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História Ao Entardecer (Blackpink) (Jenlisa) (Lisoo) (Chaennie) - O Refúgio


Escrita por: Thirteen13

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 22 - O Refúgio


Fanfic / Fanfiction Ao Entardecer (Blackpink) (Jenlisa) (Lisoo) (Chaennie) - O Refúgio

O professor Lee dormia profundamente, quando ouviu a sua campainha tocar sem parar. O velho homem tentou ignorar e voltar a dormir, mas o barulho não parava. O professor olhou o relógio, vendo que já era de madrugada. O homem ficou preocupado, deveria ser algo muito importante, para alguém vim a sua casa aquela hora. O velho senhor se levantou, calçando os seus chinelos, e colocando um casaco. O professor desceu as escadas, indo em direção a porta.

- Já vai, já vai. - Disse ele.

O homem olhou pelo olho mágico, reconhecendo a figura do outro lado. O professor estranhou aquela visita, mas mesmo assim decidiu abrir a porta.

- Professor, precisamos da sua ajuda. - Disse Jisoo, aflita.

O homem olhava para as quatro jovens, garotas sentadas no seu sofá. Jisoo havia contato toda a história para o professor, que parecia estar sem palavras.

- Então, essa jovem que é a portadora da doença? - Disse ele.

- Sim, as coisas saíram do nosso controle, e a polícia está agora atrás de nós. - Disse Jisoo.

O homem se aproximou de Rosé, a observando de perto. O professor arrumava os óculos no rosto, para ver melhor cada detalhe.

- Incrível... - Disse ele.

O velho homem andou até uma das mesas, pegando um velho caderno de anotações. Ele começou a escrever, anotando oque estava observando.

- Eu já havia achado as amostras surpreendentes, mas ver a paciente assim de perto, só me deixa mais espantado. - Disse ele.

Rosé olhava para o velho homem, com certa desconfiança. A garota estava em uma situação a qual, não conseguia confiar em mais ninguém, que não fosse as suas amigas.

- Minha jovem, me conte como você contraiu essa enfermidade. - Pediu o professor.

Rosé olhou para Jisoo, como se perguntasse a ela, se podia mesmo confiar no homem.

- Não tenha medo, pode contar tudo. - Disse a mais velha.

A loira voltou a sua atenção, para o velho senhor. O homem estava sentado em uma cadeira, segurando o seu caderno nas mãos. O professor nem piscava, ele parecia estar realmente curioso, em saber sobre a história. A garota fechou os olhos, soltando um longo suspiro. Séria a primeira vez que ela contaria com detalhes, do que havia acontecido naqueles túneis.

- Eu havia ficado sozinha no escuro. Eu procurava e chamava, pela a Jennie, mas ninguém respondia. O desespero começou a tomar conta de mim, tentei usar o meu celular, mas ele estava sem bateria. Decidi caminhar, usando as paredes do local como guias. Eu não sábia ao certo, para onde eu estava indo, pois tudo estava completamente escuro, e não dava para enxergar nada. - Rosé tinha o olhar distante, parecia que a garota havia voltado a quele fatídico dia.

O coração de Jennie doía só de ouvir aquilo,  garota havia sido tão cruel. Relembrar o seu terrível ato, a fazia se sentir extremamente culpada.

- Eu caminhava, quando comecei a ouvir passos. No início eu achava que se tratava da Jennie, tentando me assustar, mas logo percebi que era outra coisa. - Dizia Rosé, em uma voz séria.

- Como assim? Havia algo lá dentro? - Perguntou Lisa.

- Sim, havia alguém alí comigo. A criatura me perseguiu, até que conseguiu me capturar. Ela agarrou uma das minhas pernas com força. Eu podia sentir as suas unhas, sendo cravadas na minha pele. Eu gritava e me debatia, tentando me soltar. A criatura me arrastava pelo chão, me levando para dentro das catacumbas. Depois de me arrastar por alguns metros, a criatura avançou em minha direção. Ela me mordia, enquanto eu lutava para sobreviver. Mesmo estando no escuro, eu consegui achar um pedaço de algo, parecido com um osso humano. Uma das extremidades era pontuda, eu então usei para ferir a criatura, que soltou um grunhido de dor. Eu aproveitei para escapar, me rastejando pelo chão. Eu comecei a me guiar usando as minhas mãos, para sentir oque estava a minha frente. Eu então, encontrei uma abertura em uma das paredes, me escondendo dentro do buraco. Foi então, que eu pude sentir vários ossos no local. Provavelmente eu havia entrado, em uma sepultura. - Contava Rosé.

