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História Ao balanço Vazio... - Capítulo Único


Escrita por: Docy

Notas do Autor


Olá, como vai?
Estou tão nervosa, não costumo sair da minha linha de conforto e me arriscar em escrever algo que não esteja no belo mundo dos deuses. Mas né? Eu meio que amo Cyrus e TJ e fiquei super feliz quando vi que tinha a categoria, mas meio triste quando vi que não tinha oneshot desse casal e as fanfic, poucas, são mais Jyrus (erg!!)
Então resolvi da a minha contribuição...

Epsero que gostem
Boa Leitura...

Capítulo 1 - Capítulo Único


O balança ao sua direita estava vazio. Completamente parado, soltava alguns curtos barulhos de ferro quando algum vento mais forte. Mas ainda assim, vazio. TJ não devia estar esperando que magicamente aquele balanço fosse ocupado, principalmente por ter saído de casa com o objetivo de ficar sozinho e pensar.

Mas desde o momento que percebeu para onde seu pés o estavam levando, percebeu que o seu objetivo não seria concluído como esperava.

E qual era esse objetivo? Apenas pensar.

TJ balançou um pouco em seu balanço, os pés encostando no chão deixando a ponta do seu tênis um pouco sujo, pensou se poderia lava-los pela manhã, mas logo suspirou baixinho lembrando-se de que tinha que estudar para a prova de matemática que iria fazer e por causa do seu...pequeno problema com números tornava tudo ainda mais difícil. Talvez pudesse pedir ajuda a Cyrus.

Voltou a suspirar e parou de balançar, seus planos para aquela caminhada realmente estavam fracassado. Duvidava que conseguira estudar com Cyrus do lado, ele iria atrapalha-lo pelos simples fato que TJ não conseguira se concentrar em nada mais do que as expressões divertidas, as falas apressadas, os olhos castanhos alegres. Bateu o pé na areia com raiva, ficando ainda mais com raiva por deixado o tênis ainda mais sujo.

Tinha que parar de ficar pensando em certas coisas. Ou melhor, em certa pessoa. Cyrus Goodman.

Soltou a mão do ferro a colocou no cabelo, se arrependendo logo em seguida. Voltou a se balançar. Mas pensou se não devia parar, voltar para casa e ir estudar. Pensou também se o que vinha fazendo nas ultimas semanas estava correto, ou Cyrus tinha percebido. E parte dele queria que sim, pois indicaria o que o Goodman prestava atenção no que fazia.

Olhou novamente para o balanço a sua direita, totalmente vazio. Lembrou de Cyrus ali quando conversaram da última vez e TJ percebeu o que estava passando dentro de si e passou a simplesmente a ignora-lo. Primeiro evitando todos os lugares em que Cyrus costumava ir, depois a cantina da escola, no time foi mais difícil.

Bufou novamente e chutou o chão novamente e dessa vez mais forte que antes. Um pouco de areia subindo até sua calça a sujando um pouco. Mas um motivo de raiva.

TJ arregalou os olhos ao sentir duas mãos na suas costas tentando balança-lo. O balanço avançou apenas um pouco para frente, mas logo voltou. TJ ouviu um suspiro descontente e logo reconheceu quem tinha tentando balança-lo. O seu coração acelerou.

– Vou tentar de novo – a voz de Cyrus saiu determinada e novamente as mãos voltaram as costa de TJ, mas este deu um jeito para que não fosse balançando – Ah... – Cyrus apareceu a sua frente. O rosto alegre com aquele sorriso estampado nele.

Ele sentou no balanço vazio. Se impulsionou para frente e depois voltou para trás. Ficou em silêncio por um tempo, o que não era nada comum nele. Talvez estivesse esperando que TJ falasse algo primeiro. Fechou os olhos, Cyrus não é assim, se estivesse esperando algo ser dito ele mesmo se colocaria a falar e a falar com as mãos apressadas e meteria uma teoria louca no meio de cada fala. Abriu os olhos com um sorriso.

Tinha sido muito burro em não perceber sobre os próprios sentimentos quando já tinha decorado todos os jeitos do garoto. Precisava falar alguma coisa, o silêncio de Cyrus estava aos poucos lhe atormentando.

– Você precisa comer mais ferro – fala a primeira coisa que veio a sua cabeça. Cyrus olhou para ele com uma expressão meio perdida e um sorriso torto – Talvez assim você consiga me empurrar no balanço com mais força – aquela expressão perdida continuou no rosto do outro – O que foi?

– Não, é que eu estou me imaginando pegando uma barra de ferro e comendo ela toda. – ele fechou os dentes com força imitando uma mordida – Será que causaria uma indigestão?

TJ sorrir balançando a cabeça. Já tinha uma suspeita que ele estaria pensando tais coisas.

– Mas é sério! – tocou a barriga com as duas mãos por cima da camisa – Eu não posso ter uma indigestão esse mês. Tenho dois aniversários para ir. Mas eu posso ter... – os olhos foram para a esquerda –...mas posso ter no mês que vem, só se não for nas quinta-feira. Tenho...

– Consulta com seu pai.

Cyrus sorrir balançando a cabeça. TJ não se surpreendeu por acertar o programa dele para as quintas, Cyrus sempre faz questão de ressaltar seus encontros com os quatros pais psicólogos.

O silêncio anormal volta. TJ sente vontade de levantar e ir até ele, se posicionar as suas costas e balança-lo como da última vez, com bastante força e ouvir sua risada alta. Mas acabou xingando-se mentalmente por tais pensamentos. Tinha que se controlar e não deixar nada que fizesse Cyrus perceber a verdade.

