Fiquei apenas de cueca na sala enquanto observava as mensagens que algumas pessoas haviam me mandado, o ruivo entrou na sala de novo e quase teve um derrame enquanto ficava super vermelho pela vergonha que lhe consumia lentamente.

- Sorria! – Peguei meu celular rapidamente, colocando na câmera e tirando uma foto da linda cara vermelha dele, que logo me bateu e em seguida dei uma risada calorosa, o beijando quando o ruivo se deu de despercebido .

Troquei logo de roupa caso contrário ele ficaria mais adoravelmente bravo, pegamos carona com Chyo que estava indo logo em seguida no mercado, durante a carona ficamos discutindo sobre qual arte era melhor, uma arte eternal ou uma arte passageira. Eu passei a aceitar a arte eternal de Sasori, mas ele nunca se quer admitiu que arte é passageira e isso gerava em várias briguinhas desnecessárias.

Chegamos bem rápido na galeria, mas não fomos um dos primeiros e esse fato intrigou Sasori, colocando a culpa em mim e me dando um leve tapa em seguida puxando meu longo cabelo loiro, pois eu havia zoado ele de baixinho o irritando ainda mais. Parecíamos duas crianças de cinco anos brigando.

- Você fala alto demais, Deidara, não pode entrar caso continuar assim. – Brincou me abraçando, o abracei de volta.

- É uma pena, Danna, pois eu prefiro falar alto do que ser baixinh- AI! – Não puxe meu cabelo! – Bati em seu braço não muito musculoso.

Ele riu e eu corei com seu sorriso, o sorriso branco e alinhado do ruivo era simplesmente perfeito, o mesmo passou em minha frente fazendo com que seu perfume forte inalasse minhas narinas e eu sentia o prazer de amá-lo.

Ficava fazendo gracinha de algumas pinturas e o quão melhor elas ficariam caso fossem explodidas, o mesmo balançou a cabeça decepcionado e eu ri ainda mais, observando seu cabelo ruivo ainda bagunçado. Gentilmente peguei em sua mão o fazendo dar um leve sorriso, as “borboletas” em minha barriga só cresciam enquanto eu olhava para as pinturas pensando em Sasori, pensando nos seus lábios macios e quentes.

Passávamos pelas galerias, admirando cada obra magnifica de arte traga por gênios, sentia a brisa fria do ar-condicionado fria assim como a frágil mão de Sasori qual os dedos estavam entrelaçados com os meus. O ruivo olhou em meus olhos e perguntou firme:

- Você quer tomar um café? – Perguntei e assenti com a cabeça.

***

Feche seus olhos, se imagine numa piscina ainda com suas roupas sendo molhadas lentamente pela água morna e sua pele arrepiada pelo clima não muito frio, você está boiando, está de noite e olha para as estrelas, dê um suspiro, quem sabe precise. Está passando por um tempo difícil? Bem, seu corpo agora fica pesado e você se deixa afundar pela água, mergulhando, seus lábios se movem todos escutam suas palavras frágeis, mas ninguém escuta seus mais escandalosos gritos.

Sou um espírito jovem e selvagem, se mexendo, deixando com que meu amado me beije serenamente, calmo, juntamente a sua mão em minha nuca me puxando mais para perto de si, sua boca na minha e a perfeita divisão de saliva, com o preenchimento de amor. Ao abrir minha boca para deixar com que Sasori aprofunde o beijo, deixando com que nossas línguas timidamente se encontrem, sua mão ainda na minha, a sensação de estar sendo correspondido era magicamente incrível. Pela falta de ar nos afastamos, dei um sorriso para o ruivo.

Você já se sentiu melancólico, não? Como é a sensação de estar afundando na água, sem fazer nada, sua respiração começa a ficar cada vez mais pesada e você continua perdido em seus pensamentos.

Voltei meu olhar para a janela do quarto, vi que o sol já estava começando a se por, as nuvens rosadas e o céu tricolor refletiam sobre o espelho perto da porta de meu quarto, fiquei um tempo pensando, ainda sentado em minha cama junto com Sasori.

- Você está bem? – Ele perguntou tirando o casaco que havia trago consigo. – Parece pensativo.

- Estou bem, Sasori. – Suspirei.

- Eu invadi a sua... “privacidade”, ao te beijar? – Questionou preocupado, colocando a mão em minha coxa, com a testa franzida, não entendendo o quê estava acontecendo.

- Apenas estava pensando em meus pais, nada demais, un. – Falei voltando minha atenção para ele e dando um selinho em seus lábios.

“Eu venho tentando muito ser de ouro

Isso me deixou para baixo e eu não acho que isso vai acontecer

Bem esqueça meus arrependimentos

Vamos voltar para onde o sol se põe”

- Where The Sun Sets. Mars Water

 

Voltamos a nos beijar, eu tinha uma leve sensação estranha , mas a ignorei, passaria meu fim de semana com Sasori e não queria que ninguém nos interrompesse.

6 de outubro, Konoha (09:45 a.m.)