Todos estavam sem reação, ao ouvir o relato da garota. Era a primeira vez, que as amigas da loira ouviam, sobre oque ela havia passado, naquele lugar horrível.

- E oque você fez depois? - Perguntou Jennie.

- Eu estava com tanto medo de encontrar a criatura outra vez, que decidi permanecer alí dentro, até alguém me achar. Eu tinha esperanças, de que vocês fossem notar o meu sumiço, e fossem chamar o resgate ou algo do tipo.

- Foi a primeira coisa que nós fizermos. - Disse Jisoo.

- Eu permaneci alí dentro, por um bom tempo. Eu já estava ficando com fome, e sede. Eu chorava o tempo todo, achando que vocês tinham esquecido de mim. Fazia tanto frio naquele lugar... foi então que eu comecei a me sentir estranha.

- Como assim, "estranha"? - Perguntou o professor, fazendo as suas anotações.

- No começo eu achava que havia pego alguma gripe, ou pneumonia, por causa do frio, mas logo notei que era algo pior. Eu comecei a ter febre, e calafrios, seguidos por fortes dores de cabeça. Eu comecei a ter delírios, e confusões mentais. Os meus pulmões começaram a doer, e eu tive complicações para respirar. O meu estado foi piorando, eu então comecei a tossir, e a vomitar sangue. Eu chorava sem parar, porque eu estava sentindo muita dor. Pensei que eu iria morrer, naquele lugar horrível. - Relatava a garota, que estava deixando as suas amigas aflitas.

O professor anotava tudo com cuidado, pois aquelas informações o ajudaria nas pesquisas.

- Minhas unhas, e dentes, caíram aos poucos. Os meus olhos sangravam, e eu podia sentir eles arderem. Eu tinha fome, mas não morria, o frio que eu sentia havia passado. Eu fiquei alí dentro, sem ter noção das horas, dos dias, das semanas. Depois de algum tempo, eu pude sentir que as minhas unhas, e os meus dentes, estavam crescendo outra vez. Aquele processo doía muito, eu podia sentir cada dente novo, saindo das minhas gengivas. As unhas que surgiam em meus dedos, eram maiores é mais resistentes que as antigas. Eu podia sentir, que não era a mesma de antes.

- Isso é incrível, essa metamorfose aconteceu por causa da doença, que você contraiu. Provavelmente os ossos que estavam na sepultura, eram de alguém que já havia tido contato com essa doença, anos atrás. - Disse o professor.

- O senhor disse que já havia descoberto, o resultado das amostras. Poderia nós revelar, oque ela tem? - Pediu Jisoo.

- Me acompanhem, por favor. - Disse o homem.

As garotas seguiram o velho senhor até o porão. O professor mantinha no local, um pequeno laboratório. As jovens pareciam estar impressionadas.

- Eu montei esse laboratório em casa, na época que a minha filha estava doente. Ela tinha uma rara doença no sangue, eu mesmo tentei descobrir a cura. - Disse ele, ligando as luzes.

- Oque houve com a sua filha? - Perguntou Lisa.

- Ela infelizmente morreu, eu não consegui encontrar uma cura. - Disse ele, com um olhar triste.

- Sinto muito. - Disse Lisa.

- Ela era o meu tudo. Foi por causa dela, que eu me especializei em doenças raras, e genoma humano. Decidi que iria dedicar o resto da minha vida, para curar pessoas. - Disse ele.

Jennie podia sentir a dor, que o homem estava sentindo. A jovem tinha medo de que o mesmo, acontecesse com Rosé. Ela temia não conseguir, curar a outra garota.

- Se aproximem, eu quero mostrar algo. - Disse o professor, caminhando em direção a um pequeno microscópio.

As garotas obedeceram, se aproximando.

- Eu fiz vários exames, e testes. Após muito trabalho e pesquisa, eu consegui identificar, oque causava a doença. - Disse ele.

- E oque está causando a doença? - Perguntou Jisoo.

- A doença é causada, por um raro fungo parasita. - Disse o professor.

- Como assim? - Perguntou Jisoo.

- Já ouviram falar das formigas zumbis? - Perguntou o professor.

- Eu acho que já vi um documentário, que falava sobre elas. - Disse Lisa.

- Há um fungo que invade, a cabeça das formigas as matando, mas o animal não fica morto. O fungo começa a controlar o corpo da formiga, a usando como hospedeiro. Mesmo estando mortas, as formigas continuam se movimentando, sendo controladas pelo fungo. Por isso que elas recebem o nome, de formigas zumbis. - Explicou o professor.