– Você anda sumido. Aconteceu alguma coisa?

Parte de TJ sorriu por Cyrus ter percebido seus distanciamento das últimas semana, e a outra parte permaneceu calado sem saber o que falar.

– Você não precisa falar nada – ele continuou – mas eu tenho muuuuiitoo conhecimento sobre técnicas de psicologia, de conversação. Eu li um ótimo livro no verão. Nele diz que o paciente, no caso você, ao falar para psicólogo, no caso eu, organiza as ideias automaticamente para falar. Então o paciente, no caso você, se falar vai organizar os próprios pensamentos.

TJ esboçou um leve sorriso, Cyrus estava falando apressado novamente, dessa vez sobre usando alguns termos que não entendia muito bem apenas para faze-lo falar. Quando parou, abriu um grande sorriso e seus olhos se fecharam. TJ sentiu suas bochechas arderem e para não ser notado, levantou olhando para os próprios tênis sujos.

– Tenho que ir para casa.

– Mas já? – Cyrus fez uma menção que iria sair do balanço, mas continuou.

– Tenho prova de matemática amanhã. Preciso estudar.

O desapontamento claro no rosto do outro, fez parte de TJ ficar feliz por Cyrus estar assim por sua partida, e a outra parte ficou triste por não mais ver o sorriso grande em seu rosto. Suspirou cansado. Precisava mesmo ir, se continuasse mais um pouco ali duvidava que conseguiria continuar se segurando.

– Eu posso te ajudar – Ele deu um salto para fora do balanço. O sorriso não tão grande voltando ao seu rosto – Não sou tão bom quanto a Buffe, mas tenho boas notas.

TJ negou com a cabeça. O sorriso morreu no rosto de Cyrus que voltou ao balanço.

– Até outro dia – disse e deu as costas.

Quando deu o primeiro passo, TJ ouviu o som do balanço mexer. Não olhou para trás com medo de acabar desistindo de ir e se entregando de uma vez. Soltou o ar do pulmões percebendo só então que havia prendido.

– Você esta me evitando?

TJ parou surpreso, não surpreso pela pergunta, Cyrus é bastante inteligente para perceber estranhasas nas pessoas ao seu redor. Mas surpreso pela tristeza na voz do outro. Virou. Cyrus estava o encarando. Não sorria. A expressão estava séria esperando a resposta.

– Eu fiz alguma coisa que você não gostou? Eu posso perdi desculpas e... – TJ ergueu a mão o interrompendo – Então? Eu não entendo. Se eu não fiz nada o que aconteceu? Não quer ser mais o meu...amigo?

Prensou os lábios mordendo a parte interna da sua bochecha. TJ piscou lentamente olhando para o garoto menor, as mãos segurando firmemente as correntes do balanço, o rosto sério que nada combina com o Cyrus sorridente e falante que tinha descoberto estar...engoliu seco, não adiantava mais negar, precisava encarar a verdade...que tinha descoberto esta apaixonado.

Mas o que podia fazer? Não podia simplesmente dizer que não queria ser seu amigo. Cyrus iria ficar ainda mais confuso. Acabaria complicando ainda mais as coisas. Sorriu sem mostrar os dentes lembrando-se de ouvir Cyrus dizer que as coisas não eram complicadas, as pessoas que as complicam. Talvez seja isso que TJ esteja fazendo.

Pois as mãos nos bolsos sentindo um lampejo de coragem lhe aquecendo o peito. Poderia voltar para casa, se enterrar nos livros e fingir que estava estudando. Ou poderia ir pegar a sua moto e gastar gasolina provocando mais poeira. Em vez disso, deu um passo largo até onde Cyrus esteva.

– Não... – falou dando mais um passo até ele –...não quero mais ser seu amigo.

Os olhos de Cyrus se arregalaram e sua a boca abriu para falar algo, mas fechou repentinamente e suas bochechas assumiram um leve tom de rosa. Provavelmente, pensou TJ com ambas as mãos segurando as correntes do balanço, ele tenha ficado consciente da distância.

Ou da falta dela.

Com as mãos nas correntes do balanço, o rosto inclinada para baixo, TJ estava perigosamente perto de Cyrus. E agora não tinha mais volta. Se saísse depois do que falou, o garoto poderia pensar mil coisas ruins.

Puxou ar para dentro, o cheiro do seu próprio suor vindo junto com o cheiro calmo do perfume de lavanda usado por Cyrus. TJ segurou firme com as mãos e abaixou o rosto um pouco mais e levemente sentiu os próprios lábios tocar outros. E tão rápido quando começou, se afastou.

– Eu não quero ser só seu amigo... – falou baixinho.

Os olhos se Cyrus estavam ainda mais arregalados e o rosto ainda mais vermelho. Não houve outra reação. TJ sentiu aquela fina pontada dentro de si e sorriu amargo ao se afastar. Provavelmente tinha acabo de arruinar tudo. Ainda olhou para Cyrus com um pontada de esperança, mas o garoto ainda estava do mesmo jeito.

Suspirou ainda mais cansaço e deu as costas se pondo a andar mais rápido.

Antes dos seus pés chegarem a grama, sentiu mãos em seus braços.

– Ainda quer ajuda para estudar?

O sorriso de TJ aumentou em seu rosto. Balançou a cabeça confirmando. Talvez não tenha arruinando as coisas.


Notas Finais


Então???
Sei que foi uma contribuição bem bobinha. Mas amei escreve-la.

Até...

ps: ainda super nervosa.


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