Eu lentamente passava pelo corredor da escola, sim eu não queria estar na aula naquele momento, além disso, Sasori também não estava na aula mesmo, ele estava ajudando Sakura a fazer uma lição e eu estava do lado de fora, resolvi me sentar e respirar fundo enquanto ouvia as altas risadas da garota de cabelos rosados junto com o ruivo. Lembrei-me de quando eles namoravam e eu não era ninguém para o ruivo, como parecia ser inalcançável. Tirei aquilo da minha cabeça, seria apenas alguns minutos de lições, não precisava me preocupar, era apenas um ciúmes besta.

Apenas um ciúmes desnecessário, não é mesmo?

- Sabe Sasori, desde que eu e Sasuke terminamos, as coisas tem estado tão diferentes, mas olha! Agora eu tenho um novo namorado! Ele me dá chocolates e um ursinho de pelúcia também, ele não é fofo? – Ouvi sua voz feminina vinda do local, dei uma olhada breve no vidro para ver o que estaria acontecendo, ela estava muito perto dele, mas aquilo era apenas um ciúmes da minha cabeça.

Um tempo depois meu celular tocou, era minha mãe, ela havia olhado minhas notas no site do colégio, reclamava e colocava a culpa em Sasori, perdi minha paciência e acabei a respondendo num tom duro qual eu jamais havia usado antes, fazendo-a reclamar ainda mais.

- Você mudou, Deidara. Nada disso estaria acontecendo se não fosse por influência desse rapaz na sua vida, já deu uma olhada em suas notas? – Perguntou, mas eu não tinha uma resposta para aquilo, o máximo que eu poderia falar era “não”.

- Eu mudei para o meu melhor, eu mudei para ser feliz, não para ter que aguentar esse seu drama homofóbico. – Falei com raiva desligando em seguida.

Esfriei minha cabeça quando Sasori saiu da sala juntamente a Sakura que me olhou com um certo nojo, revirei os olhos na cara dela, fazendo-a me encarar.

- Oi Dei, quanto tempo, como vai seu relacionamento com o Saso-kun? Sabe, eu acho tão legal termos mais um casal gay aqui no colégio, o Saso-kun e eu ficamos conversando ontem de madrugada ele é muito engraçado. – Disse ela com um sorriso nojento em seu rosto.

- Pois é. É uma pena que ele tenha passado a noite em minha casa e eu não tenha participado da conversa de vocês, além disso, traga seu namorado qualquer dia desses aqui no colégio se puder, un. – Falei com muito desgosto na voz e peguei no braço de Sasori, o beijando em seguida.

- Eu e o Saso temos tanta coisa em comum, será que eu posso acompanhar vocês? Deve ser por isso que já namoramos...

Aquele havia sido o fim da linha, olhei para a cara da menina e depois para Sasori.

- Na verdade, Sakura, não, eu e Sasori estávamos querendo ficar sozinhos, sabe? Já tínhamos planos para essa tarde, un. – Puxei-o pelo braço, me dirigindo até a porta do colégio sem sequer olhar na cara dela.

- Deidara, o quê pensa que está fazendo?! – Perguntou Sasori intrigado. – Sakura estava sendo legal comigo!

- “Deve ser por isso que já namoramos.” Ata, comigo também, somos super melhores amigos e claro, podemos dividir você, un.

- Você está com ciúmes.

- ...Não.

“Óbvio que não, Deidara.” Pensei.

- Dei, você não precisa ficar com ciúmes... – Disse acariciando minha bochecha. – Além disso não sou sua propriedade.

Umedeci os lábios e olhei para baixo, balancei brevemente a cabeça ao sentir sua mão indo ao meu ombro.

- Sem falar que... Você fica um fofo com ciúmes.

Típico, Sasori. Típico.

- Me desculpe, isso não vai voltar a acontecer, un... – Falei ainda de cabeça baixa, com um tom baixo.

Eu me sentia bem mal por ter agido como um ciumento com Sasori, percebi meu erro e o abracei, ele demorou alguns segundos para me corresponder e tentei esquecer o que havia acabado de acontecer.

“Vacilou legal, Deidara!” Falei para mim mesmo em meus pensamentos.

***

(19:55 p.m.)

Eu estava na casa de Itachi dançando Just Dance da Lady Gaga com Tobi, enquanto isso Itachi pegava algumas bebidas para Konan e Pein, Zetsu estava no banheiro se drogando como sempre, Sasori estava mexendo no celular na nossa frente.

- Onde está o Kisame? – Perguntou Zetsu branco com uma voz super chapada.

- Meu Jashin, quanta maconha vocês usaram dessa vez? – Perguntou Hidan entrando juntamente com Kakuzu, ambos molhados pois haviam pulado na piscina da casa juntos. – Kisame está na piscina.

- Hidan... Você está tão mais claro... – Murmurou Zetsu negro.

- Por Jashin, vocês estão tão chapados. – O garoto albino revirou os olhos, eu e Tobi rimos de Zetsu e Hidan.

O albino subiu as escadas da casa, indo para os andares de cima onde ficam os quartos junto com o namorado, continuei dançando com Tobi e até tentei chamar Sasori que não quis vir, mas o puxei pelo braço e Tobi aumentou o volume.

