Observo os dois homens em minha frente enquanto controlo minha risada. O Naruto parece bem interessado na conversa que está tendo com o Sai e eu me sinto um pouco deslocada
- Bom, eu ainda tenho um monte de coisa para fazer antes do show. – O Sai fala depois de um tempo. – Naruto você pode me ajudar?
- Claro, sem problemas, eu vou com você, assim eu posso subir no palco! – O loiro fala fazendo graça e eu não deixo de rir.
- Eu posso ajudar em alguma coisa? Eu não tenho nada para fazer antes do show começar. – Falo torcendo mentalmente para que eles digam que sim.
O Sai me olha de cima a baixo.
- Não é um trabalho para meninas. É tudo muito pesado. – Ele fala fixando seus olhos nos meus.
- Essa menina poderia te derrubar com uma joelhada enquanto carrega uma caixa de papelão com 40kg sozinha. – Falo em um tom um pouco duro demais.
- Uau! Eu adoraria ver isso, sem a parte da joelhada, por favor. – O moreno fala e eu sorrio um pouco tímida. – Tudo bem, você pode vir com a gente.
O moreno sai andando logo acompanhado de perto pelo Naruto que acena para eu os seguir, o que faço imediatamente.
O Sai nos guia para os bastidores pelas portas dos fundos, em que dá para ver os últimos raios de sol do dia.
- Bem Sakura, você pode ficar por aqui, enquanto eu e o Naruto buscamos algumas caixas. – O Sai fala mostrando o loca.
- Ok!
- Não apronte pequena. – O Naruto fala com um sorriso e logo segue o Sai.
Quando os dois meninos desaparecem no estacionamento para buscar as caixas com os instrumentos e toda a parafernália, eles fecham a porta e o local mergulha em uma densa escuridão.
Existe uma vibe misteriosa no lugar, talvez porque eu gostaria de ser musicistas.
O brilho empoeirado que vem das paredes pretas, a cortina, as arquibancadas, o lado mágico da vida dos músicos acorda o meu desejo.
Eu abro e seguro a porta para que os meninos não tenham dificuldade quando voltarem.
Alguns minutos depois o Sai aparece carregando seu bumbo e seus pedestais. O Naruto o segue carregando um dos amplificadores, os outros já estão no palco.
- Está tudo bem? – Pergunto ao Naruto vendo sua testa franzida.
Meu tom gozador faz com que ele levante uma sobrancelha.
- Você ainda não viu meus músculos?
Ele coloca o amplificador no chão e mostra seu bem definido bíceps, mas só para desafiá-lo eu nego com a cabeça.
- Não, onde? – Falo colocando minha mão em frente aos meus olhos, para provoca-lo.
Ele sorrir e dá um passo em minha direção, ele contrai seus músculos para demonstrar sua força.
Eu o provoco com o meu nariz quase grudado em sua pele.
- Sério, eu não consigo ver nada!
O Naruto geme, enquanto o Sai dá risada.
- Vocês se conhecem a muito tempo? Vocês parecem bem próximos. – O Sai pergunta fixando seus olhos em nós.
- Alguns meses, mas essa menina grudou em mim como um carrapato. – O Naruto fala em tom de provocação.
- Carrapato?
Eu falo tão alto que minha voz parece um rugido. Eu dou uma tossida e coço meu nariz.
- Sim, você está tão desesperada por companhia, masculina ou feminina, que você me faz pensar num pequeno parasita que fica grudado em mim. – Ele fala e eu massageio minha têmpora, tentando me acalmar.
- Entre eu e você Naruto, você é que tem sorte de eu te aguentar. – Falo e o Sai imediatamente confirma com a cabeça.
- Essa mulher é a voz da razão! – O moreno fala dando uma piscadinha para mim.
Eu confirmo com a cabeça francamente.
- Não é verdade. – O Naruto se volta para mim. – Eu te deixo me segui porque sou generoso.
Eu reviro os olhos, enquanto o Sai desiste. Eu prefiro me justificar.
- Nós trabalhamos juntos, o Naruto senta na mesa em frente a minha na Black Corporation. – Falo olhando para o moreno.
- Isso deve mantê-la sempre alerta. – O Sai fala sorrindo docemente.
- Sim, mas eu devo admitir que desde que esse cabeçudo invadiu minha vida, ela está bem mais alegre.
- Ah, viu só? O que você faria sem mim? – O Naruto fala com seu tom brincalhão de sempre.
Ele passa um braço ao redor do meu pescoço e eu o abraço pela cintura amigavelmente.
- Eu me faço essa pergunta todos os dias. – Falo desgrudando do loiro.
O Naruto sorri para mim amplamente enquanto passa pela porta para buscar o resto das coisas.
O Sai olha pra ele dando risada.
- O pior é que ele sempre foi assim. – O moreno comenta e eu dou de ombros, fingindo estar horrorizada.
- E eu não gostaria que ele mudasse, mas por favor, nunca diga isso ale, caso contrário ele vai ficar insuportável, ele já é um verdadeiro pentelho sem saber disso.
Ele concorda sorrindo e depois joga um par de baquetas para mim sem avisar.
Eu as pego no ar.
Surpresa, eu olho para as baquetas em minhas mãos e depois olho na direção dele.
Vejo o Sai sorrir amplamente, seus músculos se contraem debaixo de sua camiseta branca e sua tatuagem de anjo negro se mexe nos seus bíceps e ele pisca para mim.
- Isso vai me dar sorte.
- É mesmo? Como? – Pergunto levantando uma sobrancelha.
- Eu realmente preciso responder a essa pergunta? Com uma linda mulher segurando minhas baquetas?
Eu suspiro exasperada.
- Eu devo mesmo acreditar nisso?
- Finja que sim, por favor, vai massagear o meu ego. – Ele fala e eu caio na risada.
- Está bem, então vou segurá-las perto do meu coração, enquanto você termina de descarregar todas aquelas caixas enormes que eu sou incapaz de carregar. – Falo em tom de sarcasmo.
- Se preocupar com as minhas baquetas é muito, muito mais importante!
Ele caminha em direção a porta, soltando uma risada divertida, me fazendo levantar as sobrancelhas.
O Sai definitivamente é curioso e surpreendente. Seu bom humor é expansivo.
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