- E oque isso tem haver com as amostras? - Perguntou Jennie, já ficando impaciente.

A garota queria logo saber, oque Rosé tinha, pois ela queria encontrar rapidamente a cura.

- Eu encontrei uma espécia rara de fungo, nas amostras do líquido lombar. Esse organismo se apoderou da vítima, entrando pelas suas vias respiratórias, provocando uma pequena infecção, que seguiu direto para o cérebro, e se instalando lá. Assim modificando a estrutura, das células do corpo. - Disse ele.

- Então, esse fungo está no cérebro? Nós podemos o matar? - Perguntou Jisoo.

- Eu não sei, eu nunca havia visto algo desse tipo antes. Eu precisaria recolher amostras do local, aonde ele surgiu, para poder entender melhor a sua origem. As catacumbas é um ambiente escuro e frio, sendo propício para o surgimento, e multiplicação, desse tipo de organismo. - Disse ele.

As garotas estavam tentando organizar, aquelas informações. Rosé havia passado meses, dentro daquele local. Provavelmente ela acabou servindo como hospedeira, desse organismo vivo.

- Oque mais o senhor descobriu? - Perguntou Jisoo.

- Os fungos não matam o hospedeiro, eles os usa como fonte de alimento infinito. Eles também podem provocar, mudanças de comportamento na vítima, já que eles estão no cérebro, e no sistema nervoso. Uma boa notícia, é que a doença não é transmissível. Uma pessoa só fica doente se for exposta, ao fungo em sua forma viva. - Disse o professor.

As garotas respiraram aliviadas em saber, que a mordida que Jennie havia levado, não séria capaz de transmitir a doença.

- Eu não sei, como a doença irá evoluir. Pode ser que os seus sintomas, se tornem piores com o tempo - Disse ele.

- Então, quer dizer que eu sou apenas uma hospedeira, para um parasita raro, o qual ninguém conhece? - Disse Rosé.

- Eu sinto muito, minha jovem. Eu prometo há você, que não irei descansar, até encontrar uma cura, ou pelo menos um tratamento, que estabilize a doença. - Disse o professor.

Rosé sábia que a doença estava evoluindo. A sua necessidade por sangue, estava ficando cada vez maior. Ela sentia como se fosse perde completamente o controle.

- Você não terminou, de contar a história. Oque aconteceu depois que você, passou pela metamorfose? - Perguntou Lisa, curiosa.

- Eu senti fome, muita fome. Eu não me importava mais, se a criatura me encontrasse, eu precisava me alimentar. Então decidi sair do local, aonde eu estava. Eu me espantei ao perceber, que eu estava conseguindo, enxergar no escuro. Era uma sensação estranha, conseguir andar pelos corredores sem tropeçar. Eu então, comecei procurar algo, que eu pudesse comer. Foi então, que eu comecei a capturar alguns ratos, que moravam nós túneis.

As outras garotas fizeram uma careta, ao ouvirem aquilo.

- Eu já não estava, raciocinando muito bem. Eu queria apenas, parar de sentir fome. Comecei a me alimentar do sangue dos ratos. A primeira vez, eu acabei vomitando, mas com o passar dos meses, eu já nem me importava mais. - Disse Rosé.

Jennie tinha lágrimas, em seus olhos. A garota morena sentia vergonha, e remorso. Ela se odiava, por ter feita a outra, passar por tudo aquilo.

- Eu tenho uma pergunta. Você encontrou a tal criatura outra vez? - Perguntou Jisoo.

- Sim, várias vezes. A criatura já não me atacou mais, talvez porque agora nós duas estávamos contaminadas, pela mesma doença. - Disse Rosé.

- Por que você não saiu das catacumbas? - Perguntou Lisa.

- Eu não encontrava a saída. Um dia eu pude ouvir um som alto, vindo de fora. Provavelmente estava acontecendo, outra festa clandestina no local. Eu decidi seguir o som, estava animada pois achei que poderia finalmente, sair daquele lugar. Só que no caminho, eu presenciei algo, que me fez desistir. A criatura havia pego alguém, ela estava dilacerando o corpo da vítima. Ao me aproximar, eu pude reconhecer a pessoa. - Disse Rosé.

- E quem era? - Perguntou Lisa.

- Era a Billie. - Disse Rosé.

Todas pareciam estar surpresas, com aquela revelação.

- Então, foi isso que aconteceu, com a irmã do Finneas. - Disse Jisoo, se sentando em uma das cadeiras.

- E oque você fez? - Perguntou Lisa.