- Manda ver Sasori! – O Uchiha menor animou.

- É Danna! – Falei rindo, fazendo o corar um pouco, começamos os três a pular como crianças em um pula-pula rindo como retardados.

O ruivo tropeçou no pé do moreno e caiu em cima de mim, fazendo-me 

cair junto com si, ficamos nos encarando por alguns segundos até o ruivo aproximar nossas faces e nos beijarmos tranquilamente, diante aquela escuridão que me cercava, apenas aparecia o ruivo em minha mente gentilmente acariciando meus cabelos louros. De repente, nem estávamos mais na casa do Itachi, parei para respirar por conta dos beijos intensos que o ruivo trazia enquanto suspirava forte, com suas mãos na minha, meus olhos azuis fechados vindos apenas o castanho de suas íris em minha mente.

Bem, bons os momentos quais você me fazia sentir-me seguro, a insegurança parecia nula ao seu lado, meus lábios cálidos agora eram beijados pelos seus.

O sentimento do paraíso percorrendo pelas minhas veias ao ter os olhos amendoados me observando e ter seus toques nas regiões sensíveis na minha pele eram indescritíveis. Talvez isso soe pervertido, é. Só talvez mesmo. Sou uma alma pura, mas almas puras também são pervertidas.

- Arrumem um quarto antes que vocês façam aqui mesmo! – Ouvi Itachi reclamar deixando um dos copos cair no chão.

- Deixa eles, Itachi. – Disse Tobi dançando em pulos de mãos dadas com Zetsu que berrava alegremente, tanto o branco quanto o negro.

- Não no meu tapete!

Sasori se levantou e riu. Ajudou-me a levantar e perguntou se eu já gostaria de ir para casa, ele poderia passar a noite dele em minha casa, aceitei sua proposta e nos despedimos do pessoal, menos de Kakuzu e Hidan que provavelmente estavam transando ou coisa assim num dos quartos, quando Itachi descobrir irá ficar morto de ódio.

Entramos no carro do ruivo que, ao me sentar no banco do passageiro, encarou o bonito céu já escuro e, de mãos dadas, pensamos em múltiplas coisas apenas naquele momento.

- Eu tenho tanta sorte de ter alguém como você, Danna, un. – Falei quase num sussurro quando Sasori deu partida, sorrimos e colocamos um alto rock indo para qualquer lugar curtir a noite que nos esperava.

O ruivo estaria bem ferrado em chegar tarde a minha casa e Chyo descobrisse, a velha não gostava muito da ideia de seu neto chegar muito tarde em qualquer lugar, independente de onde fosse passar a noite, por mais que a senhora gostasse de mim. Estava um pouco frio mas o ar do carro estava quente e nos aquecia, eu observava as bonitas paisagens de noite e o ruivo passava sua mão de maneira tranquila sobre minha coxa, me fazendo sorrir de maneira timidamente fofa para ele. Eu adorava aquela sensação, era do tipo que lhe trazia um bom sentimento do momento, a música agora estava um pouco mais baixa e lenta perante a situação fechei meus olhos apenas me deleitando cada vez mais.

Sasori riu e esvaziei minha cabeça, alguns minutos depois quais eu nem me deparei percebi que havíamos parado o carro numa rua vazia e um tanto quanto bonita, ela era escura e a pouca luz que havia nela era de cor rosa.

- Onde você nos trouxe? – Perguntei esperando uma resposta, mas ele não respondeu, apenas sorriu e saiu do carro, logo em seguida abrindo a porta para mim.

Segurou em minha mão, senti que ele tinha confiança de onde estava indo para me segurar com firmeza.

- Está com frio? – Ele perguntou ao se virar para mim e me ver de braços cruzados e pele arrepiada pelo frio, falei que sim e ele voltou para o carro, tirando um casaco negro do banco traseiro e dando-o para mim, voltou a trancar o carro.

- Obrigado, un. – Coloquei-o e o ruivo me abraçou, dando um beijinho em minha bochecha logo em seguida.

Passamos por uns prédios com luzes apagadas até chegarmos perto de um bonito lago que refletia a luz rosa, nos sentamos na grama e continuamos sem falar nada. Ficamos apenas refletindo e pensando, passando o tempo apenas pensando, calados, quem sabe pensando no quê dizer.

- Por que me trouxe aqui, un? – Perguntei quebrando o silêncio.

- Talvez porque eu tenha que te contar uma coisa... Mas eu fiquei com um pouco de vergonha de te falar a um tempo. – Falou virando a cabeça para o lado. – Seria loucura se eu já houvesse me masturbado pensando em você?

Não tive uma exata reação para o momento, queria ter falar algo mas a única coisa que vinha em minha cabeça era chegar mais perto dele e colocar minha cabeça em seu ombro, como eu fiz.

- Talvez. – Falei simples. – Mas isso não é uma das piores coisas já feitas.

O ruivo sorriu de lado, me fazendo dar uma leve risada e em seguida um abraço até continuarmos. Sabia que o mesmo se tornava um pouco mais tímido admitindo sobre coisas já feitas no passado, eu também acabei falando mais sobre a minha infância para ele, por mais que ela pudesse ser bem chata e entediante, Sasori fazia gracinhas em certas ocasiões. Deitei-me na grama junto com ele e me lembrei da vez em qual fomos ao parque de diversões, deixei escapar um sorriso.

