═───────◇───────═
-Ei Cinco.
Cinco se revirou pro outro lado da cama resmungando. Ainda é noite, meia hora depois que Yumi se entregou para a Comissão, ninguém da família sabia ou havia se tocado.
-Cinco!
-Hum? - Resmungou, pegando mais seu lençol.
-ACORDA SEU MERDA!
Cinco abriu os olhos, dando de cara com sua parede. A voz não lhe era reconhecida, com certeza era um desconhecido. A dor de cabeça veio, assim tendo ressaca, se arrependeu na hora de ter bebido tanto.
Se esticou um pouco pra baixo da sua cama, sentindo o cano de sua arma. Num movimento rápido a agarrou e se teletransportou para a porta do seu quarto, apontando a arma para o tal indivíduo.
-EITA CALMA!
-Quem é você!? - Semicerrou os olhos, olhando ele de cima abaixo.
Por um momento o achou semelhante a Yumi, o jeito que os olhos assustados ficaram esbugalhados e a boca torta.
-Cinco, eu sei que sou um completo desconheço... - Foi se levantando, por estar ajoelhado antes acordando Cinco. Levantou as mãos, mostrando rendição. - Mas a Yumi precisa de ajuda. - Acenou com a cabeça.
-Como você sabe sobre ela? - Deu uma rápida olhada para trás. - YUMI! - Chamou por ela, sabia que dali ela conseguiria ouvir.
Mas nada, apenas o silêncio. Se teletransportou rápido, até o quarto dela, vendo apenas o vazio e a cama arrumada. Seu cérebro ficou confuso. Quando ia retornar Karuhi foi até ele no quarto de Yumi.
-Aonde ela está!? - Voltou apontar a arma para Karuhi.
-Foi o Andrew! - Cinco entortou um pouco sua cabeça, confuso, se perguntando como ele sabia que Andrew fez uma visita a ele. - Ela pegou a caneta que ele te deu. - Apontou para o bolso dele.
Cinco se revistou, procurando pela caneta, mas não achou ela, se lembrou vagamente de contar tudo a ela no banheiro e deixar a caneta ali. Se xingou baixinho, fechando os olhos com força.
-Como você sabe sobre a visita do Andrew?
-Eu estive fora resolvendo alguns assuntos, e quando retornei, vindo pra cá, eu vi ela com a caneta dele, eu até ia impedir...Mas já era tarde demais. - Negou com a cabeça lentamente.
-Voce que mandou aqueles dois cachorrinhos pra ficar na cola da Yumi? - Apoiou a arma no chão.
Karuhi deu uma risada.
-Tá falando da Tsuchi e do Sui? - Cinco levantou as sobrancelhas. - Eu tinha que manter alguém de olho nela enquanto eu estivesse prestes a retornar, e assim que eu volto, ela me parece bem com uma família.
-Então você é o... - O olhou de cima abaixo, notando enfim algumas semelhanças.
-Sim Cinco, eu sou o filho da puta do irmão da Yumi. - Cruzou os braços.
-Ainda bem que sabe que é um filho da puta. - Debochou Cinco, com um sorriso falso.
Karuhi soltou uma risada.
-Eu gosto de você. - Apontou com a cabeça para ele, estralou a língua no céu da boca. - Eu até começaria com explicações sobre meu sumiço, mas temos que salvar minha irmãzinha!
E foi aí que Cinco se tocou, que ela havia pegado a caneta e se sacrificado por todos. Engoliu, se sentindo um estúpido por ter aberto sua boca, pensando que caso não tivesse feito isso, ela estaria dormindo tranquilamente agora. Se sentou na cama, passando a mão na cabeça, ele está estressado e sua cabeça dói, pensando na hipótese dela estar correndo risco. Olhou pro lado por impulso, e assim que ia virar o rosto de volta, viu uma carta. Largou sua arma, abrindo o embrulho da carta, vendo que era a horrível caligrafia dela e a folha de seu caderno rosa. Começou a ler a carta, de sua despedida. Dizendo que era o único jeito e que parecia o melhor, que alguém com os poderes do tipo dela não deveria existir, que não se arrependia e que foi muito feliz nesses meses sendo uma Hargreeves. No final, ela agradeceu a Cinco por tudo, admitindo seus sentimentos. Cinco sentiu seu coração frio descongelar e palpitar, o que nunca havia ocorrido, o deixo nervoso. Ao terminar, amassou o papel.
-Queima isso. - Jogou para Karuhi, que pegou no ar.
Karuhi o queimou com apenas uma mão, restando apenas cinzas. Karuhi tem Pirocinese, o poder de criar ou manipular o fogo como quiser e bem entender.
-Qual é o plano, Hargreeves? - Cinco se levantou.
Saiu do quarto, com Karuhi indo atrás de si. Foi até seu quarto, se agachou em frente a sua cama, tirando de baixo dela uma maleta preta, nunca se sentiu tão sortudo de ter guardado a maleta preta como se fosse sua vida. Se levantou, abraçado com a maleta preta.
-O plano é o seguinte... - Começou a contar o plano.
═───────◇───────═
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.