- Fiquei chocada, com oque eu vi. Eu sábia que se saísse dos túneis, eu poderia acabar matando alguém sem querer. Eu não poderia correr o risco de acabar machucando, uma de vocês. Eu então corri sem parar, entrando mais para dentro das catacumbas. Achava que séria melhor, se eu ficasse alí para sempre. - Disse Rosé.

Jennie caminhou até a mais nova, a abraçando forte. Mesmo depois de todo o sofrimento, que ela estava passando naquele lugar. A garota loira ainda pensava, no bem estar das suas amigas.

- Os meses se passaram, e eu acabei perdendo toda a noção de civilidade. Eu agia como um animal, que só pensava em se alimentar. Fiquei vagando pelos túneis sem rumo, até que a Soo conseguiu me achar. - Disse Rosé, olhando para a mais velha.

Todos estavam em silêncio, era difícil falar algo depois daqueles relatos.

- Filho da mãe! - Disse Jisoo, quebrando o silêncio.

- Quem é filho da mãe? - Perguntou Lisa.

- Pierre, aquele verme! Agora tudo faz sentido. - Disse Jisoo, que estava visivelmente irritada.

- Okay, eu não estou entendendo nada. - Disse Lisa.

- Chae, a criatura no túnel, como era a sua aparência? - Perguntou Jisoo.

- Apesar da aparência terrível, deu para ver que se tratava, de uma mulher. - Disse Rosé.

-  Eu sábia! - Disse Jisoo, deixando todos confusos.

- Você poderia contar oque você tanto sabe? - Perguntou Jennie.

- Quando a Billie sumiu, eu é o Finneas, entramos em contato. Nós fizemos várias pesquisas, e descobrimos que dois anos atrás, uma garota havia sumido nós túneis. Essa garota era nada mais nada menos, que a namorada do Pierre. Por coincidência, depois do sumiço dessa garota, turistas começaram a desaparecer. - Dizia Jisoo, mas parecia que as suas amigas, ainda não estavam entendendo.

A jovem tentou explicar novamente.

- O Pierre aparece do nada, e convida turistas para uma festinha, perto das catacumbas, e do nada eles desaparecem... - Disse ela.

A mais velha olhava para as suas amigas, esperando que elas, juntassem as peças.

- Caramba, vocês são mesmo lerdas. - Disse Jisoo.

- Eu não sou advinha, diz logo oque você quer falar! - Disse Lisa, nervosa.

- O Pierre usa os turistas para alimentar, a sua namorada doente. - Disse a morena, deixando todos alí presentes, de boca aberta.

- Filho da mãe! - Disse Jennie.

- Eu sábia que aquele babaca era estranho. - Disse Lisa.

- Ele usa as festas, como um tipo de isca. É claro que sempre haverá vitimas, seja alguém bêbado que entre no túnel, ou alguém curioso, ou alguém que simplesmente queria apenas se aliviar, como foi com a Chae. - Disse Jisoo.

- Ele armou tudo, e nós fomos as presas. - Disse Jennie, se sentindo pior ainda, por ter levado as amigas, para uma armadilha.

- Pobre Billie. - Disse Rosé, sentindo pela morte da garota.

- Tenho certeza que o Pierre, deu o Finneas como alimento, para a sua namorada. - Disse Jisoo.

Aquelas informações estavam mexendo, com as emoções de Rosé. Imagens daquela noite, começaram a invadir, a cabeça da garota. Os rostos de Finneas e Billie, a festa, o sorriso debochado de Pierre. O rapaz havia levado várias pessoas inocentes, para a morte. Rosé acabou vomitando sangue coagulado no chão. Ela sentia a sua cabeça girar, era como se ela estivesse perdendo o controle. A garota começou a sentir, uma sede incontrolável.

- Chae! - Disse Jennie, tentando se aproximar. Mas a outra garota se afastou, correndo para debaixo de uma mesa.

- Fica longe de mim! Eu não quero te machucar. - Gritou Rosé.

- Ela deve estar com fome. - Disse Lisa.

- Professor, o senhor tem algumas bolsas de sangue disponíveis? - Perguntou Jisoo.

O homem olhava para tudo aquilo, com muito espanto. Era a primeira vez que ele, presenciava algo daquele tipo. A doença que a garota tinha, era muito mais grave, do que ele imaginava. O homem sentia, que tinha a obrigação de fazer algo, para mudar toda aquela situação.


Notas Finais


Até o próximo capítulo.

P.S: As formigas zumbis existem de verdade. Eu estava vendo um documentário é fiquei com muito medo.


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