- Já disse que seu sorriso é maravilhoso? – Disse passando a mão carinhosamente em minha bochecha me fazendo corar.

O olhei de lado, deixando com que meus olhos azuis vivos o consumissem e fazendo com que nossas mãos se encontrassem.

Voltei meu olhar para as estrelas e os fechei, tive uma ideia um tanto quanto louca.

- Você quer queimar alguma coisa? – Me voltei ficando sentado na grama e o olhando lentamente se levantar.

- O quê? – Gargalhou em seguida.

- Vamos, eu quero colocar fogo em algo, un!

- Você pode ligar o meu “fogo”.  – Ri de sua fala pervertida, mas, pelo jeito manhoso que ele olhou e falou, fez com que ficasse fofa ao mesmo tempo.

***

(00:05 a.m.)

O fogo consumia uma garrafa de vodca que havíamos comprado, eu observava as chamas com atenção, meus pensamentos estavam em branco até eu ver Sasori em minha frente, me encarando com um sorriso malicioso. A imagem do ruivo ficava maravilhosamente bonita com o fundo de chamas e seus olhos castanhos pareciam até serem mais claros por conta da luz qual o fogo trazia.

Acendi um dos fogos de artifícios e ele fez o mesmo, corremos juntos e observamos a bonita luz nos perseguir, segurando-a. Deixamos os fogos caírem no chão e falei com falta de ar:

- Está vendo como a arte pode ser passageira?

- Isso não é arte.

Revirei os olhos.

- Isso é uma lembrança eterna. – Disse.

Dei um sorriso de lado e nos voltamos para o carro, estava cansado, Sasori até foi comprar um café para mim antes que eu dormisse, mas não funcionou muito bem, a música estava lenta e o ruivo fazia um lento carinho em minha mão enquanto dirigia e eu estava jogado no banco do passageiro, observando a paisagem consumida pela escuridão da noite.

“Eu não sou o tipo de tolo ★

Quem vai sentar e cantar para você

Sobre estrelas, garota.

Mas a noite passada eu olhei para

A metade escura do azul

E elas já tinham ido embora"

E eu adormeci ali mesmo, sonhando com Sasori.

“Algo em seu magnetismo ★

Deve as ter irritado

Forçando elas a dormirem mais cedo”.

 

6 de outubro, Konoha. (08:10 a.m.)

Após passar um incrível fim de semana na casa de Sasori e dormir na cama incrivelmente confortável dele, ali estava eu em mais um tedioso dia de escola. Recebi um bilhetinho vindo de Hidan enquanto eu tentava prestar atenção na aula, sem muita emoção e também sem o quê fazer, o abri.

 “E aí, veado. Vai fazer o quê hoje à noite? Eu e o Kuzu estávamos pensando em ir jantar num restaurante mexicano hoje, se quiser, pode levar o Sasori.

Olhei para ver se o professor não estava olhando para mim, assim, eu poderia responder.

Um restaurante mexicano? Não sou o fã de comida mexicana.

Voltei a escrever no caderno e passei o bilhete de volta, em torno de um minuto depois, o pedaço de papel voltou para mim novamente.

Hum... Que tal um boliche, então?

É, é uma boa. Não vai querer chamar o restante do pessoal?” Respondi.

Pois é, seria uma ideia legal. Mas não sei se Kakuzu iria gostar de pagar tudo.

Se você quiser, eu posso ajudar a pagar.” Tentei ser humilde, gostava do casal e de meus amigos, além disso, seria legal ter ainda mais tempo para passar com Sasori.

Voltei o papel para a mesa do albino que o mesmo fez um “ok” com a mão. Ouvi que alguém havia entrado na sala, era Sakura, estava olhando para Sasori e havia pedido desculpas sobre estar atrapalhando a aula, entregou um papel ao ruivo.

Algo me diz que algo não muito bom está por vir, mas que merda.

Minha atenção foi para os dois novamente, os encarei bem, mas depois ignorei, não era nada. Eu iria ao boliche com meu namorado e meus amigos aquilo era o que importava.

O barulho da sala estava alto, voltei minha atenção para a janela, desenhando qualquer coisa talvez como um pássaro que poderia ser feito de argila, se eu pelo menos tivesse no momento para ficar brincando em vez de estar entediado na aula. Recebi mais um bilhetinho, desta vez “anônimo”.

Chupe um pau. Ah, espere, você já faz isso.

Os problemas de ser gay começam a partir do momento em que as pessoas não aceitam o fato que gays não fazem sexo e chupam o pau dos outros o dia inteiro, nem respondi, pois sabia que só daria em merda e me faria parecer ainda mais gay do que eu já sou – mais do que Sasori já me faz parecer. Joguei-o no chão, longe de mim.

- Mas que merda é esta aqui? – Disse Hidan em meio de toda a sala ainda barulhenta, fazendo todos se calarem e prestarem atenção, ele parecia ter recebido o mesmo papel que eu recebi.

Pareciam estar dando isso para os gays da sala, no caso, eu e Hidan, talvez Tobi até receba. Não quis perguntar então olhei para a mesa da frente, não havia nenhum papelzinho ali.

Mais alguns minutos de aula e eu morreria, mudaram Itachi de lugar pois seu grau – do óculos – aumentou então eu estava meio que sem com quem conversar, eu até puxava conversa com Obito alguma vezes, também com Kisame e por aí vai.

Fiquei desenhando algumas coisas no caderno também, estrelas, planetas, pássaros, dragões e por aí vai, acho que estava lentamente ficando louco naquela cadeira, louco de tédio e de Hidan praticamente gritando sobre as pessoas da sala serem uns homofóbicos, estava fazendo uma posição "cento e oitenta graus" dando dedo para todos e mandando-os se fuderem.

Eu parei de me importar com a opinião dos outros há um certo tempo, menos com a de meus pais, pois eles são como aqueles mosquitos chatos que ficam te irritando e não te deixam dormir –ou menstruação também, mas isso é assunto de menina, apenas sei disso por causa de Ino que fica comentando com a Hinata – pois é, não tá fácil pra ninguém. De certa forma, as pessoas tem sorte pois caso eu estivesse com minha argila aqui eu já teria explodido a sala e matado todo mundo e a mim, claro, trazendo Sasori para o céu comigo.

Se é que vamos para o céu já que existem tantos homofóbicos lá que eu prefiro ficar no vazio mesmo. Isso, o vazio, junto com Sasori. Perfeito.

“Eu estive procurando desde ★

A base até o topo

Por tal visão

Como aquela que eu peguei quando eu vi os seus

 

Dedos diminuindo as luzes

Como se você estivesse acostumada de ser chamada de problema

E eu passei a noite toda

Preso no quebra-cabeça.”

 

(12:30 p.m.)

Quem inventou a van ou o ônibus escolar? Bem, claramente a pessoa que a inventou ou estava tentando resolver os problemas de um filho patético e mimado ou era apenas burro para caralho mesmo.

Eu não gosto de voltar para casa de van, é quase como andar de ônibus público, só que com crianças de cinco à sete anos gritando nos seus ouvidos não deixando com que você ouça a sua agradável conversa com seu segundo melhor amigo, sem falar que logo em seguida, Itachi logo sairia daquele inferno, estava quase falando que iria ficar em sua casa para fazer trabalho, mas eu cheguei tão perto de fazer aquilo. Mas. Tão. Fodendo. Perto.

E eu não fiz. Por quê? Porque eu lembrei que eu teria que andar até para minha casa e eu estava com preguiça demais para fazer aquilo. Eba! Vamos aturar essas crianças chatas e ser espremido até a morte pois não haviam lugares suficientes para vinte e quatro crianças e adolescentes! Uhul!

Depois de Itachi sair, Naruto ficou sem com quem conversar, justamente quando eu pensei que eu poderia ter um pouco de paz e escutar música, “haha, valeu vida!”. O loiro se sentou no lugar onde o Uchiha maior estava sentado.

- BOM DIA DEIDARA. – Fez questão de quase gritar.

- Boa tarde. – O corrigi.

- Vamos conversar.

“Pelo amor de todos os deuses existentes, não.” Pensei tentando não fazer nenhuma cara de cú.

Naruto começou a conversar comigo sobre Sakura, olha só, mais uma puta assunto que eu estava “super” querendo falar. Coloquei um dos fones para de um lado escutar o loiro e do outro escutar música, no caso, estava tocando Future do Paramore.

- Sabe a Sakura agora tem outro namorado, isso não é legal? Ela vem pedindo bastante a ajuda de Sasori para saber como se lida com garotos.

Eu não sabia que eu tentava me matar ou se eu matava todo mundo ali mesmo, mas eu estava quase rezando para que aquela van batesse e pegasse fogo, pois eu estava prestes a dar um soco tão forte em alguém causando um caos e fazendo com que ninguém prestasse atenção no volante, assim bateríamos e morreríamos. Só que dessa vez, sem o Akasuna.

Respirei o mais fundo que consegui, não deu tão certo.

- Mas ela já namorou o Sasuke, un. – Falei voltando a atenção para a música.

- Eu sei, eu também achei aquilo estranho.

Não Naruto, quem estava achando aquilo estranho era eu. Muito estranho e suspeito.

Se apaixonar só dá em merda atrás de merda: ou você não tem ninguém e é zoado de virgem, ou a pessoa não corresponde seus sentimentos ou – talvez – tentem roubar seu namorado de você usando um namorado imaginário.

- Sakura também disse que conhece esse garoto há muito tempo, tipo que há uns dez anos, mas eu nunca o vi na minha vida, o que torna ainda mais estranho, dattebayo. Ela ganhou um ursinho e disse que foi do namorado, havia um bilhete no ursinho escrito “de: mamãe e papai”.

Grunhi um “hum” para afastar maus pensamentos, eu estava sendo bem tolo. Vai que Sakura tinha problemas mentais, existe louco pra tudo mesmo. Quem sabe ela nem queria algo com Sasori.

Uns quinze minutos depois de várias outras informações dadas por Naruto, finalmente me livrei da van. Chegaria em casa e dormiria, mas primeiro fiz meu almoço, um simples omelete. Precisava comprar comida, mas com o tempo que o colégio dava ficava mais do que impossível comprar alguma coisa, eu poderia pedir para Kisame comprar e trazer para mim mas ele tinha natação e treino de basquete de tarde, quem sabe amanhã então.

Os Pebas da Akatsuki

Hidan :D alterou o título para “Os Pebas da Akatsuki”.

Hidan :D – KK EAE MEN. Bora marca?

Tobi – Marcar o quê?

Hidan :D – Hummm, duuuuhhhhh, de sair de ir no boliche hoje à noite, eu mandei Zetsu ir te avisar na saída.

Zetsu branco – Mandou?

Zetsu Oreo – Quando?

Zetsu branco – Acho que estávamos drogados.

Hidan :D – Ai meu Jashin, vocês ACHAM?

Zetsu Oreo – Eu nem sei o que eu acho que está acontecendo na minha vida e você me pergunta isso.

Itachi_Uchiha – Podemos pelo menos podemos levar uma caixinha de som?

Hidan :D – É, cegueta.

Hidan :D – Faz o quê quiser.

Deidara – Quem vai? (Assim, já confirmado.)

Hidan :D – Hummm, o Pinóquio gay chupa rola, Kuzu, Zetsu, Pein, Konan e Itachi.

Zetsu branco – Hã... Nós vamos?  Quando confirmamos isso?

Hidan :DLembrar: Tobi vai buscar Zetsu.

Tobi – Tobi é um bom menino!

Hidan :D – E um cachorro também.

Itachi_Uchiha – Kisame também vai, eu irei buscar ele depois do treino de basquete dele, provavelmente já deve estar na natação uma hora dessas.

Sai da conversa para ir ter uma soneca da tarde, coloquei  o despertador e demorei um pouco para ir adormecer pois as mensagens do WhatsApp não me deixavam em paz, sério, meu celular ficava vibrando o tempo inteiro.

(16:40 p.m.)

Como um garoto é bem comum acordarmos com uma ereção, eu não esperei que isso fosse acontecer comigo. Ok, já aconteceram algumas vezes. E depois que isso acontece? Nada. Você toca uma punheta, comigo não é diferente.

É o que aconteceu e o que era para ser uma simples punheta se tornou mais em um tipo de “viagem sexual”, meus pensamentos se perderam em Sasori e... É, não vou entrar muito em detalhes. Imagine como quiser.

 

“Ninguém que eu perguntei ★

Soube como ele veio a ser o único

Para quem você se rendeu.”

 

Após isso, fui comer alguma coisa e fazer meu dever de química, eu não estava entendendo nada mesmo então deixei em branco, amanhã eu pegava com Itachi ou o ruivo. Por mais que eu gostasse de química às vezes eu não entendia bosta nenhuma.

Voltei a ver o grupo que estava com mais de cem mensagens, obviamente, eu iria ler para ver se não havia nenhuma coisa importante, quem sabe. Perguntei para Itachi se ele poderia me dar uma carona ele afirmou que sim, ótimo, já tenho uma carona garantida.

Eu até gostaria de comentar no grupo mas Hidan estava bombando nas mensagens e acho que não estava tããão a fim assim de comentar alguma coisa, eu falaria qualquer merda. Eles são meus amigos mesmo, eles também têm que aguentar minhas merdas. Acho que Nagato e Itachi eram os únicos que falavam coisas decentes no grupo, mas era meio chato pois Nagato perguntava sobre dever e Itachi era o “bonzinho” e “normal” do grupo, por mais que ele já tenha gravado um vídeo com Kisame e Sasuke na cozinha fazendo waffles e dançando Shake Your Booty, o vídeo era engraçado e de certa forma, normal.

Nada a comentar sobre Sasori e Konan, sempre calados, era uma vez ou outra que entravam para comentar algo. Pein tinha que ser o líder, mas ele andava ocupado respondendo as mensagens de todos os grupos do colégio, todos mesmo. Isso que dá ser popular, de vez em quando agradeço por ser “o artista explosivo gay ignorado” do que ser popular.

***

Lá por umas duas horas depois eles chegaram, o Akasuna estava no carro mexendo no celular até virar sua atenção para mim que colocava a típica franja na cara, entrei no carro, estava tocando Dancing Queen então... Eu não achei a melhor das ideias Itachi estar dirigindo, talvez pelo motivo qual Itachi aumentou o grau e supostamente Kisame deveria estar dirigindo e não ele até o Uchiha se acostumar, talvez, só talvez.

- Podemos escutar outra coisa além de ABBA, Itachi? – Perguntou o azulado.

Quando me dei por percebido, notei que o Uchiha estava dançando na poltrona, fazendo com que o carro também “dançasse” na pista no mesmo ritmo.

- Não. – Respondeu  voltando a dançar e cantar.

Sasori me olhou de lado e percebeu que eu estava o vendo me olhar, deu um sorriso e pegou firme em minha mão, transformando aquele rolo em um clima romântico.

- Você está bonito. Quer dizer, muito bonito e você já é maravilhoso. – Apoiou a cabeça no punho, me olhando com uma feição fofa.

- Obrigado, você também está, bem, você sempre está na verdade, un.

Não era mentira, Sasori era um dos meninos mais bonitos que eu já havia visto e eu adorava o seu cabelo ruivo, ele era bagunçado naturalmente e ficava maravilhoso, enquanto o meu cabelo bagunçado fica uma bela merda mesmo.

Konan estava também no banco de trás mexendo no Instagram, o quê me surpreendeu pois ela não é muito de entrar em redes sociais, muito menos postar fotos.

Uns minutos depois chegamos ao boliche, estava bem cheio, mas por sorte Kakuzu já havia deixado nossas vagas na recepção, Konan puxou a mim e Sasori para irmos pegar batatas já estavam sentados Hidan, Kakuzu, Pein, Zetsu e Tobi. E eu e o ruivo já sabíamos que Konan iria pegar as batatas apenas para tentar se aproximar de Pein, nós apoiamos os dois, eles são fofos juntos, muito.

A partida de boliche começou com Hidan, eu jogava boliche muito bem e havíamos feito uma aposta, quem perdesse iria ficar de cueca no colégio e rebolar em vez de andar, poderia ser pateticamente ridículo, mas nós aceitamos, porque somos bem idiotas mesmo.

A única pessoa que não jogou muito foi a Konan, pois seria humilhante para ela andar de calcinha e sutiã pelo colégio e rebolar, sem falar que Yahiko não pareceu gostar tanto assim da ideia. Konan era uma garota muito bonita e Pein estava perdendo uma grande chance caso ficasse enrolando para sempre é quase como se ele tivesse algum tipo de motivo para ficar enrolando-a para todo o sempre, o quê a cansa bastante, é uma verdadeira pena.

Perdemos a atenção do boliche a partir do momento em que algumas pessoas começaram a ficar bêbadas, não o meu caso, muito menos o caso de Sasori não havíamos tocado em nenhuma cerveja – em compensação Itachi estava tomando literalmente todas. Quem estava perdendo era Zetsu e eu estava ganhando, quase empatando com Kakuzu.

 

“Todo homem que não foi levado ★

Para o outro quarto

Ficou fingindo

 

Que alguma coisa em seu magnetismo

Não tinha feito ele derrubar

A mão de quem quer que seja que ele estava segurando”

 

Sugeri que eu e Sasori fossemos ao banheiro, mas percebi que ele estava meio cansado e eu não sabia como o animar, até pensei em falar algumas coisas com ele enquanto olhava meu cabelo no espelho do banheiro, mas a única coisa que ele falou foi “eu preciso fazer alguma coisa” e me puxou para dentro de um dos banheiros, não podíamos transar, mas senti que essa não era a intenção do ruivo. Ele me puxou com força e colocou toda a sua força num ardente beijo, falou para eu abrir minha boca e assim fiz, me prensou contra a parede do banheiro e olhou para minha calça, vendo que havia crescido uma ereção.

- Posso?

Eu fiquei com vontade de bater nele pela pergunta, agora ele teria que terminar de qualquer jeito. O Akasuna fez um boquete em mim e nos beijamos mais algumas vezes, eu nunca havia recebido um na minha vida e de qualquer maneira era melhor do que bater punheta. Depois saímos do banheiro.

Eu não acreditei no que ele havia feito, minha cara estava corada e a sua também, tentamos agir o mais natural possível, mas agora ele havia ficado mais próximo de mim e logo em seguida Tobi veio até nós, nos segurando pelo pescoço fazendo com que nossas bochechas se tocassem.

- Onde vocês estavaaaammmm? – Perguntou Tobi fazendo-me lembrar da cena erótica.

Konan disse para Tobi se afastar pois queria ter uma conversa “pessoal”.

- Quem fez boquete em quem? – Ela perguntou como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Eu e o ruivo nos olhamos sem saber o quê falar.

- Vamos, eu também já fiz um. Não me perguntem em quem, enfim, isso também não vem ao assunto.

- Danna. – Respondi rápido segurando ainda mais forte na mão do ruivo que riu baixo.

- Vocês dois são umas gracinhas. – Ela gargalhou.

- Konan! – Retrucou Sasori envergonhado.

- Assim, quando vocês se casarem, eu quero fazer a decoração e... Ah! Antes que eu me esqueça, qual vai ser o nome do filho de vocês? Não me digam que vocês não vão ter filhos pois isso é inaceitável. – Comentou jogando sua franja azulada para trás da orelha.

- Pelo amor, Konan, fale mais baixo. – O ruivo pediu.

- Como foi a sensação? – Ela me perguntou como se fosse a coisa mais extraordinária de todos os tempos. – Sasori faz bem? Okay, okay, estava brincando agora, não precisa me responder, Dei.

***

Sasori foi dormir em minha casa, ele estava morrendo de sono, eu não estava com tanto sono e nem troquei de roupa para ir dormir, ficamos conversando um pouco sobre o boquete, era estranho conversar sobre aquilo e também dava vergonha, me aconcheguei nos braços do ruivo fazendo um cafuné que o fazia ficar ainda mais sonolento.

Daqui uns dois dias meus pais estariam em casa, prestes a me tirar de Sasori, me tirar da minha vida não perfeita, mas dos momentos mais felizes talvez.

- Sasori, eu te amo.

- Uhn, eu também te amo Deidara.

- Não Danna, eu te amo muito, muito, muito, un.

- Você está pensando em seus pais não é? – Perguntou lendo meus pensamentos, abriu os olhos e os coçou. Bufou, me dando um beijo na testa. – Está tudo bem, Deidara. Você é único e eu não irei desistir tão cedo de você. Eu prometo.

- Você promete mesmo?

- Uhum. Eu te amo demais para abandonar um garoto tão bonito como você, nem se me dessem as mais bonitas obras de arte do mundo eu iria trocá-las por você. Eternamente meu. Somente meu. – Desta vez ele quem me fazia um cafuné enquanto eu me abraçava forte nele, apaguei a luz e me acomodei em seu peito, ouvindo seu coração bater forte.

Aquelas batidas pertenciam a mim, a ninguém mais.

Somente meu”. Gostava daquilo, somente seu.

“Eu tenho procurado ★

Desde a base até o topo

Por tal visão

Como a que eu peguei quando eu vi os seus

 

Dedos diminuindo as luzes

Como se você estivesse acostumada de ser chamada de problema

E eu passei a noite toda

Preso no quebra-cabeça”

 

E quem poderia me separar de quem eu amo? Somos seres feitos para dividirmos o mais puro amor que pode existir. Tem vezes que eu até mesmo esqueço qual é o significado de arte por causa de Sasori, como eu poderia amar tanto alguém que não aceita minha arte? Bem, talvez essa seja a essência de ambos, a essência da arte e a essência do amor.

8 de outubro, Konoha. (05:35 a.m.)

Talvez o amor de Sasori fosse realmente o único qual eu precisasse.

Você não vê o quanto me abalou? Meu espírito passou a ser cálido enquanto você dava facadas em minhas tão frágeis costas.

Se eu tivesse fugido.

O quê poderia ter acontecido com você? O quê poderia ter acontecido comigo?

Teriam minhas melancólicas melodias se tornado sensíveis como borboletas?

Teria minha pele se tornado impermeável perante meus cortes? Não, pois eu não fui forte o suficiente.

Eu cheguei tão perto de proteger os outros, nenhum deles escutaram meus gritos ao tentar ajuda-los. Eu berrei tanto por dentro , e por fora havia apenas uma feição séria, vendo aos poucos, as almas que eu amava irem embora.

Mas eu cheguei tão longe de tentar me ajudar, cobrindo minha dor por trás de panos e falsos sorrisos.

Quem sabe se eu fosse a mesma, porém, diferente.

Nesta manhã cai o voo **** 0000 que estava fazendo uma transição de Iwagakure para Konoha, não houveram sobreviventes.

Não, não poderia ser.

Eu me ajoelhei no chão, meus olhos estavam cheios de lágrimas, só poderia ser um pesadelo, um dos piores pesadelos.

Sasori se ajoelhou enquanto eu chorava em seu colo, ele me abraçou com toda a sua força, claramente não sabia o quê fazer e falar que “vai ficar tudo bem” também não adiantaria nada. Eu perdi a vontade de ir para a escola naquela manhã.

Minhas lágrimas eram visíveis apenas para mim, um ser fraco e quebrado por dentro.

Eu poderia ter escolhido não continuar viver.

Mas eu ainda tinha o amor de uma pessoa qual você não poderia tirar de mim.

Infelizmente, você me tirou a felicidade e a esperança.

Isso apenas com suas mentiras.

Iludindo a todos com o seu mais forte veneno.

Matando as mais puras almas e rachando por dentro a minha.

Meus pais estavam mortos.

 

 

“Eu tentei nadar para a margem ★

Mas meus pés foram pegos no meio

E eu pensei que tinha visto a luz

Mas, oh, não

Eu só estava preso no quebra-cabeça

Preso no quebra-cabeça.”

                        - Stuck On The Puzzle. Alex Turner. ★

 


Notas Finais


Feliz dia das mães, valorizem cada momento com seus pais ou a pessoa que você ama, pois um dia eles não poderão mais estar aqui. ლ(●ↀωↀ●)ლ
Gente, acreditem, eu amo escrever fanfic mas o tempo que eu tenho durante a semana é poucooo. E eu também tenho uma vida (infelizmente, porque se fosse por mim eu estaria agorinha em Sunagakure, casada com o Gaara, Shisui e o Pain/Pein e estaria deitada na minha cama encrostada de diamantes com o Sasori e o Deidara transando ao meu lado, estaria transformando a Aldeia da Areia na Aldeia dos Gays também) e gosto de dormir okay? (≚ᄌ≚)ƶƵ
KKKK
Beijos cheios amoriznho galera, da titia Fukaari, Jashin e StarClan.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...